quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Carter defenderá ante Obama pela libertação dos Cinco herois antiterroristas cubanos





TeleSUR.net  - 
Publicado em TeleSur.net em 06.05.2011

Tradução:  Max Altman




O ex-presidente estadunidense Jimmy Carter afirmou nesta quarta-feira, 6, que defenderá ante o presidente, Barack Obama e os políticos de seu país para conseguir um indulto em favor dos Cinco herois antiterroristas cubanos que permanecem em prisão nos Estados Unidos há mais de 13 anos. Reiterou que no julgamento dos cubanos normas foram violados e o resultado foi duvidoso.

“Não sou apenas o ex-presidente dos Estados Unidos, mas também um Prêmio Nobel da Paz (...) nas minhas conversações privadas com o ex-presidente Bush (George W.) e com o presidente Obama venho pedindo a libertação dessas pessoas, reconheço as limitações dentro do sistema judicial dos Estados Unidos e espero que o presidente possa levar em conta o indulto. Porém essa é uma decisão que só o presidente pode tomar, ou seja, não me corresponde dizer ao presidente o que deve fazer. Porém, em minha opinião, tanto antes como agora, é que o julgamento dos Cinco foi muito duvidoso e normas foram violadas”, disse Carter em entrevista exclusiva à TeleSUR.

Considerou que, sejam culpados ou não, os Cinco já passaram suficiente tempo na prisão “tenho dúvidas sobre estas extensas condenações a que foram submetidas essas pessoas, porém quando regresse penso conversar com o presidente Obama e com vários líderes políticos estadunidenses e sejam culpados ou não, já passaram um bom tempo presos, mais de 12 anos, ou seja, já foram castigados”, afirmou.

Carter fez um balanço de sua visita a Cuba, onde se reuniu com as autoridades, com o presidente, Raúl Castro e o líder da Revolução, Fidel Castro, com opositores, representantes da comunidade judaica, assim como com a Igreja Católica e com o réu estadunidense Alan Gross, condenado por atentar contra a independência e integridade territorial do Estado cubano.

De todos esses encontros ressaltou a cordialidade e disposição do povo cubano e firmou suas esperanças no levantamento do bloqueio contra Cuba e na normalização das relações bilaterais entre os Estados Unidos e a Ilha.

“A maioria dos cubanos quer que existam relações normais e a maioria dos norte-americanos, também. No entanto, existem líderes radicais em posições destacadas no Congresso do meu país, muitos deles cubano-americanos, que insistem em manter este distanciamento entre as relações de ambos os países, pois pertencem a uma geração cujo objetivo fundamental era derrocar o governo de Fidel Castro”, indicou o ex-mandatário.

Diante deste panorama, destacou que nos últimos anos se formaram círculos de opinião pública em Miami e entre os mais jovens “que desejam que se levante o bloqueio econômico e que se possa viajar normalmente entre ambas as nações”, o que qualificou de um sinal de mudança que “vai avançar” e à qual se ofereceu em prestar sua “pequena voz, junto à opinião de muitos norte-americanos que podem fazer com que isto se concretize”.

O político estadunidense ressaltou com particular afeto seu encontro com o líder, Fidel Castro, a quem considera um amigo e com quem tem muitos pontos de vista em comum quanto ao perigo da proliferação de armas nucleares e a conservação do meio ambiente.  “Considero que os Estados Unidos não têm sido o bastante firme, como deveria ser, na abordagem do aquecimento global”, sentenciou.

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