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Cuba 11/12
É lamentável que
porta-vozes do governo de Washington questionem a participação de Cuba na
Cúpula das Américas a ter lugar em Cartagena, Colômbia no próximo mês de abril,
com a anunciada presença de Barack Obama, sob a alegação de que não é um país
democrático. O Chile de Pinochet, a Argentina de Videla, ditaduras sanguinárias
que sacrificaram seus próprios povos, e só para citar dois exemplos, receberam apoio
político pouco dissimulado de Washington, e jamais deixaram de participar das
reuniões da OEA ou de qualquer outro órgão multilateral regional.
Não pode haver uma
Cúpula das Américas sem Cuba. Os Estados Unidos não podem seguir insistindo num
tema anacrônico, que gera mal-estar em todo o continente. A comunidade das
nações na ONU e em especial a unanimidade dos países da América Latina e Caribe
condenou reiteradamente o bloqueio de mais de meio século dos Estados Unidos
contra Cuba.
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Se
convidada Cuba assistirá à Cúpulas das Américas
Diante
da consulta respeitosa do governo colombiano, Cuba declarou que, caso seja
convidada, assistiria à Cupula das Américas a partir de suas posições de apego
à verdade e sua tradicional política exterior de princípios, afirmou nesta
quarta-feira, 15, Bruno Rodríguez Parrilla, ministro de Relações Exteriores, ao
deixar instalada a 8ª Reunião do Conselho Político da ALBA, sessão
extraordinária, que teve lugar no hotel Occidental Miramar de Havana.
chanceler Bruno Rodrigues
Parrilla
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O
chanceler recordou que a mencionada cúpula foi lançada pelo ex-presidente Bill
Clinton em 1994 como a plataforma política para a anexação econômica da América
Latina e o Caribe. "Não pode ser das Américas e ao mesmo tempo excluir de
maneira infundada e injusta a Cuba", assinalou.
Não
obstante, reiterou que Cuba "não regressará à OEA, nem lhe interessa ter
qualquer relação com esta organização que só serviu para propósitos de
dominação, ocupação e agressão dos Estados Unidos para espoliar a América
Latina e o Caribe".
À
reunião estiveram presentes os chanceleres e altos representantes de oito
países do bloco regional: Venezuela, Bolívia, Nicarágua, Equador, Dominica, São
Vicente e as Granadinas, Antigua e Barbuda e Cuba, além de Santa Lucia e
Suriname como convidados especiais.