sábado, 9 de julho de 2011

Cuando un amigo se va

Cuando un amigo se va
Queda un espacio vació
Que no lo puede llenar
La llegada de otro amigo
Cuando un amigo se va
Queda un tizón encendido
Que no se puede apagar
Ni con las aguas de un rió
Cuando un amigo se va
Una estrella se a perdido
La que ilumina el lugar
Donde hay un niño dormido
Cuando un amigo se va
Se detienen los caminos
Y se empieza a revelar
El duende manso del vino
Cuando un amigo se va
Galopando su destino
Empieza el alma a vibrar
Por que se llena de frió
Cuando un amigo se va
Queda un terreno baldío
Que quiere el tiempo llenar
Con las piedras del astillo
Cuando un amigo se va
Se queda un árbol caído
Que ya no vuelve a brotar
Por que el viento a vencido
Cuando un amigo se va
Queda un espacio vació
Que no lo puede llenar
La llegada de otro amigo

Facundo Cabral



Facundo Cabral - No Soy de Aqui - youtube.com
3 min - Can

VI Encuentro Continental

Información y Contacto: --- vi.encuentrocontinental@gmail.com ---

Mataram meu amigo Facundo Cabral


Facundo Cabral

Facundo Cabral (Balcarce, Argentina,1937 - Ciudad da Guatemala, 9/7/2011)

 Por Raul Longo

Tenho tantos amigos que muitos sequer conheço ou conhecerei.

Por vezes me dá pena pensar na inexorabilidade de minha morte, pelos amigos que sei que tenho, mas nunca terei noção de suas existências. São aqueles que mesmo depois de minha morte virão para fazer e pensar exatamente o que eu faria e pensaria no lugar deles, junto com eles, como bons amigos que sem dúvida seríamos. Ou já somos, ainda que não nos conheçamos.

Raul Longo
Surpreendente é que apesar de movidos e motivados pelos mesmos sentimentos, nem sempre concordamos naquilo que falamos e pensamos.

Facundo Cabral é um desses exemplos. Apesar de eu ser ateu e ele fervoroso amante de Deus, nunca tivemos qualquer discussão em relação a esse assunto. E por dois motivos.

Primeiro porque não nos conhecemos, mas principalmente porque o Deus de Facundo não é o das igrejas, às quais ele também muito criticou com aquele seu sempre refinado humor, aquela sua forma de fazer rir dos soberbos, dos prepotentes, dos que se mentem a si mesmos para se crerem o que jamais um ser humano será em relação em qualquer outro: superior.

Pois por desespero, ignorância ou seja lá o que for, nesta manhã de sábado alguém tentou superar suas próprias insuficiências, suas pequenezes e o mesquinho que concebia de si mesmo; com uma arma na mão.

Com uma arma na mão, esse anônimo “alguém” matou ao meu amigo Facundo Cabral.

E eu nem o conhecia. Mas respeitava ao seu Deus mais do que ao milenar Deus das igrejas pelo qual não tenho o menor respeito.

O Deus de Facundo não é milenar. Não é secular, como se diz nas igrejas. O Deus de Facundo é o verdadeiro Deus eterno, ou pelo menos tão perene quanto for o ser humano. É o Deus vindo de onde veio o ser humano.

É muito mais antigo do que o próprio El, o deus que os hebreus herdaram dos Ugarith que adoravam a Baal. O Deus de Facundo é anterior a Baal por ser o mais primitivo de todos os deuses criados pelo homem.

Surgido quando os homens, não sabendo como denominar o sentimento que os enternecia e fazia com que compreendessem seus semelhantes, ou os revoltava contra as injustiças impostas ao “outro”, aos seus iguais; chamaram a esse sentimento de Tupã, Pachamama, Manitu, Oxalá.

Ou Deus, como o evocava Facundo em sua admiração à Madre Tereza de Calcutá e em abjeção à Sua ausência nos padres, pastores e papas das igrejas todas.

Com meus amigos é mesmo assim: discordo deles sabendo que no fundo e na verdade estou concordando, pois por trás de nossos conceitos está uma mesma compreensão, uma mesma intenção, um mesmo objetivo muito adiante de nós mesmos e infinitamente mais importante e efetivo do que uma arma na mão.

Pois neste sábado acordo com a notícia de que na capital da Guatemala, sem qualquer motivo aparente, alguém com uma arma na mão matou ao meu amigo Facundo Cabral.  E eu nem o conheci.

Mas sei qual o motivo de o terem matado. É o mesmo porque mataram outro velho amigo que também não conheci. Aquele que, como eu, também não acreditava em Deus e fez até uma música falando de tudo em que não acreditava. Inclusive Deus.

Só que aquele, morto em 1980 por outro alguém com uma arma na mão numa esquina de Nova Iorque, terminava sua música com o verso: “I believe in me. Only me”.

Ou seja, de toda forma acabou chegando ao mesmo Deus do Facundo. Aquele Deus que não está nas igrejas e em nenhum altar ou livro. Mas, sim, em cada ser humano.

É por isso que somos todos bons amigos. E com uma arma na mão, os ínfimos matam os verdadeiros deuses sem ter ideia do que nos faz eternos.

Por essa ignorância é que estou triste na manhã deste sábado e, só para me confortar um pouco, distribuo aí um dos versos que encontrei do meu amigo poeta a quem sequer conheci, usando como epígrafe o verso de outro bom amigo morto ainda ontem. Mas esse, eternizado por morte natural, sem nenhum mesquinho a atingir-lhe com uma arma:

“Quanto maior o coqueiro, maior é o tombo do coco.
Afinal, todo mundo é igual.
Quando o tombo termina, põem terra por cima
E na horizontal.”
Billy BlancoBelém do Pará (1924) Rio de Janeiro (8 /7/2011)


Pobre Mi Patron
yo 
no se quien va mas lejos
la montaña o el cangrejo
pobrecito mi patron piensa que el pobre soy yo
Quien sabe si el apollarse
es mejor que deslisarse
pobresito mi patron piensa que el pobre soy yo
Mas que el oro es la pobresa
lo mas caro en la existencia
pobrecito mi patron piensa que el pobre soy yo
Solamente lo barato
se compra con el dinero
pobrecito mi patron piensa que el pobre soy yo
Que me inporta ganar dies
si se contar hasta seis
pobresito mi patron piensa que el pobre soy yo.

Retrato de Facundo Cabral retirado do Facebook 

http://redecastorphoto.blogspot.com/2011/07/mataram-meu-amigo-facundo-cabral.html

http://goo.gl/R1hB7 /tweeter

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Carta do MPSC




A Cuba, símbolo de solidariedade e resistência,
Às pessoas solidárias a Cuba, presentes na XIX Convenção Nacional de Solidariedade a Cuba,


Entre os dias 21 e 26 de junho, a Revolução Cubana foi brindada com uma enorme demonstração de solidariedade na cidade de São Paulo. O emblemático espaço do Memorial da América Latina, “sob o olhar contundente de Simón Bolívar”, acolheu centenas de amigos, amigas e simpatizantes da Revolução.





Homenageamos e agradecemos Cuba, o país mais solidário do mundo, no emocionante encontro de encerramento que aconteceu, muito justamente, no Memorial da Resistência, pois, nos tempos de ditadura, a Ilha da Revolução acolheu boa parte dos homens, mulheres e crianças que escaparam das garras truculentas do DEOPS, ou que por lá passaram e sobreviveram, além de muitas pessoas perseguidas de toda América Latina.



Nos confraternizamos em um sindicato (o SINTAEMA), instrumento que simboliza a resistência dos trabalhadores à exploração do capital e renovamos o nosso grito de luta. Esses espaços representam bem a perspectiva de Resistência do amplo espectro da solidariedade a Cuba no Brasil.

A XIX Convenção Nacional de Solidariedade a Cuba deu um brilho muito especial à nossa trincheira de resistência nessa luta cotidiana que travamos contra as mais variadas faces do imperialismo: o monopólio midiático, o cerco político, o bloqueio econômico, a batalha das ideias e as ações policial-militares que se espalham pelo mundo,lideradas pelos Estados Unidos.




Os organizadores da Convenção haviam proposto um evento amplo, mas que mantivesse espaço para a formação e para o debate político. O saldo foi bastante satisfatório: apesar do feriado prolongado, por lá circulou muita gente, experimentou-se muitas atrações culturais, mini-cursos, tradução simultânea para que todos tivessem acesso ao conhecimento, espaço plural para todas as correntes de pensamento que apoiam o processo revolucionário cubano em curso e uma organização que fez o evento fluir sem grandes problemas.






Resta-nos realizar uma avaliação mais minuciosa para que possamos enxergar melhor as dificuldades e aquilo que precisa ser aperfeiçoado, para que tenhamos maior representatividade e melhoremos a nossa organização e mobilização, com o objetivo de ampliar e concretizar cada vez mais a solidariedade à nossa querida Ilha no Brasil.


Esta XIX Convenção nos lançou o desafio do salto qualitativo na nossa organização, na nossa estrutura e no envolvimento de amplos setores da sociedade em torno da solidariedade.




Por fim, queremos agradecer imensamente a participação de todas as pessoas e entidades que nos ajudaram a realizar essa grandiosa Convenção, àquelas que, mesmo à distância, solidarizaram-se, àquelas que se fizeram presente e foram a maior razão da grandeza do nosso evento.




Agradecemos as inúmeras manifestações de reconhecimento e parabenização que recebemos pela organização do evento de pessoas e entidades de todo o país.

Agradecemos, especialmente, à grande delegação cubana que foi responsável pelo altíssimo nível dos debates e que nos acompanhou em todos os momentos do evento.




Rumo à XX Convenção Nacional de Solidariedade a Cuba em Salvador - 2012 !

VENCEREMOS!


Coordenação do Movimento Paulista de Solidariedade a Cuba




Veja aqui a Declaração Final da XIX Convenção Nacional de Solidariedade a Cuba



Plenária do MPSC

Participe da plenária do MPSC!

Nossa pauta principal será a avaliação da Convenção Nacional de Solidariedade a Cuba e as perspectivas de ação para o próximo período.


Data: 20 de julho
Horário: 19h
Local: Consulado Geral de Cuba em São Paulo
End.: Rua Cardoso de Almeida, 2115 - Sumaré





26 de julho - reserve sua agenda


Companheira/os, aproxima-se o 26 de julho, importante data no histórico calendário de lutas cubano.

Vamos comemorá-lo em grande estilo, contando com a
participação de Calica Ferrer.

Teremos a tradicional panfletagem na Praça Ramos durante a tarde e uma atividade politico-cultural a noite. Em breve mais informações do evento e confirmação do local.



RESERVE SUA AGENDA!




Quem é Calica Ferrer:
Carlos "Calica" Ferrer nasceu em Alta Gracia, Córdoba, em 1929. Aos quatro anos conheceu Ernesto Guevara de la Serna, um menino asmático que se instalou com a sua família em Alta Gracia para procurar um alívio para o seu mal. Ernesto e Calica mantiveram uma íntima amizade durante a infância e adolescência. Em 1953 empreenderam juntos uma viagem aventureira por América Latina, no final da qual, Guevara terminaria convertido no Comandante Ernesto Che Guevara.
Atualmente Calica Ferrer vive em Buenos Aires e se dedica a estudar e difundir a figura do seu amigo Ernesto Guevara.


Movimento Paulista de Solidariedade a Cuba
www.solidariedadeacuba.org.br


quinta-feira, 7 de julho de 2011

Conversación entre dos madres: “Cuba pensó en todos, no solo en sus propios hijos”

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Conversación entre dos madres: “Cuba pensó en todos, no solo en sus propios hijos”

Publicado el 26 Junio 2011

http://www.cubadebate.cu/wp-content/uploads/2011/06/memorial-de-la-resistencia-78-580x432.jpgMagali Llort y Damaris Lucena en el Memorial de la Resistencia de Sao Paulo
No habían podido conversar personalmente con calma. Ambas estaban en el teatro del Memorial de la Resistencia en Sao Paulo, una antigua cárcel donde ahora se preserva la memoria de las víctimas de la dictadura en Brasil. Justo en el piso inferior del teatro donde ellas se encontraban, se han preservado las celdas en las que cientos de hombres y mujeres vivieron los horrores de la tortura y del presidio político, y muchos no salieron de allí con vida. Otros, que lograron escapar del infierno, están sentados en las butacas. Hay, además, una circunstancia adicional que los une: Cuba los acogió como exiliados y no hay palabras ni lágrimas suficientes para agradecer el gesto salvador de la Isla, en el momento más dramático de sus vidas.
Con este encuentro ha cerrado la XIX Convención Nacional de Solidaridad con Cuba, que durante tres días se celebró en Sao Paulo.  Damaris Lucena y Magali Llort, ubicadas en los extremos de la mesa presidencial, fueron dos de los siete penalistas que intervinieron en la mañana del domingo.  Cada una contó una parte de su historia personal, directa o indirectamente relacionada con el tema central del encuentro: la solidaridad de Cuba o con Cuba.
Magali es la madre de Fernando González Llort, uno de los Cinco cubanos que sufre prisión en Estados Unidos. Damaris, exiliada en Cuba en la década del 70, es la madre de Ariston Lucena, un guerrillero que a los 18 años fue condenado a muerte en Brasil por luchar contra la dictadura, y a quien luego le fue conmutada la pena por una cadena perpetua.  Damaris es, además, la viuda de Antônio Raimundo Lucena, asesinado en 1970. Los militares lo mataron frente a ella y a sus hijos. Fue arrestada, torturada y separada de sus niños, que terminaron confinados en una penitenciaría para menores de edad.
¿Qué se dirían estas dos madres si conversan a solas? La respuesta no tardó demasiado. Apenas esbozadas en el panel sus historias mutuas, ya nada impediría que hablaran entre sí. Salieron del teatro tomadas del brazo y se sentaron muy juntas en un sofá del recibidor, al pie de la escalera que conduce a los pisos inferiores del Memorial. Por la ventana de la izquierda se filtra la luz del invierno paulista, gris y lluvioso.
Damaris, que cumple 84 años en agosto y habla perfectamente el español -aprendido en su exilio en la Isla-, comenzó el diálogo del que fue testigo y grabó Cubadebate:
Damaris: Cuando salí de Brasil mi hijo estaba en la guerrilla. Poco después, en agosto, él ya estaba preso y era violentamente torturado. Al año lo condenaron a pena de muerte. Le pedí a los cubanos ayuda, y comencé escribir al Tribunal de La Haya, a las instituciones internacionales, a las personalidades que pasaban por La Habana. Incluso me entrevisté con la prima de Allende, que prometió ayudar. Debido a la presión, trasladaron a mi hijo junto con los bandidos, para que lo asesinaran. Habían uno, de 18 años, que tenía esa tarea.
Pedí clemencia a todas las organizaciones internacionales que pude y cuanto periodista aparecía. Esa situación duró como tres años, hasta que le hicieron un nuevo juicio y le revirtieron la pena por prisión perpetua. En total, estuvo diez años preso. Yo no lloraba. Me decía: si lloro, dejaré más triste a mi hijo. No tenía noticias de él. Nada, nada.
Fue la solidaridad internacional, la de los países progresistas y hasta la de muchos en Estados Unidos, lograron revertirle la pena de muerta. En 1979, con un movimiento muy fuerte internacional por la liberación de los presos políticos y con la dictadura debilitada, el gobierno militar decretó una amnistía. Cuando regresé a Brasil del exilio, ya mi hijo estaba liberado, aunque durante otros tres años tuvo que presentarse todas las semanas en la prisión.
Nosotros tenemos certeza de que los cinco muchachos van a salir, y tu hijo va a salir.
Magali: Nosotros tenemos la certeza de que lo que va a abrir la puerta de esas prisiones será la solidaridad. No confiamos en el sistema de justicia de EEUU.
Damaris: No hay que creer en los abogados, ni en ese sistema. Hay que creer en la solidaridad internacional. Todo el mundo tiene que estar en la lucha por la defensa de los muchachos.  Los muchachos no son asesinos, no son bandidos, no son ladrones. Son trabajadores, progresistas, que están luchando en defensa de la humanidad.
Magali: Y ustedes, precisamente, que tanto pasaron y tanto sufrieron tras la experiencia de la dictadura, nos dan mucho ánimo. Nos dan fuerzas. Hemos visto cómo usted estuvo batallando y batallando y logró ver a su hijo fuera de la prisión.
Damaris: Mi esposo no sobrevivió, pero dejó un legado. Era amigo y admirador de Cuba. Me decía: “Yo quisiera que mis hijos estudiaran allá.” Y tuvo que dar su vida para que los hijos estudiaran en Cuba. Fue muy triste.  Pero al mismo tiempo estamos muy agradecidos de que nosotros hayamos tenido la solidaridad de tu pueblo, una solidaridad más grande que la Isla. Por eso, nuestro espíritu, nuestro sacrificio, nuestra lucha en defensa del pueblo cubano no tiene tamaño.
Magali: Y no podemos cansarnos. Luchar por nuestros hijos significa luchar por los hijos de otras personas que mañana podrían verse en una situación similar. Tenemos que pensar en eso.
Damaris: Una madre en una circunstancia como esta no lucha por lograr algo individual, sino por la colectividad, por un derecho colectivo.
Magali: Así es.
Damaris: Cuba pensó en todos, no solo en sus propios hijos. Mis muchachos estudiaban en la Isla de Pinos con africanos, bolivianos, venezolanos, latinoamericanos. Había de todos los países. ¡Ay!, es una cosa muy bonita. Y yo me sentía muy feliz. Fui la persona más feliz del mundo en la Isla. Habiendo sido una mujer pobre, en la miseria, abandonada en Brasil, cuando viví en Cuba era alguien. Imagínate: ¡el Día Internacional de la Mujer, me regalaban flores! Almorcé una vez con Vilma Espín.  Conocí a Celia y a Haydeé Santamaría, a quienes tengo en el corazón. Cuba es un país que no tiene tamaño para entregar solidaridad.
Señora, quiero que sepa que puede contar con nosotros para defender a los muchachos, quiero que sepa que estaremos a su lado. Yo tengo la certeza de que tú vas a regresar a Brasil y vas a traer  a tu muchacho aquí.
(Texto: Rosa Miriam Elizalde. Fotos: Alberto González)

 El acto de clausura de la XIX Convención Nacional de Solidaridad a Cuba se efectuó en el Memorial de la Resistencia, instalado en el edificio del Departamento de Orden Política y Social (Deops), uno de los símbolos de la dictadura y cuya objetivo era controlar y reprimir brasileños de movimientos políticos y sociales.
El acto de clausura de la XIX Convención Nacional de Solidaridad a Cuba se efectuó en el Memorial de la Resistencia, instalado en el edificio del Departamento de Orden Política y Social (Deops), de Sao Paulo, uno de los símbolos de la dictadura brasileña entre 1964 y 1985.
En la entrada del Memorial de la Resistencia, de izquierda a Derecha: Damaris Lucena, Magali Llort, Elsa Lobos y Clara Sharf.
En la entrada del Memorial de la Resistencia, de izquierda a derecha: Damaris Lucena, Magali Llort, Clara Sharf y Elsa Lobos. Las brasileñas son ex presas políticas, que agradecieron a Cuba la solidaridad ofrecida durante la época de la dictadura.
Kenia Serrano, presidenta del Instituto Cubano de Amistad con los Pueblos (ICAP).
Kenia Serrano, presidenta del Instituto Cubano de Amistad con los Pueblos (ICAP), junto a Clara Sharf y Elsa Lobos. Clara fue la compañera del líder comunista Carlos Marighella, asesinado por la dictadura militar.
En la mesa, de derecha a izquierda  Seixas, Damaris Lucena, Elsa Lobos y Clara Sharf rememoraron la época de lucha contra el régimen militar y la firme colaboración de la Revolución cubana con todos los compañeros perseguidos.
En la mesa, de izquierda a derecha: Ivan Seixas, Magali Llort, Kenia Serrano, Vivian Mendes (miembro de la Comisión Ejecutiva del Movimiento Paulista de Solidaridad con Cuba, organizador de la XIX Convención), Clara Sharf, Elsa Lobos y Damaris Lucena.
En nutrido auditorio, en su mayoría joven, que asistió al encuentro en el Memorial.
En nutrido auditorio, en su mayoría joven, asistió al encuentro en el Memorial.
Damaris y Magali al finalizar el encuentro conversan a solas.
Damaris y Magali al finalizar el encuentro conversan a solas.
XIX Convención Nacional de Solidaridad a Cuba
Zuleica Romay, Presidenta del Instituto Cubano del Libro e integrante de la delegación cubana que asistió a la XIX Convención Nacional de Solidaridad con Cuba, en una de las celdas que se conservaron de la antigua prisión. Como puede verse, en la pared los presos políticos escribieron la consigna de la Revolución cubana, en español: "Patria o muerte. Venceremos!"

Conversación de Magali y Damaris 1/3

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Conversación de Magali y Damaris 3/3

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terça-feira, 5 de julho de 2011

Uma declaração brilhante e valente

R E F L E X Õ E S   D O   F I D E L
Havana. 4 de Julho, de 2011
Reflexões de Fidel
Uma declaração brilhante e valente
A atenção a outros assuntos agora prioritários me afastou momentaneamente da frequência com que elaborei reflexões durante o ano de 2010. Contudo, a proclamação do líder revolucionário Hugo Chávez Frías na última quinta-feira (30 de junho) me obriga a escrever estas linhas.
Fidel Castro - Hugo Chavéz

Fidel Castro - Hugo Chavéz

Fidel Castro - Hugo Chavéz
O presidente da Venezuela é um dos homens que mais fez pela saúde e educação de seu povo; como são temas nos quais a Revolução cubana acumulou maior experiência, com imenso prazer colaboramos ao máximo, em ambos os campos, com este país irmão.
Não se trata em absoluto de que esse país necessitasse de médicos, pelo contrário, os possuía em abundância e, inclusive, entre eles profissionais de qualidade, como em outros países da América Latina. Trata-se de uma questão social. Os melhores médicos e os mais sofisticados equipamentos poderiam estar, como em todos os países capitalistas, a serviço da medicina privada. Às vezes, nem sequer isso, porque no capitalismo subdesenvolvido, como o que existia na Venezuela, a classe rica contava com meios suficientes para ir aos melhores hospitais dos Estados Unidos ou da Europa, algo que era e é habitual, sem que ninguém possa negá-lo.
Pior ainda, os Estados Unidos e a Europa se caracterizaram por seduzir os melhores especialistas de qualquer país explorado do Terceiro Mundo para que abandonem sua pátria e emigrem para as sociedades de consumo. Formar médicos para esse mundo nos países desenvolvidos implica fabulosas somas que milhões de famílias pobres da América Latina e do Caribe, não poderiam pagar nunca. Em Cuba sucedia isso até que a Revolução aceitou o desafio, não só de formar médicos capazes de servir a nosso país, mas a outros povos da América Latina, do Caribe ou do mundo.
Jamais arrebatamos as inteligências de outros povos. Ao contrario disso, em Cuba se formaram gratuitamente dezenas de milhares de médicos e outros profissionais de alto nível para devolvê-los a seus próprios países.
Graças a suas profundas revoluções bolivarianas e martianas, a Venezuela e Cuba são países onde a saúde e a educação se desenvolveram extraordinariamente. Todos os cidadãos têm direito real a receber gratuitamente educação geral e formação profissional, algo que os Estados Unidos não puderam nem poderão garantir a todos os seus habitantes. O real é que o governo desse país investe cada ano um trilhão de dólares em seu aparelho militar e suas aventuras bélicas. É igualmente o maior exportador de armas e instrumentos de morte e o maior mercado de drogas do mundo. Devido a esse tráfico, dezenas de milhares de latino-americanos perdem a vida cada ano.
É algo tão real e tão conhecido, que há mais de 50 anos, um presidente de origem militar denunciou, com tom amargo, o poder decisivo acumulado pelo complexo militar industrial nesse país.
Estas palavras seriam excessivas se não existisse a odiosa e repugnante campanha desencadeada pelos meios de comunicação de massa da oligarquia venezuelana, a serviço desse império, utilizando as dificuldades de saúde que o presidente bolivariano atravessa. Estamos unidos por uma estreita e indestrutível amizade, surgida desde que ele visitou nossa pátria, pela primeira vez, em 13 de dezembro de 1994.
Alguns estranharam a coincidência de sua visita a Cuba com a necessidade de atenção médica que se produziu. O presidente venezuelano visitou nosso país com o mesmo objetivo que o levou ao Brasil e ao Equador. Não tinha nenhuma intenção de receber serviços médicos em nossa pátria.
Como se sabe, um grupo de especialistas cubanos da saúde presta, há anos, serviços ao presidente venezuelano, que fiel a seus princípios bolivarianos, jamais viu neles estrangeiros indesejáveis, mas filhos da grande Pátria Latino-americana pela qual lutou o Libertador até o último suspiro.
O primeiro contingente de médicos cubanos partiu para a Venezuela quando ocorreu a tragédia no estado de Vargas, que custou milhares de vidas a esse nobre povo. Esta ação de solidariedade não era nova, constituía uma tradição arraigada em nossa pátria, desde os primeiros anos da Revolução; desde que há quase meio século médicos cubanos foram enviados à recém independentizada Argélia. Essa tradição se aprofundou à medida que a Revolução cubana, em meio a um cruel bloqueio, formava médicos internacionalistas. Países como o Peru, a Nicarágua de Somoza e outros do hemisfério e do Terceiro Mundo, sofreram tragédias por terremotos ou outras causas que requereram a solidariedade de Cuba. Assim, nossa pátria se converteu na nação do mundo com mais alto índice de médicos e pessoal especializado em saúde, com elevados níveis de experiência e capacidade profissional.
O presidente Chávez se esmerou na atenção de nosso pessoal de saúde. Assim nasceu e se desenvolveu o vínculo de confiança e amizade entre ele e os médicos cubanos, que foram sempre muito sensíveis ao trato do líder venezuelano, o qual por sua parte, foi capaz de criar milhares de centros de saúde e dotá-los dos equipamentos necessários para prestar serviços gratuitos a todos os venezuelanos. Nenhum governo do mundo fez tanto, em tão breve tempo, pela saúde de seu povo.
Um elevado percentual de pessoal cubano da saúde prestou serviços na Venezuela e muitos deles atuaram também como docentes em determinadas matérias ministradas, para a formação de mais de 20 mil jovens venezuelanos que começam a graduar-se como médicos. Muitos deles começaram seus estudos em nosso próprio país. Os médicos internacionalistas integrantes do Batalhão 51, formados na Escola Latino-americana de Medicina, ganharam um sólido prestígio no cumprimento de complexas e difíceis missões. Sobre essas bases se desenvolveram minhas relações nesse campo com o presidente Hugo Chávez.
Devo acrescentar que, ao longo de mais de doze anos, desde 2 de fevereiro de 1999, o presidente e líder da Revolução venezuelana não descansou um só dia, e nisso ocupa um lugar único na história deste hemisfério. Todas as suas energias, as consagrou à Revolução.
Poderia afirmar-se que por cada hora extra que Chávez dedica a seu trabalho, um presidente dos Estados Unidos descansa duas.
Era difícil, quase impossível, que sua saúde não sofresse algum quebranto e isso ocorreu nos últimos meses.
Pessoa habituada aos rigores da vida militar, suportava estoicamente as dores e incômodos que com frequência crescente o afetavam. Dadas as relações de amizade desenvolvidas e aos intercâmbios constantes entre Cuba e a Venezuela, isto somado a minha experiência pessoal com relação à saúde, que vivi desde a proclamação de 30 de julho de 2006, não é estranho que eu me desse conta da necessidade de uma checagem rigorosa da saúde do presidente. É demasiado generoso de sua parte, atribuir-me algum mérito especial neste assunto.
Admito, desde já, que não foi fácil a tarefa que me impus. Não era difícil para mim perceber que sua saúde não andava bem. Haviam transcorrido sete meses desde que fez sua última visita a Cuba. A equipe médica dedicada à atenção de sua saúde me havia rogado que fizesse essa gestão. Desde o primeiro momento, a atitude do presidente era informar ao povo, com absoluta clareza, sobre seu estado de saúde. Por isso, estando a ponto de regressar, informou ao povo, por meio de seu ministro das Relações Exteriores, sobre sua saúde até aquele momento e prometeu mantê-lo detalhadamente informado.
Cada cura ia acompanhada por rigorosas análises de células e de laboratório, que se realizam em tais circunstâncias.
Uno dos exames, vários dias depois da primeira intervenção, trouxe resultados que determinaram uma medida cirúrgica mais radical e o tratamento especial do paciente.
Em sua digna mensagem de 30 de junho, o presidente notavelmente recuperado fala de seu estado de saúde com toda a clareza.
Admito que para mim não foi fácil informar ao amigo a nova situação. Pude apreciar a dignidade com que recebeu a notícia que — para ele com tantas tarefas importantes que tinha em mente, entre elas o ato comemorativo do bicentenário e a formalização do acordo sobre a unidade da América Latina e do Caribe — muito mais que os sofrimentos físicos que uma cirurgia radical implicava, significa uma prova que, como expressou, a comparou com os momentos duros que teve de enfrentar em sua vida de combatente inflexível.
Junto a ele, a equipe de pessoas que o atende e que ele qualificou de sublime, enfrentou a magnífica batalha da qual tenho sido testemunha.
Sem vacilação afirmo que os resultados são impressionantes e que o paciente tem enfrentado uma batalha decisiva que o conduzirá, e com ele a Venezuela, a uma grande vitória.
É preciso fazer com que sua declaração seja comunicada ao pé da letra em todas as línguas mas, sobretudo, que seja traduzida e legendada para o inglês, um idioma que pode ser entendido nesta Torre de Babel em que o imperialismo transformou o mundo.
Agora, os inimigos externos e internos de Hugo Chávez estão à mercê de suas palavras e suas iniciativas. Haverá, sem dúvida, surpresas para eles. Brindemos-lhe o mais firme apoio e confiança. As mentiras do império e a traição dos vende-pátrias serão derrotadas. Hoje, há milhões de venezuelanos combativos e conscientes, que a oligarquia e o império não poderão voltar a submeter jamais.
Fidel Castro Ruz
3 de julho de 2011
16 h12