quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Zelaya convoca a unidade centro-americana para enfrentar ditaduras

Tegucigalpa, 30 dez (Prensa Latina)


O presidente constitucional de Honduras, Manuel Zelaya, chamou as nações centro-americanas a atuar unidas e com firmeza para derrotar a ditadura em seu país e evitar a volta dos golpes de Estado na região.



"No passado enfrentamos e solucionamos juntos grandes conflitos, hoje a violência militar na vida civil de nossas nações, juntamente com as forças mais conservadoras, representam um grave risco para a paz e a integração", afirmou.



Zelaya considerou o golpe de 28 de junho em Honduras como a maior crise política ocorrida na área desde os conflitos armados dos anos 80 e denunciou que o mesmi mantém os processos de desenvolvimento e integração paralisados.



Em uma mensagem aos presidentes centro-americanos, publicado hoje, o presidente hondurenho denunciou que seu seqüestro e desterro a Costa Rica foi uma conspiração político militar para deter as transformações sociais impulsionadas por seu governo.



"Devemos atuar com diligência para que a história brutal de guerras, de violência, golpes de Estado com seqüelas de mortes e sangue que acreditamos superadas na América Central, não retornem", afirmou.



Zelaya, que desde sua volta ao país em 21 de setembro encontra-se na embaixada do Brasil, recordou que o povo hondurenho em resistência realiza uma ação pacífica e heróica e tem feito uma grande quota de sacrifício.



Denunciou que nos seis meses do regime do fato foram reportados mais de quatro mil 200 violações aos direitos humanos, 130 assassinatos de membros da resistência, cinco jovens massacrados durante manifestações pacíficas e mais de três mil detenções.



Por outra parte – disse - vários meios de comunicação receberam ameaças e dois deles, Rádio Globo e o canal 36, foram fechados e ocupados militarmente.



"Deter estes atos criminosos contra nossas democracias é uma obrigação moral de todo centro-americano", declarou Zelaya e chamou aos seus homólogos da região a não apoiarem ao presidente resultado das eleições realizadas sob o golpe de Estado.



leg/car/cc

Parlamento do Equador deixa importantes leis para 2010 em espera

Quito, 30 dez (Prensa Latina)


O Parlamento equatoriano entrou hoje em recesso até janeiro de 2010 e postergou para então o primeiro debate da reforma do Código Penal e de procedimento, a lei de Comunicação e a de Educação Básica e Superior.



O propósito do órgão legislativo de adiantar o debate de 11 leis essenciais, segundo o previsto na Constituição promulgada em abril passado, viu-se impedido pelo cancelamento do debate da Lei de Comunicação e o das reformas ao Código Penal.



A continuação do debate a este último projeto se dará em janeiro, depois que o presidente da Assembléia Nacional, Fernando Cordero, encerrerá a sessão ordinária de ontem após a leitura do relatório apresentado pela Comissão de Justiça.



Nessa sessão apresentaram-se incidentes promovidos por deputados opositores para impedir o comparecimento do ministro e do superintendente de Telecomunicações para fundamentar as sanções a Teleamazonas e Rádio Arutam.



Para o próximo ano, os assembleístas deverão iniciar as discussões com o primeiro debate da Lei Orgânica de Comunicação, continuar com as reformas penais, e conhecer importantes e controversos projetos.



Entre eles deverão tramitar as leis de Cultura, Esportes, de Proteção e Imunidade às Comissões da Verdade e de Angostura, de Recursos Hídricos, de Participação Cidadã, de Defesa do Comerciante Varejista, e o Código de Organização Territorial.



Alguns destes projetos de leis têm motivado em sua fase de elaboração mobilizações e protestos de diversos setores, entre eles o de Recursos Hídricos ou lei de Águas, o de Minérios ou Recursos Naturais e o de Educação Superior, o que faz prever um complexo início em 2010.



ocs/prl/cc

Marcha Mundial pela Paz termina em Chile com concerto

Santiago do Chile, 30 dez (Prensa Latina)

A Marcha Mundial pela Paz e pela Não Violência terminará hoje seu trecho chileno com um grande concerto popular gratuito.



Os organizadores declararam à Prensa Latina que confirmaram sua participação os artistas argentinos Pedro Aznar, César Isella, Victorio Menghi e Cristián Soloa, bem como os chilenos Inti Illimani Histórico, Lucybell, Chancho en Piedra e Florcita Motuda, entre outros.



Dirigentes e ativistas da marcha, que terminará no próximo sábado na Argentina, chegaram ontem ao Chile depois de percorrer 90 países nos cinco continentes.



Entre suas primeiras atividades esteve um ato em defesa dos direitos humanos no ex- centro ilegal de detenção e torturas "Villa Grimaldi", de Santiago.



Entre as propostas dos organizadores figuram chamados ao desarmamento nuclear total, a retirada das tropas invasoras em territórios ocupados, a redução progressiva de armamentos tradicionais, tratados de não agressão e a renúncia à guerra.



A dirigente Glória Morrison disse aos meios chilenos que se busca evitar a violência entre os países, mas também das relações pessoais.



No "Concerto pela Paz", será feito o convite ao encerramento no sábado da Marcha Mundial que será realizado no Parque Punta de Vacas (Argentina).



A marcha começou em Wellington, Nova Zelândia, em 2 de outubro passado, Dia Internacional da Não Violência.



ocs/jl/cc

Pentágono busca possíveis alvos no Iêmen

Washington, 30 dez (Prensa Latina)

Estados Unidos e Iêmen estudam possíveis objetivos militares nessa nação asiática para atacá-los em represália por ações da Al Qaeda contra objetivos norte-americanos, informa hoje a emissora de televisão CNN.



Oficiais de alto rango citados pela televisora em condição de anonimato asseguram que os alvos devem estar prontos para o caso de que o presidente Barack Obama queira se vingar pelo frustrado atentado contra um avião para Detroit.



A colaboração do governo iemenita faz parte de um acordo classificado, pelo qual os Estados Unidos atuam em silêncio, proporcionando inteligência e armas para efetuar os ataques, disse o canal.



Em Washington referem-se à nação da Península Arábica como a terceira frente da guerra contra o terrorismo, depois de que se informou o suposto envolvimento do Pentágono em bombardeios contra esse estado asiático.



Ainda que o pacto atual permite aos Estados Unidos dispararem projéteis cruzeiros ou explodir aviões de combate e bombas sobre território iemenita, a Casa Branca também quer permissão para deslocar helicópteros e tropas em terra, acrescentam as fontes.



O grupo Al Qaeda nessa nação se responsabilizou pela frustrada tentativa do jovem iemenita Umar Farouk Abdulmutallab de explodir um avião da Northwest Airlines, e acredita-se que um clérigo refugiado no Iêmen seja o responsável intelectual de uma matança em Fort Hood, Texas.



lac/iep/cc

Comitês de Defesa da Revolução felicitam ao povo de Cuba

Havana, 30 dic (PL)

O Secretariado Nacional dos Comitês de Defesa da Revolução (CDR) felicitou ao povo cubano e a seu membresía por cumprir em 2009 as missões orientadas pela direção do país.



A mensagem de salutación da maior organização de massas de Cuba assinalou que o próximo 1 de janeiro a Revolução festejará seu aniversário 51 com um aval que devemos preservar.



Os CDR nasceram o 28 de setembro de 1960 a solicitação do líder da Revolução, Fidel Castro, quem propôs a criação de uma organização encarregada de defender o naciente processo.



A nota ressaltou a convicção de que o reclamo internacional pelo regresso à ilha de cinco antiterroristas cubanos presos nos Estados Unidos cristalizará em vitória.



Ainda que Cuba é um país bloqueado econômica, comercial e financeiramente pelo governo estadounidense e afetado pela atual crise econômica mundial, os cederistas neste aniversário da Revolução salvaguardaremos as conquistas, concluiu o saúdo.

 lac/ydg

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Declaración Final de la VIII Cumbre de la Alianza Bolivariana para los Pueblos de Nuestra América (Alba)

Alba condenó enérgicamente ofensiva política y militar de EEUU contra Latinoamérica

En la Declaración Final de la VIII Cumbre de la Alianza Bolivariana para los Pueblos de Nuestra América (Alba) los países miembros de este bloque condenaron, en los términos más enérgicos, la ofensiva política y militar de Estados Unidos (EEUU) contra la región de América Latina y el Caribe, manifestada por los acuerdos promovidos con naciones de la zona para el establecimiento de bases militares.



El documento fue suscrito por los presidentes de Venezuela, Hugo Chávez; de Cuba, Raúl Castro; de Bolivia, Evo Morales, y de Nicaragua, Daniel Ortega; por los cancilleres de Ecuador, Fander Falconí, y del depuesto gobierno de Honduras, Patricia Rodas, así como por representantes de tres países caribeños.

A continuación, se publica de manera íntegra la Declaración Final del Alba:

Los jefes de Estado y de Gobierno de los países miembros de la Alianza Bolivariana para los Pueblos de Nuestra América -Tratado de Comercio de los Pueblos (Alba-TCP), reunidos en La Habana, Cuba, el 13 y 14 de diciembre de 2009, en ocasión del quinto aniversario de la firma de la Declaración Conjunta el 14 de diciembre de 2004;



Reconocieron con satisfacción el avance incuestionable del Alba-TCP en sus primeros cinco años de existencia y su efectiva confirmación como alianza política, económica y social en defensa de la soberanía, la autodeterminació n, la identidad y la unidad de los pueblos de Latinoamérica y el Caribe.



Ratificaron los principios fundacionales del Alba-TCP y los pronunciamientos públicos emitidos en las reuniones cumbres y otros encuentros celebrados durante sus cinco años de labor exitosa.



Destacaron los resultados alcanzados con los proyectos ya instrumentados o en proceso de ejecución a favor del desarrollo social, de la formación de recursos humanos, de la alfabetizació n y la postalfabetizació n, de la prestación de servicios de salud, de la creación de infraestructura productiva, de mayor interconectividad, de complementació n productiva, de fomento a la producción de alimentos, de formación de capital para proyectos de inversión, así como el impacto sostenido de estos resultados a favor de la justicia y una mejor distribución de la riqueza para lograr mayor desarrollo y participación de los pueblos, y para eliminar la marginalidad, integrando a las poblaciones latinoamericanas y caribeñas, incluidas las poblaciones originarias y aquellas tradicionalmente discriminadas o desfavorecidas.



Subrayaron el importante aporte para el acervo político y cultural de toda la región que significa la aplicación práctica de los principios de cooperación, solidaridad, justicia social y complementariedad económica sobre los que se sustenta la integración en el Alba-TCP.



Resaltaron que las culturas de los pueblos latinoamericanos y caribeños constituyen una de las fortalezas más preciadas para preservar y afianzar sus identidades frente a los procesos globalizadores de carácter hegemónico.



Reiteraron su decisión de consolidar la capacidad de concertación política alcanzada por el Alba-TCP para atender temas de alcance regional o global, como lo demuestra la actuación exitosa en diferentes organismos multilaterales dirigida a la construcción de un mundo más justo y solidario, y como proceso histórico de lucha por la dignidad y soberanía de nuestros pueblos.



Expresaron su satisfacción por los resultados de la VII Cumbre Extraordinaria celebrada en Cochabamba, Estado Plurinacional de Bolivia, los días 16 y 17 de octubre de 2009, la cual constituyó un importante paso de avance en la consolidación del Alba-TCP, de sus potencialidades de integración económica y social, y de sus capacidades de concertación política.



Destacaron el creciente papel que hoy representan los movimientos sociales en nuestra región, tanto en apoyo de los procesos populares y nacionales que se llevan adelante en los países miembros del Alba- TCP como en la resistencia a la ofensiva de las fuerzas de derecha encabezadas por Estados Unidos de América en el continente.



Saludaron la contundente victoria electoral del presidente Evo Morales en Bolivia, expresión del respaldo de nuestros pueblos a los procesos progresistas y de transformaciones sociales basados en la equidad, la justicia social, la soberanía y la autodeterminació n, principios que guían la Alianza Bolivariana para los Pueblos de Nuestra América.



Igualmente saludaron al pueblo uruguayo por el proceso electoral recientemente celebrado en ese país, que dio la victoria a José 'Pepe' Mujica, connotado luchador social popular, hecho que reafirma los avances de los procesos de cambios progresistas en la región.



Ratificaron la más firme condena al golpe de estado perpetrado en Honduras el 28 de junio de 2009 y, en plena consecuencia con esa posición, condenaron también el propósito de legitimar, por medio de las elecciones espurias del 29 de noviembre, el golpe militar, el secuestro del Presidente, la violación de la Constitución, el atropello del pueblo, la muerte, detención arbitraria y desaparición de personas, y el régimen de facto que usurpó el poder; y al respecto ratificaron que no reconocerán al ilegítimo proceso electoral ni sus resultados, y que tomarán las acciones que consideren pertinentes.



Expresaron su más firme convicción de que el golpe militar en Honduras, perpetrado con el apoyo de los Estados Unidos, ha tenido como propósito frenar el avance de las fuerzas del progreso y de la justicia social en ese país y en la región América Latina y el Caribe, y que constituye un ejemplo manifiesto de que las nociones de democracia, derechos humanos y respeto a la ley tienen para algunos gobiernos y sectores políticos de la región un valor llanamente utilitario.



Llamaron la atención a los gobiernos y pueblos de Latinoamérica y el Caribe sobre el peligro que plantea el propósito de regresar a la región a la época de los golpes de Estado, con el objetivo de ahogar nuevamente los derechos de los pueblos y apuntalar los intereses de las fuerzas de la reacción y del imperialismo.



Saludaron la actitud de los países que mantienen una posición de rechazo al régimen golpista e ilegítimo de Honduras, en particular aquellos que han sido consecuentes con las posiciones adoptadas y reiteradas por el Grupo de Río, y coherentes con el compromiso a favor de la democracia, los derechos humanos y el respeto a la ley; en contra de los golpes de estado, de los atropellos a los pueblos, del asesinato, de las detenciones arbitrarias y de las desapariciones.



En este contexto llamaron a los pueblos y gobiernos de América Latina y el Caribe a impedir que los perpetradores del golpe militar del 28 de junio del 2009 gocen de impunidad en sus países.



Expresaron su solidaridad y apoyo a la resistencia pacífica del pueblo hondureño y al Frente de Resistencia Nacional.



Respaldaron el clamor popular a favor de un proceso político constituyente que contribuya a la estabilidad, seguridad, progreso y democracia en el país.



Reconocieron la actitud firme y valiente del presidente Manuel Zelaya.



Subrayaron la difícil situación humanitaria que enfrenta el pueblo hondureño, exacerbada por el Golpe de Estado, y llamaron a la adopción de todas las medidas posibles a fin de aliviar dicha situación, en plena aplicación del principio de solidaridad que aúna a los países integrantes del Alba-TCP.



Condenaron en los términos más enérgicos la ofensiva política y militar de los Estados Unidos sobre la región de América Latina y el Caribe, manifestada fundamentalmente por los acuerdos promovidos con países de la región para el establecimiento de bases militares.



Ratificaron que América Latina y el Caribe debe ser una región libre de bases militares extranjeras y reafirmaron que es inaceptable utilizar la lucha contra el tráfico de drogas y el terrorismo internacional como pretexto para el incremento de la presencia militar norteamericana en la región, y que el verdadero objetivo de esta presencia es el control de los recursos económicos, el dominio de los mercados y la lucha contra los cambios sociales en curso por parte de los gobiernos y las fuerzas progresistas.



Destacaron que estos fines se evidencian en el documento de justificación del financiamiento del proyecto de la Base Militar de Palanquero del Departamento de la Fuerza Aérea de los Estados Unidos y el Documento del Programa de Construcción Militar del Departamento de la Fuerza Aérea de los Estados Unidos de mayo de 2009.



Reiteraron lo establecido en la declaración de la VII Cumbre Alba-TCP en Cochabamba, en octubre del 2009, que insta al gobierno de Colombia a reconsiderar la instalación de bases militares establecidas en el Acuerdo para la Cooperación y Asistencia Técnica en Defensa y Seguridad con los EEUU.



Alertaron que el establecimiento de tales bases militares, sumadas a las ya existentes, constituye un peligro real para los países de la región y la amenaza más grave a la paz, la seguridad y la estabilidad de América Latina y el Caribe, a la par que representa un serio obstáculo para los propósitos de integración de América Latina y el Caribe.



Respaldaron el justo derecho de la República Bolivariana de Venezuela a poner en alerta la defensa de su país frente al claro riesgo para su seguridad nacional y para su pueblo como consecuencia del despliegue militar de los Estados Unidos cerca de sus fronteras, a la vez que reclamaron la solidaridad de los pueblos y gobiernos de la región para enfrentar tan grave amenaza.



Abogaron enérgicamente por el empleo de medios pacíficos, basados en el diálogo y la negociación, para la solución de conflictos en nuestra región, sea cual fuere su naturaleza, sin la presencia de entes extra - regionales, y expresan su disposición a ejercer sus buenos oficios, en todos los casos, para alcanzar dicho cometido.



Rechazaron enérgicamente las declaraciones formuladas el 11 de diciembre de 2009 por la Secretaria de Estado de los Estados Unidos y reafirmaron el derecho de los países de América Latina y el Caribe, en ejercicio de su autodeterminació n, a darse el sistema político, económico y social decidido libremente por sus pueblos.



Rechazaron, asimismo, las pretensiones del Gobierno de los Estados Unidos de inmiscuirse en las decisiones soberanas de política exterior de los países de Latinoamérica y el Caribe, como los vínculos de la región con la República Islámica de Irán.



Reiteraron con máxima firmeza que el ejercicio de la política exterior es un derecho soberano de todos los Estados sobre la base del principio de igualdad soberana contenido en la Carta de las Naciones Unidas y que el Gobierno de los Estados Unidos transgrede ese principio con declaraciones como la citada.



Reiteraron, una vez más, su total rechazo al bloqueo económico, comercial y financiero impuesto desde hace cinco décadas por el gobierno de los Estados Unidos de América contra Cuba, reclamaron su cese inmediato y reafirmaron su plena solidaridad con el pueblo y gobierno cubanos.



Condenaron firmemente el terrorismo en todas sus formas y manifestaciones y, en ese contexto, demandaron la liberación inmediata e incondicional de los cinco luchadores antiterroristas cubanos presos en cárceles de los Estados Unidos por luchar contra ese flagelo, y como resultado de juicios políticamente motivados, plagados de irregularidades procesales y carentes de legitimidad.



Realizaron un llamado urgente al Presidente de los Estados Unidos a que, en uso de sus facultades constitucionales, libere de modo incondicional a los Cinco Héroes y ponga fin a este acto de injusticia que ha sido condenado por amplios sectores de la comunidad internacional.



Manifestaron su decisión de promover acciones en el marco del Grupo de Río y de la CALC para la conformación de una organización exclusivamente latinoamericana y caribeña que contribuya de manera destacada a los esfuerzos en pro de la integración y la unidad en la región.



Saludaron la inclusión del punto Armonía con la Naturaleza en la agenda de la Asamblea General de las Naciones Unidas, a la vez que reiteraron su compromiso con la Declaración Universal de Derechos de la Madre Tierra y con fijar los principios rectores para restablecer la armonía con la naturaleza en el siglo XXI.



Ratificaron su solidaridad con el propósito de revalorizar la práctica ancestral del masticado de la hoja de coca, eliminar su prohibición en los instrumentos internacionales y retirar a la hoja de coca de la lista 1 de la Convención sobre Estupefacientes de 1961.



Instaron la designación urgente de dos delegados por cada país miembro a fin de conformar de manera inmediata la Comisión Alba Bicentenario, antes de enero de 2010, a fin de cumplir nuestro compromiso con la conmemoración colectiva del Bicentenario del Inicio del proceso de independencias de nuestra América.



Reiteran la necesidad de que el Comité Ministerial de Defensa de la Naturaleza elabore una agenda ambiental del Alba-TCP y avance en el desarrollo e implementació n de los derechos de la Madre Tierra.



14 de dic.



¡Volveremos y seremos millones!!

O DIREITO DA HUMANIDADE A EXISTIR

Reflexões do companheiro Fidel




A mudança climática já causa danos consideráveis e centenas de milhões de pobres sofrem as conseqüências.





Os centros de investigações mais avançados garantem que resta muito pouco tempo para evitar uma catástrofe irreversível. James Hansen, do Instituto Goddard da NASA, assevera que um nível de 350 partes do dióxido de carbono por milhão ainda é tolerável; contudo, hoje ultrapassa a cifra de 390 e cada ano incrementa-se a ritmo de duas partes por milhão, ultrapassando os níveis de há 600 mil anos. As últimas duas décadas têm sido, cada uma delas, as mais calorosas desde que se têm notícias do registro. Nos últimos 150 anos o mencionado gás aumentou 80 partes por milhão.





O gelo do Mar Ártico, a enorme camada de dois quilômetros de espessura que cobre a Groenlândia, os glaciais da América do Sul que nutrem suas fontes principais de água doce, o volume colossal que cobre a Antártida, a camada que resta do Kilimanjaro, os gelos que cobrem a Cordilheira do Himalaia e a enorme massa gelada da Sibéria estão a se derreter visivelmente. Cientistas notáveis temem saltos quantitativos nestes fenômenos naturais que originam a mudança.





A humanidade pôs grandes esperanças na Cimeira de Copenhague, depois do Protocolo de Kyoto subscrito em 1997, que começou a vigorar no ano 2005. O estrondoso fracasso da Cimeira deu lugar a vergonhosos episódios que precisam ser esclarecidos.





Os Estados Unidos da América, com menos de 5% da população mundial emite 25% do dióxido de carbono. O novo Presidente dos Estados Unidos da América prometeu cooperar com o esforço internacional para encarar um problema que afeta esse país e ao resto do mundo. Durante as reuniões prévias à Cimeira, ficou evidenciado que os dirigentes dessa nação e dos países mais ricos manobravam para fazer com que o peso do sacrifício caísse sobre os países emergentes e pobres.





Grande número de líderes e milhares de representantes dos movimentos sociais e instituições científicas decididos a lutar por preservar a humanidade do maior risco de sua história, viajaram a Copenhague convidados pelos organizadores da Cimeira. Não vou me referir aos detalhes sobre a brutalidade da força pública dinamarquesa, que arremeteu contra milhares de manifestantes e convidados dos movimentos sociais e científicos que acudiram à capital da Dinamarca, para me concentrar nos aspetos políticos da Cimeira.





Em Copenhague reinou um verdadeiro caos e aconteceram coisas incríveis. Os movimentos sociais e instituições científicas foram proibidos de participar nos debates. Houve Chefes de Estado e de Governo que não puderam nem sequer emitir suas opiniões sobre problemas vitais. Obama e os líderes dos países mais ricos apropriaram-se da conferência com a cumplicidade do governo dinamarquês. Os organismos das Nações Unidas foram relegados.





Barack Obama, que chegou no último dia da Cimeira para permanecer ali apenas 12 horas, reuniu-se com dois grupos de convidados escolhidos “a dedo” por ele e seus colaboradores. Junto a um deles se reuniu na sala da plenária com o resto das mais altas delegações. Falou e foi embora logo pela porta traseira. Nessa sala, com a exceção do grupo selecionado por ele, foi proibido fazer uso da palavra aos outros representantes dos estados. Nessa reunião os Presidentes da Bolívia e da República Bolivariana da Venezuela puderam falar porque, perante o reclamo dos representantes o Presidente da Cimeira não teve outra alternativa que lhes conceder a palavra.





Noutra sala contígua, Obama reuniu os líderes dos países mais ricos, vários dos Estados emergentes mais importantes e dois muito pobres. Apresentou um documento, negociou com dois ou três dos países mais importantes, ignorou a Assembléia Geral das Nações Unidas, ofereceu entrevistas coletivas, e foi embora como Jílio César numa de suas campanhas vitoriosas na Ásia Menor, que fez com que exclamasse: Cheguei, vi e venci.





O próprio Gordon Brown, Primeiro Ministro do Reino Unido, no dia 19 de outubro afirmou: “Se não chegamos a um acordo no decursar dos próximos meses, não devemos ter nenhuma duvida de que, uma vez que o crescimento não controlado das emissões tenha provocado danos, nenhum acordo global retrospectivo nalgum momento do futuro poderá desfazer tais efeitos. Nessa altura será irremediavelmente tarde demais.”





Brown concluiu seu discurso com dramáticas palavras: “Não podemos dar-nos ao luxo de fracassar. Se fracassamos agora, pagaremos um preço muito alto. Se atuamos agora, se atuamos de conjunto, se atuamos com visão e determinação, o sucesso em Copenhague ainda estará ao nosso alcance. Mas se fracassamos, o planeta Terra estará em perigo, e para o planeta não existe um Plano B.”





Agora declarou com arrogância que a Organização das Nações Unidas não deve ser tomada como refém por um pequeno grupo de países como Cuba, a Venezuela, a Bolívia, a Nicarágua e Tuvalu, ao mesmo tempo que acusa a China, a Índia, o Brasil, a África do Sul e outros Estados emergentes de ceder perante as seduções dos Estados Unidos da América para subscreverem um documento que lança à lixeira o Protocolo de Kyoto e não contém nenhum compromisso vinculador por parte dos Estados Unidos da América e seus aliados ricos.





Sou obrigado a recordar que a Organização das Nações Unidas nasceu há apenas seis décadas, depois da última Guerra Mundial. Os países independentes, naquela altura não ultrapassavam a cifra de 50. Hoje fazem parte dela mais de 190 Estados independentes, após ter deixado de existir, produto da luta decidida dos povos, o odioso sistema colonial. À própria República Popular China, durante muitos anos, lhe foi negado pertencer à ONU, e um governo fantoche ostentava sua representação nessa instituição e em seu privilegiado Conselho de Segurança.





O apoio tenaz do crescente número de países do Terceiro Mundo foi indispensável no reconhecimento internacional da China, e um fator de suma importância para que os Estados Unidos da América e seus aliados da NATO lhe reconheceram seus direitos na Organização das Nações Unidas.





Na heróica luta contra o fascismo, a União Soviética tinha realizado o maior contributo. Mais de 25 milhões de seus filhos morreram, e uma enorme destruição assolou o país. Dessa luta emergiu como superpotência capaz de contrapesar em parte o domínio absoluto do sistema imperial dos Estados Unidos da América e as antigas potências coloniais para o saqueio ilimitado dos povos do Terceiro Mundo. Quando a URSS se desintegrou, os Estados Unidos da América estenderam o seu poder político e militar para o Leste, até o coração da Rússia, e a sua influência sobre o resto da Europa aumentou. Nada de estranho tem o acontecido em Copenhague.





Desejo sublinhar o injusto e ultrajante das declarações do Primeiro Ministro do Reino Unido e a tentativa ianque de impor, como Acordo da Cimeira, um documento que em nenhum momento foi discutido com os países participantes.





O Ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, na entrevista coletiva oferecida no dia 21 de Dezembro, afiançou uma verdade que é impossível negar; usarei textualmente alguns dos seus parágrafos: “Gostaria enfatizar que em Copenhague não houve nenhum acordo da Conferência das Partes, não foi tomada nenhuma decisão com respeito aos compromissos vinculadores ou não vinculadores, ou de natureza de Direito Internacional, de maneira nenhuma; simplesmente, em Copenhague não houve acordo”.





“A Cimeira foi um fracasso e um engano à opinião pública mundial. [...] ficou em descoberto a falta de vontade política...”





“... foi um passo atrás na ação da comunidade internacional para prever o mitigar os efeitos da mudança climática...”





“... a média da temperatura mundial poderia aumentar em 5 graus...”





Logo o nosso Ministro das Relações Exteriores acrescenta outros dados de interesse sobre as possíveis conseqüências segundo as últimas pesquisas da ciência.





“...desde o Protocolo de Kyoto até a data as emissões dos países desenvolvidos aumentaram 12,8%... e desse volume 55% corresponde aos Estados Unidos da América.”





“Um estadunidense consome anualmente, como média, 25 barris de petróleo, um europeu 11, um cidadão chinês menos de dois, e um latino-americano ou caribenho, menos de um.”





“Trinta países, incluídos os da União Européia, consomem 80% do combustível que é produzido.”





O fato muito real é que os países desenvolvidos que subscreveram o Protocolo de Kyoto aumentaram drasticamente suas emissões. Querem substituir agora a base adotada das emissões a partir de 1990 com a de 2005, com o qual os Estados Unidos da América, o máximo emissor, reduziria a só 30% suas emissões de 25 anos antes. É uma desavergonhada zombaria à opinião pública.





O Ministro das Relações Exteriores cubano, falando em nome de um grupo de países da ALBA, defendeu a China, a Índia, o Brasil, a África do Sul e outros importantes Estados de economia emergente, afirmando o conceito alcançado em Kyoto de “responsabilidades comuns, porém diferenciadas, quer dizer que os acumuladores históricos e os países desenvolvidos, que são os responsáveis por esta catástrofe, têm responsabilidades diferentes às dos pequenos Estados insulares ou às dos países do Sul, sobretudo os países menos desenvolvidos...”





“Responsabilidades quer dizer financiamento, responsabilidades quer dizer transferência de tecnologia em condições aceitáveis, e então Obama faz um jogo de palavras, e em vez de falar de responsabilidades comuns, porém diferenciadas, fala de ‘respostas comuns, porém diferenciadas’.”





“... abandonou a sala sem se dignar a escutar ninguém, nem tinha escutado a ninguém antes de sua intervenção.”





Numa entrevista coletiva posterior, antes de abandonar a capital dinamarquesa, Obama afirma: “Temos produzido um substancial acordo sem precedente aqui em Copenhague. Pela primeira vez na história, as maiores economias viemos juntas aceitar responsabilidades.”





Em sua clara e irrefutável exposição, nosso Ministro das Relações Exteriores afirma: Que quer dizer isso de que ‘as maiores economias viemos juntas aceitar nossas responsabilidades’? Quer dizer que estão descarregando um importante peso da carga que significa o financiamento para a mitigação e a adaptação dos países sobre todo do Sul à mudança climática, sobre a China, o Brasil, a Índia e a África do Sul; porque há que dizer que em Copenhague teve lugar um assalto, um roubo contra a China, o Brasil, a Índia, a África do Sul e contra todos os países chamados com eufemismo em desenvolvimento.”





Estas foram as palavras contundentes e incontestáveis com as quais nosso Ministro das Relações Exteriores relata o acontecido em Copenhague.





Devo acrescentar que, quando às 10 horas do dia 19 de dezembro nosso vice-presidente Esteban Lazo e o Ministro das Relações Exteriores cubano tinham ido embora, se produziu uma tentativa tardia de ressuscitar o morto de Copenhague como um acordo da Cimeira. Nesse momento não restava praticamente nenhum Chefe de estado nem apenas Ministros. Novamente a denúncia dos restantes membros das delegações de Cuba, da Venezuela, da Bolívia, da Nicarágua e de outros países derrotou a manobra. Foi assim que finalizou a inglória Cimeira.





Outro fato que não pode ser esquecido foi que nos momentos mais críticos desse dia, em horas da madrugada, o Ministro das Relações Exteriores de Cuba, juntamente com as delegações que travavam uma digna batalha, ofereceram ao Secretario Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, sua cooperação na luta cada vez mais dura que se levava a acabo, e nos esforços a se realizarem no futuro para preservar a vida de nossa espécie.





O grupo ecológico Fundo Mundial para a Natureza (WWF) advertiu que a mudança climática ficaria fora de controle nos próximos 5 a 10 anos, se não são diminuídas drasticamente as emissões.





Mas não faz falta demonstrar o essencial do que aqui é afirmado a respeito do feito por Obama.





O Presidente dos Estados Unidos da América declarou quarta-feira 23 de dezembro que as pessoas têm razão ao estarem decepcionados pelo resultado da Cimeira sobre a Mudança Climática. Em entrevista pela cadeia de televisão CBS, o mandatário assinalou que “’em vez de ver um total colapso, sem que tivesse feito nada, o que poderia ter sido um enorme retrocesso, ao menos nos mantivemos mais ou menos donde estávamos’...”





Obama — afirma a notícia — é o mais criticado por aqueles que, de maneira quase unânime, sentem que o resultado da Cimeira foi desastroso.





A ONU agora está numa situação difícil. Pedir a outros países que se adiram ao arrogante e antidemocrático acordo seria humilhante para muitos Estados.





Continuar a batalha e exigir em todas as reuniões, principalmente nas de Bonn e do México, o direito da humanidade a existir, com a moral e a força que nos outorga a verdade, é segundo a nossa opinião o único caminho.







Fidel Castro Ruz



Dezembro 26 de 2009



20h15

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Agressão militar dos EUA contra a Venezuela aumenta

Tradução: ADITAL









Eva Golinger *




O presidente Hugo Chávez, da Venezuela, revelou hoje durante seu programa dominical Alô Presidente que aviões não tripulados (UAV, em inglês), também conhecidos como "drones" entraram ilegalmente no espaço aéreo venezuelano durante os últimos dias. "Há poucos dias, à meia-noite, um avião sem tripulantes penetrou até o Forte Mara", fortaleza militar venezuelana no Estado de Zulia, fronteira com a Colômbia. O avião foi visto por soldados venezuelanos, que, imediatamente, informaram a violação aérea a seus superiores. O presidente Chávez ordenou derrubar qualquer avião detectado em território venezuelano. E implicou diretamente a Washington nessa última ameaça contra a estabilidade regional, confirmando que os aviões não tripulados eram de origem estadunidense.





Na quinta-feira passada, o presidente Chávez denunciou as ameaças militares contra a Venezuela desde as ilhas holandesas Aruba e Curaçao, situadas apenas a 70 km da costa noroeste da Venezuela. Ambas pequenas ilhas têm bases aéreas dos Estados Unidos, como resultado de um contrato entre Washington e a Holanda, assinado em 1999, que estabeleceu localidades de operações de avançada (FOL, em inglês) nas colônias caribenhas. Originalmente, o contrato permitia a presença militar estadunidense em Aruba e Curaçao somente para missões contra o narcotráfico. No entanto, desde setembro de 2001, Washington utiliza todas suas instalações militares para combater supostas ameaças terroristas no mundo. As bases militares em Aruba e Curaçao tem sido utilizadas para missões de inteligência, espionagem e reconhecimento contra a Venezuela durante os últimos anos.





Em 2006, Washington começou a conduzir uma série de manobras militares de alto nível, utilizando a Curaçao como a principal zona de operações. Centenas de portaaviões, tanques de guerra, aviões de combate, helicópteros Black Hawk, submarinos nucleares e milhares de tropas estadunidenses têm participado em distintos ensaios e operações militares em toda a região do Caribe durante os últimos três anos e meio, causando alarme e grave preocupação entre as nações na região e, particularmente, na Venezuela, que também tem sido sujeita a várias ações hostis e agressivas desde Washington.



Em 2008, o Pentágono reativou a Quarta Frota da Armada, encarregada de defender os interesses estadunidenses na região latinoamericana. A Quarta Frota foi desativada em 1950, após cumprir sua missão original durante a Segunda Guerra Mundial. A reativação da frota após quase 60 anos foi percebida pela maioria de nações da América Latina como uma ameaça direta à soberania regional, e provocou o estabelecimento do Conselho de Defesa Sulamericano para responder às ameaças externas. O Pentágono respondeu orgulhosamente admitindo que a reativação da IV Frota foi uma "demonstração de força e do poder estadunidense na região", com uma mensagem de defesa aos seus aliados. Essa declaração foi recebida como um apoio direto a Colômbia e uma tentativa de intimidar a Venezuela.



No dia 30 de outubro, a Colômbia e os EUA assinaram um acordo de cooperação militar autorizando a ocupação estadunidense de sete bases militares em território colombiano, além do uso de todas as instalações do país. O acordo significa a maior expansão militarista dos EUA na América Latina na história. Apesar de que os governos publicamente justificaram o acordo como um esforço para combater o narcotráfico e o terrorismo, documentos oficiais da Força Aérea revelaram que os EUA conduzirão "operações militares de amplo espectro" em todo o continente a partir das bases localizadas na Colômbia. Os documentos da Força Aérea também justificaram a desproporcionada presença militar estadunidense como necessária para combater a "constante ameaça de governos antiestadunidenses na região". Os documentos também revelaram que a presença estadunidense na Colômbia incrementará o êxito das operações de inteligência, espionagem e reconhecimento e melhorar a capacidade do Pentágono de conduzir uma "guerra expedita" na América Latina.



Desde 2006, Washington classificou a Venezuela como uma nação que "não colabora suficientemente com a luta contra o terrorismo". Em 2005, a Venezuela foi classificada pelo Departamento de Estado como uma nação "não cooperante" com a luta contra o narcotráfico. Apesar de que nunca apresentaram evidências contundentes para fundamentar essas perigosas acusações, Washington as tem utilizado para justificar o incremento de agressões contra o governo venezuelano. Em 2008, o governo de George W. Bush tentou colocar a Venezuela na lista de "Estados terroristas". A iniciativa não foi realizada porque a Venezuela continua sendo o principal abastecedor de petróleo para os Estados Unidos. Se Washington colocasse a Venezuela na lista de "Estados terroristas" teria que romper as relações, o que incluiria parar de comprar o petróleo venezuelano.



Não obstante, Washington ainda considera a Venezuela como uma ameaça a seus interesses na região. Particularmente, os Estados Unidos estão preocupados com a relação comercial de vários países latinoamericanos com países como a China, a Rússia e o Irã, percebida como uma ameaça econômica contra o controle e a dominação dos Estados Unidos na região. Na semana passada, a Secretária de Estado, Hillary Clinton, ameaçou aos países latinoamericanos que tinham relações com o Irã, incluindo a Bolívia e o Brasil, a Nicarágua e a Venezuela. "Creio que se alguns países querem relacionar-se com o Irã, devem saber quais serão as consequências, e esperemos que pensarão duas vezes antes de agir", declarou Hillary durante um discurso sobre a política exterior de Washington para a América Latina.



O governo da Colômbia anunciou ontem que construirão uma nova base militar cerca da fronteira com a Venezuela, com financiamento e equipamentos dos Estados Unidos. O Ministro de Defesa da Colômbia, Gabriel Silva, também anunciou a ativação dos batalhões aéreos cerca da fronteira com a Venezuela. A nova base militar, situada pela Península de Guajira, fronteira com o Estado de Zulia, na Venezuela, terá até mil tropas e facilitará a presença de forças armadas estadunidenses e contratistas privados na zona fronteiriça. Este anúncio intensifica claramente as agressões e ameaças contra a Venezuela.



As declarações de hoje do presidente Chávez sobre o avião não tripulado que foi descoberto violando o território venezuelano nesses dias evidenciam a escalada em tensões entre os dois países. Os aviões não tripulados estadunidenses, MQ-1 Predator UAV, que são de combate foram utilizados durante o último ano no Afeganistão e no Paquistão para assassinar supostos terroristas. Os aviões "drones" estão equipados com mísseis Helfire e têm a capacidade de exterminar alvos em zonas sensíveis.



A Venezuela está sob alerta frente a essa perigosa ameaça. O presidente Chávez fez suas declarações sobre a detecção do avião não tripulado durante o lançamento da nova Polícia Nacional, uma força policial comunitária, recém criada e orientada para operações de segurança preventiva e serviço comunitário.



[Original em Inglês: http://www.chavezcode.com/2009/12/us-military-aggression-against.html]



Eva Golinger *, Advogada venezuelano-estadunidense



http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?boletim=1&lang=PT&cod=44136

Parlamento equatoriano inicia debate de Lei de Comunicação

Quito, 22 dez (Prensa Latina)

A polêmica Lei Orgânica de Comunicação entra hoje a debate no

pleno do parlamento equatoriano, precedida de uma intensa campanha opositora contra qualquer

tentativa de regulação ao poder dos meios de comunicação em massa no país.

O presidente da Assembléia Nacional, Fernando Cordeiro, informou ontem que todas as leis

incluídas no mandato constitucional, entre elas a de Comunicação, deverão ser aprovadas em um

prazo peremptório, e serão tramitadas em primeiro debate até fim de ano.

A primeira análise começa após que, o passado 15 de dezembro, os movimentos e partidos políticos

da oposição e o oficialismo, representados na Assembléia, chegaram a um acordo para modificar o

documento inicial de estudo.

A lei em debate, esclareceu Cordeiro, não se limitará aos meios, senão abarcará todo o âmbito da
comunicação e desenvolverá quatro artigos da Constituição.

Afirmou garante-se nela a liberdade de expressão sem censura prévia e com responsabilidade

ulterior, conforme a Convenção Americana de Direitos Humanos, com limites de proteção dos

direitos de infantes e adolescentes, saúde pública, defesa nacional e ordem pública.

Um ponto de consenso no acordo prévio, explicou, é que a Lei regulará os três subsistemas

estabelecidos na Constituição para a comunicação: público, privado e comunitário, desde um

enfoque positivo.

Admitiu-se pelos diferentes blocos a necessidade de que exista um Conselho de Comunicação,

autônomo e independente, com funções orientadas a garantir os direitos cidadãos e faculdades de

regulação administrativa, mas que não poderia clausurar administrativamente nenhum meio.

Outro ponto recomenda normalizar a concentração de meios, monopólio e oligopólio e a

democratização da comunicação, bem como regular a distribuição em igualdade de condições do

espectro radioeléctrico entre os meios públicos, privados e comunitários.

tgj/prl/dcp

Vietnã comemora 65 aniversário de Exército Popular

Hanói, 22 dez (Prensa Latina)

Em um dia como hoje de 1944 nasceu o Exército Popular do Vietnã

(EPV), protagonista de uma epopeia que registrou metas como Dien Bien Phu em 1954 e a vitória

sobre Estados Unidos em 1975.

Um solene ato nesta capital marcou a data da fundação do exército vietnamita, um corpo armado

com forte crescimento e desenvolvimento estreitamente associado à revolução nacional e o Partido

Comunista do Vietnã (PCV), destacou o presidente Nguyen Minh Triet.

Presentes na celebração estiveram também o secretário geral do PCV, Nong Duc Manh, o premiê,

Nguyen Tan Dung, o líder da Assembleia Nacional, Nguyen Phu Trong, e outros dirigentes de

políticos, estatais, governamentais e chefes militares.

Ao pronunciar as palavras centrais, Triet afirmou que "o Partido e o Estado reconheceram o labor

do EPV nos últimos 20 anos ao instituir o 22 de dezembro como Dia da defesa de todo o povo".

Ressaltou que com a construção de uma forte defesa e segurança popular, Vietnã tem desbaratado

todos os esquemas e complôs do inimigo e protegido firmemente a independência, soberania e

integridade nacionais.

Uma importante tarefa das forças armadas radica em converter em um corpo elite e manter

absolutamente leal ao Partido, a pátria e o povo, afirmou.

Junto à investigação e desenvolvimento das artes militares e da guerra de todo o povo, Minh Triet

exaltou a formação política, o fôlego do patriotismo e o espírito revolucionário, e em especial a

atual campanha para seguir o exemplo moral do presidente Ho Chi Minh.

O mandatário vietnamita elogiou igualmente o desempenho do Exército Popular, tanto no

assessoramento ao governo no desenho de políticas para a esfera e como por seu papel na defesa da

nação.

Por sua vez o ministro do ramo, general Phung Quang Thanh, destacou que o EPV tem servido

como sólida força da revolução, fontes de confiança e orgulho para o PCV e o povo do Vietnã.

lgo/sus/bj

Europa-2009: mentiras e segredos de guerra

Nubia Piqueras Grosso (*)

Duas Duas guerras de ocupação: Iraque e Afeganistão centraram as miradas do mundo para a

Europa no final de 2009. A primeira pelas mentiras do ex premiê britânico Tony Blair; e a segunda,

por secretos sócios a um bombardeio em Kunduz. Duas

Um relatório publicado pelo jornal The Sunday Thelegraph, do qual se fizeram eco todos os meios

britânicos, revela que Blair enganou ao Parlamento e à opinião pública de Grã-Bretanha sobre a

participação do exército desse país na invasão ao Iraque, em março de 2003, junto a Estados

Unidos.

Blair afirmou no Parlamento em 16 de julho de 2002 que o objetivo contra Saddam Hussein era "o

desarmamento, não uma mudança de regime" e que não existiam planos para uma ação militar.

No entanto, os documentos demonstram que nesses projetos bélicos se trabalhou desde fevereiro do

2002 e inclusive muito antes de que o presidente estadunidense George W Bush chegasse ao poder,

declarou o general Graeme Lamb, responsável pelas forças especiais durante o conflito.

A análise militar de umas 100 páginas, filtrada pela imprensa londrina, também denuncia os "riscos

significativos" a que foram expostas as tropas britânicas devido a operação "precipitada que careceu

de coerência e recursos". Estas revelações apareceram dois dias dantes de começar as audiências

públicas da investigação parlamentar sobre a participação de Reino Unido na invasão a Iraque.

A análise realizou-se a solicitação de John Chilcot, ex servidor público governamental, para

"identificar as lições que podem aprender do conflito iraquiano", segundo se alegou.

As entrevistas realizadas a militares e civis britânicos vinculados com a incursão bélica de 2003,

corroboram a inexistência de armas de destruição em massa e o suposto vínculo de Bagdá e Hussein

com Al Qaeda e o terrorismo, desculpas esgrimidas pela Casa Branca para perpetrar a guerra.

Blair, por sua vez, em declarações difundidas por meios jornalísticos, negou que o ex fiscal geral,

Peter Goldsmith, fora intimidado depois de advertir sobre a ilegalidade dessa guerra comandada por

Estados Unidos.

Goldsmith, o assessor jurídico a mais alto cargo em 2003, advertiu ao governante em uma carta

datada em julho de 2002 que a invasão a essa nação do Golfo Pérsico para derrubar Saddam

Hussein seria uma grave violação do Direito Internacional e da Carta da ONU.

Blair não somente desconheceu esses conselhos, mas excluiu Goldsmith das reuniões ministeriais

em torno dos assuntos iraquianos.

O ex fiscal, por sua vez, ameaçou renunciar a seu posto, mas foi pressionado para que se retratasse,

modificasse seus "conselhos" e finalmente apoiasse Londres com a invasão ao Iraque.

O general Tim Cross afirmou ter aconselhado ao ex premiê britânico de atrasar a invasão a Iraque

em 2003, ao considerar que Washington não tinha planejado bem o palco da pós guerra.

Explicou que dois dias antes de se iniciar a ocupação do país árabe, em uma mensagem remetida a

Blair em 18 de março de 2003, reiterou a ideia de postergar esta ação depois de constatar que os

preparativos para a posterior reconstrução do Iraque eram "deploráveis" ou simplesmente não

existiam.

Justamente a cumplicidade de Blair com os então governos de Bush e de José María Aznar para a

invasão a Iraque, foi o fator de importância que lhe restou apoio ao ex ministro britânico para

postular-se como presidente estável da União Europeia.

Alemanha e os segredos de Kunduz

Dias após o escândalo desatado na Grã-Bretanha pelas mentiras de Tony Blair sobre a guerra contra

o Iraque, a Alemanha converteu-se na protagonista de novos segredos develados em torno de um

conflito bélico com participação da OTAN.
Nesta ocasião as notícias reviveram o bombardeio na província afegã de Kunduz, ocorrido em 4 de

setembro último.

O jornal alemão Bild publicou um relatório com detalhes sobre a participação de um comando

alemão de operações especiais (KSK) no ataque aéreo que causou cerca de 140 mortos, entre eles,

mais de 70 civis.

Apesar do hermetismo que rondou o relatório da OTAN sobre os acontecimentos de Kunduz,

trascendeu que foi o coronel Georg Klein, ao comando do contingente alemão, que ordenou aos

pilotos estadunidenses o bombardeio contra dois caminhões cisternas sequestrados supostamente

por talibãs.

A fonte acrescenta que o KSK operava no Afeganistão desde 2002 e apesar de ter sido proibido em

outubro de 2008 pelo Bundestag (parlamento), continuou atuando em segredo para apoiar às tropas

aliadas de ocupação, comandadas pelos Estados Unidos e a OTAN desde outubro de 2001.

O então ministro de Defesa, Franz Josef Jung, que renunciou em passado novembro em pleno

escândalo, negou diante dos parlamentares o envolvimento do comando de tropas especiais na

operação de Kunduz, a qual tem tentado minimizar o atual titular na pasta, Karl Theodor zu

Guttenberg.

As revelações de imprensa provocaram do mesmo modo a demissão do chefe do Estado Major do

Exército, Wolfgang Schneiderhahn, e do secretário de Estado de Defesa, Peter Wichert.

Em suas primeiras declarações de 6 de novembro, o novo titular de Defesa afirmou que a atuação

dos militares alemães foi proporcionada e descreveu o ataque da OTAN como adequado.

Depois do aluvião de críticas, Zu Guttenberg modificou sua avaliação no início de dezembro,

quando admitiu que foi desproporcionada.

Assim todos, a oposição integrada pelos social-democratas, Verdes e Die Linke (A Esquerda) o

acusam de mentir e de ocultar os detalhes da atuação do mando alemão nessa operação.

Os políticos opositores atribuem o ocorrido em Kunduz a uma mudança na estratégia do mandato

das tropas alemãs no Afeganistão, dirigida aos assassinatos seletivos de líderes insurgentes, em

coordenação com a Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos.

Para esclarecer o caso e em uma tentativa de salvar-se de um descrédito total diante da opinião

pública alemã com menos de três meses de governo na atual legislatura, o governo do chanceler

Angela Merkel criou uma comissão parlamentar a fim de esclarecer o papel de Berlim no

Afeganistão.

Com essas mentiras e segredos, que gerarão mais polêmicas no próximo ano, se fecha uma página

do 2009, mas não o capítulo sobre a incursão europeia no Afeganistão e no Iraque, que promete

recrudecer-se com o envio de mais militares a esses palcos.

(*) A autora é jornalista da Redação Europa da Prensa Latina.

rr/npg
Paraguai recorda encontro de Arquivos do Terror


Assunção, 22 dez (Prensa Latina) Diversas instituições paraguaias, encabeçadas pelo Poder Judicial,

recordarão hoje os 17 anos do achado dos Arquivos do Terror que recolhem dados sobre as

violações de direitos humanos durante a ditadura de Alfredo Stroessner (1954-1989).

O ato de recordação se realizará no Palácio de Justiça, em Assunção, segundo a edição digital do

jornal Última Hora.

Os Arquivos do Terror - os quais contribuíram provas suficientes contra as pessoas envolvidas com

a Operação Condor - estão resguardados no Museu da Justiça.

Foram achados pelo defensor dos direitos humanos Martín Almada com a ajuda do juiz José

Agustín Fernández, em 22 de dezembro de 1992, na cidade paraguaia de Lambaré.

Contêm todas as comunicações escritas entre autoridades policiais e militares de Paraguai,

Argentina, Brasil, Chile e Uruguai, durante as ditaduras militares governantes entre 1970 e 1980,

com o fim de reprimir às sociedades de ditos países.

Mostram como se planificou a guerra suja e o terrorismo de Estado dos Estados Unidos para a

América do Sul e dos exércitos e a polícia para a população.

Refletem assim, um sistema de controle social onde a mínima manifestação de inconformidade e

rejeição para o regime se considerava um ato subversivo que era reprimido em forma extrajudicial,

sumária e secreta mediante assassinatos, sequestros, torturas ou desaparecimento forçado de

pessoas.

Os dados contidos nesses documentos não são os únicos e continuam os achados.

Em outubro passado, foram descobertos novos "arquivos" em um local do Ministério de Defesa,

com dados sobre a repressão que se aplicou durante o regime de Stroessner.

Almada disse que contêm relatórios de agentes confidenciais, os famosos "pyrague" ou soplones,

recomendações de militares a polícias, dados sobre dissidentes políticos, detalhes de perseguições a

políticos, líderes camponeses, sindicalistas e estudantes".

Também se encontraram documentos com planejamentos de repressões, detalhes sobre detenções,

nomes de militares, polícias e políticos membros do Partido Colorado e servidores públicos da

ditadura de Stroessner implicados nesses fatos.

Neste ano, a UNESCO incluiu aos Arquivos do Terror de Paraguai no registro Memórias do Mundo.

Em dito registro consignam-se todas as obras e coleções do patrimônio documental mundial

aprovadas pelo diretor geral da UNESCO a proposta do Comitê Consultivo Internacional.

tgj/otf/bj

Revogação Prêmio Nodel

Socialistas venezuelanos organizam campanha para revogar Nobel a Obama


Caracas, 22 dez (Prensa Latina) O Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) dá forma a partir

de hoje a uma campanha mundial para exigir a revogação do Prêmio Nobel da Paz entregado a

Barack Obama, por considerá-lo um guerrerista.

De acordo com o agrupamento integrado por mais de sete milhões de cidadãos, o primeiro afronorte-

americano chefe da Casa Branca está bem longe de merecer o galardão fundado em 1901, o

qual tem sido outorgado a 95 pessoas e 20 organizações.

Achamos que deve ter uma revisão do reconhecimento. É um dever dos países progressistas

solicitá-la, assegurou ontem a dirigente do PSUV Jacqueline Faria, ao anunciar a iniciativa.

Segundo Faria, a Comissão de Assuntos Internacionais do bloco tem a missão de impulsionar a

cruzada.

A justificativa da guerra no Afeganistão, o envio de novas tropas ocupantes a essa nação centroasiática

e o estabelecimento de bases militares na Colômbia e Panamá constituem argumentos para

demandar a anulação do Nobel.

Teria que lhe acrescentar sua postura na Cúpula de Mudança Climática de Copenhague, onde

Obama atuou como um estrategista mas da guerra, apontou.

Faria recordou a pretensão norte-americana de impor um pacto excludente no fórum destinado a

salvar o planeta, proposta ademais carente das ações concretas para avançar na mitigação do

lançamento de gases contaminantes responsáveis pelo aumento da temperatura global.

Obama tem incumprido suas promessas de paz e de mudança, expôs.

A convocação do PSUV incluiu um pedido a tomar distância do presidente norte-americano,

realizado a anteriores merecedores do Prêmio Nobel da Paz.

Entre os convidados a diferenciar-se de Obama estão a indígena guatemalteca Rigoberta Menchú

(1992), a ambientalista e política keniana Wangari Maathai (2004), o ex-presidente dos Estados

Unidos James Carter (2002) e o outrora vice-presidente do esse país Al Gore (2007).

lgo/wmr/dcp

Bases Militares

Montevidéu, 22 dez (Prensa Latina)

Organizações uruguaias contra bases militares norte-americanas


A Comissão Nacional de Organizações Sociais do Uruguai

(CONOSUR) convocou para o 2010 responder às bases militares norte-americanas com "bases da

paz", para despir os propósitos dos Estados Unidos e seus aliados.

Outro objetivo de trabalho no próximo ano será organizar uma delegação ao aniversário 50 da

organização de bairro cubana Comitês de Defesa da Revolução (CDR) a fins de setembro,

indicaram a Prensa Latina diretor de CONOSUR.

"Contra o neoliberalismo, pela plena vigência dos Direitos Humanos, no 2010 devemos redobrar a

solidariedade, a luta pela soberania, a autodeterminação e pela vida", expressa um comunicado da

instituição criada em 1992.

CONOSUR celebrou seu aniversário 17 etapa onde destacou, entre outros eixos temáticos, seu

respaldo a "os governos e povos enfrentados ao imperialismo", total apoio a Cuba e a difusão da

causa venezuelana.

Na cerimônia, Carmen Zilia Pérez, embaixadora de Habana aqui, agradeceu o trabalho de apoio da

CONOSUR à luta pela libertação dos cinco antiterroristas cubanos presos nos Estados Unidos e

contra o bloqueio estadunidense à ilha.

Também intervieram os embaixadores Franklyn González, da Venezuela e Edmundo Pérez Manso,

Equador, quem concluiu seu trabalho diplomático em Montevidéu, bem como Julio Gutiérrez,

Ministro Conselheiro da representação boliviana no Uruguai.

Neste período a mais de três lustros, o organismo identificou-se com a Bolívia de Evo Morales e o

papel dos povos originários e difundiu a nova realidade do Equador e as transformações

comandadas pelo presidente Rafael Correa.

CONOSUR conta na atualidade com representantes em 17 dos 19 departamentos da nação sulamericana.

lgo/wap/dcp

OPEP

Luanda, 22 dez (Prensa Latina)

OPEP decidiu manter invariável suas quotas de produção


A Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP) decidiu

hoje manter invariável suas quotas de produção ao considerar favoráveis os atuais preços do

petróleo no meio da aparente recuperação econômica.

Reunida na capital angolana, esse agrupamento de 12 nações produtoras e exportadoras de petróleo,

confirmou que não haverá mudanças em seus níveis de entrega.

O presidente em exercício do grupo e o ministro angolano de Petróleo, José María Botelho de

Vasconcelos, convocou a um melhor cumprimento da meta fixada há quase um ano.

A OPEP, que fornece 40 por cento do hidrocarboneto mundial, tem uma oferta 24,84 milhões de

barris diários (mbd) desde 1 de janeiro deste ano, depois de recorrer no último trimestre de 2008 a

um dos maiores cortes de sua história, ao retirar do mercado 4,2 mbd.

Desde então a situação melhorou depois de cair em dezembro do ano passado para 32,40 dólares, o

preço do barril que duplicou em uns meses e superou a casa dos 80 dólares em outubro último,

antes de retroceder um pouco.

Botelho de Vasconcelos valorou que os membros do grupo -desde o principal produtor Arábia

Saudita até o menor, o Equador- estão satisfeitos com preços entre 75 e 80 dólares.

"As dúvidas sobre a solidez da recuperação da economia mundial não desapareceram", afirmou.

A respeito propôs que persistem incertezas no setor financeiro e sobre o vigor do crescimento, pelo

desemprego e pelo medo de que os planos de reativação econômica se detenham demasiado rápido.

Também o representante da Venezuela ante a OPEP, Bernard Mommer, considerou que o consenso

da reunião foi otimismo prudente, com a esperança de que o pior já passou e a demanda recrescerá.

O ministro de Petróleo do Equador, Germánico Pinto, cujo país exercerá a presidência da OPEP em

2010, informou que o principal objetivo será manter a estabilidade relativa dos preços do petróleo

em uma margem de 75 a 80 dólares o barril.

lgo/crc/es

Evo Morales

La Paz, 22 dez (Prensa Latina)

Evo Morales rompe mito de voto reservado de classe média




O presidente boliviano, Evo Morales, e o governamental Movimento

ao Socialismo (MAS) romperam o mito do voto reservado da classe média e aumentaram o respaldo

popular em regiões opositoras ao Executivo.

Segundo destaca hoje o diário A Imprensa, depois da repetição do sufrágio de 18 mesas, no

domingo passado no departamento de Oruro, conseguiu-se completar a computação de 100 por

cento dos votos, com o qual o oficialismo ratifica 64,08 por cento que já tinha atingido ao examinar

99,23 por cento.

A oposição, durante a campanha eleitoral, centrou suas esperanças no apoio oculto da classe média

e confiou em que este setor, que nas eleições de 2005 deu seu respaldo a Morales, nesta ocasião lhe

tiraria sua aceitação.

No entanto, ocorreu o contrário e o oficialismo aumentou a votação conseguida há quatro anos,

quando o presidente ganhou a presidência com 53,7 por cento do voto popular.


De acordo com os dados da contagem nacional, o MAS conseguiu 64,08 por cento de respaldo,

Plano Progresso para Bolívia-Convergência Nacional (PPB-CN), 26,59 por cento; Unidade

Nacional (UM), 5,65 por cento e Aliança Social (AS), 2,3 por cento.

A região onde maior votação recebeu Morales foi La Paz, onde conseguiu 80,22 por cento dos

votos, frente a 8,73 por cento que conseguiu PPB-CN, 8,05 de Unidade Nacional e 1,35 por cento

da Aliança Social.

Segue-lhe em importância Potosí com 79,46 por cento, Oruro com 78,22 e Cochabamba com 68,82

por cento.

Com respeito à votação nas regiões consideradas opositoras ao Governo (Pando, Beni, Santa Cruz,

Chuquisaca e Tarija), o MAS conseguiu aumentar o apoio de 2005, como foi o caso de Tarija, onde

conseguiu 51,09 por cento frente a 38,28 que obteve PPB-CN.

Nas outras regiões ganhou o partido liderado por Manfred Reyes Villa, mas com relativa diferença

em Pando, onde o MAS obteve 44,57 por cento contra 51,07 de seu principal opositor.

lgo/por/e

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Chávez fue voz para exigir rectificación de procesos contaminantes del capitalismo

Caracas, 22 Dic. ABN.-


La participación del presidente de la República, Hugo Chávez Frías, en la cumbre de cambio climático en Copenhague, Dinamarca, permitió que se oyera la voz de protesta de los movimientos sociales que estaban en las calles de ese país, que exigían la rectificación de los procesos contaminantes generados por el modelo consumista capitalista de los llamados países desarrollados y de sus modelos tecnológicos y económicos.



Así lo señaló el canciller Nicolás Maduro este martes en rueda de prensa efectuada en el Palacio de Miraflores, a fin de ofrecer un balance de lo que fue la participación de la delegación venezolana presidida por Claudia Salerno, en dicha cumbre.



Maduro refirió que esos movimientos sociales, por lo general, no eran tomados en cuenta por los grandes medios de comunicación social del mundo.



Sin embargo, en esta cumbre, la participación de Chávez y de su homólogo de Bolivia, Evo Morales, entre otros, permitió que sus exigencias fueran escuchadas, apuntó Maduro.



Señaló que el modelo consumista capitalista de los llamados países desarrollados ha sido soporte de las grandes corporaciones que tienen como centro fundamental de su accionar no la satisfacción de las necesidades de los seres humanos, sino la acumulación de riquezas particulares de esas grandes corporaciones.



El canciller fue enfático al recalcar que ese modelo, a su vez, controla el poder político de los principales Estados capitalistas, sobre todo el de Estados Unidos, que ha logrado imponer este modelo de vida consumista, su modelo tecnológico, político y económico en los países del capitalismo del Norte.



Explicó que la jornada que se cumplió en Copenhague se efectuó por medio de dos bloques: uno de los países capitalistas del Norte, encabezados por Estados Unidos, que tiene como centro de su propuesta mantener los niveles de consumismo, de acumulación de riquezas y colocan en segundo plano la recuperación del planeta y la vida humana, y otro bloque, dentro del que expusieron Chávez Frías y Evo Morales, que llevaron una idea en común de países del Sur, que pone como centro fundamental para recuperar el planeta el cambio del modelo económico y tecnológico del capitalismo.



“Ahora, este debate ha entrado en una segunda etapa y es ahora cuando empieza la lucha verdadera por la recuperación del planeta, con la idea de crear condiciones de equilibrio y armonía de vida humana con la naturaleza, para poder vivir a lo largo de los próximos siglos”, sostuvo Maduro.



Recordó que el jefe de Estado venezolano propuso un nuevo modelo para avanzar hacia un nuevo tipo de sociedad encaminado hacia el socialismo, como fórmula fundamental de un cambio que involucre el modelo económico y los valores sobre los que se asientan la vida del ser humano.



El canciller destacó que la jornada de la delegación venezolana en la cumbre de cambio climático fue exitosa, “evento que fue punto de llagada de un proceso de debate sobre lo que debe ser la concepción hacia un proceso de recuperación sostenido del deterioro que el capitalismo ha sometido al planeta en los últimos 250 años”.



Señaló que la delegación nacional cumplió una jornada en dos fases: una en la que los venezolanos efectuaron una labor en coordinación con países del Sur, del G-77 más China, de la Alianza Bolivariana para los Pueblos de nuestra América (Alba) y de otros países hermanos, y una segunda fase en la que participaron el presidente Chávez Frías Evo Morales.



Nicolás Maduro estuvo acompañado en esta rueda de prensa por la ministra del Poder Popular para el Ambiente, Yubirí Ortega, y al jefa de la delegación venezolana que estuvo en Copenhague, Claudia Salerno.

domingo, 20 de dezembro de 2009

A hora da verdade

- REFLEXÕES DO FIDEL

.
• AS notícias que chegam da capital dinamarquesa refletem o caos. Os anfitriões, após conceberem um evento no qual participariam por volta de 40 mil pessoas, não têm jeito de cumprir sua palavra. Evo, que foi o primeiro dos dois Presidentes da ALBA em chegar, expressou profundas verdades que emanam da cultura milenar de sua raça.

Assegurou, segundo as agências de notícias, que tinha um mandato do povo boliviano no sentido de bloquear qualquer acordo, se o texto final não satisfaz as alternativas. Explicou que a mudança climática não é a causa, mas sim o efeito, que éramos obrigados a defender os direitos da Mãe Terra, frente a um modelo de desenvolvimento capitalista, a cultura da vida frente à cultura da morte. Falou da dívida climática que os países ricos devem pagar aos países pobres, e devolver-lhes o espaço atmosférico arrebatado.

Qualificou de ridícula a soma de US$ 10 bilhões anuais, oferecidos até o ano 2012, quando na realidade são precisos bilhões cada ano, e acusou os Estados Unidos de gastarem trilhões exportando o terrorismo a Iraque e ao Afeganistão, e criarem bases militares na América Latina.

O Presidente da República Bolivariana da Venezuela falou no dia 16 na Cúpula, às 8h40, hora de Cuba. Pronunciou um discurso brilhante, que foi muito aplaudido. Os seus parágrafos eram lapidários.

Impugnando um documento proposto à Cúpula pela Ministra dinamarquesa, a qual presidia a Conferência, expressou:

"...é um texto que vem do nada, não aceitaremos nenhum texto que não venha dos grupos de trabalho, que são os textos legítimos que estiveram sendo negociados nestes dois anos".

"Há um grupo de países que se acham superiores a nós os do Sul, os do Terceiro Mundo..."

"...não nos estranhemos, não há democracia, estamos diante de uma ditadura".

"...vinha lendo algumas consignas que há nas ruas, pintadas pelos jovens... Uma: ‘não mudem o clima, mudem o sistema’... Outra: ‘se o clima fosse um banco, já o teriam salvado.’"

"Obama [...] recebeu o prêmio Nobel da Paz no mesmo dia em que enviou 30 mil soldados a matar inocentes no Afeganistão".

"Apoio o critério dos representantes das delegações do Brasil, Bolívia, China, só queria apoiar [...] mas não me permitiram usar da palavra..."

"Os ricos estão destruindo o planeta, será que vão embora para outro, após destruírem este?"

"...a mudança climática é, sem dúvida, o problema ambiental mais devastador deste século."

"...Os Estados Unidos têm, ao todo, 300 milhões de habitantes; China tem quase cinco vezes mais população que os Estados Unidos. Estados Unidos consomem mais de 20 milhões de barris diários de petróleo; China chega, apenas, a cinco ou seis milhões de barris diários. Não se pode pedir o mesmo aos Estados Unidos do que à China."

"...reduzir a emissão de gases poluentes e conseguir um acordo de cooperação a longo prazo [...] parece ter fracassado, por agora. Qual a razão? [...] a atitude irresponsável e a falta de vontade política das nações mais poderosas do planeta."

"...o abismo que separa os países ricos e pobres não deixou de crescer, apesar de todas estas cúpulas e das promessas descumpridas, e o mundo segue sua marcha destrutiva."

"...O ingresso total dos 500 indivíduos mais ricos do mundo é superior ao ingresso dos 416 milhões de pessoas mais pobres."

"A mortalidade infantil é de 47 mortes em cada 1.000 nascidos vivos, mas nos países ricos é de só 5."

"...até quando vamos permitir que continuem morrendo milhões de crianças por doenças curáveis?"

"Há 2,6 bilhões de pessoas que vivem sem serviços de saneamento."

"O brasileiro Leonardo Boff escreveu: ‘Os mais fortes sobrevivem sobre as cinzas dos mais fracos.’"

"Jean Jacob Rousseau dizia... ‘Entre o forte e o fraco a liberdade oprime.’ Por isso é que o império fala de liberdade, é a liberdade para oprimir, para invadir, para assassinar, para aniquilar, para explorar, essa é que é sua liberdade. E Rousseau acrescenta a frase salvadora: ‘Só a Lei liberta.’"

"Até quando vamos permitir conflitos armados que massacram milhões de seres humanos inocentes, com o fim de os poderosos se apropriarem dos recursos de outros povos?"

"Há quase dois séculos, um libertador universal, Simón Bolívar disse: ‘Se a natureza se opõe, lutaremos contra ela e faremos com que nos obedeça.’"

"Este planeta viveu bilhões de anos sem nós, sem a espécie humana; nós não fazemos falta para que ele exista, mas nós sem a Terra não vivemos..."

Evo falou na manhã de hoje, quinta-feira. Seu discurso também será inesquecível.

"Desejo expressar nossa moléstia pela desorganização e pelas dilações que existem neste evento internacional...", disse com franqueza ao início de suas palavras.

Suas ideias básicas:

"Quando perguntamos que acontece com os anfitriões, [...] dizem-nos que são as Nações Unidas; quando perguntamos o que acontece com as Nações Unidas, dizem que é a Dinamarca, e não sabemos quem desorganiza este evento internacional..."

"...estou muito surpreendido porque somente tratam dos efeitos e não das causas da mudança climática."

"Se nós não identificamos de onde vem a destruição do meio ambiente [...] com certeza nunca vamos resolver este problema..."

"...estão no centro do debate duas culturas: a cultura da vida e a cultura da morte; a cultura da morte, que é o capitalismo. Nós, os povos indígenas, dizemos, é o viver melhor, melhor a custa do outro."

"...explorando o outro, saqueando os recursos naturais, violando a Mãe Terra, privatizando os serviços básicos..."

"...viver bem é viver em solidariedade, em igualdade, em complementaridade, em reciprocidade..."

"Estas duas formas de existência, estas duas culturas da vida estão no centro do debate ao falarmos da mudança climática, e se não decidimos qual é a melhor forma de existência ou de vida, com certeza nunca vamos resolver este tema, porque temos problemas de vida: o luxo, o consumismo que faz dano à humanidade, e não queremos dizer a verdade neste tipo de eventos internacionais."

"...dentro da nossa forma de viver, o fato de não mentir é algo sagrado, e isso não se pratica cá."

"...na Constituição está a ama sua, ama llulla, ama quella: não roubar, não mentir, nem ser frouxos."

"...a Mãe Terra ou a Natureza existe e existirá sem o ser humano; mas o ser humano não pode viver sem o planeta Terra, e, portanto, é nossa obrigação defendermos o direito da Mãe Terra."

"...saudo as Nações Unidas, que neste ano, por fim, declararam o Dia Internacional da Mãe Terra."

"...a mãe é algo sagrado, a mãe é nossa vida; a mãe não pode ser alugada, nem se vende nem se viola, é preciso respeitá-la."

"Temos profundas diferenças com o modelo ocidental, e isso está em debate neste momento."

"Estamos na Europa, vocês sabem que muitas famílias bolivianas, famílias latino-americanas vêm à Europa. Para que vêm cá? Para melhorarem suas condições de vida. Na Bolívia, podiam estar ganhando 100, 200 dólares mensais, mas essa família, essa pessoa vem cá cuidar um avô europeu, uma avó européia e ao mês obtém 1.000 euros."

"Estas são as assimetrias que temos de continente a continente, e somos obrigados a debater como buscar certo equilíbrio, [...] reduzindo estas profundas assimetrias de família a família, de país a país e, designadamente, de continente a continente."

"Quando [...] nossas irmãs e irmãos vêm cá para sobreviverem ou para melhorarem suas condições de vida, são expulsos, existem esses documentos chamados de retorno [...] mas antes, quando os avôs europeus chegaram à América Latina nunca foram expulsos. Minhas famílias, meus irmãos não vêm cá assenhorear-se de minas, nem têm milhares de hectares para serem latifundiários. Antigamente, não existiam nem vistos nem passaportes para os que chegavam a Abjá Jála, agora chamada América."

"...se não reconhecemos o direito da Mãe Terra, vamos estar falando em vão de US$ 10 bilhões, de US$ 100 bilhões, o que é uma ofensa para a humanidade."

"...os países ricos devem acolher todos os imigrantes que sejam afetados pela mudança climática e não devolvê-los a seus países, como estão fazendo neste momento..."

"...nossa obrigação é salvarmos toda a humanidade e não metade da humanidade."

"...a ALCA, Área de Livre Comércio nas Américas. [...] não é Área de Livre Comércio nas Américas, é uma área de livre colonização nas Américas..."

Entre as perguntas que Evo sugeria para um referendo mundial sobre a mudança climática estavam:

"...Você concorda em restabelecer a harmonia com a natureza, reconhecendo os direitos da Mãe Terra?..."

"...Você concorda em mudar este modelo de consumo excessivo e de esbanjamento, que é o sistema capitalista?..."

"...Você concorda em que os países desenvolvidos reduzam e reabsorvam suas emissões de gases que provocam o efeito estufa?..."

"...Você concorda em transferir tudo o que se gasta nas guerras e em destinar um orçamento superior ao orçamento de defesa para a mudança climática?..."

Como se conhece, na cidade japonesa de Kyoto, no ano 1997, foi assinado o Convênio das Nações Unidas sobre Mudança Climática, que obrigava 38 países industrializados a reduzirem suas emissões de gases que provocam o efeito estufa, numa determinada porcentagem com relação aos emitidos em 1990. Os países da União Europeia se comprometeram a reduzir 8%, e entrou em vigor no ano 2005, quando a maioria dos países assinantes já o tinham ratificado. George W. Bush, então presidente dos Estados Unidos —o maior emissor de gases poluentes, responsável pela quarta parte do total destes—, tinha rejeitado o acordo, desde meados de 2001.

Os demais membros das Nações Unidas seguiram em frente. Os centros de pesquisas continuaram sua tarefa. Torna-se já evidente que uma grande catástrofe ameaça nossa espécie. Talvez o pior seja que o egoísmo cego de uma minoria privilegiada e rica pretenda jogar o peso dos sacrifícios necessários na imensa maioria dos habitantes do planeta.

Essa contradição se reflete em Copenhague. Lá, milhares de pessoas estão defendendo com grande firmeza seus pontos de vista.

A força pública dinamarquesa utiliza métodos brutais para esmagar a resistência; muitos dos que protestam são postos em prisão preventiva. Comuniquei-me com nosso chanceler Bruno Rodríguez, que estava num ato de solidariedade na capital de Copenhague, junto de Chávez, Evo, Lazo e outros representantes da ALBA. Perguntei-lhe quem estava sendo reprimido com tanto ódio pela polícia dinamarquesa, que lhe torcia os braços e lhe batia repetidamente pelas costas. Respondeu-me que eram cidadãos dinamarqueses e de outras nações europeias e membros dos movimentos sociais que exigiam da Cúpula uma solução real, agora, para enfrentar a mudança climática. Disse-me, aliás, que à meia-noite continuariam os debates da Cúpula. Quando falei com ele já era de noite na Dinamarca. A diferença é de seis horas.

Da capital dinamarquesa, nossos companheiros informaram que o de amanhã, sexta-feira, 18, será pior. Às 10h da manhã, a Cúpula das Nações Unidas será suspensa durante duas horas e o chefe de Governo da Dinamarca terá um encontro com 20 chefes de Estado convidados por ele, para discutirem com Obama "problemas globais". Assim será denominada a reunião, cujo objetivo é impor um acordo sobre a mudança climática.

Embora na reunião estejam participando todas as delegações oficiais, só poderão opinar "os convidados". Naturalmente, nem Chávez nem Evo se encontram entre os que podem emitir sua opinião. A ideia é que o ilustre prêmio Nobel possa pronunciar seu discurso pré-elaborado, precedido pela decisão, que será adotada nessa reunião, de transferir o acordo para fins do ano próximo na Cidade do México. Aos movimentos sociais não se permitirá estarem presentes. Depois desse show, no salão principal do evento prosseguirá a "Cúpula" até o seu inglorioso encerramento.

Como a televisão transmitiu as imagens, o mundo pôde contemplar os métodos fascistas empregues em Copenhague contra as pessoas. Jovens na imensa maioria, os manifestantes reprimidos ganharam a solidariedade dos povos.

Para os chefes do império, apesar de suas manobras e suas cínicas mentiras, está chegando a hora da verdade. Seus próprios aliados acreditam cada vez menos neles. No México, em Copenhague ou em qualquer outro país do mundo, encontrarão a resistência crescente dos povos, que não perderam a esperança de sobreviver.



Fidel Castro Ruz

Dezembro 17 de 2009

18h46 •

Promotoria venezuelana recopila novas evidências em caso de bancos

Caracas, 18 dez (Prensa Latina)


A Promotoria venezuelana informou hoje a obtenção de novas evidências no caso seguido por múltiplas irregularidades em bancos privados, as quais provocaram a intervenção governamental de oito casas financeiras e a detenção de 10 pessoas.



Segundo uma nota do Ministério Público, os elementos foram recopilados durante a invasão da empresa AG Serviços Financeiros, por supostos vínculos com as entidades Bolívar, Confederado, Canárias e Banpro, estas duas últimas liquidadas.



A partir do pedido de promotor encarregados das pesquisas, as autoridades ocuparam no lugar documentos e evidências de interesse criminalístico, que servirão para a investigação em curso, explicou.

De acordo com o comunicado, já somam oito as invasões praticadas, entre eles os realizados a Caixa Ibérica, Seguros A Previsora e Inter bursa.



Também foram registradas duas moradias particulares para um total de 10 visitas, apontou.

O Ministério Público ratificou que até o momento solicitou 28 ordens de apreensão e 19 proibições de saída do país.



Desde o 19 de novembro, o governo desenvolve um processo de saneamento da banca privada, após detectar violações por parte de alguns de seus diretores, além de falta de solvencia e liquidez.



Uma vez intervindas as entidades financeiras, o interesse dos pesquisadores é agora identificar conexões dos banqueiros corruptos, quem utilizaram dinheiro de acionistas para adquirir empresas.



rc/wmr/dcp

Banco Bicentenario fortalecerá sistema financeiro da Venezuela

Caracas, 18 dez (Prensa Latina)


O Banco Bicentenario, que abrirá na segunda-feira próxima, fortalecerá o sistema bancário e a intermediação financeira nacional, afirmou hoje a deputada Iroshima Bravo.



O Banco Bicentenario vem a fortalecer a intermediación financeira, com o objeto que contribua com o desenvolvimento econômico do país, declarou nesta sexta-feira ao canal Venevisión a presidenta da Subcomissão Tributária da Comissão Permanente de Finanças do Parlamento.



Segundo a parlamentar, esta instituição passa a ser o quarto banco da nação quanto aos ativos e quinto quanto aos depósitos.



Bravo recordou que a Superintendência de Bancos aprovou a fusão de Banfoandes, Confederado, Bolívar e Central Banco Universal para criar o Bicentenario.



Explicou que desta maneira se extingue a personalidade jurídica dessas instituições para fusionar-se por incorporação, "porque este conjunto de entidades se estão unificando e se está criando uma nova entidade bancária".



Também referiu que o Bicentenario contará com 385 escritórios a nível nacional, os quais passam de ser escritórios regionais a nacionais. O Bicentenario, explicou, passará a ter 407 caixas automáticos e 132 bilheterias externas.



A Superintendência de Bancos e Outras Instituições Financeiras anunciou na sexta-feira última a intervenção a portas fechadas de BaNorte, o oitavo submetido a escrutinio por não-cumprimento do regulamento vigente no setor como o Bolívar, Confederado, Baninvest, Central Universal, Real, Canárias e Banpro.



arc/rsm/dcp

Venezuelanos com poupanças em bancos intervindos confiam em governo

Caracas, 18 dez (Prensa Latina)


O superintendente de Bancos e outras Entidades Financeiras de Venezuela, Edgar Hernández, assegurou hoje que as pessoas com depósitos em bancos privados intervindos pelo governo mostram confiança nos gerenciamentos e garantias oferecidas.



De acordo com o oficial, essa conduta pode apreciar na normalidade e acalma-a com as quais decorre o processo de recuperação de poupanças.



Tem sido rápido e satisfatório, informou a Venezuelana de Televisão.



Segundo os dados contribuídos por Hernández, terão de volta seu dinheiro o 98% dos cidadãos com recursos nos oito bancos submetidos a escrutinio depois de múltiplas violações, Bolívar, Confederado, Baninvest, Central, Real, BaNorte, Canárias e Banpro, estes dois últimos já liquidados.



Com respeito à saúde do sistema financeiro venezuelano, o oficial descartou a existência de crise.

Trata-se de um problema focalizado em algumas entidades privadas, a maioria pequenas, a partir de irregularidades e más atuações que não afetam à banca, assegurou.



Para Hernández o sistema continua estável e sólido, e se fortalecerá ainda mais em 2010.

Também destacou a iminente entrada em serviço do estatal Banco Bicentenario, formado por Banfoandes e os intervindos Bolívar, Confederado e Central.



A nova entidade se incorporará o 21 de dezembro ao processo de resgate de acionistas, recordou.

Ao referir ao destino de Baninvest, Real e BaNorte, Hernández comentou que está ainda em análise.



mgt/wmr/dcp

Espanha promete impulsionar criação de Estado palestino

Madri, 18 dez (Prensa Latina)


O chanceler Miguel Ángel Moratinos afirmou hoje aqui que Espanha promoverá a criação de um Estado palestino durante a presidência rotativa da União Européia (UE), que assumirá o 1 de janeiro próximo.



Espanha segue comprometida com o estabelecimento e reconhecimento do Estado palestino dentro de um prazo e como resultado da negociação com Israel, informou o ministro de Assuntos Exteriores, ainda que sem especificar nenhuma data.



Dito compromisso foi exteriorizado por Moratinos a seu homólogo da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Riad Ao Malki, com quem reuniu-se nesta sexta-feira no Palácio de Viana, sede da chancelaria local, indicou um comunicado.



O chefe da diplomacia espanhola reiterou à o Malki o apoio do governo do presidente José Luis Rodríguez Zapatero à solução de dois Estados para a região, e fez qüestão de que Madri e a UE estão decididos a desempenhar um papel ativo no processo de paz.



Explicou ao titular de Exteriores da ANP as prioridades que marcarão a presidência semestral espanhola do bloco comunitário, e a vontade de seu país de impulsionar durante esse lapso o processo pacificador no Oriente Médio.



Moratinos defendeu nesta sexta-feira em Bruxelas a necessidade de criar uma Palestina independente, e assegurou que seu país trabalhará para converter essa aspiração em realidade em 2010.



Não será fácil, mas é necessário, precisamos um Estado palestino o quanto antes melhor e esse será nosso objetivo, sublinhou o chanceler ao expor os reptos do Palácio da Moncloa (sede governamental) à frente da UE.



Ambos ministros analisaram a evolução das negociações de paz no Oriente Médio, estancadas pela negativa de Israel a congelar a construção de assentamentos de colonos judeus nos territórios ocupados.

Ao termo de seu encontro, os diplomatas assinaram um memorando de entendimento para o estabelecimento de consultas políticas entre as partes, acrescentou a nota de imprensa.



arc/edu/dcp

Chamam a parlamentos africanos a apoiar causa de anti-terroristas cubanos

Havana, 18 dez(Prensa Latina)


Grupos de amizade da Assembléia Nacional do Poder Popular de Cuba (ANPP) com os parlamentos de países africanos chamaram hoje apoiar a causa de cinco anti-terroristas cubanos presos nos Estados Unidos faz mais de 11 anos.



Para o deputado Leonel González trata-se que os legislativos africanos enviem moções ao Congresso norte-americano e a seu caucus negro para conseguir a libertação de René González, Fernando González, Antonio Guerrero, Ramón Labañino e Gerardo Hernández.



O também coordenador geral da Comissão de Relações Internacionais da ANPP expressou que as petições devem dirigir ao presidente Barack Obama e aos departamentos de Justiça e Estado.



Os apelos derivaram-se do encontro dos 24 grupos de amizade do legislativo cubano com igual número de seus homólogos de países da África Subsaariana reunidos no habanero Palácio de Convenções.

No encontro reuniram-se por área geográfica os 91 grupos formados no Parlamento com nações latino-americanas, africanas, asiáticas e européias.



Desta maneira os mais de 600 deputados cubanos se aprestan a receber amanhã relatórios dos ministérios de Cultura e da Indústria Alimentária para fechar no domingo a última sessão ordinária da sétima legislatura, iniciada em 2008.



arc/ro/dcp

Denuncia senadora colombiana falta de garantias para libertações

Bogotá, 18 dez (Prensa Latina)


A senadora liberal Piedad Córdoba denunciou hoje a falta de garantias do governo colombiano para iniciar as operações de libertação de dois retidos em poder da guerrilha.



Córdoba manifestou que ainda o governo do presidente Álvaro Uribe não tem estabelecido as garantias para dar começo à posta em liberdade do suboficial Pablo Emilio Moncayo e do soldado Josué Daniel Calvo, além da entrega dos restos do maior Julián Ernesto Guevara a sua família.



A parlamentar indicou que os gerenciamentos para a entrega unilateral dos retidos pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) e dos restos do maior, demorarão pelo menos em um mês mais.

"O 24 e o 31 (de dezembro) todo mundo pode celebrar tranqüilo. Mal estamos iniciando o processo que demoraria ao menos em um mês mais", enfatizou.



As declarações de Córdoba contradizem às expressadas por Uribe, quem assegurou na passada segunda-feira que as garantias de seu governo estavam dadas para a libertação dos retidos.



Nessa oportunidade, o primeiro ministro reuniu-se com familiares de soldados retidos pela guerrilha, depois da qual afirmou que seu governo cumpriu com todas as exigências do grupo insurgente.



Por sua vez, o alto comisionado para a paz, Frank Pearl, revelou que a logística para tais fins estava plenamente coordenada e que as libertações seriam possível antes de finalizar no ano.



As citadas libertações unilaterais foram anunciadas pelas FARC desde o passado 16 de abril, com a única condição de que se outorguem e cumpram as mesmas garantias oferecidas em passados processos, a fim de evitar provocações como as sucedidas em anteriores entregas de prisioneiros.

Durante todo este tempo o processo experimentou diversos obstáculos, a raiz de condicionamentos, desautorizações de mediadores e dilações por parte do governo.



Inclusive, recentemente ex presidente colombiano Ernesto Samper denunciou ante a opinião pública que a demora das libertações unilaterais anunciadas pela guerrilha obedece a uma falta de vontade política do Executivo.



Indicou que não existe nenhuma dificuldade operativa para concretar a posta em liberdade do suboficial Moncayo e do soldado Calvo, bem como a entrega dos restos do maior Guevara, ante a disposição manifesta das FARC. "Simplesmente o que se requer é que o presidente espiche o botão, me parece que o que falta é um ato de vontade do governo para pôr em marcha o operativo", escreveu.



arc/acl/dcp

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Península Coreana-2009: depois de muitas tensões, uma esperança

Luis Melián (*)

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O processo de desnuclearizaço da Peninsula Coreana conclui em 2009 coberto pela esperança de uma retomada das conversas com esse fim e a divida se o dialogo entre a RPDC e Estados Unidos registrarnovas paginas.

Há alguns dias a Casa Branca concordou com um encontro direto com a República Democrática da Coreia (RPDC), missão cumprida pelo enviado especial Stephen Bosworth em Pyongyang durante três dias.

O resultado de suas entrevistas com o vice-chanceler Kang Sok-ju, entre outras partes, contribuiu verdadeiramente ao otimismo quanto ao reinicio de um processo que se espera também possa conduzir a menores tensões nos vínculos inter-coreanos.

Qualificadas de úteis, práticas e sinceras, as conversas abordaram também aspectos como a assinatura de um tratado de paz, a normalização das relações bilaterais e a cooperação econômica, incluída a energética.

De acordo com o acontecido, o balanço resumiu-se em declarações que reconheciam o avanço de uma série de entendimentos sobre a necessidade de reiniciar as conversas a seis partes e de implementar a Declaração Conjunta de 19 de setembro de 2005.

Esse documento estabelece compromissos para a RPDC relacionados com seu programa nuclear e de cooperação com Pyongyang para outras partes.

As conclusões do recente diálogo foram bem recebidas em muitas capitais, sobretudo em Beijing, Moscou, Tóquio e Seul, os outros integrantes do mencionado processo.

Sem dúvida, os assuntos analisados e os resultados, inclusive a disposição a sustentar novos encontros, contribuíram para a necessária solução de um diferendo que tem suas raízes na Guerra da Coreia (1950-53) e a prolongada presença dos Estados Unidos na parte sul da península.

Além de refletir os problemas acumulados na história das (não) relações entre Pyongyang e Washington pela negativa desse último a assinar um tratado de paz que substitua o armistício de 1953, pelo qual ambos se mantêm tecnicamente em estado de guerra, a missão de Bosworth ratificou a validade do princípio norte coreano quanto à necessidade de um diálogo direto com a outra parte.

Essa posição foi reiterada com mais insistência ao longo deste ano diante dos acontecimentos que levaram à RPDC a abandonar as conversas em abril passado e a reforçar seu aparato nuclear para a auto defesa diante das ameaças dos Estados Unidos, segundo explicou oportunamente.

Pyongyang retirou-se do citado processo depois de que a Casa Branca promoveu sanções no Conselho de Segurança das Nações Unidas ao questionar o lançamento de um satélite com fins pacíficos por outro país, fato apresentado por Washington e seus aliados como o teste de um míssil balístico.

A parte norte coreana considerou uma flagrante violação de sua soberania e um insulto à dignidade do povo o fato de que esse órgão da ONU analisasse esse passo de seu programa de desenvolvimento espacial com fins pacíficos apesar de que cumpriu os trâmites internacionais estabelecidos para isso.

Como reação lógica ao incremento da hostilidade, a RPDC reforçou seu dissuasivo, inclusive um teste nuclear em maio. Também reiniciou os trabalhos das instalações para o tratamento de barras usadas de combustível, das que processou oito mil até agosto.

Essa decisão fez parte das medidas tomadas para levar a planta nuclear de Nyongbyon a seu estado original, depois de ser inabilitada segundo o lembrado nas conversas a seis bandas, ao que se somou o uso em armas de plutônio extraído com igual fim.

Depois desta etapa de fortes tensões chegou o diálogo direto Washington-Pyongyang, confirmado pelo presidente Barack Obama durante sua visita a Coreia do Sul em novembro passado, sem que sua realização implique alguma mensagem para além da esperança que seus resultados infundem ao se reconhecer a vigência das causas originais do conflito bilateral.

Cabe recordar que qualquer avanço concreto nas relações entre Estados Unidos e a RPDC depende além da retomada também das conversas a quatro bandas- essas duas partes mais China e Coreia do Sul- a fim de conseguir um acordo de paz que substitua o armistício de 1953.

Muitos destes acontecimentos foram aproveitados por forças opostas a uma melhoria nas relações inter coreanas, que viveram um de seus momentos de maior tensão no passado 10 de novembro por causa de um incidente entre forças navais, qualificado pela parte norte de provocação.

Diante desse acontecimento, Pyongyang anunciou um reforço da defesa de sua linha de demarcação marítima militar e o esperado deterioramento dos vínculos fez-se evidente, incluída uma forte campanha contra o país, a qual, ainda que vigente, pareceu ceder um pouco depois do diálogo entre Estados Unidos e a RPDC.

No meio das tensões inter coreanas, alentadora resultou a retomada em setembro dos encontros entre famílias separadas pela guerra e a normalização das atividades no parque industrial conjunto de Kaesong, em território setentrional.

Os momentos de distensão incluíram a presença em Seul de uma delegação oficial de parte-a norte nos funerais do ex presidente sulcoreano Kim Dae-jung, reconhecido como promotor de melhores relações bilaterais.

Mas todo o sucedido em 2009 já faz parte da história que servirá de base ao futuro. Enquanto este chega, reina a esperança infundida pelo diálogo direto e seus pronunciamentos favoráveis a uma retomada das conversas a seis bandas. O demais está por ver.

(*) O autor é correspondente da Prensa Latina na China.

rr/lam/bj