sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Começa reunião dos Estados caribenhos centrada no Haiti

Por Alberto Coroa



Cartagena de Índias, Colômbia, 21 jan (Prensa Latina) A XV Reunião Ordinária do Conselho de Ministros de Relações Exteriores da Associação dos Estados do Caribe (AEC) começará hoje aqui centrada na situação do Haiti, devastado por um forte terremoto há nove dias.



O encontro neste balneário do Caribe colombiano estará presidido pelo chanceler anfitrião, Jaime Bermúdez, onde delgados de 15 países da região analisarão e discutirão sobre o gerenciamento da AEC em assuntos de cooperação, capacitação e segurança e em especial sobre a emergência que se apresenta no Haiti.



A reunião será assistida por uma delegação cubana encabeçada pelo vice-ministro de Relações Exteriores Abelardo Moreno, entre outros servidores públicos, que ontem participaram da reunião preparatória da cúpula desta quinta-feira, que se estenderá até amanhã.



Fontes dessa representação confirmaram à Prensa Latina que no citado dia anterior se examinou com profundidade o tema do Haiti.



Nesse sentido a reunião foi firme ao considerar que a cooperação com essa empobrecida nação caribenha não deve se limitar a colaborar para superar os efeitos do terremoto, mas sim para garantir seu desenvolvimento.



Desta forma, no encontro preparatório saiu a reluzir que da reunião ministerial deve sair um Acordo Especial com medidas concretas a favor do Haiti.



Por outra parte, os representantes dos diferentes países no fórum decidiram propor aos ministros da AEC, que a Nicarágua presida a entidade durante 2010, e que Cuba ocupe uma das vice-presidências do Conselho de Ministros do organismo e encabece seu Comitê Especial de Transportes.



Por sua vez, durante a reunião preparatória produziu-se um importante debate sobre as formas e meios de fortalecer a associação e aumentar sua eficácia e eficiência, em cumprimento da decisão anterior de que dito tema fosse o centro das análises da cúpula.



Por outro lado, para o dia de hoje está previsto que a Colômbia apresente sua proposta em matéria de segurança para a Declaração de Cartagena sobre a Cooperação na área da segurança e a Carta de Compromisso sobre a Capacitação Trabalhista.



A AEC é um mecanismo de cooperação, acordo e integração, que agrupa 25 países do Caribe e fundamentalmente se encarrega de fomentar a colaboração nas esferas de comércio, transporte, turismo e prevenção de risco de desastres naturais entre seus integrantes.



Estes são Antigua e Barbuda, Bahamas, Barbados, Belice, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Dominica, El Salvador, Granada, Guatemala, Guyana, Haiti, Honduras, Jamaica e México.



Além de Nicarágua, Panamá, República Dominicana, Santa Luzia, San Cristóbal y Nieves, San Vicente e las Granadinas, Suriname, Trinidad e Tobago, e Venezuela.



arc/acl/es

Repercute no Vietnã ajuda cubana às vítimas no Haiti

Hanoi, 21 jan (Prensa Latina) O diário vietnamita Tin Tuc destacou hoje a ajuda imediata de Cuba às vítimas do recente terremoto no Haiti, o qual qualificou de "chamado de consciência".



O jornal de circulação nacional ressaltou o trabalho dos 60 médicos cubanos que chegaram ao Haiti para fortalecer o contingente de 400 compatriotas que prestavam serviços de saúde nesse país.



Em um artigo da contracapa, o Tin Tuc advertiu também que os Estados Unidos aproveita a conjuntura no Haiti para aumentar sua presença militar na área, o que considerou "inaceitável".



O jornal criticou a mobilização de "marinheiros" estadunidenses no Haiti, cujo povo necessita de medicamentos, alimentos e produtos básicos ao invés de tropas armadas, estimou o diário.



Valorizou também o trabalho das brigadas venezuelanas Simón Bolivar, que recentemente resgataram duas vítimas do terremoto de 7,3 graus na escala Richter, ocorrido na passada terça-feira 12.



Tin Tuc destacou também a decisão do governo venezuelano de enviar 300 mil barris de petróleo ao Haiti, e de criar a brigada "Petión-Bolivar" para ajudar na reconstrução nacional.



arc/cmv/es

Diário uruguaio: preocupa a presença dos EUA no Haiti

Montevideo, 21 jan (Prensa Latina)


O diário uruguaio A República noticia hoje um editorial, no qual propõe que de diferentes partes do mundo, se exterioriza a preocupação pela demonstração de força dos Estados Unidos no Haiti.



O artigo assinala que o futuro ministro de Defesa desta nação, Luis Rosadilla, afirmou que oa EUA é "um país com vocação quase genética de imperialismo e colonialismo" e não se podem descartar os riscos de uma invasão militar no país caribenho.



"Conquanto foi o governo haitiano quem solicitou essa presença para garantir a operatividade do aeroporto, essa presença já gerou tensão com várias Forças Armadas de outros países que cooperam com a ONU no Haiti há tempo", explicou Rosadilla.



O jornal recorda que o vice-presidente da Bolívia, Alvaro García Linera, assinalou que os estadunidenses pretendem ter presença militar permanente" no Haiti mediante as tropas enviadas com o pretexto de oferecer ajuda. Segundo García Linera, o Haiti pode converter-se numa "segunda base militar" estadunidense na América Latina.



A publicação cita também o ministro venezuelano, Héctor Navarro, que lançou interrogativas como os "Estados Unidos pretendem constituir no Haiti uma grande base militar para conter Venezuela e Cuba?".



"Esta ação é parte de todo o desenvolvimento que vem com a reativação da V Frota, e com a instalação das sete bases militares estadunidenses na Colômbia e no Panamá?", expressa Navarro.



Na opinião de A República, a única forma de sanar estas preocupações passa por que a ONU tome com firmeza o comando das ações solidárias com o povo haitiano.



"De outra forma pode-se chegar a viver uma situação caótica, com consequências militares e políticas imprevisíveis", conclui o texto.



arc/wap/es

Espanhóis exigem dos EUA que excluam Cuba de lista terrorista

Madri, 21 jan (Prensa Latina)


A Coordenadora Estatal de Solidariedade a Cuba de Madri acusou hoje o governo dos Estados Unidos de carecer de autoridade moral para incluir Cuba em uma lista de países patrocinadores do terrorismo internacional.



Em uma declaração, a Coordenadora qualifica de infame a postura da administração do presidente Barack Obama contra a ilha caribenha, vítima há cinco décadas de inumeráveis atentados arquitetados em território estadunidense, recorda.



A associação de amizade espanhola chama a opinião pública internacional a denunciar os autores intelectuais e materiais desses crimes contra Cuba, que passeiam com total impunidade pelas ruas dos Estados Unidos sem serem incomodados.



Assinala que Washington não tem legitimidade para elaborar tais listas seletivas, quando sucessivos governos da potência nortista deveriam ser colocados no banco dos acusados por financiar golpes de Estado, sustentar ditaduras sanguinárias na América Latina e invadir numerosos países.



À longa lista de transgressões, o agrupamento de solidariedade acrescenta que a base militar que o Pentágono mantém em Guantánamo, território da maior das Antilhas ocupado à força e convertido em centro de tortura e desaparecimentos clandestinos.



É paradoxo, também, que se pretenda condenar Cuba, quando suas autoridades ao longo destes anos proporcionaram às agências policiais estadunidenses informações sensíveis e confiáveis sobre potenciais atos de terrorismo, assinala o texto.



Denuncia, no entanto, que esses dados, ao invés de serem utilizados pela Casa Branca para prevenir semelhantes ações, foram utilizadas para deter, há mais de uma década, os cinco lutadores antiterroristas cubanos.



A declaração alude à injusta prisão que suportam em cárceres estadunidenses Gerardo Hernández, Ramón Labañino, René González, Antonio Guerrero e Fernando González, mais conhecidos como Os Cinco nas campanhas mundiais por sua libertação.



A história destes jovens, expressa a declaração, é a demonstração palpável da falsidade do sistema capitalista quanto a praticar justiça e respeitar os direitos humanos a que se refere.



Nossa organização de solidariedade denuncia com absoluta firmeza este obsceno gesto, não só contra o povo cubano, senão contra o mundo inteiro pela dose de cinismo e hipocrisia que contém, conclui.



rc/edu/es

FAO chama a fomentar agricultura haitiana depois do terremoto

Porto Príncipe, 21 jan (Prensa Latina)


O desenvolvimento da produção agrícola será fundamental para ajudar o Haiti a recuperar os danos ocasionados pelo terremoto, considerou hoje a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO).



"Enquanto está em curso a primeira fase da operação de resgate, as ajudas devem centrar-se de forma simultânea no apoio urgente à produção alimentar, à reabilitação agrícola e à reconstrução", disse o diretor da FAO, Jacques Diuf.



O abalo sísmico, registrado em 12 de janeiro, afetou a capital e as cidades de Jacmel, Carrefour e Leogane, com saldo preliminar de cerca de 100 mil mortos, 250 mil feridos e três milhões de desabrigados.



Após o terremoto milhares de famílias fugiram dos centros urbanos para o campo em busca de alimentos mais baratos e de atividades que gerem rendimentos.



"Para evitar que o desastre natural se converta em uma tragédia rural, é crucial salvar a próxima temporada de semeia que começa em março", afirmou Diuf.



O diretor da FAO considerou como tarefa prioritária o fornecimento de sementes, fertilizantes, ração para o gado e instrumentos agrícolas aos camponeses.



O Haiti é a nação mais pobre do continente americano e 75 por cento da população depende dos setores da agricultura e da pesca para a subsistência.



tgj/car/es

Bolívia é eixo de libertação indígena, afirmou Rigoberta Menchú

La Paz, 21 jan (Prensa Latina)


O prêmio Nobel da Paz em 1992, a guatemalteca Rigoberta Menchú, considerou hoje o povo da Bolívia como artífice da emancipação indígena mundial, sob a guia de seu líder, o presidente Evo Morales.



"Os bolivianos indicam-nos a necessidade da liberdade dos povos originários", destacou Menchú, quem viajou a este país para participar na assunção constitucional de Morales para um segundo mandato, e em um encontro de movimentos sociais.



A reconhecida ativista de direitos humanos manifestou que na Bolívia se vive um "profundo processo revolucionário, que é o começo para a América Latina".



Para Menchú, a vitória de Morales nas eleições gerais de dezembro último "é uma referência extraordinária de auto-estima e de reconhecimento do setor indígena".



Comentou que um dos motivos de sua visita à nação andina-amazônica é acompanhar ao presidente na cerimônia étnica de investidura que se realizará hoje no centro arqueológico de Tiahuanaco e no ato oficial previsto para manhã na sede da Assembleia Legislativa Plurinacional.



rc/por/dcp

Desmentem pressões do presidente uruguaio a deputados

Montevidéu, 21 jan (Prensa Latina)


 O deputado José Mahía, coordenador da bancada da Frente Ampla (FA), desmentiu que o presidente, Tabaré Vázquez, o chamasse com exigências para a aprovação da Lei de descentralização.

Mahía, citado hoje pelo jornal La República, sustentou que o presidente "sempre tem respeitado o livre debate do Parlamento não só neste assunto".



"Em nenhum momento recebi o telefonema do presidente Tabaré Vázquez nem de ninguém de Presidência e nenhum legislador me fez chegar que o Presidente tenha transmitido seu mal-estar", expressou.



Desta forma, o parlamentar refutou versões de imprensa aqui que assinalavam supostas pressões do atual Chefe de Estado, que entregará o cargo a José Mujica em 1º de março, aos deputados da FA para sancionar a legislatura.



Na terça-feira passada, o projeto não pôde ser aprovado pela Câmara de Representantes devido, fundamentalmente, a manobras dos integrantes ao Parlamento pertencentes ao opositor Partido Nacional.



Na próxima segunda-feira será analisada pela Mesa Política da FA que receberá relatórios sobre seu conteúdo e deverá acalmar as diferenças surgidas no seio da própria esquerda.



Analistas propõem que a lei aponta a criar um novo degrau de municípios em todo o país, de administração e gerenciamento, e à participação cidadã nas decisões em temas vinculados ao governo local.



rc/wap/dcp

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

CUBA PEDE PARA ONU AVANÇAR SOBRE REFORMA NO CONSELHO DE SEGURANÇA

NAÇÕES UNIDAS, 20 JAN (PRENSA LATINA)


CUBA DESTACOU HOJE NA ASSEMBLÉIA GERAL DA ONU A NECESSIDADE DE CONSEGUIR AVANÇOS NO PROCESSO DE NEGOCIAÇÕES SOBRE A REFORMA DO CONSELHO DE SEGURANÇA.

O APELO FOI FEITO PELO REPRESENTANTE ALTERNO DE CUBA NAS NAÇÕES UNIDAS, RODOLFO BENÍTEZ, AO INTERVIR NESTA TERÇA-FEIRA NO SEGUNDO INTERCÂMBIO DA QUARTA RODADA DE DISCUSSÕES SOBRE ESSE TEMA. O DIPLOMATA PEDIU QUE SEJA EVITADO A TODO CUSTO QUE A NEGOCIAÇÃO TERMINE CONVERTIDA EM UMA REITERAÇÃO DAS DELIBERAÇÕES SUSTENTADAS DURANTE MAIS DE 15 ANOS NO GRUPO DE TRABALHO DA ASSEMBLÉIA GERAL SEM CHEGAR A RESULTADO ALGUM.

DISSE QUE A GRANDE MAIORIA DOS PAÍSES MEMBROS TÊM INTERESSE E PRESTAM ATENÇÃO PRIORITÁRIA AO PROCESSO DE REFORMA DO CONSELHO DE SEGURANÇA, COM INDEPENDÊNCIA DAS LEGÍTIMAS FRUSTRAÇÕES QUE POSSAM EXISTIR DEVIDO AO LENTO AVANÇO REGISTRADO.

ASSIM AFIRMOU QUE SÃO CONHECIDAS AS POSIÇÕES DA CADA DELEGAÇÃO E EXISTEM SUFICIENTES PROPOSTAS PARA PODER INICIAR UM PROCESSO DE NEGOCIAÇÃO REAL.

APESAR DAS DIFERENÇAS, A GRANDE MAIORIA COINCIDE EM UM PONTO CHAVE: O CONSELHO DE SEGURANÇA PRECISA DE UMA REFORMA URGENTE E PROFUNDA, APONTOU BENÍTEZ.

E TAMBÉM HÁ UMA AMPLA COINCIDÊNCIA QUE NÃO PODERÁ EXISTIR UMA VERDADEIRA REFORMA DE NAÇÕES UNIDAS ATÉ QUE SE REFORME O CONSELHO DE SEGURANÇA, CONCLUIU.

MGT/VC/BJ

1973- ASSASSINATO DO LÍDER AFRICANO AMÍLCAR CABRAL

EFEMÉRIDES JANEIRO 20, 2010






GUINÉ BISSAU



EM 20 DE JANEIRO 1973 É ASSASSINADO O LÍDER AFRICANO AMÍLCAR CABRAL, POR MILITARES TRAIDORES RECRUTADOS PELO COLONIALISMO PORTUGUÊS. FOI UM DOS MAIS MAIORES LÍDERES FUNDADORES DA NACIONALIDADE AFRICANA. EDUCADO EM LISBOA, SE GRADUOU ENGENHEIRO AGRÔNOMO EM PORTUGAL. TAMBÉM FOI ESCRITOR E LEU OS GRANDES FILÓSOFOS DA HUMANIDADE. FOI MEMBRO FUNDADOR DO CENTRO DE ESTUDOS AFRICANOS EM 1948 E SECRETÁRIO GERAL DO PARTIDO AFRICANO PARA A INDEPENDÊNCIA DA GUINÉ E CABO VERDE EM 1956. MÁXIMO DIRIGENTE POLÍTICO E MILITAR, REVOLUCIONÁRIO DA CHAMADA GUINÉ PORTUGUESA. ABRAÇOU A GUERRA DE GUERRILHAS COMO VIA FUNDAMENTAL PARA LIBERTAR A SEU POVO DO COLONIALISMO PORTUGUÊS. NÃO SE CONCENTROU NO COMBATE ANTICOLONIAL NA GUINÉ BISSAU, MAS QUE O ESTENDEU TAMBÉM AO ARQUIPÉLAGO DE CABO VERDE, E FOI SOLIDÁRIO, TAMBÉM, COM AS BATALHAS NAS RESTANTES COLÔNIAS PORTUGUESAS. ARTÍFICE DA UNIDADE INTERNA, ENFRENTOU-SE ÀS TENDÊNCIAS TRIBAIS, RELIGIOSAS E REGIONAIS QUE DIVIDIAM O SEU PAÍS. POR SUAS IDEIAS POLÍTICAS EM 1955 É EXPULSO DE BISSAU E INCORPORA-SE À ORGANIZAÇÃO E LUTA DO MOVIMENTO INDEPENDENTISTA EM ANGOLA. POSTERIORMENTE ORGANIZA O PARTIDO AFRICANO PARA A INDEPENDÊNCIA (PAI), QUE DEPOIS ADOTA O NOME DE PARTIDO AFRICANO PARA A INDEPENDÊNCIA DA GUINÉ E CABO VERDE (PAIGC). SEMPRE MANTEVE TODA A CLAREZA, A IDEOLOGIA REVOLUCIONÁRIA, ANTI-IMPERIALISTA, ANTICOLONIALISTA, CONTRA O APARTHEID E TODAS AS FORMAS DE RACISMO E DISCRIMINAÇÃO QUE, DERIVADAS DESTE, EXISTIAM NAQUELES MOMENTOS NO CONTINENTE AFRICANO, AO SUL DO SAARA. AMÍLCAR CONTINUOU SEUS ESFORÇOS PELA LIBERTAÇÃO DO COLONIALISMO MEDIANTE A LUTA ARMADA. AS GUERRILHAS NÃO SE DETINHAM LIBERTAVAM ÁREAS DIA POR DIA. SEU EMPENHO FOI TAL QUE SE CONVERTEU EM UM OBSTÁCULO INSUPERÁVEL PARA A POLÍTICA COLONIAL. OS PRINCÍPIOS QUE DEFENDIA TAMBÉM AFETAVAM OS INTERESSES IMPERIALISTAS. POR ISSO DECIDIRAM O ELIMINAR. OS PORTUGUESES RECLUTARAM MILITARES TRAIDORES QUE ACABARAM COM SUA VIDA. NASCEU EM BAFATÁ EM 12 DE SETEMBRO DE 1924.

ARC/MGD/BJ

EFEMÉRIDES DE CUBA E O MUNDO

CUBA

1831 - O POETA E PATRIOTA JOSÉ MARÍA HEREDIA É CONDENADO A MORTE

EM 20 DE JANEIRO 1831 O POETA E PATRIOTA JOSÉ MARÍA HEREDIA E OUTROS ESCRITORES SÃO CONDENADOS A PENA DE MORTE EM REBELDIA AO GOVERNO COLONIAL ESPANHOL. O POETA ALÉM DA CONDENAÇÃO A MORTE FOI-LHE CONFISCADO SEUS BENS, POR "CORRESPONDÊNCIA CRIMINOSA" NA CAUSA POR CONSPIRAÇÃO PARA A INDEPENDÊNCIA DE CUBA, DA GRANDE LEGIÃO DA ÁGUIA NEGRA, EM HAVANA. HEREDIA, INICIADOR EM CUBA DA TRADIÇÃO POÉTICA PATRIÓTICA E REVOLUCIONÁRIA, E QUEM SEGUNDO O PRÓCER DA INDEPENDÊNCIA JOSÉ MARTÍ "ACORDOU EM SUA ALMA A PAIXÃO INEXTINGUÍVEL PELA LIBERDADE", VIU-SE COMPLICADO, POR SUAS IDEIAS POLÍTICAS, NA CONSPIRAÇÃO DOS SOLES E RAYOS DE BOLÍVAR, QUANDO FOI DELATADA ESTA CONSPIRAÇÃO PELA INDEPENDÊNCIA. REFUGIADO EM UM LAR AMIGO, CONSEGUIU ESCAPAR PARA OS ESTADOS UNIDOS, SALVANDO ASSIM SUA VIDA. DO EXÍLIO CONTINUOU ALIMENTANDO SUAS ÂNSIAS LIBERTÁRIAS. NASCEU EM SANTIAGO DE CUBA EM 31 DE DEZEMBRO DE 1803 E MORREU NO MÉXICO EM 7 DE MAIO DE 1839.



CUBA

1959-CONSELHO DE MINISTROS APROVA A ESTRUTURA DOS SINDICATOS

EM 20 DE JANEIRO DE 1959 O CONSELHO DE MINISTROS APROVA A LEI 22, QUE NORMATIZA A ESTRUTURAÇÃO SINDICAL DEPOIS DE TROCAR A DIREÇÃO QUE RESPONDIA AO EX SECRETÁRIO GERAL DA ORGANIZAÇÃO OPERÁRIA, O CONTRA-REVOLUCIONÁRIO EUSEBIO MUJAL , E LEGALIZA O COMITÊ DE DIREÇÃO DA CONFEDERAÇÃO DE TRABALHADORES DE CUBA (CTC-REVOLUCIONÁRIA). TAMBÉM ESSA LEGISLAÇÃO PROPÕE A REPOSIÇÃO DOS TRABALHADORES DESLOCADOS POR MOTIVOS POLÍTICOS E SINDICAIS DESDE 10 DE MARÇO DE 1952 A31 DE DEZEMBRO DE 1958.

ARC/MGD/BJ



CUBA

1960 -CONSTITUIÇÃO DO SERVIÇO MEDICO SOCIAL RURAL

EM 20 DE JANEIRO DE 1960 CONSTITUI-SE O SERVIÇO MÉDICO SOCIAL RURAL EM VIRTUDE DA LEI 723, QUE PERMITIU LEVAR O SISTEMA DE SAÚDE AOS LUGARES MAIS LONGES DO PAÍS. NESTE MESMO DIA MUDA-SE O NOME AO MINISTÉRIO DE SALUBRIDADE E ASSISTÊNCIA HOSPITALAR E PASSA A DENOMINAR-SE MINISTÉRIO DE SAÚDE PÚBLICA, E ESTABELECE-SE UMA NOVA ESTRUTURA NO MESMO.



CUBA

1961- DESMOBILIZAÇÃO DAS MILÍCIAS E PALAVRAS DE FIDEL DIANTE DA POSSE DE JOHN F. KENNEDY

EM 20 DE JANEIRO DE 1961 EM SEU DISCURSO COM MOTIVO DA DESMOBILIZAÇÃO DAS MILÍCIAS E COINCIDINDO COM A POSSE DO PRESIDENTE JOHN F. KENNEDY, O COMANDANTE EM CHEFE FIDEL CASTRO DECLARAVA: "QUE DIZER DIANTE DA PERSPECTIVA DE QUE TENHA PAZ PARA NOSSO PAÍS E PARA O MUNDO? BEM-VINDA SEJA ESSA OPORTUNIDADE E BEM-VINDA SEJA ESSA PAZ. E OXALÁ QUE NO GOVERNO DOS ESTADOS UNIDOS TRIUNFEM OS QUE SEJAM CAPAZES DE COMPREENDER A TREMENDA RESPONSABILIDADE QUE TÊM NO MUNDO. OXALÁ TENHAM FIRMEZA E TENHAM O VALOR DE FALAR COM HONRADEZ AO POVO DOS ESTADOS UNIDOS. OXALÁ COMPREENDAM QUE ESSE É O DEVER QUE TÊM POR DIANTE, E OXALÁ TENHAM SUCESSO SE ABRIGAM ESSE EMPENHO. "NÓS NOS ALEGRAMOS DE QUALQUER RETIFICAÇÃO"

ARC/MGD

HAITI PARA ALÉM DA EMERGÊNCIA

PORTO PRÍNCIPE, 20 JAN (PRENSA LATINA)


O TERREMOTO NO HAITI SUSCITOU A REAÇÃO IMEDIATA DA COMUNIDADE INTERNACIONAL PARA DAR RESPOSTA ÀS NECESSIDADES URGENTES, MAS PARA ALÉM DE ALIVIAR O SOFRIMENTO, O PAÍS PRECISA DE PROGRAMAS A LONGO PRAZO PARA O DESENVOLVIMENTO.

O MOVIMENTO TELÚRICO DE 7,3 GRAUS NA ESCALA RICHTER QUE DEVASTOU ESTA CAPITAL E CIDADES PRÓXIMAS DEIXOU UM SALDO ESTIMADO EM MAIS DE 100 MIL MORTOS, UM MILHÃO E MEIO DE PESSOAS SEM LAR E TRÊS MILHÕES E MEIO DE ATINGIDOS.

EDIFÍCIOS EMBLEMÁTICOS, COMO O PALÁCIO PRESIDENCIAL, A CATEDRAL, O ARCEBISPADO, O PARLAMENTO, VÁRIOS MINISTÉRIOS E A SEDE DA ONU VIERAM ABAIXO COM O SISMO.

MAS TAMBÉM FORAM DESTRUÍDAS DEZENAS DE MILHARES DE MORADIAS, LOJAS, ESCOLAS, HOSPITAIS, IGREJAS, HOTÉIS E OUTRAS INSTALAÇÕES EM PORTO PRÍNCIPE E NOS CENTROS URBANOS DE JACMEL, CARREFOUR E LEOGANE.

"É COMO SE O PAÍS TIVESSE SIDO BOMBARDEADO POR 15 DIAS", DECLAROU O PRESIDENTE HAITIANO, RENÉ PREVAL, CUJA RESIDÊNCIA TAMBÉM FOI DERRUBADA.

O MANDATÁRIO ADMITIU QUE SE PRECISA CURAR NÃO SOMENTE AS FERIDAS ABERTAS PELO TERREMOTO, MAS DESENVOLVER A ECONOMIA, A AGRICULTURA, A EDUCAÇÃO E A SAÚDE, CRIAR POSTOS DE TRABALHO E REFORMAR AS INSTITUIÇÕES.

PREVAL CONSIDEROU O FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL E O DESENVOLVIMENTO COMO CONDIÇÕES INDISPENSÁVEIS PARA CONSEGUIR A ESTABILIDADE POLÍTICA E ECONÔMICA.

O TEMA DA AJUDA PARA A RECONSTRUÇÃO DE HAITI FOI ANALISADO PELA PRIMEIRA VEZ NESTA SEMANA EM SANTO DOMINGO EM UMA REUNIÃO PREPARATÓRIA DA CÚPULA MUNDIAL DE DOADORES.

A PRINCIPAL CONCLUSÃO FOI QUE O PAÍS CARIBENHO PRECISARÁ DEZ BILHÕES DE DÓLARES EM CINCO ANOS PARA A RECUPERAÇÃO DOS DANOS OCASIONADOS PELO TERREMOTO.

OS ESFORÇOS, NO ENTANTO, DEVERÃO ENCAMINHAR-SE NÃO SOMENTE À ATENÇÃO DA EMERGÊNCIA, MAS TAMBÉM À IMPLEMENTAÇÃO DE PROGRAMAS SUSTENTÁVEIS QUE PERMITAM SUPERAR O SUBDESENVOLVIMENTO.

HAITI FOI COLÔNIA DA ESPANHA E APÓS FRANÇA ATÉ QUE EM 1804 SE CONVERTEU NA PRIMEIRA REPÚBLICA INDEPENDENTE DA AMÉRICA LATINA E CARIBE, DEPOIS DE VÁRIOS ANOS DE LUTA.

SÉCULOS DE COLONIALISMO E NEOCOLONIALISMO, DE INTERVENCIONISMO CONTINUADO E DO INJUSTO E EXCLUDENTE ORDEM ECONÔMICA INTERNACIONAL, CONVERTERAM A ESTA NAÇÃO NA MAIS ATRASADA DO HEMISFÉRIO, COM UMA POBREZA QUE RONDA 80 POR CENTO.

O PAÍS OCUPA TAMBÉM O ÚLTIMO POSTO NA REGIÃO QUANTO AO ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO, AVALIAÇÃO ANUAL DA ONU PARA MEDIR A QUALIDADE DE VIDA E A PROTEÇÃO DA INFÃNCIA.

À JÁ DEPRIMIDA SITUAÇÃO ECONÔMICA SE SOMAM AGORA OS PROBLEMAS CRIADOS PELO TERREMOTO DE 12 DE JANEIRO, CUJO CUSTO ECONÔMICO SERÁ MUITO MAIOR QUE AS PERDAS OCASIONADAS EM 2008 POR SUCESSIVAS TORMENTAS E FURACÕES.

ALÉM DA VULNERABILIDADE POR SUA LOCALIZAÇÃO EM UMA ÁREA DE ALTA INCIDÊNCIA DE CICLONES, HAITI SOFRE COM MAIORES RIGORES OS EMBATES DESSES FENÔMENOS CLIMATOLÓGICOS DEVIDO À DESMATAMENTO E A DEVASTAÇÃO INDISCRIMINADA DE 98 POR CENTO DOS BOSQUES.

OS ESPECIALISTAS CONSIDERAM QUE APÓS OS MAIS RECENTES DESASTRES, OS ESFORÇOS PARA RECUPERAR O PAÍS TERÃO QUE TER EM CONTA A NECESSIDADE DE REVERTER O DANO AMBIENTAL E A ARIDEZ DOS SOLOS, QUE AMEAÇAM OS FORNECIMENTOS DE ALIMENTOS E ÁGUA.

TAMBÉM É URGENTE QUE AS NAÇÕES INDUSTRIALIZADAS CUMPRAM COM SEU COMPROMISSO DE AJUDA ÀS NAÇÕES POBRES E QUE SE CONSIGA AVANÇAR NOS OBJETIVOS DO MILÊNIO DA ONU.

TAIS METAS SÃO ENCAMINHADAS A REDUZIR A EXTREMA POBREZA, A FOME, A MORTALIDADE INFANTIL E MATERNA E AMPLIAR O ACESSO À EDUCAÇÃO E A ATENÇÃO MÉDICA PARA 2015.

"ESTAMOS BEM LONGE DE CUMPRIR NOSSAS PROMESSAS DE UM FUTURO MELHOR PARA OS MAIS POBRES DO MUNDO", ADMITIU O SECRETÁRIO GERAL DA ORGANIZAÇÃO DE NAÇÕES UNIDAS, BAN KI-MOON, DEPOIS DE UM PERCURSO PELA ÁREA DE DESASTRE NO HAITI.

A ONU, A OEA, A UNIÃO EUROPEIA, ESTADOS UNIDOS E AMÉRICA LATINA PARTICIPARÃO NO PRÓXIMO DIA 25 EM MONTREAL, CANADÁ, EM UMA SEGUNDA REUNIÃO PREPARATÓRIA DA CÚPULA MUNDIAL DE DOADOR SOBRE HAITI.

CUBA, QUE DESDE HÁ MAIS DE UMA DÉCADA APOIA ESTA NAÇÃO NA SAÚDE, EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO DE ESPECIALISTAS, ADVERTIU QUE HAITI SÓ PODERÁ AVANÇAR PARA UM FUTURO DE PROSPERIDADE COM O RESPALDO CONSTANTE E FIRME DA COMUNIDADE INTERNACIONAL A LONGO PRAZO.

O PREMIÊ HAITIANO, JEAN MAX BELLERIVE, DESCREVE-O COMO UM ESFORÇO MUNDIAL QUE PERMITA PASSAR DA RECONSTRUÇÃO À EDIFICAÇÃO DE UM NOVO PAÍS.

RC/CAR/BJ

SENSORES VENEZUELANOS DETECTARAM OUTRO FORTE TERREMOTO NO HAITI

CARACAS, 20 JAN (PRENSA LATINA)


O PRESIDENTE DA FUNDAÇÃO VENEZUELANA DE INVESTIGAÇÕES SISMOLÓGICAS, FRANCISCO GARCÉS, INFORMOU HOJE QUE SENSORES DA ENTIDADE DETECTARAM HOJE OUTRO FORTE TERREMOTO NO HAITI, ESTE DE MAGNITUDE 6,1.

SEGUNDO O FUNCIONÁRIO, O TREMOR FOI CAPTADO POUCO ANTES DAS 07:00, HORA LOCAL DA VENEZUELA.

O NOVO TERREMOTO LOCALIZADO A UNS 60 QUILÔMETROS DA CAPITAL, PORTO PRÍNCIPE, PODE TER CAUSADO SEVEROS DANOS, CONSIDERANDO QUE AS ESTRUTURAS ESTÃO MUITO DEBILITADAS PELO EVENTO DE 12 DE JANEIRO (7,3 DE MAGNITUDE), ADVERTIU EM UM CONTATO COM VENEZUELANA DE TELEVISÃO.

GARCÉS CHAMOU A AUMENTAR A AJUDA HUMANITÁRIA AO HAITI, ONDE O PRIMEIRO SISMO CAUSOU DEZENAS DE MILHARES DE MORTOS, MAIS DE UM MILHÃO DE ATINGIDO E INCALCULÁVEIS PERDAS MATERIAIS.

TEMOS QUE REDOBRAR ESFORÇOS PARA APOIAR A NOSSOS IRMÃOS, AFIRMOU.

A OCORRÊNCIA DO NOVO TERREMOTO FOI CONFIRMADA AO PRÓPRIO CANAL ESTATAL PELO EMBAIXADOR VENEZUELANO NA DEVASTADA NAÇÃO CARIBENHA, PEDRO ANTONIO CANINO.

QUANDO SAÍMOS PARA A EMBAIXADA O SENTIMOS, MAS AINDA NÃO TEMOS MUITOS ELEMENTOS, APONTOU.

RC/WMR/BJ

TERREMOTO DE 6,1 GRAUS DE MAGNITUDE SACODE O HAITI

PORTO PRÍNCIPE, 20 JAN (PRENSA LATINA)


UM SISMO DE 6,1 GRAUS NA ESCALA RICHTER SACUDIU HOJE HAITI, ONDE HÁ OITO DIAS UM MOVIMENTO TELÚRICO DE 7,3 GRAUS, DEIXOU DEZENAS DE MILHARES DE MORTOS, FERIDOS E ENORMES PERDAS MATERIAIS.

O FENÔMENO OCORREU PASSADAS AS 06.00 HORA LOCAL, E SEU EPICENTRO -UMA RÉPLICA DO TERREMOTO DE 12 DE JANEIRO-, SE LOCALIZOU A 60 QUILÔMETROS AO SUDOESTE DESTA CAPITAL E O HIPOCENTRO A UMA PROFUNDIDADE DE QUASE 10 QUILÔMETROS, INFORMA O INSTITUTO GEOLÓGICO DOS ESTADOS UNIDOS.

ATÉ O MOMENTO NÃO SE CONHECEM INFORMES IMEDIATOS SOBRE VÍTIMAS OU DANOS MATERIAIS, MAS A POPULAÇÃO SE CONCENTROU ALARMADA NAS RUAS E AS ESCASSAS EDIFICAÇÕES QUE AINDA EXISTEM SE ESTREMECERAM FORTEMENTE.

RC/JOE/BJ

Caracas inaugura metro-cabo para bairros populares

Caracas inaugura metro-cabo para bairros populares




Caracas, 20 jan (Prensa Latina)


Caracas pôs em marcha hoje seu sistema de metro-cabo para facilitar o acesso aos bairros populares dos cerros mediante teleféricos, que em sua primeiro seção mobilizará 15 mil pessoas por dia.



O presidente do país, Hugo Chávez, inaugurou a primeira etapa de 1,8 quilômetros com cinco estações que liga o Parque Central com os bairros Fornos de Cal, La Ceiba, El Manguito e San Agustín.



Chávez, quem realizou a primeira viagem do metro-cabo junto a outros membros do governo, ressaltou que a obra é resultado da decisão de pôr ao serviço do povo a tecnologia e os recursos do país provenientes do petróleo.



Ao observar os bairros desde o periférico, Chávez convocou a seus ministros a "transformar agora tudo lá abaixo", em alusão às difíceis condições de vida como resultado da acumulação da pobreza.



Desde aqui - sublinhou- observa-se melhor o drama da pobreza, há que investir muito dinheiro para reabilitar estes bairros.



A obra, com um investimento próximo a 50 milhões de dólares, foi executada pelo ministério de Obras Públicas e Moradia e a empresa brasileira Odebrecht e liga com a linha 2 do Metro de Caracas, mediante a estação Parque Central.



O sistema conta com 54 cabines com capacidade de 10 pessoas que passarão a cada 27 segundos pelas estações, para um percurso de nove minutos aproximadamente.



O metro-cabo de Caracas beneficiará aos habitantes dos cerros que usualmente devem subir escadas durante 40 minutos para chegar até seus lares.



Esta obra é a primeira de seu tipo que se constrói em Venezuela e a segunda na América Latina, depois do sistema similar existente em Medellín, Colômbia.



tgj/Ml/dcp

Cubanos honrarão a Martí em 157° aniversário de seu nascimento

Havana, 20 jan (Prensa Latina)


Jovens cubanos reeditarão nesta capital a marcha das tochas para honrar ao Herói Nacional José Martí, no 157° aniversário de seu nascimento.



A peregrinação se efetuará na quarta-feira próxima na noite em espera do 28 de janeiro, explicou o vice-presidente da Federação Estudiantil Universitária (FEU) Raúl López.



Os estudantes e povo em geral partirão desde a histórica escalinata da Universidade de Havana até a Fragua Martiana.



A marcha estará encabeçada por membros do Conselho Nacional da FEU, explicou López citado pela Agência Informação Nacional(AIN).



Com motivo à efeméride se desenvolverá um amplo programa que inclui os tradicionais desfiles martianos, tertulias, concertos, concursos de literatura e artes plásticas.



Também - acrescenta a AIN- está prevista uma jornada nacional de trabalho voluntário, convocada para o próximo domingo pela Central de Trabalhadores de Cuba e a União de Jovens Comunistas.



A primeira marcha das Tochas foi organizada em 1953 em ocasião do centenário do Apóstol.



tgj/joe/dcp

Bolívia chamará os EUA ante a ONU por ocupação do Haiti

La Paz, 20 jan (Prensa Latina)


O governo boliviano confirmou hoje que solicitará à Organização de Nações Unidas (ONU) uma reunião urgente para que o mundo repudiem a "injusta, desumana e oportunista" ocupação militar dos Estados Unidos no Haiti.



Em declarações à imprensa, o presidente Evo Morales expressou a rejeição e indignação do povo da Bolívia pela decisão de Washington de enviar tropas em lugar de ajuda ao Haiti, cuja capital, Porto Príncipe, foi seriamente afetada por um devastador terremoto.



"Não é possível que os Estados Unidos use a desgraça do povo haitiano para invadir e ocupar militarmente a esse país", manifestou o chefe de Estado.



Qualificou esse fato de sumamente grave que deve provocar a rejeição da comunidade internacional.



O movimento telúrico de 7,3 graus na escala Richter que devastou à capital haitiana e populações vizinhas deixou um saldo estimado em mais de 100 mil mortos, um milhão e meio de pessoas sem lar e três milhões e meio de danificados.



Para o governante, ao país caribenho "é preciso ir salvar vidas e não a ocupar militarmente".



"Haiti não quer mais sangue e mais mortes pelo disparo de armas de fogo e a invasão, o que seu povo quer é sangue, medicamentos, alimentos, água para salvar vidas", pontuou o líder boliviano.



Morales questionou as afirmações de seu par estadunidense, Barack Obama, quem na V Cúpula das Américas, celebrada em Trinidad e Tobago em abril de 2009, disse que queria relações diplomáticas de respeito mútuo com o mundo e em especial com os países em via de desenvolvimento.



"Ter relações de respeito mútuo não se levam adiante com ocupações militares e a instalação de bases estadunidenses em outras nações", manifestou o estadista sul-americano.



Sublinhou que a Bolívia se manterá firme na defesa da soberania e a dignidade de todos os países do mundo para acabar com essa classe de intervenção militar imperialista.



tgj/por/dcp

Persistem problemas na coordenação de ajuda para o Haiti

Porto Príncipe, 20 jan (Prensa Latina)


Oito dias após o terremoto que devastou a capital haitiana e cidades vizinhas a ajuda internacional continua chegando a este país, mas existem problemas de coordenação, disse o presidente René Preval.



Haiti tem recebido alimentos, água, medicamentos, equipes de saneamento básico, barracas, agasalhos e outros artigos mas precisa-se coordenação para saber em que quantidade, quando e como a distribuir, informou o primeiro ministro.



Segundo um balanço do governo, o movimento telúrico do passado 12 de janeiro ocasionou até agora 80 mil mortos confirmados, ainda que de acordo com outras fontes a cifra poderia chegar até 200 mil.



O sismo, de 7,3 graus na escala Richter, deixou também 250 mil feridos e um milhão e meio de pessoas sem lar, a maioria das quais dormem nas ruas ou em acampamentos instalados pela comunidade internacional.



Em vários dias após o terremoto, ainda não existe um sistema formal de distribuição das doações, informou o Escritório de Ajuda Humanitária da Organização das Nações Unidas (OCHA).



Apesar em massa envio de assistência, as necessidades são maiores que a resposta oferecida aos danificados, confirmou a OCHA.



Sobre os fundos solicitados pela ONU, só se recebeu 21% dos 575 milhões de dólares necessários para atender a emergência, informou a entidade.



Os principais problemas para a distribuição da ajuda estão dados na incapacidade do governo de trabalhar depois da morte de servidores públicos e o desabamento de edifícios governamentais e os congestionamentos no aeroporto e os terminais marítimos.



Governos e organizações humanitárias denunciaram que o desembarco de milhares de soldados dos Estados Unidos, que tomaram o controle do aeroporto e o Palácio de Governo, dificulta a assistência aos danificados.



Em opinião da representante da Política Exterior da União Européia, Catherine Ashton, mais que "auxilio militar" Haiti precisa maior coordenação para que a ajuda possa chegar aos afetados pelo terremoto.



tgj/car/dcp

Assembleia Geral ONU analisará situação no Haiti

Nações Unidas, 20 jan (Prensa Latina)

A Assembleia Geral das Nações Unidas realizará nesta

semana uma reunião plenária de urgência para analisar o desafio humanitário desatado pelo

terremoto que assolou o Haiti há oito dias.

O anúncio foi feito pela presidenta em funções do máximo órgão da ONU, Byrganym Aitimova

(Cazaquistão), durante uma reunião ontem com o atual titular do Conselho de Segurança, Zhang

Yesui (China).

Ambos destacaram o papel que deve desempenhar a Assembleia Geral na assistência humanitária e

na reconstrução do Haiti, país devastado por um terremoto de sete graus de intensidade no passado

dia 12.

Desta forma, assinalaram que essas tarefas requererão de uma estreita coordenação e mobilização

de toda a comunidade internacional.

O Conselho de Segurança decidiu ontem por unanimidade de seus 15 membros somar 3.500 novos

efetivos (dois mil soldados e 1.500 agentes da polícia) à Missão de Estabilização da ONU

(MINUSTAH) no Haiti.

Esse reforço, solicitado pelo secretário geral, Ban Ki-Moon, elevará a 8.940 os militares e a 3.711

os policiais integrantes da força da organização mundial.

Segundo o chefe de operações da ONU para a manutenção da paz, Alan Lhe Roy, o objetivo desse

incremento é poder garantir a tranquilidade nas ruas do Haiti e a segurança das operações de

distribuição da ajuda humanitária.

As Nações Unidas registra até agora a morte de 41 de seus trabalhadores destacados no Haiti e mais

de 300 desaparecidos pelo terremoto.

Entre os falecidos estão os mais altos chefes da MINUSTAH: o tunisiano Hedi Annabi, seu

segundo, o brasileiro Luiz Carlos da Costa, e o comissionado de polícia da ONU no Haiti, o

canadense Doug Coates.

A chefatura da missão está agora a cargo do guatemalteco Edmond Mulet.

A MINUSTAH está no Haiti desde 2004 integrada por militares, policiais e civis de uns 50 países,

entre eles Argentina, Bolívia, Chile, Brasil, Canadá, Colômbia, El Salvador, Equador, Espanha,

Estados Unidos, Peru, França, Guatemala, Paraguai, Rússia e Uruguai.

lma/vc/es

Copyright

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Antiterroristas cubanos agradecem solidariedade de jovens argentinos

Havana, 18 jan (Prensa Latina)

Os cinco antiterroristas cubanos presos há mais de 11 anos nos Estados Unidos agradeceram aos jovens argentinos que escalaram o pico Aconcagua em solidariedade com sua causa.

Em uma mensagem divulgada hoje pelo site Cubadebate, Gerardo Hernández, Ramón Labañino, René González, Antonio Guerrero e Fernando González expressaram sentir-se profundamente comovidos pelo esforço despregado para vencer essa meta.

Seu exemplo tem multiplicado a solidariedade mundial com nossa causa e o levaremos em nossos corações para enfrentar a injusta prisão a que nos mantêm submetidos, destaca a comunicação.

O texto termina enviando aos argentinos um forte abraço cheio de fraternidade e admiração, e com a frase de Até a vitória sempre, do mítico guerrilheiro argentino-cubano Ernesto Che Guevara.

Os cinco, como são conhecidos mundialmente, foram detidos em 12 de setembro de 1998 quando monitoravam as ações terroristas de grupos anticubanos assentados na Flórida, no sul dos Estados Unidos.

Numerosas provas judiciais e o depoimento de altos chefes militares norte-americanos sustentam que eles nunca atentaram contra a segurança desse país.

Apesar da sua declarada inocência e do clamor da comunidade internacional para sua libertação, os antiterroristas cubanos cumprem condenações de15 anos de privação de liberdade até dupla prisão perpétua mais 15 anos.

lma/dsa/bj

Haiti: a autoridade da ONU

Victor M. Carriba

Nações Unidas, 19 jan (Prensa Latina)


Nações Unidas trata hoje de reforçar sua autoridade dentro da crise desatada pelo terremoto em Haiti, no meio de crescentes críticas às pretensões dos Estados Unidos de se apropriar do controle desse país devastado.

O chefe de ajuda humanitária da ONU, John Holmes, assegurou nesta segunda-feira à imprensa que a coordenação com as autoridades norte-americanas melhora, sobretudo nas operações do aeroporto de Porto Príncipe, a cargo de pessoal estadunidense.

A referência aponta às numerosas denúncias lançadas contra a prioridade outorgada pelos controladores do terminal aéreo ao movimento de tropas e aviões dos Estados Unidos, em detrimento da ajuda estrangeira que flui para a assolada nação caribenha.

Holmes reconheceu que muitas aeronaves foram desviadas para a vizinha República Dominicana, entre elas algumas do Programa Mundial de Alimentos, um dos canais chaves da assistência mundial às vítimas do terremoto.

Disse que para resolver a situação essa agência da ONU e as autoridades norte-americanas estabeleceram um sistema de prioridades para os voos que devem aterrissar.

A atuação dos operadores estadunidenses foi criticada até pelos governos da França e Brasil e a Comunidade de Estados do Caribe (CARICOM), ainda que Holmes considerou que "não tem sido por falta de boa vontade, mas por problemas de organização".

Por sua vez, a União Europeia deixou entrever seu mal-estar frente às pretensões de protagonismo de Washington no Haiti ao exigir que seja a ONU que determine o papel que corresponde à cada parte.

A raiz do terremoto da passada terça-feira, Estados Unidos enviou quase seis mil soldados em uma alegada missão humanitária e já se anunciou que essa quantidade crescerá até 10 mil.

Ao mesmo tempo, o presidente, Barack Obama, autorizou o chamado a reservistas das Forças Armadas para incorporarem-se às tropas no Haiti.

Também se conheceu nas Nações Unidas que soldados norte-americanos iniciaram a inspeção do terminal portuário de Porto Príncipe com o objetivo da pôr em funcionamento como um novo canal primeiramente para a assistência internacional.

O secretário geral da ONU, Ban Ki-Moon, realizou no domingo uma visita ao Haiti e ontem pediu ao Conselho de Segurança que autorize o envio de três mil 500 novos soldados para reforçar a força militar e policial de Nações Unidas no Haiti.

Em declarações à imprensa, o dirigente ressaltou que a magnitude dos danos materiais e humanos e a situação existente requer um incremento das forças da Missão de Estabilização da ONU no Haiti (MINUSTAH).

Trata-se de dois mil novos militares e de mil 500 policiais para ortalecer a segurança e avançar na distribuição de alimentos e socorro humanitário, apontou.

O responsável para as operações de paz da ONU, Alain Le Roy, argumentou esse reforço com a necessidade de garantir a segurança da distribuição da ajuda e de corredores que unirão a Porto Príncipe com República Dominicana e um porto no norte de Haiti.

A MINUSTAH está no Haiti desde 2004 integrada por nove mil militares, policiais e civis de uns 50 países.

Seus três principais dirigentes morreram no terremoto da terça-feira passada: o tunisiano Hedi Annabi, seu segundo, o brasileiro Luiz Carlos da Costa, e o comissário de polícia da ONU no Haiti, o canadense Doug Coates.

Segundo Le Roy, a missão dos militares norte-americanos, que respondem a um comando próprio, é apoiar os trabalhos de assistência humanitária, enquanto a MINUSTAH é responsável pela segurança geral no assolado país caribenho.

lma/vc/bj

Ratifica Cuba identidade com causa árabe e princípios do NOAL

Ulisses Canales

Cairo, 19 jan (Prensa Latina)

Cuba ratificou hoje ao Egito sua permanente identidade e solidariedade com as causas dos povos árabes, em particular o palestino, e seu apego aos princípios do Movimento de Países Não Alineados (NOAL).

O vice-ministro cubano de Relações Exteriores Marcos Rodríguez expôs a postura da ilha caribenha a seu homólogo egípcio para Assuntos das Américas, Hisham El-Zimaity, com quem presidiu a segunda rodada de consultas políticas entre as chancelarias.

Rodríguez explicou a Prensa Latina no Cairo que sua visita faz parte dos contatos periódicos de ambas nações para vistoriar à agenda da colaboração bilateral, temas multilaterais e outros de interesse regional e internacional.

Dentro do temário de discussões destacaram a situação política e econômica do Egito e de Cuba, bem como a análise da evolução dos laços políticos, econômicos, comerciais e culturais.

No caso concreto do Egito, Rodríguez referiu-se ao trabalho que desenvolve esta nação como presidente dos NOAL, dado que junto com Cuba e Irã formam a Troika do movimento, que destacou- desejamos continue seu revitalização.

"Esta viagem pela região zona permitirá expressar a nossa contra-parte, aos países irmãos árabes, a solidariedade inquebrantável do povo cubano com a causa árabe", afirmou em alusão às visitas que realizará à Síria, Líbano, Arábia Saudita e Irã.

Declarou que dentro dessa solidariedade é prioritária a defesa do povo palestino "em sua justa luta por seu direito inalienável a ter um Estado independente com Jerusalém Leste como sua capital, e o direito de volta dos refugiados".

Assim, apontou, significa a possibilidade de poder explicar às demais autoridades árabes a atualidade econômica e política de Cuba, e trocar sobre assuntos multilaterais de interesse mútuo.

Segundo adiantou à Prensa Latina, está previsto assinar em Riad um acordo inter chancelarias para estabelecer essas consultas políticas pela primeira vez, e em Beirute tratará com as autoridades libanesas aspectos importantes dos laços bilaterais.

O vice-ministro acrescentou que nas conversas com seus interlocutores abordará detidamente temas multilaterais, fundamentalmente -precisou- a mudança climática e o ocorrido na conferência de Copenhague.

Além de instar a preparar-se para a próxima reunião no México, Rodríguez espera poder conversar com todos sobre "o papel que devem desempenhar os países em desenvolvimento diante do novo desafio que significam as negociações sobre as alterações climáticas depois do fracasso de Copenhague".

Também falaremos prosseguiu- sobre a reforma do Conselho de Segurança e outros órgãos da ONU, e do trabalho nos NOAL, foro de 118 países e do que são membros todos os Estados árabes.

arc/ucl/bj

Mais crianças haitianas salvas por médicos cubanos

Porto Príncipe, 19 Jan (Prensa Latina)


Uma semana após o terremoto que praticamente triturou esta cidade, crianças haitianas encontram salvação nas mãos de médicos cubanos, que velam por sua vida logo após serem cadastrados.

Tal é o caso da pequena Martina Franklin, de três anos, que foi protagonista de uma das cenas mais dramáticas ocasionadas pelo terremoto, e sobreviveu.

A moradia de dois andares onde residia a menina com seus pais, no bairro Carreffour Fevilles, veio abaixo nos primeiros segundos do terremoto. A mãe da pequena estava cozinhando, e bem perto jogava Martina, narrou a Prensa Latina sua tia, que pouco antes da catástrofe estivera ali.

Após a queda do teto da cozinha, foi inicidao um incêndio entre os restos da casa, onde ficaram presos a pequena e seus pais. Estes últimos morreram, mas Martina foi resgatada três dias após o terremoto, quando socorristas haitianos escutaram uma vozinha que clamando pela vida, entre os escombros, dizia:"estou aqui, estou aqui".

A menina foi levada ao centro hospitalar "A Renaissance", nas redondezas do devastado palácio de governo, e colocada nas mãos dos médicos cubanos que ali trabalham.

Queimaduras muito severas nas extremidades obrigaram os médicos a amputar-lhe as duas pernas para evitar danos maiores que pudessem dar colocar fim à sua vida, pela qual ela tanto batalhou durante 72 horas.

Outro impactante acontecimento foi o episódio no qual sobreviveram Rosany Joseph e quatro de seus sete filhos.

As crianças, Carlin, Carlina, Amigaelle e Mackensan, sofreram lesões diversas ao cair o teto de sua casa, inclusive traumas na cabeça, mas receberam uma rápida atenção da equipe de pediatras cubanos que trabalha no Hospital Universitário da Paz.

Depois de serem cadastrados, sua mãe decidiu, como fizeram dezenas de pacientes, permanecerem nos jardins da instalação, para ter bem perto à equipe de médicos da ilha e de outros países que assumiram o funcionamento da instituição, a qual tinha sido paralisada depois do terremoto, já que seu pessoal médico não se apresentou.

Depois do terremoto, os 331 médicos cubanos que se encontravam no Haiti se mantiveram prestando assistência médica, e 81 deles desde as primeiras horas do desastre instalaram-se num hospital de campanha na área mais afetada desta capital.

Aos mais de 300, somaram-se a brigada Hanry Reeve e jovens haitianos graduados na ilha, bem como estudantes de medicina que se formam em Santiago de Cuba, uma das províncias do oriente do arquipélago cubano.

et/bj

Concluído no Equador Foro sobre novos desafios da América Latina

Quito, 19 jan (Prensa Latina)


 O Fórum internacional "Os Novos Desafios da América Latina: Socialismo e o Sumak Kawsay" (Bom Viver) concluirá hoje aqui , com as conferências de figuras do âmbito político e acadêmico de seis países da região.

Ao inaugurar o Foro, o ministro equatoriano Coordenador da Política, Ricardo Patiño, expressou seu contentamento por contar com a participação de distintas personalidades de diferentes partidos políticos, movimentos sociais da América Latina e outras regiões.

Desde 2006, uma equipe de colegas e parceiros trabalhou arduamente no que seria o Plano de Governo do Movimento País, e o impulsionamos durante estes três anos de mudanças profundas, mas muitas coisas ainda têm que ser trabalhadas, afirmou.

Patiño destacou que os projetos e processos vivos na América Latina precisam um momento de reflexão para estabelecer com maior clareza para onde vamos, o horizonte ao que apontamos como país e região na vanguarda do processo de mudança no mundo.

Também do Equador, Ana María Larrea, subsecretaria de Planejamento e Desenvolvimento, enfatizou que pela primeira vez na história uma Constituição reconhece os direitos da Natureza e esta passa a ser elemento constitutivo da vida em plenitude.

É fundamental recuperar o Estado para a cidadania, apontou, e especificou que se referia a suas três faculdades fundamentais: o planejamento, a regulação e o controle e a redistribuição, com o fim de construir um estado igualitário, plurinacional e transparente. Nidia Díaz, de El Salvador, afirmou que a guerrilha entrou em seu país , em um Estado capitalista, para transformá-lo em um Estado de Direito, impulsionar um modelo econômico social inclusivo, equitativo, que permita desenvolver a justiça social e fomentar uma cultura de paz.

Do Chile, Marco Roitman, ressaltou o contexto no qual se desenvolveram os processos constitucionais na América Latina a partir de fins da década 1970-1980, e os processos constitucionais dentro do âmbito das lutas democráticas.

María Paula Romo, de Equador, afirmou que seu país teve 20 Constituições, para uma média de uma a cada 10 anos, o qual disse eram reflexo de demandas sociais diferentes, e agora os povos indígenas incorporaram também o princípio do Sumak Kawsay (Bom Viver).

arc/prl/bj

Desolador panorama no Haiti, após uma semana do terremoto

Porto Príncipe, 19 jan (Prensa Latina)


Um panorama desolador de morte e destruição continua hoje no Haiti há uma semana do devastador terremoto que destroçou a capital, enquanto prossegue a em massa chegada de ajuda internacional.

Grupos de socorristas de mais de 20 países mantêm seu trabalho em busca de sobreviventes entre as ruínas da maioria das edificações da cidade, em um esforço vivo mais pela esperança que pelas possibilidades.

Centenas de médicos de Cuba, Brasil, Espanha, Estados Unidos e outras nações prosseguem também atendendo a um crescente número de feridos, apesar das precárias condições em que realizam seu trabalho.

O caos existente impede estabelecer um balanço aproximado da tragédia, mas alguns cálculos das autoridades presumem que a cifra de mortos pode atingir a dramática quantidade de 200 mil.

A situação obriga o enterro em valas comuns de cadáveres, sem registro algum, nos cemitérios e as redondezas da capital.

Servidores públicos do ministério de Saúde indicaram que o número de mortos pode chegar aos 250 mil, enquanto quase um milhão e meio de pessoas perderam suas moradias e muitos perambulam pelas ruas em busca de ajuda.

Enquanto, funcionários públicos das Nações Unidas temem que o desespero da população pelas carências de alimentos e água conduza à violência ou saques, estes últimos já frequentes.

A comunidade internacional mobilizou-se em massa para o envio de ajuda humanitária, mas sua distribuição tropeça com problemas organizativos e a destruição em massa da infra-estrutura da capital.

Em Roma, a diretora do Programa Mundial de Alimentos (PMA), Josette Sheeran, estimou que são necessárias mais de 100 milhões de rações para as vítimas durante os próximos 30 dias.

Organismos multilaterais e representantes de numerosos países lembraram ontem em Santo Domingo da celebração de uma conferência internacional para a reconstrução do devastado Haiti.

A decisão foi confirmada na primeira reunião preparatória celebrada por iniciativa do presidente dominicano, Leonel Fernández, e que contou com a presença de seu homólogo haitiano, René Preval.

Na Declaração de Santo Domingo, Cúpula Unidos por um Melhor Futuro para Haiti, informa-se que a reunião será na República Dominicana e será convocada pela União Europeia, sem informar ainda a data de sua celebração.

Acrescenta "que terá como objetivo a elaboração de um Plano Estratégico para a Reconstrução de Haiti que, para além das ajudas de emergência, contribua para reforçar em meio e longo prazo a viabilidade e a estabilidade social, econômica e política do Haiti".

Um Comitê especial terá sob sua responsabilidade a preparação da Conferência e foi anunciada a celebração de outra reunião preparatória no próximo dia 25 no Canadá.

arc/rl/bj

Nosso passado material, sua importância e cuidado

Yamilé Luguera González (*)

Havana, (Prensa Latina)


As antiguidades t?m um encanto ?nico, uma pe?a de 50 anos converte-se em bem de museu e passa a fazer parte do patrim?nio tang?vel, por isso devemos cuid?-la e respeit?-la como um peda?o importante de nosso passado.

Desde tempos remotos, ao homem despertou-lhe o interesse pelo colecionismo, disciplina que tem subsistido até nossos dias.

Isto tem permitido que muitas peças se conservem por anos. Outras, desgraçadamente, se perderam pela má manipulação de pessoas inexperientes ou permanecem ainda no anonimato.

As peças arqueológicas têm um espaço reconhecido; sozinhas ou como parte de uma coleção, nos revelam o passado que não conseguiu ficar escrito e complementam o que se escreveu; mas são mais suscetíveis ao deterioramento que as que permaneceram em um museu.

Os vestígios materiais da história geralmente encontram-se enterrados ou submersas, sofrem danos provocados pela salinidade dos solos ou da água, a degradação das matérias orgânicas ou, simplesmente, a vida que cresce em cima deles: fungos, líquens, bactérias, algas, corais, etc., que em ocasiões se alimentam digerindo o substrato sobre o qual crescem.

Estas peças levam desde o início um tratamento responsável, guiado pelos conhecimentos adquiridos sobre esta matéria. É realmente uma responsabilidade que poucos conhecem, mas que muitos praticam.

As peças arqueológicas contam com um incalculável valor histórico, cultural e muitas vezes artístico e, portanto, a soma destes valores repercute na taxação, com valorações subjetivas próprias de fenômenos do mercado.

A informação ou conhecimento da peça representa um valor acrescentado, o que se determina tendo em conta os valores anteriores e seu estado de conservação.

Quando estudamos períodos históricos dos quais, por seu antiguidade, não se conservam evidências documentais, ou ficaram só em nível da pintura rupestre, como é o caso da etapa pré-hispânica, são os achados arqueológicos os encarregados de nos contar sua história.

Um exemplo da importância de conservar intactos estes lugares: localizamos um naufrágio, este se apresenta de forma contínua (todos os artefatos contidos dentro do que foi o barco); as possibilidades de fazer um estudo mais completo sobre o mesmo são maiores que os apresentados com um alto grau de dispersão, ou que singelamente parte de seu conteúdo tenha sido extraído por pessoas não autorizadas.

O trabalho levado a cabo nestes lugares precisa de uma equipe multidisciplinar; o ponto de partida é uma investigação histórica minuciosa, depois, prospecções realizadas pelos geofísicos, o levantamento topográfico do lugar, o registro fotográfico e por último, a escavação e colecta sistemática e controlada, levada a cabo pelos arqueólogos.

As peças requerem uma conservação primária pelos conservadores e restauradores, um estudo, classificação, e catalogação e, se necessário, submissão a um processo de restauração.

Primeiro elabora-se uma proposta de intervenção, tendo em conta não alterar seus valores intrínsecos e, da mesma maneira, se deve contar com a reversibilidade do tratamento.

Depois deve ser confeccionado um relatório de trabalho e um artigo que contemple os resultados para sua posterior publicação, o que facilita que outros especialistas tenham acesso a esta informação, já seja para seu conhecimento geral ou para realizar aos artefatos ou ao lugar novos estudos.

É muito difícil que uma pessoa só possa levar a cabo este trabalho. Sobretudo aqueles que dedicam-se a coletar peças isoladas de lugares diferentes, não estão preparados, e criam lagoas dentro de uma coleção.

Em muitos casos, uma peça isolada não dá informação, mas sua extração inadequada sim afeta o lugar arqueológico e sua correta leitura histórica. É por isso que os especialistas consideram que a escavação sem conservação é vandalismo.

Também existem os aspectos legais. Se alguém coleta ou escava sem autorização da Comissão Nacional de Monumentos, é uma violação que pode ser punida pela lei de Patrimônio Nacional (Resolução 204, Decreto 118 do Ministério de Cultura, Regulamento para a Proteção ao Patrimônio).

As pessoas autorizadas a dirigir e efetuar escavações estão incluídas em um registro e existem procedimentos formais e legais para a atividade.

No Encontro Regional de Patrimônio Subaquático, celebrado em Habana de 7 a 11 de maio de 2001, elaborou-se a "Carta de Havana", com o fim de apoiar os esforços realizados pela UNESCO para conseguir uma legislação internacional de proteção deste patrimônio.

Em maio do 2008, Cuba acolheu-se à "Quarta Convenção para a Proteção do Patrimônio Submerso", colocada em vigor em fevereiro do 2009, Ano Internacional do Patrimônio Submerso.

Extrair uma peça de um lugar arqueológico, qualquer que seja seu contexto, deve levar uma prévia análise realizada pelos especialistas na matéria, historiadores, arqueólogos e conservadores.

O critério destes últimos é crucial, porque não pode ser extraída nenhuma peça de um lugar quando se carece de recursos para sua posterior conservação, restauração e estudo.

Caso isto não seja possível, a peça deve ficar no lugar até contar com os meios necessários para sua adequada intervenção.

Se o resgate de artefatos permite calçar as investigações históricas, deve-se valorizar a perda que significa o deterioramento de cada peça.

O trabalho de escavação deve ficar nas mãos de especialistas que conservem, estudem, documentem e exibam estas maravilhas que nos presenteia o passado.

(*) A autora é conservadora e restauradora de bens, arqueóloga e especialista mergulhadora.

rr/ylg/bj

Cuba "acende os motores" para atrair turismo da França

Fausto Triana

Paris, 19 jan (Prensa Latina)


Cuba "acende os motores" com uma série de atividades promocionais e de comunicação para atrair turismo da França, um de seus principais mercados europeus seduzido por história, natureza e cultura da ilha caribenha.

Desde fins do primeiro mês do ano, o Escritório de Turismo e a embaixada cubana na França terão o privilégio de participar na Feira Internacional de Dijon, no leste do país, consagrada à Maior das Antilhas.

"Começamos o período com muito entusiasmo e expectativas com a mostra de Dijon de 29 a 31 de janeiro, um cenário ideal para potenciar nossas ofertas de 2010", declarou a Prensa Latina Gilberto López, representante do ministério de Turismo de Cuba na França. Ele explicou que seu país recebeu dois milhões 425 mil turistas em 2009, 3,3 por cento a mais que na etapa anterior, apesar das adversas conjunturas internacionais como a crise econômica e a gripe A H1N1.

Piñar del Rio, Havana, Varadero, Cayo Longo e a Ilha da Juventude, Villa-Clara e suas cayos, Cienfuegos, Trinidad, Jardins do Rei, Santa Luzia e as províncias orientais encabeçadas por Santiago de Cuba, são os destinos que se apresentaram na França. De 24 de fevereiro a 1 de março Cuba voltará a ser convidada de honra em outra feira internacional, em Alencon, Baixa Normandía, onde igualmente terá seu pavilhão próprio para destacar as facilidades da Ilha como polo turístico seguro e confiável.

"Como é habitual temos as viagens para profissionais e interessados em eventos temáticos, como já ocorreu com o tradicional Fotosub da Ilha da Juventude, de fotos submarinas", comentou.

Depois teremos o Festival do Habano de 22 a 26 de fevereiro; o Salão de Turismo (FITCUBA-2010) no Parque Histórico Morro Cabaña de Havana de 3 a 8 de maio; o 60 torneio internacional de pesca Ernest Hemingway, como eventos principais, acrescentou.

López adiantou também que em março, de 18 a 21, Cuba tomará parte em uma representação de especialistas na Feira MAP (O mundo em Paris).

"Ato seguido, de 22 a 26 de março, um ônibus será de novo o painel rodante com a Rodada Viva Cuba, que tocará Burdeos, Toulouse, Marselha, Niza e Lyon, além da Cidade Luz", concluiu o diretor do Escritório de Turismo da nação caribenha.

arc/ft/bj

Longa juventude

Nuria Barbosa León (*)

Havana, (Prensa Latina)


"Jovem tem de ser quem queira ser", segundo um dito popular tradicional cubano mas no atual mundo globalizado esse estribilho deve-se corrigir com "quem possa ser" pois sem garantias estatais fica dif?cil acumular juventude.

Em Cuba, a população maior que seis décadas ultrapassa os dois milhões de habitantes o que representa 17 por cento do total e se estima que para o ano 2030 se atinja 29 por cento.

O dado quiçá possa ser alarmante para qualquer outra sociedade mas a cubana tem garantida uma qualidade de vida superior onde se conjuga: previdência, cultura, educação e socialização respondendo aos Direitos Básicos do Adulto Idoso, referendados na Convenção de Genebra das Nações Unidas, realizada em 1982.

Estatísticas oficiais confirmam que em maio do 2009 habitavam este arquipélago mil 488 pessoas centenárias, pelo que existe uma para cada sete mil 500 habitantes.

As províncias onde residem maior número são Cidade de Havana (258), Santiago de Cuba (184), Granma (145), Villa Clara (132) e Camagüey (123).

Muitos destes criollos caminham sem ajuda de outra pessoa, quase a metade não tem deterioramento cognitivo, todos mostram bom estado nutricional e manifestaram estar satisfeitos com a vida".

Para Rina Caballero do Risco, com 73 anos de idade e residente no município capitalino Praça da Revolução, o segredo da eterna juventude radica em ter acesso à alimentação, água, moradia, vestimenta e atenção de saúde adequada.

Para ela também é importante receber o apoio de suas famílias e da comunidade; bem como a possibilidade de trabalhar ou ter fontes de rendimentos financeiros.

Enquanto para as irmãs de Havana Mirelva e Ada Margarita López de 62 e 79 anos, respectivamente, poder participar na determinação de cessar as atividades trabalhistas, acesso a programas educativos e a possibilidade de viver em meios seguros e adaptáveis a suas preferências e capacidades, são premissas essenciais para manter-se jovens por vida.

Assim fazem questão da importância de poder residir em seu próprio domicílio, permanecer integradas à sociedade, buscar e aproveitar oportunidades de prestar serviço à comunidade e de trabalhar como voluntárias em postos apropriados a seus interesses e capacidades e poder formar movimentos ou associações de pessoas de idade avançada.

Ao idoso cubano é garantido o vínculo familiar e social ainda que esteja internado em um Lar de Idosos, aos quais se somam 14 mil "Círculos de Avôs" onde se promove a prática de exercícios físicos, excursões, atividades culturais e recreativas.

Em Cuba não há locais privados exclusivos para os idosos e os serviços recebidos por este segmento etário são os que podem pagar com seu cheque de pensão.

Se necessitam atenção médica recebem de forma gratuita, igualmente a todos os cubanos, e de igual forma são feitos todos os exames diagnósticos necessários atendendo a sua enfermidade.

Também existem 174 "Casas dos Avôs", criadas para cuidar a pessoas da terceira idade enquanto seus familiares trabalham.

Nessas instituições os idosos permanecem oito horas diárias e recebem uma atenção especializada, de acordo com seu estado de saúde e características pessoais.

Ali fornece-se-lhes café da manhã, almoço e lanches nos horários matutino e vespertino, além de condições para o descanso.

Esses lugares contam com equipes de rádio, televisão, jogos de mesa e outros meios de lazer e neles se realizam também atividades culturais e excursões.

Os usuários são atendidos diretamente por médicos gerais e geriatras ocupados de checar as doenças crônicas e não transmissíveis, que também dão palestras educativas para o cuidado da saúde e da higiene pessoal. Tudo isso pôde ser constatado por Prensa Latina ao visitar a Casa de Avôs "Eterna Juventude" do município Centro Habana onde a trabalhadora social Carmen Elena Quiala Vejerano explicou todo o conteúdo de atividades no centro.

Uma modalidade acolhida pelos de cabelo branco são as mais de 400 "Cátedras Universitárias do Adulto Idoso", com 750 filiais em áreas urbanas e rurais.

Ali dão-se cursos de computação, sexualidade, meio ambiente, temas relativos ao envelhecimento, medicina alternativa, história, convivência familiar, cozinha e cuidados pessoais.

Destes cursos egressaram até o ano 2008 um total de 50 mil cubanos.



A professora Mercedes Torres Hernández, especialista do Centro Nacional de Promoção e Educação para a Saúde, informou a Imprensa Latina que toda a capacitação recebida pelos idosos tem o propósito de contribuir para elevar a qualidade de vida dos sexagenários e suas famílias, na comunidade.

Assim a professora Andrea Iznaga, presidenta da Cátedra do Adulto Maior radicada na Fragua Martiana de Centro Habana, corroborou que se dão vários módulos.

Eles incluem propedêutica e temas como desenvolvimento humano, educação para a saúde, segurança social, cultura geral integral e criatividade, onde os avôs trocam com geriatras, enfermeiras, psicólogos, trabalhadores sociais, historiadores e intelectuais, especificou Iznaga.

Graciela Inés Gutiérrez Rivas, presidenta da Filial Universitária María Cabrales do Conselho Popular de Cayo Hueso, no também município central de Centro Habana, contribuiu com outros detalhes sobre os sete cursos dados em seu centro.

Explicou que em cada um desses módulos se inter-relacionam temas de sexualidade, alimentação, valores, autoestima, e os mais de 90 graduados têm elaborado trabalhos vinculados à família, os mitos e conceitos sobre o envelhecimento, biografias dos mártires da localidade e integração do adulto idoso em seu meio.

Gutiérrez valorizou de muito positivas as jornadas científicas nas sedes universitárias municipais onde foram premiadas conferências dos alunos egressos de sua cátedra.

Um aspecto essencial para a tranquilidade do idoso é a solvência econômica e mais de um milhão 600 mil pensionistas e aposentados têm garantida a proteção estatal em Cuba.

Em 2008 investiu-se cerca de cinco mil 200 milhões de pesos na atenção aos beneficiados do Sistema de Segurança e Assistência Social.

Nesse próprio ano, a pensão mínima aos aposentados e pensionados foi elevada a 200 pesos e a prestação mínima de assistência social subiu a 147 pesos, todo o qual representou ao Estado cubano uma despesa adicional de 810 milhões de pesos, segundo dados oficiais.

Entre os centenários cubanos predomina o sexo feminino, sem hábitos tóxicos como consumo de álcool e fumo, e se preocupam por balançar seu dieta de acordo com suas possibilidades.

Grande parte dos idosos cubanos não praticaram esportes, mas se mantiveram ativos e motivados com algum projeto, indicou a especialista Mercedes Torres Hernández.

A geriatra acrescentou que mais de 90 por cento deles ingerem remédios por estrita necessidade e não ultrapassam a cifra de três medicamentos, de maneira individual.

Satisfaz dizer que Juana Bautista da Candelaria Rodríguez, que habita a 733 quilômetros desta capital, na oriental província cubana de Granma, é atualmente a pessoa com mais idade em nosso país pois completou 124 anos, informou.

Relatou que dela cuidam um geriatra e um médico geral que a visitam semanalmente e diariamente a idosa recebe em sua casa a uma enfermeira especializada em checar seu estado de saúde.

Trabalha-se por promover na população cubana o respeito e cuidado para os idosos, educar aos mais jovens nas normas de condutas onde expressem amor para seus avôs, indicou Torres.

Ajudar, apoiar e fornecer alegrias é quiçá o anseio de uma geração que engendrou à Cuba de hoje, evocou a especialista.

Para os jovens de cabelos sem cor, a sociedade cubana empenha-se em desejar uma longa vida e uma eterna felicidade, apontou.

(*) A autora é jornalista cubana, colaboradora de Prensa Latina.

rr/nbl/bj

Apesar de navios e aviões drama estremece o Haiti

Por Enrique Torres, enviado especial



Porto Príncipe, 19 jan (Prensa Latina)


Apesar do desejo da população haitiana e mundial de sepultar as sequelas do terremoto que hoje faz uma semana que pulverizou esta capital, as estremecedoras cenas subsistem e confirmam a necessidade de uma nobre e pacífica ajuda internacional.



É critério generalizado na sociedade, que em lugar de clamar por onipresentes dispositivos militares, os haitianos sentem falta de maneira urgente de alimentos, água, atenção médica, ajuda técnica de diferentes tipos, e oportunidades de trabalho, entre outros anseios, realidade que contrasta com os acontecimentos que prevalecem na devastada cidade.



Nesta terça-feira, muito cedo, longas filas de cidadãos começaram a aparecer novamente nas principais ruas da cidade, em busca de alternativas para levar um bocado a seus filhos e a outros familiares, que na maioria dos casos passaram a noite à intempérie.



As imediações do aeroporto internacional Toussaint L´Ouverture foram uma vez mais destino para centenas de desabrigados, à espera de que por alguma via chegue as suas mãos parte da carga que continua chagando ao país de diferentes partes do mundo.



Paradoxalmente, a pista do terminal aéreo, em vez de um centro mundial de distribuição de ajuda humanitária, mais bem parece uma base militar dos Estados Unidos em plena disposição combativa, não só pela presença de grandes aviões do comando norte-americano de mobilidade aérea, cuja presença poderia ser justificada por sua capacidade de carga, mas sim pela monumental mobilização de tropas.



"Este país o que precisa são médicos, arquitetos, engenheiros, para que colaborem na reconstrução, não precisamos dos soldados como alguns por aí pensam", comentou à Prensa Latina o doutor Cantón Wilson, médico haitiano que imediatamente após o abalo sísmico dedicou atender às vítimas da catástrofe.



Wilson estudou medicina em Cuba, tinha terminado também na ilha o terceiro ano da especialidade de cirurgia, de férias aqui, estava prestes a viajar para terminar seu quarto ano quando o surpreendeu o movimento telúrico e optou por permanecer -disse- ao lado de seu povo.



Em sua opinião, a condição de país quase sitiado não é a que precisa Haiti, o imperativo é "a solidariedade, a irmandade, a paz", declarou o médico em contraste com a realidade, marcada por um poderoso contingente militar, no qual destacam-se os efetivos que envia o Pentágono, para além da chamada Missão de Estabilização, a cargo de forças da ONU.



Segundo divulgaram meios noticiosos, no dia 15 de janeiro o porta-aviões Carl Vinson chegou à costa de Porto Príncipe com um cartaz de ajuda humanitária, como se os Estados Unidos não dispusesse de outras naves de grande porte para transportar carga de envergadura.



Seus passos foram seguidos por outros navios de guerra, o Underwood e o Normandy, com capacidade para o lançamento de foguetes cruzeiros, inclusive o porta-helicópteros Bataan.



Aproximadamente dois mil efetivos da segunda Divisão de Infanteria da Marinha, com sede em Camp Lejeune, e cerca de três mil da elite 82 Divisão Aerotransportada também viajaram ao Haiti dois dias após o abalo sísmico, ataviados com sua indumentária de combate, que muito pouco ou nada pode fazer para diminuir as consequências humanas e materiais da catástrofe.



Segundo os primeiros cálculos das autoridades haitianas, o terremoto ocasionou a morte de mais de 70 mil pessoas, no entanto não são poucos os que estimam que o saldo de vítimas fatais poderia estar na ordem dos 100 mil.



et/es

Por onde vai a ajuda estadunidense ao Haiti

Washington, 19 jan (Prensa Latina)


Um devastador terremoto deixou o Haiti a mercê da solidariedade internacional, mas enquanto todos anunciam envios de médicos, remédios e alimentos, os Estados Unidos envia equipamentos de guerra e militares em uma missão declarada como sendo de segurança.



Milhares de efetivos estadunidenses chegam à nação caribenha desde a quinta-feira passada, depois do abalo sísmico de grande escala dois dias antes.



Já se encontram ali os soldados da 82 Divisão Aerotransportada de Infanteria do Exército, uma unidade expedicionária da Infanteria da Marinha, o porta-aviões USS Carl Vinson e um navio hospital da Marinha.



O exército estadunidense controla o aeroporto de Porto Príncipe, e vários países denunciam a presença militar de Washington na região, quando o que se precisa -advertem-, mais que militares, são ajudas urgentes de socorro.



França, Venezuela, Nicarágua, Brasil: são algumas das nações que alertaram já do perigo da infiltração militar estadunidense no Haiti, além de queixarem-se da falta de coordenação na distribuição da ajuda e do congestionamento no aeroporto.



No último domingo, Obama emitiu um comunicado junto ao governo haitiano, para justificar a mobilização militar nesse país.



Alegou no documento, segundo o Departamento de Estado, que o presidente haitiano, René Preval, solicitou a Washington, à Organização das Nações Unidas e aos sócios internacionais, ajudar, como for necessário, para aumentar a segurança.



Desde que os soldados estadunidenses chegaram ao Haiti, os politólogos visionam as consequências das forças militares na terra devastada.



A Casa Branca tenta liderar os esforços da comunidade internacional para socorrer os atingidos e agilizar as tarefas de resgate e reconstrução, dizem.



Para isso tem enviado equipamentos militares, especialistas militares, fornecimentos e pessoal médico, e anunciou a entrega de 100 milhões de dólares para a ajuda iminente dos afetados, agregaram.



O Haiti é vítima hoje de sua pior catástrofe em 200 anos, depois que em 2008 sofreu os impactos de quatro furacões seguidos, destacam especialistas.



No entanto, o que para uns é ruína e subsistência, para outros é política. Especialistas asseguram que esta é a primeira crise humanitária que enfrenta Obama e uma oportunidade para demonstrar a liderança imperial na região.



O mal-estar internacional não é injustificado, quase uma semana após o terremoto, os Estados Unidos, que têm mobilizado o maior esforço humanitário de sua recente história, superará a cifra de 14 mil soldados no país caribenho.



Mas nesta segunda-feira o vice-presidente, Joseph Biden, assegurou que seu governo mantém um forte compromisso a longo prazo para ajudar na recuperação do Haiti.



Durante uma cerimônia de celebração do Dia de Martin Luther King (líder afro-americano de direitos civis), indicou diante de estudantes haitianos que a ajuda seguirá crescendo. Quiçá ao mesmo ritmo o farão os soldados e equipamentos militares.



O terremoto, ocorrido na terça-feira, deixou sem moradia um milhão e meio de haitianos, os feridos contabilizados em 250 mil, e tirou a vida, até o momento registrado, de mais de 70 mil pessoas, número que seguirá crescendo com os dias.



rc/ggr/es

Nicarágua envia mais ajuda ao Haiti

Managua, 19 jan (Prensa Latina)


O governo da Nicarágua enviou mais ajuda em medicamentos para as vítimas do terremoto no Haiti, informou hoje uma nota do Conselho de Comunicação e Cidadania (CCC).



Segundo Rosario Murillo, por indicações do presidente Daniel Ortega, na noite de segunda-feira partiram para território haitiano dois aviões AN-26 com nove mil libras de alimentos e medicamentos, bem como oito médicos nicaraguenses.



Informou que Ortega mantém comunicação com o chefe do Exército, General Omar Moisés Hallesleven, e o chefe do Estado Maior, Juan Ramón Avilés, que decidiram mobilizar forças da Brigada Humanitária.



Estamos enviando também seis mil libras de arroz, feijão, azeite e leite de soja para as crianças, é o segundo envio deste país da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América, e o fazemos com muito orgulho e solidariedade, sublinhou.



A dirigente governamental destacou o sentimento solidário de seu povo. "Compartilhamos o pão, compartilhamos o que temos, não compartilhamos o que nos sobra, mas sim o que temos e o que usamos aqui no trabalho cotidiano para levar saúde e alimentação a nosso povo", acentuou.



A Nicarágua, uma das nações mais pobres da América Latina, foi uma das primeiras a reagir diante da tragédia haitiana com o envio de assistência médica e alimentos.



arc/lb/es

Elogiam assistência médica cubana no Haiti

Melbourne, 19 jan (Prensa Latina)


 Enquanto milhões de haitianos sofrem e a ajuda internacional demora a chegar aos que precisam dela, 344 profissionais cubanos de saúde socorrem as vítimas do terremoto, ressalta hoje aqui uma carta publicada no diário The Age.



Na mensagem, assinada pela presidenta da Sociedade de Amizade Austrália-Cuba desta cidade, Joan Coxsedge, destaca-se o trabalho de médicos, enfermeiras e técnicos cubanos em um improvisado hospital na capital, Porto Príncipe, totalmente equipado, afirma.



Coxsedge afirma que mais ajuda de Havana vai a caminho para a devastada nação caribenha e recorda que desde 1989 Cuba fornece assistência médica gratuita aos pobres do Haiti.



Trata-se do único serviço sanitário público existente no Haiti, segundo informa em sua carta ao diário, principal do estado de Vitória e de circulação nacional.



Agrega que esse apoio continuou apesar das desordens que seguiram o derrocamento do presidente Jean Bertrand Aristide, quando outros hospitais fecharam e os facultativos abandonaram o país.



Também destaca que apesar do "bloqueio selvagem" imposto pelos Estados Unidos desde 1962, Cuba permite agora a passagem por seu espaço aéreo de aviões estadunidenses para a evacuação médica, com o qual evita a dilação dos 90 minutos que duram os voos da base naval de Guantánamo ao território haitiano.



Joan Coxsegge detalha seguidamente que na atualidade 35 mil médicos cubanos realizam seu trabalho de assistência em 78 países e mesmo assim os Estados Unidos incluiu Cuba em uma recente lista de patrocinadores do terrorismo internacional.



rc/sus/es

O HAITI COLOCA A PROVA O ESPÍRITO DE COOPERAÇÃO

Reflexões do companheiro Fidel



As notícias que chegam do Haiti configuram o grande caos que era de esperar na situação excepcional criada pela catástrofe.

Surpresa, espanto, comoção nos primeiros instantes, vontades de prestar ajuda imediata nos cantos mais afastados da Terra. O quê enviar e como fazê-lo para um canto do Caribe, desde a China, a Índia, o Vietnã e de outros pontos localizados a dezenas de milhares de quilômetros? A magnitude do terremoto e da pobreza do país gera nos primeiros instantes idéias de necessidades imaginárias, que dão origem a todo o tipo de promessas possíveis que depois se tenta fazer chegar por qualquer via.

Os cubanos compreendemos que o mais importante nesse instante era salvar vidas, para o qual estávamos treinados não apenas perante catástrofes como essa, mas também contra outras catástrofes naturais relacionadas com a saúde.

Ali estavam centenas de médicos cubanos e, adicionalmente, um bom número de jovens haitianos de origem humilde, convertidos em profissionais da saúde bem treinados, uma tarefa na qual temos cooperado durante muitos anos com esse irmão e vizinho país. Uma parte dos nossos compatriotas estava de férias e outros de origem haitiana treinavam-se ou estudavam em Cuba.

O terremoto ultrapassou qualquer cálculo; as casas humildes de adobe e barro ¬¬-de uma cidade com quase dois milhões de habitantes¬- não podiam resistir. Instalações governamentais sólidas ruíram; quarteirões completos de casas se desmoronaram sobre os moradores, que nessa hora, ao começar a noite, estavam em seus lares e ficaram sepultados debaixo das ruínas, vivos ou mortos. As ruas estavam repletas de pessoas feridas que clamavam por auxílio. A MINUSTAH, força das Nações Unidas, o Governo e a Polícia ficaram sem chefia e sem posto de comando. Nos primeiros instantes a tarefa dessas instituições, com milhares de pessoas, foi saber quem restavam com vida e onde.

A decisão imediata dos nossos abnegados médicos que trabalhavam no Haiti, bem como dos jovens especialistas da saúde formados em Cuba, foi se comunicar entre si, conhecer de sua sorte e saber com que se contava para assistir o povo haitiano naquela tragédia.

Os que estavam de férias em Cuba aprontaram-se logo para partir, assim como os médicos haitianos que se especializavam em nossa Pátria. Outros peritos cubanos em cirurgia que já cumpriram missões difíceis se ofereceram para partir com eles. Basta dizer que antes de 24 horas já nossos médicos tinham atendido centenas de pacientes. Hoje 16 de janeiro, apenas três dias e meio depois da tragédia,

elevava-se a vários milhares o número de pessoas afetadas que tinham sido já auxiliadas por eles.

Em horas do meio-dia de hoje sábado, a chefia de nossa brigada informou entre outros dados os seguintes:

“… realmente resulta louvável aquilo que estão fazendo os companheiros. É uma opinião unânime que, comparativamente, o Paquistão ficou bem por trás ?ali houve outro grande terremoto onde alguns trabalharam?; naquele país muitas das vezes recebiam fraturas inclusive mal consolidadas, alguns esmagamentos, mas aqui tem ultrapassado tudo o imaginável: amputações abundantes, as operações praticamente é preciso fazê-las em público; é a imagem que tinham imaginado de uma guerra.”

“… o hospital Delmas 33 já está funcionando; tem três salões para cirurgias, com geradores elétricos, áreas de consulta etc., porém ficou absolutamente lotado.”

“… Incorporaram-se 12 médicos chilenos, um deles anestesiologista; também oito médicos venezuelanos; nove freiras espanholas; espera-se a incorporação, de um momento para outro, de 18 espanhóis aos quais a ONU e Saúde Pública haitiana lhes tinham entregado o hospital, mas faltavam-lhes recursos de urgência que não tinham podido chegar, portanto decidiram se juntar a nós e começar a trabalhar de imediato.”

“… foram enviados 32 médicos residentes haitianos, seis deles iam partir diretamente para Carrefour, um sítio totalmente devastado. Também viajaram os três times cirúrgicos cubanos que chegaram ontem.”

“… estamos operando as seguintes instalações médicas em Porto Príncipe:

Hospital La Renaissance.

Hospital do Seguro Social.

Hospital da Paz.”

“… já funcionam quatro CDI (Centros de Diagnóstico Integral).”

Nesta informação se transmite apenas uma idéia do que está fazendo no Haiti o pessoal médico cubano e de outros países que trabalham junto com eles, entre os primeiros que chegaram a essa nação. Nosso pessoal está em disposição de cooperar e juntar suas forças com todos os especialistas da saúde que tenham sido enviados para salvar vidas nesse povo irmão. Haiti poderia se tornar um exemplo daquilo que a humanidade pode fazer por si própria. A possibilidade e os meios existem, mas falta a vontade.

Quanto mais tempo se dilatar o enterro ou a incineração dos falecidos, a distribuição de alimentos e outros produtos vitais, os riscos de epidemias e violências sociais se elevarão.

No Haiti se colocará a prova quanto pode durar o espírito de cooperação, antes que prevaleçam o egoísmo, o chauvinismo, os interesses mesquinhos e o desprezo por outras nações.

Uma mudança climática ameaça toda a humanidade. O terremoto de Porto Príncipe, apenas três semanas depois, está nos lembrando a todos quão egoístas e auto-suficientes nos comportamos em Copenhague.

Os países observam de perto todo o que acontece no Haiti. A opinião mundial e os povos serão cada vez mais severos e implacáveis em suas críticas.



Fidel Castro Ruz

16 de janeiro de 2010

19h46

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Países emergentes analisarão futuro do dólar

Londres, 18 jan (Prensa Latina)


Os governos do Brasil, Índia, Rússia e China, países que formam o

grupo BRIC, analisarão em junho uma ampla agenda que incluirá um debate sobre o futuro do

dólar, disseram hoje aqui fontes do organismo.

Ralp Rander, oficial da chancelaria indiana, declarou aos jornalistas em Londres, que o bilhete

verde terá que ser substituído como moeda de referência em um futuro não muito longínquo.

Indicou que os governantes dessas quatro grandes economias emergentes se darão cita na cidade

russa de Ekaterimburgo e manterão uma ampla discussão sobre a agenda econômica e política

internacional.

O oficial indiano explicou que a agenda abarcará a reforma das instituições internacionais, o regime

mundial de comércio, o papel do dólar, a mudança climática e os biocombustíveis, entre outros.

Há uma grande preocupação com o futuro do dólar no marco da atual crise financeira global,

declarou Rander.

asg/rcg/dcp

Correa considera erro político fixar um ano para aprovar 14 leis

Quito, 18 jan (Prensa Latina)


Um dos principais lucros dos primeiros três anos de Revolução

Cidadã no Equador foi aprovar a nova Constituição, mas estabelecer em um ano para reformar 14

leis secundárias foi um erro político, afirmou o presidente Rafael Correa.

Em declarações exclusivas divulgadas hoje pelo diário digital oficial O Cidadão, o presidente disse

que todas estas leis afetam "demasiados interesses particulares" e, sem dúvida, geram resistência e

manifestações de rejeição.

Entre as leis que requerem reformas para se ajustar à nova Constituição estão as de Serviço Público,

Educação Superior, Recursos Hídricos, Comunicação, e Descentralização, entre outras.

Segundo Correa, o traspés obedece à ingenuidade e falta de experiência política e explicou que em

frente ao "desespero de avançar na mudança" a Assembleia Constituinte de Montecristi aprovou um

prazo peremptório para tratar ditas leis.

"Como responsáveis por este projeto político tínhamos que apresentar as propostas legais", afirmou

ao reconhecer que o Executivo devesse se apressar para cumprir com o mandato constitucional.

Esclareceu que enquanto as leis fundamentais, "em todas partes do mundo", são propostas desde o

Executivo, o problema esteve no curto prazo.

Outro erro político identificado pelo presidente é ter deixado passar cerca de oito meses desde a

aprovação da Constituição, até as novas eleições presidenciais. "Nesse tempo, a oposição armou-se

para fazer-nos dano", enfatizou.

tgj/prl/dcp

Uruguaios denunciam campanha dos EUA contra Cuba

Montevidéu, 18 jan (Prensa Latina)


A Comissão Nacional de Organizações Sociais do Uruguai

(CONOSUR) denunciou hoje aqui ao governo dos Estados Unidos por "colocar arbitrariamente a

Cuba em uma nômina de países propiciadores do terrorismo".

Um comunicado da CONOSUR que circulou nesta segunda-feira destaca à ilha como respeitosa dos

direitos humanos e predicadora com fatos de assistir a outros povos do mundo, como hoje faz no

Haiti.

"Dedicada a formar jovens, a educar um povo, em respeito a suas normas e ao direito internacional,

Cuba é colocada arbitrariamente em uma nômina de 14 países propiciadores do terrorismo", ressalta

o documento.

CONOSUR recorda a campanha do ex-presidente George Bush sobre as armas de destruição em

massa que supostamente possuía o Iraque, feito "jamais comprovado por comissão da ONU e nos

EUA admite-se descaradamente que nunca existiram".

"Este é o momento de lhes pôr travão. De que o movimento mundial pela paz, os grupos sociais

pela liberdade, pela democracia, e por outro mundo possível nos pronunciemos rotundamente",

sublinha o texto.

CONOSUR apóia a declaração do Ministério de Relações Exteriores de Cuba do passado 7 de

janeiro, mediante a qual o governo cubano condenou a inclusão arbitrária de Cuba nessa "lista do

mau".

O comunicado exige à administração norte-americana atuar contra quem em seu território têm

perpetrado atos terroristas contra a ilha e a libertar a cinco cubanos injustamente presos naquele país

por alertar a sua pátria de novas ações dessa natureza.

Afirma ademais que tais políticas dos Estados Unidos se somam à instalação de bases militares no

continente, ao golpe de estado em Honduras e a suas intervenções desestabilizadoras na Venezuela,

Equador e Paraguai.

asg/wap/dcp

Revela
ONU pede 3.500 efetivos a mais para o Haiti


Nações Unidas, 18 jan (Prensa Latina) O secretário geral da ONU, Ban Ki-Moon, pediu hoje

reforçar com 3.500 novos efetivos a força militar e policial de Nações Unidas no Haiti, depois do

terremoto que devastou esse país faz seis dias.

A solicitação foi feita ao Conselho de Segurança durante uma sessão de emergência nesta segundafeira

para analisar a situação na nação caribenha.

O máximo responsável pela ONU realizou ontem uma visita de várias horas a Porto Príncipe para

avaliar as necessidades existentes a raiz da catástrofe natural que provocou um desastre humanitário

de proporções incalculáveis até o momento.

Em declarações à imprensa acreditada aqui, Ban ressaltou que a magnitude dos danos materiais e

humanos e a situação existente requer de um aumento das forças da Missão de Estabilização da

ONU no Haiti (MINUSTAH).

Trata-se de dois mil novos soldados e de 1.500 policias para poder fortalecer a segurança e avançar

na distribuição de alimentos e ajuda humanitária, apontou.

A MINUSTAH trabalha no Haiti desde 2004 integrada por uns nove mil militares, polícias e civis

da Argentina, Bolívia, Chile, Brasil, Canadá, Colômbia, Equador, El Salvador, Espanha, Estados

Unidos, Peru, França, Guatemala, Paraguai, Rússia e Uruguai, entre outros países.

Seus três principais dirigentes morreram no terremoto da terça-feira passada: o tunisiano Hedi

Annabi, seu segundo; o brasileiro Luiz Carlos da Costa, e o comissionado de polícia da ONU no

Haiti, o canadense Doug Coates.

Cifras das autoridades haitianas situam hoje em mais de 70 mil o número de mortos ocasionados

pelo tremor e em 250 mil o de feridos.

mgt/vc/dcp
Grotowski em Cuba em registros cinematográficos originais


Havana, 18 jan (Prensa Latina) O universo criativo do teatrista polonês Jerzy Grotowski e seu

Teatro Laboratório entrarão em contato direto com o público cubano mediante registros

cinematográficos originais que afundam em sua biografia, obra e métodos de trabalho.

Trata-se de três apresentações únicas, organizadas em colaboração com o Instituto que leva seu

nome em Wroclaw, a embaixada desse país europeu, o Centro Cultural Critérios e a Associação de

Artes Cênicas da União de Escritores e Artistas de Cuba (UNEAC).

A primeira das projeções, Acrópolis, recolhe a célebre posta de Grotowski em Londres, com uma
ampla introdução de Peter Brook sobre o criador polonês e seu Teatro Laboratório.

Lhe seguirá Training, que acercará ao espectador a um treinamento plástico e físico no Teatro

Laboratório de Wroclaw, em 1972, com a condução e execução de Ryszard Cieslak, o ator

"grotowskiano por excelência".

A terceira proposta é um documentário que tenta um retrato do artista, desde a visão de

personalidades da cena mundial como Eugenio Barba, Peter Brook ou Anatoli Vasiliev, além de

destacados atores do Teatro Laboratório.

A sala Hurón Azul, da UNEAC, acolherá estes audiovisuais de inestimável valor, que enriquecerão

o espectro de dramaturgos, atores e teatristas da ilha, ao lhes abrir uma porta para o interior de um

inovador em pós de ambientes e atmosferas que contribuíssem a "a explosão do instante vivo".

Impulsor do conceito de teatro pobre -cujas vertentes desenvolveu a partir da técnica do trabalho

psicofísico de Konstantin Stanislavski-, Grotowski revolucionou a cena nos anos 60 e 70 do século

passado, ao lhe incorporar um hálito de aventura com suas construções-encantamento (obra de

teatro e ações cênicas) e seus cantos-encantamento (exercício de treinamento cênico).

mgt/ag/dcp

ONU

Celebram 51º aniversário de revolução cubana em Camboja

Phnom Penh, 18 jan (Prensa Latina)


Cambojanos graduados em Cuba destacaram a solidariedade

praticada pela ilha caribenha em uma celebração pelo 51º aniversário da revolução na província de

Siem Reap.

Fontes vinculadas à atividade disseram a Prensa Latina hoje que a ocasião combinou essa

comemoração com o meio século do estabelecimento de relações entre este reino do sudeste da Ásia

e o estado antilhano.

Sithica Kiev, presidente da filial da associação dos titulados em universidades cubanas de Siem

Reap, organizadora do evento, pôs de relevo a significação da data não só para a nação antilhana,

senão para todos os povos que vêem em Cuba a esperança de uma vida melhor.

"De Cuba aprendemo-lo tudo, de seu povo o exemplo e a atitude com que ensinam ao mundo se

enfrentando a Estados Unidos", disse Sithica Kiev depois de denunciar a agressiva política dos

Estados Unidos para essa ilha.

A sua vez a embaixadora cubana em Camboja, Gilda López, agradeceu a amizade e a solidariedade

que durante os últimos 50 anos têm caracterizado os vínculos bilaterais.

López referiu-se também a dupla norma de Washington no tema do terrorismo e recordou a injusta

prisão que guardam os cinco lutadores cubanos confinados em cárceres norte-americanas por

proteger a seu país dessas ações violentas, organizadas por grupos contra-revolucionários

assentados na Flórida.

Fernando González, René González, Gerardo Hernández, Ramón Labañino e a Antonio Guerrero,

conhecidos como os Cinco a nível mundial, foram presos em 1998 e condenados três anos depois

com sanções desmesuradas por um tribunal de Miami.

Assistiram também à celebração familiares de jovens que estudam atualmente em Cuba e

autoridades de diferentes municípios da província de Siem Reap e numerosos amigos de Cuba.

tgj/sus/dcp

Serena

ONU aumentará quantidade de suas forças no Haiti

Nações Unidas, 18 jan (Prensa Latina)


As Nações Unidas analisará hoje o aumento da quantidade de militares e policiais de sua Missão de Estabilização no Haiti (MINUSTAH) para reforçar a segurança nesse país assolado por um terremoto na passada terça-feira.

A decisão sobre esse incremento será debatida nesta segunda-feira no Conselho de Segurança, segundo informou de Porto Príncipe o chefe das operações da ONU para a manutenção da paz, Alan Le Roy.

O objetivo é aumentar o contingente para garantir a tranquilidade nas ruas de Haiti, cuja população vive na via pública há seis dias, quando se registrou o terremoto a sete graus na escala Richter.

Antes do sismo, a MINUSTAH estava integrada por uns nove mil militares, policiais e civis da Argentina, Bolívia, Chile, Brasil, Canadá, Colômbia, Equador, El Salvador, Espanha, Estados Unidos, Peru, França, Guatemala, Paraguai, Rússia e Uruguai, entre outros países.

A ONU informa até agora a morte de 40 de seus trabalhadores destacados no Haiti e 330 desaparecidos pelo terremoto.

Entre os falecidos estão os mais altos chefes da MINUSTAH: o tunisiano Hedi Annabi, seu segundo, o brasileiro Luiz Carlos da Costa, e o comissário da polícia da ONU no Haiti, o canadense Doug Coates.

Le Roy não informou em que magnitude serão incrementados os efetivos da força de Nações Unidas, ainda que a qualificou de pequena.

Os balanços preliminares das autoridades locais elevam o total de vítimas fatais a 100 mil e de atingidos para três milhões.

Durante uma visita ontem a Porto Príncipe, o secretário geral da ONU, Ban Ki-Moon, declarou que as prioridades atuais são salvar vidas, distribuir ajuda humanitária (alimentos, água, medicinas e lojas de campanha) e a coordenação de esforços.

Ban reiterou que a ONU ocupará a direção dessa coordenação entre países, organizações não governamentais e trabalhadores internacionais, sob a liderança do governo haitiano.

arc/vc/bj

Presidente brasileiro chama a concretizar ajuda para o Haiti

Brasília, 18 jan (Prensa Latina)


O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, chamou hoje à comunidade internacional a transformar a sensibilidade em dinheiro para ajudar à reconstrução de Haiti, destruído por um terremoto.

"O mundo está sensibilizado. Agora é necessário transformar essa sensibilidade em ajuda concreta, em dinheiro, para poder reconstruir Haiti", sustentou Lula na primeira apresentação de 2010 de seu habitual programa de rádio das segundas-feiras Café com o presidente.

Recordou que Brasil está há anos reclamando recursos dos países doadores, pela necessidade de resolver o problema de Haiti com mais rapidez e acrescentou que com a catástrofe acontecida pelo terremoto espera que o mundo inteiro resolva colocar dinheiro para o reparo dos danos.

Assim, prosseguiu, para dar qualidade de vida ao povo haitiano, que foi o primeiro do continente a conquistar sua independência.

O mandatário brasileiro indicou que o mundo está mobilizado e comentou que o secretário geral da Organização de Nações Unidas (ONU), Ban Ki Moon, esteve no Haiti.

O terremoto de 7,3 graus na escala Richter que afetou Porto Príncipe, a capital haitiana, na passada terça-feira 12 de janeiro está considerado a pior tragédia que enfrentou a ONU, que perdeu uns 100 servidores públicos nesse evento natural.

Lula sustentou que Brasil criou um comitê de crise, coordenado pelo general Jorge Félix, e acrescentou que os europeus estão ajudando e vão ajudar mais. Considerou que as nações latino-americanas vão colaborar e, sobretudo, os países mais ricos têm que colocar mais dinheiro.

"O momento agora é de meter a mão no bolso e ajudar. Brasil já colocou 15 milhões de dólares a disposição de Haiti e estimamos que há países que podem dar mais. O Banco Mundial já colocou 100 milhões de dólares", revelou o presidente.

Alertou que os donativos devem ter uma coordenação para que cheguem a quem precisa e para que esse dinheiro possa servir na reconstrução de Haiti, e destacou que a prioridade é cuidar da água e da alimentação dos afetados.

Lula insistiu no importante papel que deve jogar o Brasil na reabilitação do país caribenho, pois -relembrou- que sua nação coordena as forças armadas que dão segurança nesse estado há cinco anos, na Missão das Nações Unidas para a Estabilidade no Haiti.

Destacou o papel desempenhado pelos militares brasileiros depois da tragédia, em que morreram mais de uma dezena de seus soldados e outros se acham desaparecidos.

Lula lamentou também a morte do representante do Brasil na ONU, Luiz Carlos da Costa, e de Zilda Arns, fundadora da Pastoral da Infância.

rc/ale/bj