sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Nova injustiça dos Estados Unidos contra os Cinco Herois



Editorial de Granma de 28 de setembro de 2011-09-28
Tradução:  Max Altman

René González Sehwerert, um dos Cinco Herois antiterroristas cubanos, sairá da prisão no próximo dia 7 de outubro após haver cumprido e sofrido em sua totalidade a brutal e injusta sentença carcerária que lhe foi imposta.
Em 16 de setembro pp., a juíza Joan A. Lenard, do Distrito Sul da Florida, denegou a Moção apresentada por René em 16 de fevereiro de 2011 para que lhe fosse permitido regressar a Cuba e unir-se com sua esposa, suas filhas e seus pais. É obrigado injustamente a permanecer nos Estados Unidos durante três sob um regime de “liberdade” supervisionada.
Essa decisão, depois de 13 anos de confinamento, constitui uma represália adicional deliberada, impulsionada pelas mesmas motivações de revanche político que caracterizaram os processos judiciais viciados com os que se condenaram os Cinco Heróis em 2001. Detrás da condenação está o governo dos Estados Unidos, que durante anos amparou o terrorismo contra Cuba e protegeu indivíduos e organizações terroristas radicadas em seu território, responsáveis de ter causado a morte, a dor e o sofrimento de milhares de cubanos.
Desde 1998, Gerardo Hernández, Ramón Labañino, Antonio Guerrero, Fernando González e René González vêm sendo submetidos a tratamento reconhecidamente cruéis e degradantes. Suportaram as pressões e os abusos, inclusive a separação de seus entes queridos, com uma inteireza admirável, sem a mais mínima concessão de convicções e de caráter ou de conduta exemplar como reclusos.
A resposta da juíza não tem justificativa nem sentido algum. Pretende que René permaneça nos Estados Unidos, onde se sabe que sua vida pode estar em perigo, onde se sabe que estão radicadas as pessoas e as organizações mais proeminentes do terrorismo anticubano.
Ao responder, a juíza cita a sentença imposta a René em 2001, que incluiu o absurdo requisito especial e adicional de estar proibido, após sua saída da prisão, de "associar-se a/ou visitar lugares específicos onde se sabe que estão ou frequentam indivíduos ou grupos tais como terroristas...”. Caberia perguntar como é possível cumprir com esse requisito se se obriga a René a residir precisamente no território "onde se sabe que estão ou frequentam indivíduos ou grupos tais como terroristas".
Caberia perguntar também, se bem que se conhece a resposta, o que motiva o governo dos Estados Unidos e a seu sistema legal a estipular em uma sentença judicial a proteção de "indivíduos ou grupos tais como terroristas" radicados dentro de seu território.
Se bem que é impossível reparar a injustiça já consumada depois de tantos anos de indevido encarceramento e sanha política, a única ação minimamente decorosa do governo dos Estados Unidos, a essa altura, seria a de permitir o imediato regresso de René a Cuba, pôr fim às sentenças vingativas contra Gerardo, Ramón, Antonio e Fernando e permitir o retorno definitivo de todos à Pátria.
A causa dos Cinco Herois cubanos é conhecida no mundo inteiro. Abundam informações, argumentos e documentação legal que demonstram a natureza arbitrária do processo que os levou à prisão. Também se conhece o tratamento especialmente abusivo que acompanha as longas sentenças contra esses homens inocentes, os prolongados confinamentos na solitária, os extensos períodos de incomunicação e tortura psicológica, a injustificada separação familiar, os obstáculos ao contacto com seus representantes legais, a privação a mães, esposas e filhas de interagir com seus seres mais próximos.
O povo de Cuba agradece profundamente a todas aquelas pessoas e agrupações que somaram sua voz à exigência de que se ponha fim a tanta injustiça, aos Chefes de Estado e de Governo, altos funcionários governamentais, assim como reconhecidas personalidades, que de forma pública o privada pediram a libertação dos Cinco.
É preciso reclamar com toda a energia que não se acrescente uma injustiça mais, que não se insista num castigo adicional ao já consumado, que no se ponha em perigo a vida de René, que não se continue privando sua esposa de vê-lo e as suas filhas do contacto natural com o pai, que não se tome o caminho oportunista de proteger ainda mais os terroristas e agravar a cumplicidade que está manchando o governo dos Estados Unidos.
A causa de Gerardo, Ramón, Antonio, Fernando e René é a causa irrenunciável da nação cubana. É o compromisso de um povo inteiro contra a injustiça que estão sofrendo, a lealdade àqueles que têm sabido defender a pátria com grande valor e sacrifício. Não terá fim até vê-los a todos em sua terra, junto aos seus seres queridos e seu povo.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Fidel: La verguenza supervisada de Obama


Publicado el 29 septiembre, 2011
Fidel Castro Ruz
Fidel
No por brutal, torpe y esperada dejó de indignar la noticia de que una jueza yanki del Distrito Sur de la Florida, denegó a René González, héroe antiterrorista cubano, después de cumplir la sentencia injusta que le impusieron, el derecho a regresar al seno de su familia en Cuba.

Luego de 13 años de cruel e inmerecida prisión, el gobierno de Estados Unidos —que engendró monstruos como Posada Carriles y Orlando Bosch, quienes como agentes de la Central de Inteligencia yanki hicieron estallar en pleno vuelo un avión cubano repleto de pasajeros— obliga a René a permanecer en esa nación, donde quedará a merced de asesinos impunes durante tres largos años bajo un calificado régimen de “libertad” supervisada. En prisión injusta y vengativa continuarán por largos años de confinamiento otros tres héroes cubanos, y uno más condenado a prisión perpetua por dos veces. Así responde el imperio al creciente reclamo mundial por la libertad de los mismos.

Si así no fuera, el imperio dejaría de ser imperio; y Obama, dejaría de ser tonto.

No estarán, sin embargo, allí eternamente los héroes cubanos. Sobre los cimientos de insuperable ejemplo de dignidad y firmeza crecerá la solidaridad en el mundo y en el seno del propio pueblo norteamericano, que pondrá fin a la estúpida e insostenible injusticia.

La torpe decisión tiene lugar cuando en la Asamblea General de Naciones Unidas se desarrolla un profundo debate sobre la necesidad de refundar esa institución. Jamás se escucharon críticas tan sólidas y enérgicas.
El líder bolivariano Hugo Chávez lo abrió con el primer mensaje a la Asamblea publicado la noche del 21 de septiembre. La segunda carta de Chávez, transmitida en tono enérgico y vibrante por el canciller Nicolás Maduro fue lapidaria. En ese mensaje también denunció el criminal bloqueo imperialista contra nuestra Patria y la bochornosa y cruel venganza contra los 5 Héroes antiterroristas cubanos.

Tales circunstancias me obligaron a escribir una tercera Reflexión. Trasmitiré las ideas esenciales del contundente mensaje, utilizando las propias palabras del autor:

“[…] No buscamos la paz de los cementerios, como decía Kant con ironía, sino una paz asentada en el más celoso respeto al derecho internacional. Lamentablemente, la ONU, a lo largo de toda su historia, en lugar de sumar y multiplicar esfuerzos por la paz entre las Naciones, termina avalando –unas veces, por acción y, otras, por omisión- las más despiadadas injusticias.”

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Reflexões de Fidel »

(Segunda Parte e Final)

27 Set 2011
Fidel Castro Ruz

Se nosso Prêmio Nobel se auto-engana, alguma coisa que está por provar, isso tal vez explique as incríveis contradições de seus raciocínios e a confusão plantada entre seus ouvintes.

Não há um ápice de ética, e nem sequer de política, em sua tentativa de justificar sua anunciada decisão de vetar qualquer resolução a favor do reconhecimento da Palestina como Estado independente e membro das Nações Unidas. Até políticos, que em nada partilham um pensamento socialista e chefiam partidos que foram íntimos aliados de Augusto Pinochet, proclamam o direito da Palestina a ser membro da ONU.

As palavras de Barack Obama sobre o assunto principal que hoje se discute na Assembléia-Geral dessa organização, só podem ser aplaudidas pelos canhões, os mísseis e os bombardeiros da NATO.

O resto de seu discurso são palavras vazias, carentes de autoridade moral e de sentido. Observemos por exemplo quão órfãs de idéias foram, quando no mundo esfomeado e pilhado pelas transnacionais e pelo consumismo dos países capitalistas desenvolvidos Obama proclama:

“Para vencer as doenças é preciso melhorar os sistemas de saúde. Continuaremos lutando contra o AIDS, a tuberculose e o paludismo; focar-nos-emos na saúde dos adultos e das crianças, e é preciso detectar e lutar contra qualquer perigo biológico como o H1N1, ou uma ameaça terrorista ou uma enfermidade.”
“As ações no relativo à mudança climática: Devemos utilizar os recursos escassos, e continuar o trabalho para construir, na base do que se fez em Copenhague e Cancún, para que as grandes economias continuem com seu compromisso. Juntos devemos trabalhar para transformar a energia que é o motor das economias e apoiar outros que avançam em suas economias. Esse é o compromisso para as próximas gerações, e para garantir que as sociedades consigam suas potencialidades devemos permitir que os cidadãos também alcancem suas potencialidades”

Reflexões de Fidel

(Primeira parte)

Faço alto nas tarefas que ocupam a totalidade de meu tempo nestes dias, para dedicar umas palavras à singular oportunidade que oferece para a ciência política o sexagésimo sexto período da Assembléia-Geral das Nações Unidas.

O acontecimento anual demanda um singular esforço dos que assumem as mais altas responsabilidades políticas em muitos países. Para eles, constitui uma dura prova; para os amadores a essa arte, que não são poucos visto que a todos afeta vitalmente, resulta difícil subtrair-se à tentação de observar o interminável mas instrutivo espetáculo.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

ONU: prossegue Assembleia Geral sob influência palestina

 


Envolvida em uma trepidante atmosfera política depois da petição de rendimento do Estado Palestino na ONU, a Assembléia Geral avança hoje em sua quarta jornada de discursos de chefes de Estado, governo e chanceleres.

A realização de uma inusual jornada sabatina na sede da organização mundial obedece à longa lista de oradores inscritos para participarm no debate geral que durará até a próxima sexta-feira.
Por América Latina e as Caraíbas só subirão ao pódio do plenário quatro representantes caribenhos: San Vicente e Granadinas, Antiga e Barbuda, Barbados e Saint Kitts e Nevis, de acordo com a programação distribuída à imprensa.

A reunião, que conta com a assistência a mais de 120 governantes, foi sacudida na véspera com o pedido oficial fato pelo presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmud Abas, para que o Estado Palestino seja admitido como o membro número 194 da organização mundial.

A apresentação desse pedido levantou de seus assentos boa parte dos delegados participantes nos trabalhos da Assembleia, que emitiram prolongados aplausos de respaldo à causa palestina.
Essa ovação também mostrou a rejeição da grande maioria dos países às manobras que tratam de bloquear a aspiração dos palestinos, em particular Estados Unidos, Israel e alguns integrantes da União Europeia (UE).

Washington já anunciou que vetará a solicitação da ANP no Conselho de Segurança, órgão de 15 membros que deve analisar o caso e elaborar uma recomendação para a Assembleia Geral (193 assentos).
A demanda entregada por Abas ao secretário geral da ONU, Ban Ki-moon, já foi transferida ao atual presidente do Conselho de Segurança, o embaixador do Líbano, Nawaf Salam.

O diplomata libanês anunciou que as consultas sobre a petição palestina começarão na próxima segunda-feira entre os integrantes do órgão encarregado da paz e a segurança internacionais.

Também ontem o chamado Quarteto para o Oriente Médio (Estados Unidos, Rússia, UE e ONU) emitiu uma declaração que quase omitiu o tema da petição feita pela ANP e pediu a retomada das negociações entre Israel e os palestinos.

Trata-se da mesma linha esgrimida por Washington para tratar de impedir que Abas lançasse fizesse seu de adesão na ONU.

O Quarteto fixou o prazo de um mês para realizar reuniões preparatórias com o propósito de acrodar uma agenda e o modo de proceder nas eventuais conversas.

Assim mesmo, indicou que ambas as partes devem se comprometer com que o objetivo é “atingir um acordo dentro de um marco lembrado que não deve se estender para além do final de 2012″.

Ao mesmo tempo, estabeleceu que Israel e os palestinos apresentem propostas nos próximos três meses em matéria de territórios e segurança e deu um semestre para que se produzam “progressos substanciais”.

(Prensa Latina)

Fidel Castro vuelve a reflexionar y crutica discurso de Obama en la ONU


Chávez, Evo y Obama (Primera Parte)

Hago un alto en las tareas que ocupan la totalidad de mi tiempo en estos días, para dedicar unas palabras a la singular oportunidad que ofrece para la ciencia política la sexagésima sexta reunión de la Asamblea General de Naciones Unidas.

El acontecimiento anual demanda un singular esfuerzo de los que asumen las más altas responsabilidades políticas en muchos países. Para estos, constituye una dura prueba; para los aficionados a ese arte, que no son pocos ya que a todos afecta vitalmente, resulta difícil sustraerse a la tentación de observar el interminable pero instructivo espectáculo.

Existen, en primer lugar, infinidad de temas peliagudos y conflictos de intereses. Para gran número de los participantes es necesario tomar posición sobre hechos que constituyen flagrantes violaciones de principios. Por ejemplo: ¿qué posición adoptar sobre el genocidio de la OTAN en Libia? ¿Desea alguien dejar constancia de que bajo su dirección el gobierno de su país apoyó el monstruoso crimen realizado por Estados Unidos y sus aliados de la OTAN, cuyos sofisticados aviones de combate, con o sin piloto, llevaron a cabo más de veinte mil misiones de ataque contra un pequeño estado del Tercer Mundo que cuenta apenas con seis millones de habitantes, alegando las mismas razones que ayer se utilizaron para atacar e invadir Serbia, Iraq, Afganistán y hoy amenazan con hacerlo en Siria o cualquier otro país del mundo?
¿No fue precisamente el Gobierno del Estado anfitrión de la ONU quien ordenó la carnicería de Vietnam, Laos y Cambodia, el ataque mercenario de Bahía de Cochinos en Cuba, la invasión de Santo Domingo, la “Guerra Sucia” en Nicaragua, la ocupación de Granada y Panamá por las fuerzas militares de Estados
Unidos y la masacre de panameños en El Chorrillo? ¿Quién promovió los golpes militares y los genocidios en Chile, Argentina y Uruguay, que costaron decenas de miles de muertos y desaparecidos? No hablo de cosas ocurridas hace 500 años, cuando los españoles iniciaron el genocidio en América, o hace 200 cuando los yanquis exterminaban indios en Estados Unidos o esclavizaban africanos, a pesar de que “todos los hombres nacen libres e iguales” como decía la Declaración de Philadelphia. Hablo de hechos ocurridos en las últimas décadas y que están ocurriendo hoy.