sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

OTAN admite fracasso no Afeganistão

Bruxelas, 4 dez (Prensa Latina)



O secretário geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Anders Fogh Rasmussen, admitiu hoje que 2009 foi um ano difícil e letal para as forças de ocupação no Afeganistão.



É a primeira vez que o contingente invasor reconhece publicamente seus fracassos, pronosticada antes por analistas e políticos.



Esta crítica situação obrigou o anúncio do envio urgente de 34 mil efetivos como reforço para reverter as vitórias da resistência que controlam 11 das 34 províncias afegãs.



Durante sua intervenção na reunião de ministros de Assuntos Exteriores da OTAN com os países não aliados com tropas alojadas na nação centro-asiática, Rasmussen afirmou que o processo político no Afeganistão não respondeu às expectativas ocidentais nem às do povo afegão.



Não obstante, assegurou que os debates e as decisões adotadas hoje permitirão esboçar uma nova fase da missão, de maneira que em 2010 a OTAN contará com "muito mais forças sobre o terreno".



Ao referir-se ao que qualifica de "nova estratégia", Rasmussen confirmou o início da transição da segurança do país às forças afegãs para o próximo ano.



Para isso, detalhou, o Afeganistão já conta com 180 mil homens treinados, cifra que deverá aumentar nos meses seguintes.



Insistiu em que o governo afegão terá que "respeitar firmemente os compromissos adquiridos para melhorar a governabilidade do país e lutar contra a corrupção de maneira que a população apoie os dirigentes eleitos".



O chefe da aliança transatlântica reconheceu que "não há nem remédios nem soluções mágicas" e ainda será preciso "mais tempo, compromisso e paciência para conseguir o objetivo comum".



Agregou que o "Afeganistão terá um efeito direto sobre nossa própria segurança", o que meios de comunicação asseguram que é o pretexto da invasão.



O chefe da diplomacia britânica, David Miliband, afirmou que os aliados enfrentam um momento decisivo no Afeganistão por isso todos os governos deveriam se perguntar se fazem "o máximo possível".



Enquanto isso, o ministro francês de Exterior, Bernard Kouchner, reiterou que seu país não pretende oferecer mais efetivos, pois "não é o número de tropas o que conta, são as missões".



Na reunião encontrava-se presente também a chefe da diplomacia estadunidense, Hillary Clinton.



ocs/npg/es

Denunciam plano desestabilizador em fronteira venezuelana com a Colômbia

Caracas, 4 dez (Prensa Latina)

Deputados venezuelanos denunciaram hoje a intenção de desestabilização política na fronteira com a Colômbia por distúrbios registrados nesta semana no estado Táchira, considerados um ensaio para ações maiores no país.



A situação em Táchira complicou-se com incidentes violentos na Universidade de Los Andes na quarta-feira passada, onde foram queimados dois caminhões, houve o fechamento injustificado de estações de serviço de gasolina e tumultos em frente os bancos por rumores de fechamento.



Em declarações difundidas pelo diário regional A Nação, o deputado Julio García Jarpa denunciou que a situação está relacionada com "comportamentos dos agentes golpistas, que seguem o roteiro escrito para a Venezuela pelo Pentágono".



O avanço paramilitar, agregou, com disfarce estudantil, arremete contra trabalhadores e incendeia veículos estatais para diminuir o apoio aos serviços públicos.



O deputado chamou a atenção sobre o fechamento de 11 estações de abastecimento de gasolina e diesel, apesar de ter depósito de mais de 15 mil litros de combustível.



Desta forma atribuiu à governação do estado, encabeçada pelo governador César Pérez Vivas -opositor ao presidente Hugo Chávez- de fazer correr o rumor do fechamento do Banfoandes para provocar filas diante das agências bancárias.



Segundo a denúncia, na fronteira estimula-se os contrabandistas para que novamente obstaculizem as passagens fronteiriças e assim provocar inquietude e incomodação na população.



Em sua opinião, trata-se da aplicação de estratégias desestabilizadoras contempladas no manual de guerra de quarta geração para provocar insatisfação na população e criar situações subversivas.



García Jarpa afirmou que com esta situação se utiliza o estado Táchira como laboratório para ensaiar estratégias, com a intenção de exportar a experiência ao restante do país.



ocs/ml/es

Filmes do Chile e da Argentina em concurso na mostra-campeonato havaneira

Havana, 4 dez (Prensa Latina)


 As cinematografias do Chile e da Argentina entram hoje em concurso na seção oficial do Festival de Cinema de Havana com duas de suas mais fortes propostas, A nana e O menino peixe, respectivamente.



Premiada com um Colombo de Ouro em Huelva e no Sundance Festival, dos Estados Unidos, A nana, de Sebastián Silva, será exibida em dupla função no central cinema Yara, um dos preferidos pelo público.



O menino peixe, da realizadora argentina Luzia Puenzo, será projetado na sala Charles Chaplin, como também o boliviano Zona sul, de Juan Carlos Valdivia.



Da Argentina, um dos países mais representados no concurso, sairá a competir nesta segunda jornada Israel Adrian Caetano, conhecido aqui por títulos como Um urso vermelho, que regressa com França, ganhador de um prêmio especial do júri em Huelva.



Entre os diretores que competem na categoria de ópera prima estarão o chileno Alejandro Fernández com Huacho, o mexicano Carlos Serrano com A árvore, e o uruguaio Alvaro Berechner com Mau dia para pescar.



Hoje será inaugurada a mostra de cinema alemão contemporâneo com Jerichow, de Christian Petzold, e no ciclo dedicado à filmografia espanhola será exibido o mais recente vídeo de Isabel

Coixet, Mapa dos sons de Tóquio.



No Pavilhão Cuba, um novo espaço consagrado aos jovens, será aberta uma exposição da fotógrafa italiana Tina Modotti com as imagens tomadas a daquele que fora seu colega sentimental e de luta, o revolucionário cubano Julio Antonio Mella.



Ontem foram apresentadas no Hotel Nacional, subsede do encontro, as 24 personalidades que avaliarão 104 obras de 17 países nas seis categorias em disputa.



Ontem à noite, durante a jornada inaugural, no teatro Karl Marx, o presidente da festa cinematográfica, Alfredo Guevara, deu as boas-vindas aos convidados estrangeiros e chamou os cineastas jovens a renovar a linguagem cinematográfica para abordar com frescura as novas realidades que emergem.



Os cinéfilos da ilha puderam apreciar ontem, desde as primeiras horas do dia, filmes como o peruano A teta assustada, de Claudia Llosa, que compete pela segunda vez neste encontro, e o argentino O segredo de seus olhos, de Juan José Campanella, projetado na festa inicial do festival.



ag/may/es

Bolívia: Um "paceñazo" para Evo Morales

Por Mario Hubert Garrido



La Paz, 4 dez (Prensa Latina)


A apenas 48 horas das eleições gerais na Bolívia, a festa ocorrida na véspera do fechamento nacional da campanha de Evo Morales na combativa cidade de El Alto será recordada por muito tempo.



Deputados do governamental Movimento ao Socialismo (MAS), como Gustavo Torrico, tinham antecipado à Prensa Latina que a festa que resume estes atos por todo o país seria um "paceñazo", sinônimo aqui de forte respaldo popular em uma das localidades de maior convocação do estadista.



Mas a realidade superou as expectativas e concentrações anteriores ficaram pequenas, como a de maio de 2008, em resposta à manobra da oposição que quis levar os três poderes do Estado à cidade de Sucre, em defesa do mal chamado capital plena.



Nesta ocasião, El Alto, onde as pesquisas prognosticam que Morales ganhará com mais de 70 por cento, foi novamente a praça integradora de mais de meio milhão de bolivianos vindos de nove departamentos, para escutar seu líder e o vice-presidente Álvaro García, colega de fórmula de Evo para as eleições do próximo domingo.



Bandeiras do MAS, o símbolo nacional tricolor (vermelho, amarelo e verde) e a andina whipala contribuíram com o colorido para as quase quatro horas de enardecidos discursos e canções

interpretadas por destacados grupos como Llajtamanta e Tupai.



A candidata a primeira senadora em La Paz pelo MAS, a jornalista Ana María Romero de Campero, representante da classe média, chegou a dizer que diante de Morales "tinha que se tirar o chapéu por sua constante luta por semear unidade no país sul-americano".



Se ganhar nas urnas, Romero antecipou políticas públicas para 2010, entre elas a luta contra a extrema pobreza e em defesa dos direitos das mulheres.



Por sua vez, Pedro Montes, máximo dirigente da Central Operária Boliviana, chamou os filiados a votar no domingo pela mudança, um processo que tem um nome apenas: Evo Morales.



Por sua vez, o vice-presidente García recordou que no próximo ano serão eixos programáticos para a industrialização e a construção de um grande Estado de proteção social.



Morales, visivelmente emocionado, explicou que quando em 2005 assumiu a presidência sua aspiração era libertar a Bolívia de iletrados, compromisso que cumpriu no final de 2008.



Reflexionou que para 2010-2015, seu sonho seria integrar a Bolívia entre os nove departamentos e nações vizinhas mediante estradas e aeroportos internacionais.



Também, contar com o novo satélite de telecomunicações, Tupac Katari, um direito humano -disse- que deverá chegar às zonas rurais, aos lugares mais apartados, a todos os bolivianos.



Morales elogiou como protagonista do câmbio a consciência do povo, inspirada em forças naturais, como os gloriosos Illampu, Sabaya e o poderoso Illimani.



A mudança não é de Evo, não é de Alvaro; nem sequer de um partido (MAS), a mudança é do povo, enfatizou.



O dignatário chamou a reflexionar e passar em horas da luta social e sindical à luta eleitoral, em defesa da Revolução democrática e cultural, iniciada por seu governo em janeiro de 2006.



Abreviou suas esperanças em que com o voto do povo soberano, o MAS possa atingir os dois terços na futura Assembleia Legislativa Plurinacional, de 166 membros, para impulsionar normas e medidas como a Lei de Pensões, o Seguro Universal de Saúde e Agrícola; e a instalação das autonomias departamentais regionais e indígenas, entre outras.



Nesse sentido, assegurou que o atual processo revolucionário na Bolívia nunca fracassará por pertencer ao povo e as suas organizações sociais.



A oposição fez seu fechamento de campanha em Santa Cruz, reduto tradicional no oriente boliviano.



Ali, o ex-governador de Cochabamba, Manfred Reyes Villa, do Plano Progresso para Bolívia (PPB) e o empresário Samuel Doria Medina, da Unidade Nacional (UN) encabeçaram concentrações confirmando seu fracasso em criar uma frente única para impedir a reeleição de Morales.



Nesta sexta-feira, ao concluir as campanhas proselitistas, termina também o prazo para difundir pesquisas de intenção de voto, ainda que as últimas dão por certo que o atual presidente de origem aymara será o primeiro, com respaldo entre 52 e 60 por cento.



asg/ga/es

Forças políticas hondurenhas preparam estratégia frente a crise

Tegucigalpa, 4 dez (Prensa Latina)


A Frente Nacional contra o golpe de Estado de Honduras anunciou que este fim de semana realizará uma assembleia para analisar sua estratégia na batalha pela restituição da democracia.



O coordenador geral dessa aliança de forças sociais e políticas, Juan Barahona, ratificou que continuarão a luta para conseguir a restituição da ordem constitucional e do presidente legítimo, Manuel Zelaya.



Agregou que o outro objetivo irrenunciável para o movimento antigolpista é a convocação de uma assembleia nacional constituinte que abra o caminho às mudanças necessárias para a refundação de Honduras.



Barahona reiterou a rejeição da Frente às eleições do domingo passado e o desconhecimento de seus resultados, ao qualificar de vitória popular os altos níveis de abstenção, comprovados pelos ativistas da Frente.



Zelaya, que encontra-se desde o passado 21 de setembro na embaixada do Brasil, depois de seu regresso clandestino ao país, expressou também que continuará a luta para conseguir a democratização de Honduras.



O estadista confirmou sua intenção de impugnar as eleições, que denunciou como ilegais por sua realização sob um regime de facto e uma farsa para "branquear" o golpe militar do passado 28 de junho.



Enquanto isso, o candidato presidencial Porfirio Lobo, ainda que sem ser proclamado ganhador pelo Tribunal Supremo Eleitoral (TSE), anunciou para hoje o início de um diálogo com setores que apoiaram a ação militar.



Segundo dados publicados a conta gotas pelo TSE, Lobo contará com uma ampla maioria no congresso de seu partido, o Nacional, ao que se atribui também o triunfo em 252 das 298 prefeituras do país.



Esse agrupamento de direita respaldou o golpe militar e o governo de facto que encabeça Roberto Micheletti, do dividido Partido Liberal, cujas forças antigolpistas lidera Zelaya.



Em Washington, a Organização dos Estados Americanos (OEA) efetuará nesta sexta-feira uma reunião de seu Conselho Permanente para analisar a crise em Honduras.



A OEA condenou no dia 4 de julho passado o golpe e exigiu por unanimidade a volta "imediata e segura" de Zelaya ao cargo, mas depois os Estados Unidos propôs o presidente da Costa Rica, Oscar Arias, como mediador para o conflito.



Arias propiciou um lento processo de negociações sobre um plano para a volta condicionada de Zelaya à presidência, que finalmente fracassou nesta semana.



Não obstante, da mesma forma que os Estados Unidos, Arias realiza uma intensa campanha internacional a favor do reconhecimento das eleições do domingo passado e do próximo governo.



Segundo relatórios recebidos em Tegucigalpa, a maioria dos governos da região anunciaram que não reconhecerão as eleições nem seus resultados, por isso se descarta que a OEA consiga consenso em torno do tema.



asg/rl/es

Sessionam ministros de Desenvolvimento Social do MERCOSUL

Montevideo, 4 dez (Prensa Latina)



A XVII Reunião de Ministros e Autoridades de Desenvolvimento Social do Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) e Estados Associados se desenvolverá hoje aqui, com uma agenda que inclui o plano do biênio 2010-2011.



Os debates versarão sobre o Instituto Social do organismo, a comissão coordenadora e o orçamento para o próximo ano, de acordo com o programa circulado pela imprensa.



Está previsto uma Oficina sobre o Plano Estratégico de Ação do MERCOSUL no marco do Acampamento de crianças e adolescentes "Novas Gerações do Milênio", organizado pela Rede Mercocidades.



Também será analisado e submetido a votação o Projeto "Economia Social e Solidária para a Integração Regional", e no final do fórum, o Uruguai entregará a presidência rotativa de seis meses, neste caso para a Argentina.



Para o dia 8 de dezembro está prevista nesta capital a XXIX Cúpula do organismo regional, que será antecedida no dia anterior por um encontro de chanceleres e ministros de Economia.



Criado em 1991 com a assinatura do Tratado de Assunção, o bloco está integrado por Argentina,

Brasil, Paraguai e Uruguai, em cuja capital, Montevideo, se encontra a sede permanente.



Além dos quatro países citados, está pendente a incorporação como membro pleno da Venezuela desde que se assinou em 2005 sua adesão.



Bolívia, Chile, Colômbia, Equador e Peru têm status de sócios.



As nações do MERCOSUL somam 234,5 milhões de habitantes e seu Produto interno bruto (PIB) representa 75 por cento do da América do Sul.



asg/wap/es

Sociedade civil equatoriana considera necessária Lei de Comunicação

Quito, 4 dez (Prensa Latina)


Uma carta aberta de 22 organizações da sociedade civil equatoriana ratifica hoje a necessidade urgente de que exista uma lei democrática que concretize e desenvolva os direitos da comunicação estabelecidos na Constituição.



Diante da situação gerada pela apresentação do Projeto de Lei, elaborado pela Comissão Ocasional de Comunicação, organizações acadêmicas, indígenas, sindicais de meios de comunicação, religiosas, femininas e de direitos humanos, dirigiram-se à sociedade para expressar sua posição neste importante tema.



"Condenamos, sublinha a carta, a campanha midiática dos grandes grupos empresariais da comunicação no Equador que, a pretexto de defender a liberdade de expressão, não buscam outra coisa senão precautelar seus interesses corporativos".



Para conseguir o anterior, esses grupos propõem que não tenha nenhuma lei de comunicação, enfatizam.



"Assinalamos nossa insatisfação pelo relatório apresentado pela maioria dos membros da Comissão Ocasional de Comunicação, para primeiro debate parlamentar, fruto de uma série de desacertos e erros políticos, conceituais e metodológicos em sua elaboração."



"Recusamos o relatório de minoria dos membros da Comissão Ocasional da Comunicação, por transluzir e defender somente os interesses dos grandes empresários dos meios de comunicação", propõem as 22 organizações.



Por fim, propõem "a reconceitualização radical do Projeto de Lei de Comunicação, à luz dos 11 pontos que apresentamos" e que são: Defesa irrestrita da liberdade de expressão; Defesa irrestrita do direito a receber informação verificada e plural.



Outros pontos são: direito à retificação frente a informação falsa ou injuriosa; distribuição em três terços das frequências de rádio e televisão entre os setores público, privado e comunitário; proibição de concentração de frequências e monopólios midiáticos.



Ademais reclamam produção nacional e local a partir da diversidade cultural e geográfica; acesso universal a tecnologias de informação e comunicação; institucionalização da defensoria do público; distribuição equitativa da publicidade estatal nos meios e no país, e reversão de frequências obtidas

ilegitimamente.



lgo/prl/es

Brasil reitera rejeição a eleições em Honduras

Brasília, 4 dez (Prensa Latina) O assessor especial da presidência para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, reiterou que o Brasil não reconhecerá o resultado das eleições efetuadas em Honduras no domingo passado.



Em entrevista à Empresa Brasil de Comunicação, García -que encontra-se na Alemanha junto ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva- sublinhou que o governo brasileiro não se questiona assuntos como fraudes e representatividade durante as eleições hondurenhas.



O não reconhecimento das eleições é uma posição compartilhada por países importantes de América do Sul, assegurou o assessor especial, que agregou que agora esperam pela decisão que adotará a Organização dos Estados Americanos (OEA), que em sessão extraordinária, analisará a situação em Honduras.



Para o governo brasileiro, legitimar as eleições do domingo passado é legitimar o golpe de Estado do dia 28 de junho, que não só retirou o presidente constitucional José Manuel Zelaya da presidência, como também até dessa nação centro-americana.



Zelaya retornou a Tegucigalpa no último dia 21 de setembro e desde então está refugiado na embaixada do Brasil na capital hondurenha.



Diversas negociações, incluídas da Organização dos Estados Americanos (OEA), fracassaram na tentativa de que o governo de facto permitisse a volta ao poder do presidente eleito antes das eleições gerais.



Na quarta-feira passada, o presidente Lula e o chanceler Celso Amorim reafirmaram a postura brasileira de negar a legitimidade do processo eleitoral hondurenho, por ter sido efetuado sob um governo de facto e sem a condição do regresso de Zelaya ao poder.



No entanto, ambos assinalaram a necessidade de dar um prazo para avaliar os novos fatos internos na nação hondurenha e a posição que adotará a OEA em sua reunião extraordinária.



Nesta semana, o Congresso Nacional de Honduras recusou a restituição do governo do presidente Zelaya.



ocs/ale/es

De Kyoto a Copenhague: um longo caminho sem definições

Por Fausto Triana



Paris, 4 dez (Prensa Latina) Dentro de algumas horas o foco informativo mundial deslocará seu olhar para Copenhague, capital da Dinamarca, depois de percorrer um longo caminho desde o Protocolo de Kyoto e muitas incertezas em torno da mudança climática.



O sonho da Cúpula da COP 15 (Conferência das Partes), sob a sombra da Organização das Nações Unidas, é conseguir uma drástica redução das emissões de gases de efeito de estufa em um lapso para o ano 2020.



Porém, por agora segue sendo uma quimera não obstante o aumento dos compromissos e da sensibilidade internacional em torno do tema. Há dois pontos básicos que bloqueiam as negociações, o ceticismo e o egoísmo.



Alguns sem más intenções e outros para esconder no fundo o egoísmo de um estilo de vida e modos de consumo insustentáveis, põem em dúvida a veracidade dos estudos científicos.



Afirmam que tudo são invenções e que na verdade os vai-vem da natureza são comuns na Terra a cada verdadeiro tempo.



Os restantes vão para além e asseguram que são simples hipóteses elaboradas pelo capitalismo. O objetivo é obrigar à dependência de produtos de novo tipo, aprovados por seu distintivo selo ecológico e amigável com o meio ambiente.



Em relação com a escura era de George W. Bush, o novo inquilino da Casa Branca, Barack Obama, deu um passo adiante e prometeu a diminuição dos Estados Unidos na emissão de gases contaminantes em 17 por cento.



Uma cifra irrisória comparada com o que produz a superpotência. Apesar da críticas e de algumas bajulações tentando arrancar mais de Obama, o presidente adiantou que estaria apenas em um dia em Copenhague (no dia 9).



O fará na próxima semana, na plenária inicial da COP 15, quando sessionam os especialistas e altos servidores públicos dos 193 integrantes da Conferência, um pouco para marcar o momento com todo o protagonismo midiático. Evitará dessa forma pressões maiores.



A China, por sua vez, já ofereceu bem mais, ao se propor os cortes em suas combustões de gases na ordem de 40 a 45 por cento para até 2020. Ficariam então por esperar os compromissos da União Europeia (UE), do Brasil, do Japão e da Índia.



Os cientistas reforçam que se deve reduzir à metade, daqui a 2050, as emissões mundiais de gases de efeito de estufa, provocadas essencialmente pela combustão do carvão, do petróleo e de gás.



Na mesa de negociações nas salas da Bella Center, a sede da COP 15, há, além da redução de emissões, outros pontos fundamentais para permitir que a Declaração ou Acordo de Copenhague tenha a importância desejada.



Aparece como prioridade o financiamento para impedir um maior aquecimento global da atmosfera e evitar a subida em dois graus das temperaturas.



Os países pobres aspiram a que os industrializados comprometam 1% de seu Produto Interno Bruto (PIB) ao ano. A UE considera que se requererá de 150 bilhões de dólares anuais para 2020.



Tudo isto representa uma diminuição dramática do consumo de combustíveis fósseis e precisa de um estatuto legal para fazer valer seu cumprimento.



Outro dos eixos de Copenhague aponta para um arranjo para pôr fim ao desmatamento e financiar projetos de preservação dos "pulmões" do planeta, como o caso da Amazônia.



A exceção de Obama que sairá com antecedência ao país nórdico, se espera a participação de uma centena de chefes de Estado ou Governo para o segmento de máximo nível da COP 15, isto é, a Cúpula de 17 e 18 de dezembro.



Copenhague substituirá o Protocolo de Kyoto que nunca foi aceito por Washington desde que foi assinado como o marco do acordo em 1997, terminou em 2001 e se fez efetivo no dia 16 de fevereiro de 2005 com a ratificação de 183 países e a UE.



Kyoto firmou o compromisso dos países industrializados de reduzir as emissões de seis categorias de gases de efeito estufa em ao menos cinco por cento para o período 2008-2012, em relação aos níveis de 1990.



arc/ft/es

Recusa Equador existência de acampamentos como denuncia Colômbia

Quito, 4 dez (Prensa Latina)

O ministro coordenador de Segurança Interna e Externa, Miguel Carvajal, recusou hoje a existência de dois supostos acampamentos irregulares em território equatoriano, como denunciaram as autoridades da Colômbia.



Nas coordenadas aafirmadas pelo governo de Bogotá sobre dois supostos acampamentos das Forças Armadas Revolucionárias de Colômbia (FARC) em território do Equador, não existem tais, explicou o oficial em declarações a TC Televisão.



Carvajal assegurou que depois de realizar as inspeções respectivas, "lamentavelmente devemos dizer que sucedeu o mesmo que em ocasiões anteriores; isto é, nessas coordenadas não existia nenhum acampamento das FARC".



"Estamos avançando em todo um programa de recuperação da confiança, mas também de desenvolvimento daqueles temas que vantajosamente não foram afetados na ruptura" que ocorreu pelo ataque do 1º de março do 2008 a Angostura, pontuou.



O oficial comentou que com o vizinho país "estão normalizadas as relações" e destacou ao fato de ter encarregados de negócios em Bogotá e Quito como "um espaço fundamental".



ocs/prl/dcp

Festival habanero aponta ao futuro: Luis Alberto Lamata

Havana, 4 dez (Prensa Latina)


O realizador venezuelano Luis Alberto Lamata afirmou hoje aqui que o Festival Internacional do Novo Cinema Latino-americano de Havana é um faro que aponta sempre ao futuro. É uma guia fundamental em minha vida, aqui te projeta sempre o que queres fazer e por que queres o fazer. Vem o melhor do cinema latino-americano, podes ver o que fazem os jovens e os veteranos, disse Lamata em declarações a Prensa Latina.



Na década do 80 assistia como espectador a me encontrar com o que não podia ver em meu país, relembrou. Depois no XIII Festival fui premiado com Jericó, uma experiência que me marcou em minha vida, revelou.



A uma interrogante sobre o público habanero, expressou que é muito participativo. Conhece o cinema da região e julga com dureza. Quando tem que desfrutar desfruta, quando tem que rir, ri, e quando tem que chorar, chora, acrescentou.



Lamata preside o júri de guiões inéditos no que participam 28 projetos em concurso.



O festival habanero começou ontem com funções nas 15 salas capitalinas disponíveis e se estenderá até o próximo dia 13.



ocs/alb/ag/dcp

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Prognosticam agravamento de crise política em Honduras

Tegucigalpa, 3 dez (Prensa Latina)

A ratificação pela maioria do congresso de Honduras da destituição do presidente constitucional, Manuel Zelaya, abriu um novo capítulo à prolongada crise política do país.



A decisão, adotada em uma longa sessão culminada ontem à noite, referendou o derrocamento e a expatriação do estadista pelas forças armadas no dia 28 de junho passado, validadas poucas horas depois pelo parlamento.



Desde meu ponto de vista, o que passou no Congresso Nacional foi um golpe de estado, disse o deputado Edmundo Orellana, um dos poucos membros do Partido Liberal que defendeu a volta à ordem constitucional.



O legislador César Ham, do Partido Unificação Democrática, assegurou que a resolução, a qual se opôs, só conduzirá ao agravamento da crise em Honduras.



Os principais atores do golpe -as forças armadas, os poderes do regime de facto e Estados Unidos- apostam em que as eleições do domingo passado conduzam à normalização do país.



Nas eleições, o Tribunal Supremo Eleitoral deu a vitória ao empresário de 62 anos, Porfirio Lobo, postulado pelo conservador Partido Nacional, cujos 55 legisladores votaram na contra Zelaya.



Enquanto isso, a Frente Nacional contra o golpe de Estado, que lidera a resistência desde o mesmo dia da ação militar, reiterou desconhecer os resultados das eleições, que considera uma farsa para legitimar a ruptura da ordem constitucional pelos militares.



Essa vasta aliança de forças populares ratificou que continuará a luta pela restituição da democracia e de Zelaya, bem como por uma assembleia nacional constituinte que refunde a nação.



O estadista adiantou que impugnará legalmente as eleições e buscará reprogramá-las quando existirem condições para sua realização limpa e transparente.



Na prática, os mesmos atores do conflito desatado pelo derrocamento de Zelaya mantêm suas posições encontradas, ainda que um novo fator incorporou-se depois das eleições: Lobo e o Partido Nacional.



Este último, acusado pela resistência de ser um dos pilares da conspiração golpista, atingiu, segundo o Tribunal Supremo Eleitoral, a maioria no próximo congresso com mais de 70 das 128 cadeiras.



O deputado Ham alertou que Honduras precisa de mudanças urgentes, pois é inadmissível que 10 por cento da população controle 90 por cento da riqueza enquanto o restante esteja condenado à miséria.



O congresso debateu o tema de Zelaya em virtude dos acordos assinados por representantes deste e do chefe do regime de facto, Roberto Micheletti, no passado 30 de outubro, depois de quase cinco meses de tensas negociações.



Zelaya tinha anunciado que não ia aceitar sua restituição como parte de uma manobra para legitimar o golpe militar e as eleições do domingo. asg/rl/es

Grande festa popular fecha campanha eleitoral de Evo Morales

Por Pablo Osoria Ramírez



La Paz, 3 dez (Prensa Latina)

Com uma grande festa popular concluirão hoje na cidade boliviana de El Alto os atos de fechamento de campanha eleitoral do governamental Movimento ao Socialismo (MAS), e de respaldo à reeleição do presidente Evo Morales.



"Será um fechamento nacional, uma grande festa democrática que viveremos os bolivianos, em especial os que apostamos pelo processo de mudança", anunciou o representante da campanha do MAS, Jorge Silva.



Por sua vez, o secretário executivo da direção dessa formação em La Paz, Samuel Guarayos, assegurou que a conclusão da cruzada proselitista foi coordenada com os movimentos sociais, camponeses e originários do país.



Segundo Guarayos, na mobilização participarão todas as organizações que integram a Central Operária Boliviana e o Conselho Nacional para a Mudança.



Héctor Arce, candidato a primeiro deputado plurinominal do MAS por La Paz, assegurou que a mobilização contará com a presença do presidente e de seu vice, Álvaro García, que completa a dupla do partido oficialista para as próximas eleições.



Arce mostrou confiança no triunfo do partido oficialista porque os resultados das pesquisas confirmam uma percentagem de intenção de votos acima do 55 por cento, a grande distância dos opositores Plano Progresso para Bolívia e Unidade Nacional.



Essas duas formações são as mais próximas ao MAS nas sondagens, ainda que com desvantagem de até 30 pontos.



Diante do apoio em massa, Morales prognosticou que obterá entre 24 e 27 senadores na futura Assembleia Legislativa Plurinacional, nome que adotará o Congresso em 2010.



"Esse é nosso otimismo", comentou o presidente em coletiva de imprensa.



asg/por/es

Desmobilização depois de acordo entre governo e movimentos sociais argentinos

Buenos Aires, 3 dez (Prensa Latina)

Vários movimentos sociais, que realizavam desde a última terça-feira uma manifestação por reclamos de postos de trabalho, se desmobilizaram hoje depois de um acordo com representantes do governo.



Gustavo Gimenez, um dos líderes da marcha em demanda de postos de trabalho, declarou a uma emissora de rádio que depois de conversas com servidores públicos do Ministério de Desenvolvimento Social se decidiu abrir os padrões de inscrição para o plano governamental Argentina Trabalha.



A iniciativa, anunciada em agosto pela presidenta Cristina Fernández, destina 1,5 bilhão de pesos (400 milhões de dólares) para criar 100 mil postos de trabalho em cooperativas.



Os manifestantes, que integram as organizações MST-Teresa Vive, Pólo Operário e Bairros de Pé, tentaram na terça-feira ocupar a Praça de Maio, em frente à Casa Rosada, sede do Executivo, para exigir uma audiência com representantes do governo sobre suas reivindicações, mas um contingente policial os impediu.



Frente a essa situação decidiram acampar na populosa Avenida de Maio até que fossem atendidos, o que se materializou ontem à noite, e a desmobilização se completou hoje.



ocs/rmh/es

Integração e Honduras em agenda da Assembleia do PARLATINO

Panamá, 3 dez (Prensa Latina)


 Temas relacionados com a integração regional e a possível suspensão do Congresso de Honduras figuram hoje entre os pontos principais da XXV Assembleia Ordinária do Parlamento Latino-americano (PARLATINO), com sede nesta capital.



Segundo fontes desse órgão regional, no programa até o dia 4 de dezembro está previsto o debate sobre políticas e estratégias socioeconômicas e culturais de desenvolvimento e luta contra a pobreza e a desigualdade.



Desta forma, Telasco Polegar, coordenador de integração regional da Secretaria Permanente do Sistema Econômico Latino-americano (SELA), exporá "O Papel da Integração no desenvolvimento e no combate à pobreza na América Latina e no Caribe".



As instituições legislativas representadas no PARLATINO discutirão ademais a suspensão do Parlamento hondurenho como membro desta instância.



A análise desse último ponto responde à situação surgida nesse país centro-americano, onde um golpe militar deslocou do cargo o presidente constitucional Manuel Zelaya.



Como passo prévio à reunião, duas comissões permanentes (Energia e Minas e Segurança Cidadã) e três grupos de trabalho concretizaram os projetos que deverão ser aprovados na assembleia.



Os participantes analisarão também o relatório de atividades e as projeções para 2010, unido à colocação da primeira pedra do edifício que acolherá a sede permanente do PARLATINO no Panamá.



ocs/mem/es

Homenageiam cantor chileno Víctor Jara

Santiago do Chile, 3 dez (Prensa Latina) Numerosas organizações sociais começam hoje três dias de homenagens em massa ao emblemático cantor chileno Víctor Jara, assassinado durante o golpe militar de 1973.



A recordação inclui atuações de artistas como o grupo Inti-Illimani e culminará no sábado com uma romaria no Cemitério Geral, onde serão enterrados os restos de Jara depois de serem exumados em junho passado para ser submetido a perícia por parte do Serviço Médico Legal (SML).



Essa entidade confirmou que o jovem foi vítima de torturas e de "múltiplas fraturas por feridas de bala que provocaram um choque hemorrágico em um contexto de tipo homicida".



Patricio Bustos, diretor do SML, afirmou que as análises -ratificadas pelo Instituto Genético de Innsbruck, Áustria, indicam que Jara foi golpeado e torturado no estádio Chile, usado como centro ilegal de detenção e que hoje leva seu nome.



Os especialistas acharam no cadáver mais de 30 lesões ósseas, produto de fraturas provocadas por feridas de projetil, mais algumas provocadas por objetos contundentes que não correspondem a feridas de bala, relatou Bustos.



Há 36 anos dos fatos, foram processados como responsáveis o então recruta José Paredes, que confessou ter disparado contra o músico e depois voltou atrás, e o ex-chefe do centro de detenção, coronel retirado Mario Manríquez.



Não obstante, os familiares de Víctor Jara, bem como as organizações defensoras dos direitos humanos fazem questão de processar quem deu a ordem de lhe crivar de balas.



Ex-prisioneiros do estádio Chile, onde foram encarceradas cerca de cinco mil pessoas, coincidem em assinalar um ex-coronel conhecido como "O Príncipe" e que investigações jornalísticas identificaram posteriormente como Edwin Dimter Bianchi, mas este nega a acusação.



Ao ratificar a homenagem de três dias, Glória Konig, diretora executiva da Fundação Víctor Jara, demandou verdade e justiça para o artista e para todos os Detentos Desaparecidos e Executados Políticos do Chile.



asg/jl/es

China ampliará investigação geoespacial na Antártida

Beijing, 3 dez (Prensa Latina)


Com a construção de um laboratório na Antártida que entrará em funcionamento em abril, a China espera ampliar a investigação científica geoespacial nesse continente.



A nova instalação se localizará na estação de monitoramento Zhongshan, desta nação asiática, e constará de várias equipes, incluído um radar de alta frequência e monitores de auroras boreais (interação do vento solar com o campo geomagnético que envolve a Terra -magnetosfera-, e a ionosfera).



A análise destes fenômenos geofísicos, que com frequência são observados da Antártida, é de grande importância para os estudos espaciais, explicou Hu de Hongqiao, especialista do Instituto de Investigação Polar da China, citado hoje pela imprensa local.



Agregou que a estação de Zhongshan passa pelo óvalo auroral duas vezes ao dia e sua posição lhe permite ter uma boa visualização desse meio. As auroras (luzes de cores que aparecem geralmente nos polos) podem ser vistas em várias camadas da magnetosfera dali.



A nação asiática também já possui um acúmulo de dados da atmosfera superior obtidos com um instrumento multissistema, elaborado pelos Institutos de Investigação Polar da China e do Japão, e a Universidade de Newcastle, na Austrália.



O laboratório faz parte das atividades da vigésima sexta expedição científica ao continente gelado, que partiu de Shanghai no passado 11 de outubro a bordo do navio Xuelong (Dragão de Neve) e tem previsto seu regresso para abril próximo.



Um dos objetivos desta missão é completar no final de 2009 o mapa topográfico mais completo e preciso do continente gelado.



A China estabeleceu três estações na Antártida. A primeira, Changcheng (Grande Muralha), foi construída em fevereiro de 1985, a segunda, Zhongshan, em 1989, e a terceira, Kunlun, localizada no Domo A, pico mais alto desse território, em janeiro de 2008.



ocs/tjv/es

Irã considera resolução de OIEA ilegal e enriquecerá urânio

Teerã, 3 dez (Prensa Latina)


O Irã empreendeu hoje os passos para enriquecer seu próprio urânio em 20 por cento, depois que o presidente Mahmoud Ahmadinejad qualificou de ilegal uma resolução condenatória da OIEA e ratificou a legitimidade do programa nuclear nacional.



De acordo com meios oficiais, a Organização de Energia Atômica do Irã (OEAI) procederá a realizar todo o procedimento necessário para iniciar com firmeza o processo de obtenção do combustível nuclear necessário para o reator de Teerã, que produz isótopos médicos.



O presidente persa anunciou na província central de Isfahan que diante da negativa do Organismo Internacional de Energia Atômica (OIEA), de prover o país do combustível solicitado, se iniciará por meios próprios o enriquecimento de urânio em 20 por cento.



Durante um discurso pronunciado na quarta-feira, Ahmadinejad explicou que a nação busca obter o combustível de urânio que, de acordo com as regulações do OIEA, essa entidade pode lhe fornecer, mas "eles (seus diretores) se negaram".



Em consequência, o "Irã produzirá por si mesma esse combustível (atômico) enriquecido ao nível de 20 por cento que precisa", sublinhou o chefe de Estado, que acusou a Ocidente de estar se esforçando para obstaculizar o progresso nuclear do país.



Para Ahmadinejad, "o assunto nuclear está fechado", dado que o "Irã não fará concessões nem renunciará a seus direitos", ainda que ratificou a vontade de "cooperar dentro de uma boa atmosfera" e excluiu a possibilidade de que as ameaças ocidentais derivem em uma guerra.



Depois de remarcar que "as organizações internacionais estão regidas por poderes corruptos", o presidente advertiu que "a porta estará fechada (à negociação)", se Estados Unidos e a União Europeia "consideram as iniciativas positivas do Irã como um absurdo".



Pouco antes do discurso de Ahmadinejad, o subsecretário do Conselho Supremo de Segurança Nacional, Ali Baqeri, alertou que uma omissão do OIEA, aceleraria a produção própria de urânio enriquecido, sempre "em base a termos legais".



A República Islâmica recusou uma oferta feita pela Rússia, França e Estados Unidos para retirar do país urânio enriquecido em menos de cinco por cento e melhorá-lo até 20, mas disse carecer de garantias de que obterá de volta esse combustível.



O OIEA exigiu da nação persa a suspensão da construção de uma segunda instalação nuclear em Fordow, e o Parlamento respondeu aconselhando ao governo a reduzir a cooperação com essa entidade, enquanto o presidente anunciou a construção de 10 novas plantas.



lgo/ucl/es

Lei de Comunicação, direito dos equatorianos

Quito, 3 dez (Prensa Latina)


A Lei de Comunicação é uma necessidade do país e um imperativo da Constituição, afirmou o assessor jurídico da Secretaria de Comunicação do Equador, Rafael Balda.



O servidor público afirmou que esse regulamento não obedece a um mandato do governo, senão de toda a sociedade, destaca hoje o site da Presidência.



Balda explicou que a citada legislação -a qual se discute na Assembleia Nacional- se baseia no respeito aos direitos de todas as pessoas.



A atual Lei de Radiodifusão e Televisão "estabelece fortes sanções para os meios de rádio e de televisão" que violarem os direitos da sociedade, no entanto não se cumpre, precisou o conselheiro.



E é que não se tem conseguido que respeitem, pois alguns meios constantemente os vulneram, disse.



O consultor jurídico detalhou que a lei vigente só aborda aspectos técnicos das telecomunicações e deixa de fora a imprensa escrita.



Por isso, destacou, é urgente que entre em vigência outra que não se enfoque na liberdade da empresa da época neoliberal, mas sim nos cidadãos.



Ademais que garanta a independência dos jornalistas, bem como uma regulação para os meios impressos, recalcou.



Para Balda, a Lei de Comunicação deve constituir uma disposição em defesa do jornalismo, para que a responsabilidade da informação não recaia apenas sobre o jornalista, senão também sobre o meio de comunicação.



O presidente do Equador, Rafael Correa, defendeu na última terça-feira a iniciativa e sublinhou que "é óbvio que se requer uma lei de comunicação que regule adequadamente a comunicação social e impeça abusos que cotidianamente se dão".



O projeto deverá estar pronto nas próximas semanas para seu primeiro debate no pleno da Assembleia, depois a comissão especializada analisará as observações dos assembleístas.



ocs/otf/es

Finaliza na Argentina fórum por abolição bases militares estrangeiras

Buenos Aires, 3 dez (Prensa Latina)


Com o compromisso de unidade na luta por impedir o expansionismo militar dos Estados Unidos no continente e no mundo finalizou aqui a II Conferência Internacional pela Abolição das Bases Militares Estrangeiras.



Na jornada de clausura ontem à noite, o politólogo argentino Atilio Borón dissertou sobre a política estadunidense em relação com o tema do fórum e afirmou que a história demonstra o caráter irremovível dessas bases militares uma vez instaladas.



Chegam sempre para ficar, encrustam-se nos países, expressou ao abordar a decisão da Colômbia de ceder sete delas aos Estados Unidos e recordou que na Alemanha e no Japão o pretexto foi o confronto à União Soviética que desapareceu há 20 anos e as bases persistem.



Quanto à tese atual de justificar pela luta contra o narcotráfico, leu fragmentos de um relatório da ONU, no qual é mostrado que se aumentou no Afeganistão e na Colômbia.



Borón fez uma análise sobre a atuação do novo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que deixa muito que desejar, disse, em relação às expectativas criadas no mundo com sua eleição.



Afirmou que isso é assim porque nesse país há um governo permanente para as grandes decisões e um presidente de turno para as outras.



Disse que hoje a cabeça visível do governo permanente é a secretária de Estado, Hillary Clinton, como se pôs de manifesto no caso do golpe em Honduras, quando lhe corrigiu a direção de Obama e definiu a real posição de Washington que se aprecia hoje.



Berta Cáceres, líder do Conselho Cívico de Organizações Populares e Indígenas (COPIN) de Honduras, reiterou as denúncias contra o intervencionismo estadunidense em seu país, a decisão popular de continuar a luta e leu uma carta do presidente constitucional Manuel Zelaya de agradecimento à conferência pelo apoio e solidariedade.



Sobre a história do intervencionismo dos Estados Unidos em Cuba e a base de Guantánamo dissertou o presidente do Movimento Cubano pela Paz e Soberania dos Povos, José Ramón Rodríguez.



Enquanto isso, o reverendo e deputado cubano Raúl Suárez, diretor do Centro Memorial Dr. Martín Luther King, chamou a lutar pela recuperação da memória histórica dos povos latino-americanos e combater a ofensiva neoliberal em todas as suas frentes, os visíveis e os encobertos, para o qual é indispensável a unidade de pensamento e ação.



A reunião contou com a participação do embaixador da Venezuela, Arévalo Méndez, que expôs sobre o conflito desatado pela Colômbia com o tema das bases e abordou amplamente seus antecedentes.



Também apresentaram relevantes trabalhos especialistas e estudiosos do Panamá, Peru, Paraguai, México, Equador, Colômbia, do Conselho Mundial pela Paz e do país anfitrião, entre outros.



ocs/rmh/es

Presidente eleito uruguaio receberá a titular do BID

Montevidéu, 3 dez (Prensa Latina)


O presidente eleito do Uruguai, José Mujica, sustentará hoje aqui uma reunião com o máximo responsável pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Luis Alberto Moreno, para analisar futuras linhas de crédito.



No encontro participará o recém eleito vice-presidente da nação, Danilo Astori, quem adiantou a meios noticiários locais que a ideia é destinar esses valores ao desenvolvimento de infra-estrutura.



Dentro delas, Astori disse que os orçamentos obtidos estarão centrados nos setores energia e transporte, que junto a reservas nacionais, permitirão melhoras à rede de vias férreas e a dragagem do rio o Uruguai.



"O chefe da instituição multilateral já nos adiantou o desejo do banco de começar a conversar, os lineamentos de trabalho que poderá ter com Uruguai durante o transcurso do próximo período de governo", explicou.



Mujica e Astori dialogaram ontem sobre os pontos a tratar com o organismo internacional e a respeito do encontro de manhã com os líderes dos Partidos Nacional, Luis Alberto Lacalle, e Independente, Pablo Mieres.



ocs/wap/dcp

Forças armadas bolivianas velarão por segurança em eleições

La Paz, 3 dez (Prensa Latina)


O ministro de Defesa da Bolívia, Walker San Miguel, informou que as Forças Armadas apoiarão à Polícia Nacional no domingo próximo para garantir que as eleições gerais se realizem com plena segurança.



Citado hoje pelo jornal Cambio, San Miguel precisou que segundo o Código e a Lei Eleitoral Transitória, no dia das eleições as Forças Armadas e a Polícia se subordinam ao máximo organismo comicial para aplicar um plano de segurança.



Mais de cinco milhões de bolivianos elegerão o próximo 6 de dezembro ao novo Presidente, Vice-presidente e aos 166 membros da nova Assembléia Legislativa Plurinacional, para o período 2010-2015.



Nesse mesmo dia, as regiões de La Paz, Oruro, Cochabamba, Potosí, Chuquisaca e Grande Chaco, e 12 municípios indígenas decidirão sobre seu status autonômico.



San Miguel explicou que os militares têm a missão de velar pela tranqüilidade e a ordem nos recintos eleitorais, no translado de urnas e das atas de sufrágio, especialmente naquelas populações afastadas das capitais de departamentos ou cidades intermédias.



Os Ministérios de Defesa e de Governo e os chefes policiais e militares desenharam um plano coordenado com a Corte Nacional Eleitoral (CNE) e evitarão qualquer incidente antes e após a consulta, explicou a autoridade.



"A Força Aérea já transfere material eleitoral a todos os lugares onde não há transporte terrestre e a Força Naval por via fluvial", acrescentou.



Ontem, em diálogo com a imprensa, também o presidente Evo Morales ofereceu garantias de transparência e paz nas eleições gerais do próximo domingo.



Morales destacou o acionar das instituições militares para proteger a democracia e garantir que os eleitores elejam com liberdade a seus representantes executivos e legislativos, apesar das afirmações de algumas frentes de direita sobre a suposta preparação de uma fraude, disse.



Por outra parte, advertiu que ante a cercania das eleições, agrupamentos contrários ao governo poderiam abrir outra ofensiva de desprestigio, como sucedeu dantes do referendo revocatório de agosto de 2008 quando emitiram propagandas para desqualificar ao chefe de Estado.



"Nessa ocasião o povo respondeu com seu voto ao respaldar ao presidente com 67%", remarcou.



lgo/ga/dcp

Tailândia e China esperam ampliar cooperação na defesa

Bangkok, 3 dez (Prensa Latina)

O ministro chinês de Defesa, Liang Guanglie, terminou hoje uma visita oficial a Tailândia chamada a traçar novos horizontes à cooperação nessa esfera com seus anfitriões.



China deseja cooperar mais em várias áreas militares com suas contrapartes tailandesas, declarou o ministro Liang em um encontro nesta quarta-feira com o chefe do governo local, Abhisit Vejajjiva.



A sua vez, Abhisit conferiu importante peso ao desenvolvimento dos nexos bilaterais na defesa.



Também expressou o compromisso de Bangkok a priorizar o avanço das relações de cooperação com Beijing em 2010, quando se cumprem 35 anos do estabelecimento de suas relações diplomáticas.



Segundo informou-se, o titular de Defesa chinês manteve conversas com seu homólogo tailandês, Prawit Wongsuwan, com quem discutiu diversas qüestões de mútuo interesse.



Meios de imprensa nacionais disseram que os dois países esperam realizar os primeiros exercícios militares conjuntos no próximo ano, segundo um acordo atingido "em princípio" durante a visita de Liang.



O jornal Bangkok Post disse que tais manobras se realizariam em data temporã de 2010 e, de acordo com Prawit, serão em pequena escala com uns 50-100 soldados.



O ministro tai indicou que se tratará de um primeiro passo nessa direção, acrescentou o Post a partir de declarações do titular anfitrião que se atribuiu como exclusivas.



lgo/sus/dcp

Mais pressões sobre premiê japonês por tema de base dos EUA

Tóquio, 3 dez (Prensa Latina)


O Partido Social Democrata (PSD) deu a entender hoje a possibilidade de abandonar a coalizão dirigente se decide-se realocar a base estadunidense de Futemma dentro de Okinawa.



Esse passo foi adiantado pela líder do mencionado agrupamento pacifista, Mizuho Fukushima, quem ocupa a carteira de ministra de Assuntos do Consumidor.



Se este gabinete decide construir uma base na zona costeira de Henoko, o PSD e eu teremos que tomar uma decisão séria, acrescentou.



O anúncio aumenta as pressões sobre o premiê, Yukio Hatoyama, quem deve pronunciar-se sobre como cumprirá a promessa eleitoral de transferir a referida instalação a um território fora da prefeitura de Okinawa, em tanto um acordo assinado com a Casa Branca em 2006 estipula sua realocação para uma zona menos povoada da cidade de Nago para 2014.



A base está situada em uma área residencial da cidade de Ginowan, no centro de Okinawa, e seu projetado translado faz parte de um plano de reorganização da presença do Pentágono neste arquipélago, recusada por boa parte da população.



Japão e Estados Unidos decidiram durante a visita do presidente Barack Obama a este país no mês passado estabelecer um grupo de trabalho para resolver o problema, o qual tensa as relações bilaterais.



É muito importante evitar a construção de uma base em Henoko, disse a chefa do PSD, ante o qual Hatoyama reiterou que respeita os critérios dos sócios de sua coalizão, integrada também pelo Partido Novo Popular.



Ainda que controla 308 cadeiras na Câmara Baixa depois de ganhar as eleições de agosto passado, o partido do premiê, o Democrático do Japão, explica o apoio das outras duas forças nesse órgão.



lgo/lam/dcp

Índia e Cuba por estreitar colaboração agrícola

Nova Deli, 3 dez (Prensa Latina)

A Índia e Cuba mostraram hoje sua disposição a estreitar a colaboração no setor da agricultura e em particular os intercâmbios entre os centros de investigação agrícolas de ambos países.



A decisão foi adotada em uma reunião que sustentaram nesta capital o vice-ministro cubano da Agricultura, José Puente, e o ministro de Estado índio para a Agricultura, Assuntos do Consumidor, Alimentos e Distribuição Pública, K.V. Kumar.



Durante o encontro, Puente expressou o interesse de sua carteira em conhecer os avanços atingidos pelo país sul-asiático neste setor.



Ambos oficiais abordaram também outros aspectos das relações bilaterais próximas a cumprir 50 anos e destacaram a trajetória comum da Índia e Cuba como membros do Movimento de Países Não Alinhados.



Na reunião participou a diretora de Relações Internacionais do ministério cubano da Agricultura, María Antonia Fernández, e o embaixador do país caribenho em Nova Deli, Miguel Ángel Ramírez. Puente e Fernández representaram a Cuba na conferência indo-latino-americana sobre segurança alimentária que concluiu na terça-feira passada nesta capital, onde expuseram a experiência cubana em matéria de colaboração agrícola com outros países como parte da cooperação Sul-Sul.



ocs/nm/dcp

Plano político de governo libanês afiança segurança e estabilidade

Beirut, 3 dez (Prensa Latina)

O programa político do novo governo do Líbano, que respaldou o direito de Hizbulah a preservar seu arsenal para defender ao país, contribui segurança e estabilidade, apesar de evidentes tensões sociais, opinaram hoje fontes locais.



Círculos políticos oficiais e meios noticiosos nacionais destacaram a votação na que a denominada Declaração Política se adotou sem emendas, ainda quando partidos cristãos da maioria parlamentar expressaram reservas sobre o parágrafo sexto.



O texto, que na próxima semana deverá ser sancionado pelo Parlamento, reconheceu "o direito do Líbano, seu povo, seu Exército e sua resistência (Hizbulah) a libertar o território ocupado libanês nas colinas de Shebaa e Kfar Shouba", controlado por Israel.



Ainda que Tel Aviv sustenta que as Granjas de Shebaa pertencem aos Altos do Golán, ocupados a Síria em 1967, Damasco e Beirut crêem necessário o retiro dos israelenses para delimitar essa zona do sul.



Ao comentar o documento aprovado na quarta-feira, o ministro libanês de Informação, Tareq Al-Mitri, afirmou que ante um previsível ataque israelense, é necessário a contribuição defensiva de todos os setores.



O titular relatou que ao intervir na reunião do gabinete, o presidente Michel Suleiman afirmou que Israel segue sendo uma ameaça para o Líbano e, por isso, é necessário tratar este assunto com uma grande responsabilidade nacional.



Al-Mitri indicou, no entanto, que um dos 30 ministros do gabinete do premiê, Saad Hariri, objetou e outros quatro puseram reservas no tema das armas em mãos do Partido de Deus (Hizbulah), força que encabeça a oposição no Legislativo.



Dita objeção, apontou Al-Mitri, "é natural e legítima, mas isso não significa que tenha um bloco de oposição dentro do gabinete. Somos um governo unido", pontuou.



Segundo as previsões, os deputados se pronunciarão na segunda-feira sobre a declaração, depois que sejam convocados pelo presidente da Assembléia Nacional, o xiita Nabih Berri, quem defende que Hizbulah mantenha seu armamento intacto enquanto tenha ocupação israelense.



O documento adotado em uma sessão encabeçada pelo presidente Suleiman também ratificou o compromisso do novo executivo de discutir e solucionar assuntos econômicos, a instabilidade financeira e a dívida pública, entre outros.



lgo/ucl/dcp

Vice-presidente equatoriano participa de conferência na Colômbia

Quito, 3 dez (Prensa Latina)


O vice-presidente do Equador, Lenin Moreno, participará hoje na cerimônia de clausura de II Conferência de Revisão da Convenção de Ottawa sobre a proibição de minas antipessoais, na cidade colombiana de Cartagena.



Segundo o último Monitor de Minas Terrestres divulgado na passada sexta-feira pela Campanha Internacional para a Proibição das Minas, Colômbia volta a ser, por terceiro ano consecutivo, o país com mais vítimas por minas.



Uma nota oficial explicou que Moreno viajará a Cartagena neste dia na manhã, já que na tarde se clausurará o encontro denominado: "Por um Mundo Livre de Minas Antipessoais", depois de assistir a um almoço oferecido por seu homólogo colombiano, Francisco Santos.



Moreno permanecerá em Cartagena até o sábado, quando realizará atividades pessoais, e regressará a Equador no domingo, afirmou a Vice-presidência em um comunicado.



Em 1997, 157 países assinaram a "Convenção sobre a proibição do emprego, armazenamento, produção e transferência de minas antipessoais e sobre sua detecção".



Ao assinar a Convenção, os Estados comprometeram-se a retirar e/ou destruir, todas as minas antipessoais sob seu jurisdição ou controle em um prazo de 10 anos a partir da entrada em vigor deste tratado na cada país.



Os países da América do Sul afetados pelas minas antipessoais não têm conseguido desminar seus territórios.



No caso de Peru e Equador, a fronteira omún está semeada de minas desde a guerra de 1995.



Os governos de ambos países têm pedido oito anos de prorrogação e constituído uma comissão binacional que maneja os orçamentos para o desminado.



asg/prl/dcp

Polêmica por reinício de presença militar em região guatemalteca

Guatemala, 3 dez (Prensa Latina)



País de constantes polêmicas, Guatemala tem hoje em turno a desatada depois do reinicio de funções de um destacamento militar em uma zona altamente sensível pelos desmanes cometidos durante o conflito armado interno.



O presidente Alvaro Colom encabeçou um ato para reinstalar a sexta brigada militar no município de Ixcán, departamento maioritariamente indígena de Quiché, com o objetivo de combater ao crime organizado e o narcotráfico.



A ideia é recuperar o controle territorial do norte do país, especificamente nos territórios de Quiché, Alta Verapaz, Izabal e parte de Petén, de acordo com uma nota oficial.



Nas antigas instalações, afirma, funcionou a Zona Militar número 22 e desde 2004 esteve clausurada, mas um acordo governamental modificou neste ano outro anterior para retomar os labores em aras da segurança do Estado.



"Este é um novo exército ao serviço da humanidade", expressou Colom ao informar que dentro das funções da brigada está velar pela segurança quando iniciem os novos pontos fronteiriços nessa área, segundo o texto.



No entanto, a imprensa recordou que naqueles lugares se contabilizaram 102 massacres de 1979 a 1988, com 2.500 mortes, além de fugir 96% de seus habitantes pelas atrocidades cometidas.



Agora regressam a Ixcán uns mil efetivos, que podem chegar a dois mil no futuro, porque "têm mudado os tempos", expressou Colom, e os soldados protegerão à população da violência, o narcotráfico e o contrabando desde o México.



Reportagens jornalísticas desde o lugar citam os temores da população autóctone pela presença militar, ao recordar muitos de seus integrantes os horrores do conflito bélico começado em 1960 e concluído em 1996 com a assinatura dos acordos de paz.



Outros justificam a ação militar pelo aumento desmedido da violência e atividades ilícitas em geral naquele lugar.



O jornal Prensa Livre, em sua edição digital, indica que Ixcán, no norte de Quiché e com 100 mil habitantes principalmente indígenas, "viveu naqueles anos sob o jugo da contra-insurgência e seu território se banhou de sangue".



asg/jf/dcp

Ratificam na Venezuela legalidade de intervenção de bancos privados

Caracas, 2 dez (Prensa Latina)


O presidente do Conselho Bancário Nacional da Venezuela, Víctor Gil, ratificou hoje o caráter legítimo das intervenções governamentais contra bancos privados nos quais se detectaram múltiplas irregularidades.



Segundo o diretor, as atuações dos últimos dias sobre as instituições financeiras Bolívar, Confederado, Canárias e Banpro, estas duas últimas em processo de liquidação, foram de acordo ao regulamento vigente no setor.



Em entrevista ao canal Televen, Gil garantiu apoio ao Executivo e descartou temores na banca privada.



Também destacou a rapidez com a que o governo do presidente Hugo Chávez começou a devolução de fundos a quem tinham contas por menos de 10 mil bolívares (quatro mil 650 dólares) nas entidades liquidadas.



Devemos ressaltar que tem sido rápido o início nesta quarta-feira da recuperação, a qual beneficiará a mais de 90% dos clientes de Canárias e Banpro, apontou.



Gil chamou a acalma-a às pessoas e descartou uma crise no setor.



Com respeito a campanhas midiáticas contra o governo, o banqueiro assegurou que apostar à instabilidade financeira resulta negativo para o país.



Isso não ajuda a ninguém, afirmou.



Chávez advertiu hoje que a banca privada será nacionalizada se opta pela instabilidade bancária como arma política.



asg/wmr/dcp

Declaram Sandino Herói Nacional da Nicarágua

Manágua, 2 dez (Prensa Latina)


A Assembléia Nacional da Nicarágua declarou hoje oficialmente ao general Augusto César Sandino Herói do país em reconhecimento a sua luta em defesa da soberania em frente à intervenção imperialista.



A proposta foi apresentada pelo presidente do Parlamento, o sandinista René Núñez, em outubro passado, para render homenagem a Sandino (1895-1934), ao outorgar-lhe um reconhecimento já existente de fato para a maioria de seu povo.



Os deputados destacaram a importância de que os nicaragüenses reconheçam que Sandino plasma com suas ações a plenitude da soberania e a independência política e econômica do país.



O projeto foi aprovado pelos 88 deputados assistentes ao plenário.



Em sua sustentação, o texto propõe que o General de Homens Livres é modelo e pauta a seguir como outros Heróis Nacionais, entre eles o general José Dolores Estrada, Andrés Castro, o general Benjamín Zeledón, e o educador Emmanuel Mongalo.



/lb/dcp

EUA - Cinco Herois, Comitê Internacional

Publicado por: Redação Cuba Viva 30 nov, 2009

Milhares de religiosos, líderes sindicais e ativistas pelos direitos humanos participaram de uma comovente vigília na entrada da Escola das Américas (SOA, suas siglas em inglês) no Forte Benning, Georgia em 22 de novembro para pedir o fechamento da mesma. Esta “escola” a qual em 2001 mudararm seu nome para “Instituto do Hemisfério Ocidental para a Cooperação em Segurança” treinou mais de 64.000 militares da América Latina em contrainsurreição, inteligencia militar e técnicas de interrogatório. Luis Posada Carriles, o conhecido terrorista e autor da destruição em pleno vôo de um avião da Cubana de Aviação em 1976 foi treinado nesta Escola dos Assassinos (como é chamada comumente esta escola) em 1961.



Os graduados da SOA, que pertence ao Departamento de Defesa dos EUA., estão envolvimos em violações dos direitos humanos e supressão dos movimentos populares das Américas, mais recentemente em Honduras onde lideraram o golpe de estado contra o Presidente Manuel Zelaya.



Este ano marca o vigésimo aniversário do massacre de seis padres jesuitas mais sua empregada juntamente sua filha adolescente, em El Salvador em 1989. Os responsáveis pelo assassinato foram treinados na Escola militar norte-americana das Américas conforme afirma um grupo de experts do Congresso dos Estados Unidos. Desde então, o grupo de base contra a violência chamado SOA Watch organiza protestos anuais na entrada do Forte Benning, organizando frequentemente atos de desobediência civil. Em 10 anos, o movimento SOA Watch tem tomado uma postura de solidariedade com os povos da América Latina pela mudança na política exterior opressora dos EUA.



Este ano, pela primeira vez, o tema dos Cinco Cubanos foi apresentado a milhares de participantes. Uma mesa com informação no caminho da entrada do Forte Benning atraiu ativistas de todas partes do país, com dois enormes cartazes. Muitas pessoas fizeram fila para assinar petições exigindo o fim das proibições de viajar a Cuba e juntaram seus nomes a cartas demandando o Presidente Obama libertar imediatamente os Cinco Heróis. Além disso levaram cópias de cartas para Hillary Clinton pedindo que ela outorgasse vistos às esposas deles e preencheram cartões para ser enviados a diferentes meios de comunicação pedindo que cubram a história. Muitos pegaram adesivos, impressos e levaram DVDs sobre o caso para mostrar em suas comunidades. O que mais chamou a atenção foi a curiosidade das pessoas que se aproximaram da mesa e sua vontade em aprender e entender a complexidade da situação deste caso. Muitos se mostraram surpresos de nunca terem ouvido falar de tão grande injustiça e perguntavam: “Que posso fazer?”



Uma oficina em 20 de novembro entitulada, “Terroristas Contra Cuba e Cubanos Contra o Terrorismo: A Conexão Luis Posada Carriles, a SOA e os Cinco Cubanos” atraiu uns 70 participantes. A oficina, que foi organizada por Stan Smith do Comitê pela Liberdade dos Cinco de Chicago e por mim, ocorreu no Centro de Convenções de Columbus, GA. Os participantes levaram consigo a indignação produzida por conhecerem o caso e também ideias de como envolverem-se mais para conseguir a liberdade de Gerardo, Antonio, Rene, Fernando e Ramón.



Na vigília de domingo de manhã, milhares de pessoas permaneceram sob chuva mostrando pequenas cruzes com os nomes de vítimas mortas e desaparecidas nas mãos dos graduados da SOA. Por cerca de três horas, enquanto os nomes eram lidos um a um, as pessoas levantavam as cruzes para o alto e em uníssono diziam: “Presente!” Este ano, graças a Marilyn McKenna, ex coordenadora da Rede Nacional de Solidariedade com Cuba (NNOC) também foram incluídas cruzes com os nomes dos integrantes da Equipe Cubana de Esgrima que morreram no ataque terrorista de 1976.



Enquanto levava comigo a cruz com o nome de Julio Herrera Aldama, de 25 anos, um homem ao meu lado levava a de Jesús Méndez Silva, de 30 anos, esportistas da equipe de esgrima, me fez sentir o profundo significado da solidariedade entre o movimento norte-americano e o povo cubano. E, enquanto caminhamos em direção a entrada, para depositar essas pequenas cruzes na cerca, entendi que as generosas ações dos Cinco Cubanos para proteger a ilha de Cuba de ataques terroristas brevemente serão levadas a luz por pessoas de consciência que levantarão suas vozes pela liberdade dos Cinco.







Por Nancy Kohn,

Comitê Internacional pela Liberdade dos Cinco Cubanos

Boston, Massachusetts

Canadá apoia envio de tropas estadunidenses ao Afeganistão

Ottawa, 2 dez (PL)

O governo do Canadá deu a conhecer hoje seu apoio ao envio de mais tropas estadunidenses à guerra no Afeganistão.

A proposta do presidente norte-americano Barack Obama foi felicitada por este país, que igualmente ao seu vizinho, anunciou que suas tropas estarão no país islâmico até 2011, quando se espera que culmine a contenda bélica.

O chefe da diplomacia canadense, Lawrence Cannon, considerou que é importante enviar novos militares a Afeganistão, em particular ao sul desse país.

Os recursos adicionais ajudarão a melhorar as condições de segurança em que vive a população afegã, entre outros na formação de forças de segurança locais, declarou em um comunicado.

Depois de uma teleconferência em Bruxelas, ocupado com este tema com seus pares da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Cannon confirmou o fim da missão militar canadense para 2011.

A guerra dos Estados Unidos contra o país centro-asiático, que lhe custou em mais de oito anos uns 150 mil milhões de dólares, tem sido apoiada com recursos humanos pelos países da OTAN.

Aproximadamente 45 mil soldados desta organização e outros aliados encontram-se hoje em solo afegão, segundo os dados oficiais. A maior parte das forças estadunidenses, junto às tropas do Reino Unido, Holanda e Canadá, encontram-se nos combates da zona fronteiriça com Paquistão.

Com o novo envio anunciado por Obama de 30 mil militares, o número de estadunidenses ali sobe para cerca de 100 mil soldados.

mgt/ggr/bj

Qualificam de históricos laços entre Cuba e África do Sul

Havana, 2 dez (Prensa Latina)


Os laços entre Cuba e África do Sul são históricos, expressou aqui a ministra de Relações Internacionais e Cooperação do último país, Maite Nkoana-Mashabane, que realiza uma vista oficial à ilha caribenha.

Atualmente ambas nações fomentam o intercâmbio, com o objetivo de promover o desenvolvimento econômico e elevar a qualidade de vida de seus povos, enfatizou o chanceler ao percorrer um parque capitalino que recorda a vários próceres africanos.

Nesse lugar, rendeu tributo a Oliver Tambo (1917-1993) e a Amílcar Cabral (1924-1973), reconhecidos líderes nas lutas pela independência do chamado continente negro. O sangue derramado pelos cubanos na libertação da África do Sul entrelaça indissoluvelmente a nossos países, que hoje trabalham em conjunto pelo bem-estar social, enfatizou Nkoana-Mashabane.

Pretoria e Havana estabeleceram vínculos diplomáticos em 11 de maio de 1994, e hoje a cooperação abarca as esferas da saúde, a construção e a formação de profissionais.

arc/dsa/bj

Cuba e EUA devem ser amigos, afirmam artistas norte-americanos

Adalys Pilar Mireles



Piñar del Rio, Cuba, 2 dez (Prensa Latina) Os integrantes do coro estadunidense SANS unem hoje suas vozes a intérpretes e agrupamentos de Cuba em um abraço cultural que rompe barreiras.

Composto por 45 cantores oriundos de Boston, Massachusetts, o conjunto vocal visita a nação caribenha pela terceira vez desde seu surgimento em 1983.

Pretendemos estreitar os laços de fraternidade com outros povos do mundo e particularmente com o cubano, declarou a Prensa Latina a presidenta de SANS, Lee Harrison.

Nestes momentos a única forma de aproximação possível entre a ilha e Estados Unidos é mediante o contato cara a cara, pessoa a pessoa, sentenciou.

Seria maravilhoso que pudéssemos aproximar com a arte para fortalecer os laços entre os dois países, é muito importante que sejamos amigos, afirmou depois de lamentar que esperassem quase em um ano por uma permissão do governo norte-americano para viajar à Maior das Antilhas.

"Há obstáculos como as leis do bloqueio que impedem a comunicação natural entre os cidadãos de ambas nações, confiamos em que isso mudará", enfatizou a solista Ada Mc Kenzie.

Com numerosas turnês internacionais e um amplo repertorio, o grupo coral interpreta canções clássicas, litúrgicas e folclóricas, que recreiam o universo dos lugares conhecidos durante suas viagens.

Quando cantamos juntos somos iguais, irmãos, por isso é tão importante para nós compartilhar cena com projetos de outras latitudes, disse Harrison. "Amamos a música desta terra e admiramos a paixão com que homens e mulheres defendem seus ritmos".

Sharing a new song, compartilhar uma nova canção, é o nome e a essência de SANS, que se apresentou nesta ocidental província na sede da União de Escritores e Artistas junto ao coro polifônico local e a crianças que estudam na Escola Vocacional de Arte Raúl Sánchez.

Depois de interpretar peças sul-africanas e da tradição religiosa afro-ameriana, presentearam aos locais com temas emblemáticos do pentagrama nacional como o bolero "Doce embeleso", composto pelo músico cubano Miguel Matamoros.

Quando estamos aqui sentimos com maior força o ritmo da vida, por isso regressamos, comentou Diane Winchester, diretora do agrupamento ao apresentar a melodia "Rhythm of life".

Os vocalistas de Boston visitarão também as províncias de Matanzas e Cidade de Havana, onde dialogarão com intelectuais e estudantes até cinco de dezembro próximo.

arc/ap/bj

DENÚNCIA PÚBLICA – BLOGUEIRA YOANI SANCHEZ INSTRUMENTO DA MIDIA

Florianópolis, 21 de outubro de 2009.




A Associação Cultural José Marti de Santa Catarina, vem a público

denunciar a campanha midiática levada a cabo pelos grandes meios de

comunicação contra a Revolução Cubana, suas conquistas, nestes 50

anos, e, seu povo. O crime cometido por Cuba foi o de se afirmar como

nação soberana, auto-determinada e solidária com os povos desta grande

humanidade.



Nestes momentos, os meios de “informação” (a expressão mais correta é

desinformação) dão páginas e páginas para a blogueira cubana Yoani

Sanchez difundir suas mentiras e atacar seu povo e seu país, desde o

próprio território cubano.



As mentiras difundidas por ela são as mesmas que há décadas o

imperialismo estadunidense e seus aliados e capachos, nos diferentes

países e nos grandes meios de desinformação, se utilizam para detratar

a realidade cubana e a magnífica obra construída pelos mais de 12

milhões de habitantes da maior das Antilhas.



A primeira mentira que cai por terra se relaciona à liberdade de

expressão, visto que esta senhora vive em Cuba e posta as “suas

opiniões” (entre aspas por que não são nada originais) desde Cuba.



O bloqueio econômico contra Cuba atinge todas as esferas da vida,

inclusive com relação à internet. Mas a blogueira em vez de denunciar

este bloqueio criminoso que persiste há quase 50 anos, culpa seu país

e seu povo pelas conseqüências, pois ela nutre o sonho de fazer voltar

a roda da história, sonha com o seu país como colônia norte—americana,

submisso, prostituído, analfabeto, com a máfia dominando a vida

social. É um sonho vão, pois o povo cubano trilha seu caminho pelos

ideais de seus heróis que tombaram na luta pela independência e pela

libertação nacional, pelos ideais de Marti, de Camilo Cienfuegos,

Ernesto Che Guevara e, pelos heróis vivos, em particular Fidel Castro.

Homens que construíram e constroem um projeto assentado no ser humano

e na humanização da vida.



São imensuráveis as conquistas da Revolução Cubana em todos os

aspectos da vida social do seu povo. Uma nação submissa com um povo

espezinhado pelo imperialismo no final dos anos 50, se transformou em

um exemplo para toda a humanidade de que é possível construir um mundo

melhor baseado em valores autenticamente humanos no qual governa a

satisfação das necessidades básicas e não as vis leis do mercado que

submetem, subjugam, matam e agridem povos e nações inteiras em nome de

um desenvolvimento e da riqueza para poucos.



Apesar da falta de recursos e do criminoso bloqueio, Cuba, há muito

tempo, é um exemplo na solidariedade aos povos da humanidade. Médicos

cubanos estão em quase cem países prestando seus serviços aos mais

humildes e necessitados. O povo cubano através de seu governo prestou

ajuda humanitária em grandes catástrofes e terremotos, em vários

países. Em Cuba estudam jovens de várias nacionalidades, inclusive

brasileiros, que gratuitamente podem ter acesso ao ensino

universitário, que por muitas vezes não teriam em seus países.



Somos, eternamente, gratos a Cuba e seu povo, por nos ter brindado

com vagas para que jovens de nosso estado e país possam cursar

medicina em Cuba. Sonho quase inatingível para quem provém das camadas

mais humildes do nosso povo.



Somos eternamente gratos a Cuba por ser uma referência, por seu

exemplo, por sua obra, por seu povo.



Denunciamos e repudiamos o papel desempenhado pela nossa grande mídia

sempre disposta a defender as piores causas, os golpes de estado, as

manobras das elites, as agressões aos povos. A mesma grande mídia que

hoje transforma em heroína a blogueira Yoani Sanchez. A mesma grande

mídia que a cada vitória de um povo latino-americano está na linha de

frente para defender os interesses do imperialismo norte-americano.



Assim foi e assim continua sendo, a grande mídia está do lado dos

perdedores, está do lado do imperialismo. Com toda certeza os povos

derrotarão o imperialismo e a grande mídia continuará a lamentar

qualquer vitória popular, continuará a lamentar as vitórias dos povos

de El Salvador, Nicarágua, Venezuela, Bolívia, Equador. Continuará a

lamentar qualquer avanço no terreno político que nossos conquistem.

Cada vez mais lamentarão.



A nós nos resta defender a verdade, o direito dos povos construírem

seus rumos com soberania a auto-determinação, zelando pelos valores

autenticamente humanos e solidarizando-se com qualquer povo agredido.



Ao final, e estranhamente, agradecemos aos grandes meios de

comunicação que tão zelosos em sua vil tarefa de desinformar e

transformar bandidos em heróis, nos ensina com seus exemplos como não

devemos ser, como não devemos agir. Não deixa de ser um

contra-exemplo.



Cuba continua cada vez mais merecendo e angariando o carinho e a

solidariedade dos povos. Cada vez mais se criam, nos cinco

continentes, comitês e associações de solidariedade a Cuba que

dinamizam as relações, que fazem intercâmbios e troca de experiências.

Nossos povos se conhecem mutuamente e crescem os laços de

solidariedade



Reafirmamos nosso compromisso na defesa dos povos, em especial de

Cuba e seu povo.



Viva a Revolução Cubana!



Viva Fidel!

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Novo impulso à Operação Milagre na Argentina

Por Moisés Pérez Mok



Córdoba, Argentina, 2 dez (Prensa Latina) A inauguração oficial hoje nesta cidade do Centro Oftalmológico Doutor Ernesto Guevara deu outro impulso à Operação Milagre, programa de saúde visual empreendido por Cuba e Venezuela em julho de 2004.



Nenhuma data poderia ser melhor para esta cerimônia, pois em um dia como hoje, há 53 anos, 82 homens liderados por Fidel Castro tocaram a costa cubana a bordo do iate Granma para empreender a última etapa da guerra de libertação, destacou Claudia Camba.



Entre esses combatentes estava o médico argentino Ernesto Che Guevara, recordou a presidenta da Fundação Um Mundo Melhor é Possível, encarregada de ter posto em marcha na Argentina a Operação Milagre, em novembro de 2005.



Quando na IV Cúpula das Américas, o então presidente estadunidense George W. Bush falava de guerra e morte, os primeiros 50 pacientes argentinos voavam para Havana para recuperar a visão, sublinhou.



Desde então a esta parte, mais de 27 mil argentinos e deles um em cada 100 habitantes da nortista província de Jujuy - receberam os benefícios da Operação Milagre, comentou.



Este programa conjunto empreendido por Cuba e Venezuela devolveu a visão a mais de 1,6 milhão de cidadãos de mais de 30 países, afirmou, por sua vez, o embaixador da Ilha, Aramis Fonte.



O diplomata rememorou que a ideia deste projeto foi concebida pelo líder da Revolução Cubana, Fidel Castro, "um homem de extraordinária sensibilidade humana", definiu.



Fonte ponderou as condições do novo Centro Oftalmológico desta cidade, distante cerca de 710 quilômetros ao noroeste de Buenos Aires, o qual está dotado com equipamento de última geração tecnológica e profissionais de alta qualificação.



Ainda que hoje realiza-se a inauguração oficial, na instalação, localizada na Cooperativa de Trabalho da Saúde Junín, realizaram-se já com sucesso as primeiras 138 intervenções cirúrgicas gratuitas, assinalou.



arc/mpm/es

Obama verá desfilar muitos caixões estadunidenses, segundo talibãs

Kabul, 2 dez (Prensa Latina) Um dos principais segmentos da insurgência afegã, os talibãs, asseguraram hoje que o presidente dos Estados Unidos, Barak Obama, verá desfilar muitos caixões de seus soldados mortos neste país islâmico centro-asiático.



Em uma rápida reação, o porta-voz dos antigovernamentais, Qari Yusuf Ahmadi, comunicou a meios informativos por via telefônica que os 30 mil militares adicionais anunciados por Obama só reforçarão a luta e resistência dos combatentes muçulmanos rebeldes.



Ahmadi considerou que essa estratégia do inimigo não os beneficiará e apesar de todas as tropas que envie para lutar contra nossos mujaidines afegãos, eles estão comprometidos em aumentar o número de islâmicos e fortalecer sua resistência.



Sentenciou que se verão obrigados a uma retirada vergonhosa.



Enquanto isso, o governo afegão manifestou sua satisfação pelo próximo envio de mais 30 mil soldados estadunidenses, aos quais se somarão outros cinco mil da OTAN, para combater a insurgência, apesar de assegurado que esses reforços aumentará o número de mortos entre os aliados.



Embora o ministro de Relações Exteriores, Rangeen Dadfar Spanta, tenha esclarecido que devemos assumir progressivamente nossas responsabilidades para que no final nossos convidados estrangeiros possam regressar para casa.



Também, o general Stanley McChrystal, comandante das forças dos Estados Unidos e da OTAN, afirmou que a nova análise da situação no Afeganistão e no Paquistão, realizado pelo presidente Obama, me dotou de uma missão clara e dos recursos para a cumprir, mas serão 10 mil a menos que os solicitados.



No entanto, a população afegã pensa diferente e manifesta que ainda que trouxessem todo os Estados Unidos, não poderão estabilizar este país devido a que apenas nós entendemos nossas tradições, geografia e forma de vida.



Neste contexto, o ex-premiê afegão Ahmad Shah Admadzai estimou que mais tropas significam mais objetivos para os talibãs e as tropas vão combater e seguramente causarão mais mortes de civis.



"As vítimas civis serão outra perda para a imagem dos Estados Unidos e causarão mais indignação entre os afegãos", agregou.



ocs/mne/es

Presidente eleito uruguaio desmente acordos com Argentina

Montevideo, 2 dez (Prensa Latina)


O presidente eleito do Uruguai, José Mujica, desmentiu versões jornalísticas sobre supostos acordos com o governo argentino a respeito do fechamento de uma ponte internacional por ambientalistas da vizinha nação.



O diário uruguaio O País publicou ontem uma nota intitulada "Diálogo: voto a Kirchner em Unasul e fim do corte", que referia-se a disposição de Mujica em analisar a proposta argentina em troca do fim do corte do viaduto.



Mujica disse estar pasmo pelo manejo de alguns meios de comunicação com respeito a este tema, bem como com o "nível de informação ou de criatividade", em sua transmissão radial da FM M24, citada hoje pelo cotidiano A República.



Ambos os países resolvem um desacordo na Corte Internacional de Justiça de La Haya por uma empresa papeleira ao lado do rio Uruguai, enquanto grupos da cidade argentina de Gualeguaychú fecharam em 2006 uma ponte que une as duas margens.



"Não sabemos o que acontecerá mais adiante. Obviamente que nos preocupa a ponte, mas não se pode falsificar tanto a realidade. Não se pode, por maiores necessidades que tenham de ter novidades", afirmou Mujica.



Assegurou que "são especulações que largam e ficam como informação, são jogos de imaginação", segundo a fonte.



O dirigente da Frente Ampla (FA) criticou a imprensa que informou sobre a suposta integração de seu gabinete, "quando mal temos falado de dois ou três nomes e os demais são uma nebulosa, porque temos que falar com muitíssimos colegas".



Agregou que a FA tem que terminar conversas com a oposição, iniciadas com o Partido Colorado e previstas seu fechamento na próxima sexta-feira com os Partidos Nacional e Independente.



ocs/wap/es

Cuba denuncia na ONU ações de Israel no Oriente Médio

Nações Unidas, 2 dez (Prensa Latina)


Cuba declarou que as violações do direito internacional por parte de Israel e a ocupação ilegal dos territórios árabes constituem os principais obstáculos para conseguir uma paz justa, duradoura e ampla no Oriente Médio.



Ao falar em uma sessão plenária da Assembleia Geral, o representante alterno do país caribenho, Rodolfo Benítez, advertiu sobre o uso excessivo e indiscriminado da força por parte de Israel contra a população civil palestina.



Sustentou que essa é a causa do constante pioramento da crise e denunciou as medidas de castigo coletivo que sofrem os moradores, particularmente em Gaza.



Cuba continua preocupada pela enorme devastação física, econômica e social que tem causado o muro edificado por Israel para dividir o território palestino ocupado em cantos isolados e cercados, destruindo comunidades inteiras, assinalou.



Também considerou inaceitáveis as atividades ilegais de assentamentos, os quais representam um obstáculo para as negociações de paz e a busca de uma solução baseada em dois Estados.



Benítez ratificou a nulidade e carência de efeito legal de "todas as medidas ou ações que Israel tenha tomado ou esteja por tomar com o fim de modificar a condição legal, física e demográfica e a estrutura institucional do Golán sírio ocupado, bem como para exercer sua jurisdição e administração nesse território".



Desta forma, recusou as tentativas de modificar o mandato do atual processo de paz e denunciou as estratégias encaminhadas à imposição de uma solução unilateral ilegal por parte de Israel.



ocs/vc/es

Congresso de Honduras debaterá restituição ou não de Zelaya

Tegucigalpa, 2 dez (Prensa Latina)


O congresso de Honduras debaterá hoje a restituição ou não do

presidente constitucional, Manuel Zelaya, em meio às novas tensões criadas no país pelas questionadas eleições do domingo.



A maioria dos legisladores aprovaram numa rápida sessão do dia 28 de junho passado a destituição do estadista, apenas quatro horas após seu derrocamento e expatriação pelas forças armadas.



Ontem, os deputados estavam empenhados em seguir as análises do Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) para interessarem-se por sua possível reeleição, e não fizeram muitos comentários sobre a sessão desta quarta-feira.



Não obstante, vários adiantaram que ratificaram seu voto anterior, entre eles Marcia Villeda, acusada pela resistência de ser a autora da carta falsa na qual supostamente Zelaya renunciava ao cargo.



O debate faz parte dos acordos assinados no passado 30 de outubro por representantes de Zelaya e do chefe do governo de facto, Roberto Micheletti, depois de tensas negociações, iniciadas em julho deste ano.



O pacto foi declarado fracassado pelo estadista no dia 5 de novembro, depois de denunciar numerosas violações aos compromissos por parte de Micheletti.



Nesta ocasião, o congresso decidiu solicitar as opiniões da Corte Suprema, do Ministério Público, da Procuradoria Geral e do Comissionado de Direitos Humanos, antes de submeter o tema à Assembleia.



Segundo divulgou-se, essas quatro instituições, assinaladas pelas forças populares como partes importantes da conspiração golpista, se pronunciaram por ratificar a destituição de Zelaya.



O estadista adiantou que não aceitará voltar ao cargo para não aprovar a ruptura da ordem constitucional pelas forças armadas e as eleições do domingo passado, as quais denunciou como ilegais e uma farsa.



Enquanto isso, o TSE continua com a análise das controvertidas eleições, cujos resultados anunciados dão uma ampla vitória ao de direita Partido Nacional e a seu candidato presidencial, o empresário Porfirio Lobo.



Segundo os dados disponíveis até o momento, esse agrupamento obteve mais de 70 das 128 cadeiras do congresso, relegando ao Partido Liberal, cujas bases e parte da direção se retiraram das eleições.



O Patido Nacional, segundo os relatórios preliminares do TSE, arrasou também com as prefeituras ao ser declarado vencedor em 252. As restantes 46 as receberá o setor dos liberais que apoiou o golpe de estado, informaram meios de comunicação.



O embaixador dos Estados Unidos, Hugo Llorens, felicitou ontem os magistrados do Tribunal Eleitoral por seu trabalho e adiantou que a administração de Barack Obama colaborará estreitamente com o novo governo.



A Frente Nacional contra o golpe de Estado, que lidera a resistência desde o mesmo dia do golpe, ratificou que desconhece os resultados das eleições, as quais considerou uma farsa da oligarquia.



Confirmou que continuará a mobilização popular em demanda da restituição da ordem constitucional e do presidente legítimo, e pela convocação de uma assembleia nacional constituinte.



asg/rl/es

Destacam papel de forças armadas cubanas em defesa da Revolução

Havana, 1 dic (PL)

Uma associação de veteranos combatentes cubanos destacou o

papel das Forças Armadas Revolucionárias (FAR) na defesa da Revolução,

de acordo com uma mensagem publicada hoje na primeira plana do diário Granma.

As FAR "têm desempenhado um papel decisivo na defesa e preservación da

soberania e integridade da pátria, convertendo-se em orgulho de nosso povo",

expressou o texto rubricado pela Associação de Combatentes da Revolução

cubana.

A organização civil assinalou que as forças militares cumprem o papel de baluarte

desde o 2 de dezembro de 1956, quando surgiram depois do desembarco do yate Granma

com 82 expedicionarios encabeçados pelo líder da Revolução cubana, Fidel

Castro.

"São uma magnífica forja de quadros e escola de combatentes para a Revolução e

o socialismo, e constituem um exemplo para todos os que se dispõem a compartilhar

as trincheras se o inimigo no-lo impõe", acrescentou o texto.

Finalmente a direção nacional da organização, surgida em 1993 e com mais de 330

mil membros, felicitou às FAR por cumprir amanhã 53 anos.

ocs/ro

Líder opositor peruano critica proposta antiarmamentista

Lima, 1 dez (Prensa Latina)


O líder opositor peruano Ollanta criticou hoje ao presidente Alan García por levar sua proposta de desarmamento sul-americano ao Papa Benedicto XVI, enquanto a imprensa afirma que o Pontífice apoiou a proposta.

Humala disse que o mandatário é um iludido e fez o ridículo ao apresentar a ideia ao Papa na audiência que lhe concedeu ontem em uma visita ao Vaticano.

Foi somente uma "saudação à bandeira" (gesto sem conteúdo nem efetividade) porque O Vaticano não tem tanques nem mísseis, diferentemente dos Estados Unidos, que tem bases militares na Colômbia, apontou o líder do Partido Nacionalista (PNP).

Indicou que Venezuela “sob ameaça dos Estados Unidos- não se vai desarmar, Equador (atacado por Colômbia) também não, enquanto Brasil reforça sua defesa e Chile continua comprando armas.

"O único iludido que está pretendendo se desarmar é Peru, e isso, em um contexto em que temos fronteira com a Colômbia, é uma irresponsabilidade", advertiu, ao fazer questão de que o Peru deve potencializar a suas debilitadas forças armadas.

Propôs melhorar os salários dos militares, reativar as indústrias militares e investir na profissionalização das tropas.

Humala comentou igualmente a declaração da presidenta de Chile, Michelle Bachelet, no sentido que seu país pesquisa a denúncia peruana de que um suboficial de inteligência vendia segredos militares ao país vizinho.

A declaração foi saudada ontem por García, o que continuou aliviando a tensão causada pela espionagem denunciada.

Segundo o líder do PNP, Bachelet só usa a "ponte de prata" que lhe tendeu García ao pedir que Chile pesquise aos implicados na espionagem nesse país, e terminará responsabilizando a algum oficial de nível médio.

Discrepou de anteriores declarações do presidente, no sentido que Peru é espionado por inveja de seus avanços econômicos, e afirmou que "Chile não nos espiarão por inveja, mas porque nos vê como um inimigo potencial".

Enquanto, diversos meios de imprensa aliados ao governo sustentam que o Vaticano respalda a proposta de García de um acordo sul-americano de limitação de compras de armamento, que o governo nega se refira a Chile.

A proposta terminou sendo tomada como elemento de um acordo regional de segurança que elabora a União de Nações Sul-americanas (Unasul).

ocs/mrs/bj

Ibero-América reclama em Estoril fim do bloqueio estadunidense a Cuba

Estoril, Portugal, 1 dez (Prensa Latina)


Dignatários de 22 nações ibero-americanas exigiram hoje ao governo dos Estados Unidos pôr fim ao bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto a Cuba por quase cinco décadas.

Em um comunicado especial da XIX Cúpula Ibero-americana, as nações membros acrescentam o reclame a Washington de suspender a aplicação da chamada Lei Helms-Burton para aumentar o cerco à nação antilhana.

As chefes e os chefes de Estado e de governo dos países ibero-americanos, reunidos em Estoril, Portugal, para a XIX Cúpula Ibero-americana considerando as referências ao tema nas declarações de anteriores citas, indica o texto.

O comunicado reconhece o valor da reafirmação e atualização do conteúdo dos comunicados adotados pelas Cimeiras de Salamanca, Montevideo, Santiago de Chile e San Salvador, com igual título, ao abordar o tema Inovação e Conhecimento.

Os dignatários reafirmaram uma vez mais que na defesa do livre intercâmbio e da prática transparente do comércio internacional, resulta inaceitável a aplicação de medidas coercitivas unilaterais.

Em sua opinião, estas práticas afetam o bem-estar dos povos, seu acesso e desfrute pleno dos benefícios da cooperação internacional em matéria de Inovação e Conhecimento, e obstruem os processos de integração.

Os dignatários reiteramos o mais enérgico rejeição à aplicação de leis e medidas contrárias ao Direito Internacional como a Lei Helms-Burton e exortamos ao governo dos Estados Unidos a que ponha fim a sua aplicação.

O documento pede a Estados Unidos o cumprimento do disposto em 18 sucessivas resoluções aprovadas na Assembleia Geral das Nações Unidas e ponha fim ao bloqueio econômico, comercial e financeiro que mantém contra Cuba.

A XIX Cúpula Iberoamericana terminou neste balneário português, a 25 quilômetros de Lisboa, com a adoção de uma Declaração Final, do Plano de ação e de 12 comunicados especiais.

ocs/leg/bj