– Mais um crime à sombra das "armas de destruição massiva"
As ameaças proferidas nos últimos dias pelos dirigentes
norte-americanos, britânicos e franceses não deixam dúvidas
de que está em marcha um ataque militar à Síria por parte
destas potências. De novo se invoca a vontade da "comunidade
internacional", ou seja, a cobertura legal da ONU para levar a cabo o
crime. Mas ao mesmo tempo vão-se ouvindo vozes de que a
intervenção tem de ir por diante, com ou sem apoio das
Nações Unidas. Antes mesmo de os inspectores da ONU chegarem a
qualquer conclusão acerca das acusações sobre o uso de
armas químicas, os EUA, seguidos pelos seus cães de fila em
França e no Reino Unido, dão como culpado o regime de Damasco. Ou
seja, a decisão está tomada, haja ou não provas.
Lembram-se do Iraque?
Estes recentes desenvolvimentos são fáceis de perceber à
luz do que foi a história dos últimos dois anos de guerra civil
na Síria.