sábado, 16 de janeiro de 2010

Diplomata haitiano agradece apoio de Venezuela

Caracas, 15 jan (Prensa Latina)


O ministro conselheiro da embaixada haitiana Lesly David agradeceu hoje o respaldo de Venezuela para enfrentar os danos causados pelo terremoto de magnitude 7,3 que nesta terça-feira sacudiu a seu país.

Obrigado por esse apoio, o qual supera nossas expectativas, assegurou o diplomata na rampa 4 do Aeroporto Internacional de Maiquetía, onde despediu o segundo voo com pessoal e ajuda humanitária enviado para Porto Príncipe.

David destacou também a saída nas próximas horas de duas embarcações com centenas de toneladas de remédios, água potável, alimentos e equipes para os trabalhos de reconstrução.

Disseram-nos que amanhã saem os navios, pois ainda ainda temos problemas nos portos, explicou.

Sobre situação no país caribenho, o servidor público credenciado em Caracas considerou-a muito complexa.

Não sabemos que há embaixo dos escombros. 70 por cento da capital Porto Príncipe está destruída, enquanto outras cidades sofreram importantes afetações, lamentou.

Venezuela tem um contingente de 49 médicos, bombeiros e avaliadores de dano no Haiti, que receberão por via aérea nesta sexta-feira um reforço de 25 integrantes da Briga Internacional anti-desastres Simón Bolívar.

Informes de Porto Príncipe descrevem um panorama caótico sem que possam se definir as quantidades precisas de vítimas.

Estimados locais mencionam um saldo dentre 20 e 50 mil mortos e três milhões de atingidas.

tgj/wmr/bj

ONU pede 550 milhões de dólares para Haiti

Nações Unidas, 15 jan (Prensa Latina)

Nações Unidas solicitou hoje 550 milhões de dólares à comunidade internacional para socorro de urgência aos atingidos pelo intenso terremoto que devastou o Haiti há três dias.

O pedido foi feito pelo secretário geral da ONU, Ban Ki-Moon, que destacou as crescentes necessidades de água e alimentos e de fornecimentos e pessoal médico para assistir às vítimas.

O dirigente da organização mundial estimou que uma alta proporção dos três milhões de habitantes de Porto Príncipe carece de água, alimentos, alojamento e eletricidade, segundo um primeiro balanço realizado sobre o terreno pelo pessoal da ONU.

Mais do 50 por cento dos edifícios das zonas mais afetadas estão destruídos ou seriamente atingidos, apontou.

Disse que o aeroporto da capital haitiana está aberto às operações de translado de assistência, mas tem uma capacidade limitada.

A distribuição da ajuda também se dificulta pela pouca disponibilidade de transportes e combustível e o bloqueio de muitas avenidas, caminhos e estradas, explicou.

Ban informou sobre um centro de operações da ONU no aeroporto de Porto Príncipe, o qual coordena os trabalhos dos 27 equipes de busca e resgate que trabalham já no país caribenho.

Esse trabalho continua como a tarefa principal dos efetivos de Nações Unidas em Haiti, indicou. Confirmou que o Programa Mundial de Alimentos da ONU incrementará os fornecimentos até cobrir as necessidades de um milhão de pessoas dentro de 15 dias e de dois milhões em um mês.

Nessa linha avança-se na instalação de 15 centros de distribuição de alimentos em Porto Príncipe.

mgt/vc/bj

Desaparecimento de odalisca continua sendo mistério na Venezuela

Caracas, 15 jan (Prensa Latina)


Após sete anos da denúncia, o desaparecimento de Odalisca com calça vermelha, de Henry Matisse, continua sendo um mistério para a polícia nacional e internacional, em investigações às quais se soma hoje um processo administrativo.

Uma providência do Instituto de Patrimônio Cultural de Venezuela publicada no Diário Oficial ordena o início do procedimento e solicita ao Ministério Público a conclusão da investigação pelo desaparecimento.

O caso foi informado em 1 de dezembro de 2002 pela diretora do Museu de Arte Contemporânea, Rita Salvestrini, que denunciou que a obra pintada em 1925 pelo artista francês e adquirida pela instituição não era a original, mas uma cópia.

Posteriormente, a promotoria assumiu o caso e responsabilizou pelas investigações ao Corpo de Investigações Científicas, Penais e Criminalísticas e à Polícia Internacional (INTERPOL).

Investigações independentes da jornalista venezuelana Marianela Balbi estimam que a obra desapareceu entre meados de dezembro de 1999 no final de setembro de 2000 quando dirigia o museu Sofía Imber, que a comprou a uma galeria estadunidense.

Em seu livro O rapto da odalisca, publicado em dezembro de 2009, Balbi estima que foi nessa época quando o quadro foi substituído por um falso em seu marco original.

rc/ml/bj

Preso na Jordânia suspeito de suposto ataque a israelenses

Ammán, 15 jan (Prensa Latina)

A polícia de Jordânia anunciou hoje a detenção de um taxista que se presume esteve envolvido na explosão de uma bomba próxima da ponte fronteiriça de Allenby quando transitava uma caravana diplomática de Israel.

Uma patrulha das forças de segurança perseguiu o motorista e prendeu-o em um trecho da estrada entre Naour e o Mar Morto, depois do qual o submeteu a um exaustivo interrogatório, segundo informou o site jordaniano Ammon.

Fontes oficiais, no entanto, não confirmaram essa informação, mas asseguraram que continua a investigação para esclarecer o incidente em que uma bomba foi detonada quando uma caravana de carros da embaixada israelense circulava pelo citada passagem limítrofe.

O chanceler jordaniano, Nasser Judeh, chamou por telefone ontem à noite ao embaixador israelense em Ammán, Danny Navo, para garantir-lhe que se chegaria até o final das pesquisas para esclarecer o ocorrido.

A deflagração não causou feridos nem danos aos veículos do comboio, em que viajava um ex embaixador de Tel Aviv, mas gerou temor entre diplomatas israelenses e estadunidenses nesta capital que alertaram a seus cidadãos para não circular pela ponte.

A ponte de Allenby é o único ponto de cruzamento entre Jordânia e a Ribeira Ocidental ou Cisjordânia, território ocupado por Israel.

tgj/Ucl/bj

Venezuela insiste com Alemanha por devolução de pedra sagrada

Caracas, 15 jan (Prensa Latina )


Autoridades culturais venezuelanas pediram hoje agilizar os trâmites para a devolução da Pedra Kueka Abuela, rocha sagrada para a etnia pemón, atualmente em poder do Parque Municipal Tiergarten, de Berlim.

A petição foi realizada mediante uma providência publicada em Diário Oficial pelo Instituto do Patrimônio Cultural dirigida ao Ministério de Relações Exteriores da Venezuela.

A pedra de jaspe é considerada um Bem de Interesse Cultural da Nação e foi extraída ilegalmente do Parque Nacional Canaima em 1998 por uma suposta doação realizada pelo então presidente do Instituto Nacional de Parques, Héctor Hernández.

Segundo documentos, Hernández autorizou a realizar o translado ao cidadão austríaco-alemão Wolfgang Kraker von Shwarzenfeld.

A Agência Bolivariana de Notícias (ABN) informou que o Ministério de Relações Exteriores da Alemanha manifestou a vontade de devolver a pedra se Venezuela for responsável pelas despesas de transporte e possíveis ações de terceiros.

Não obstante, a Convenção da Organização de Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) em suas medidas contra transferência ilícita de bens culturais estabelece que as despesas de restituição estarão a cargo do estado possuidor da peça.

A fonte recorda que essa convenção foi aceita e ratificada tanto por Venezuela como por Alemanha.

tgj/ml/bj

Três aviões russos permanecerão no Haiti para transportar ajuda

Moscou, 15 jan (Prensa Latina)

O ministério russo de Situações de Emergência (MCHS) decidiu hoje manter no Haiti a três dos quatro aviões de transporte IL-76 que viajaram a esse país com ajuda humanitária, um hospital móvel e pessoal médico.

A decisão responde a uma petição dos organizadores do translado de ajuda humanitária à nação caribenha, onde na passada terça-feira um terremoto de sete graus na escala Richter destruiu grande parte de Porto Príncipe, sua capital.

Um quarto IL-76 viajou hoje para o Haiti, onde já foram encontrados nove mil cadáveres, ainda que a cifra de falecidos pode superar os 50 mil, de acordo com diferentes fontes.

Ontem, dia 14/01, dois aviões do MCHS partiram com medicamentos e alimentos para Porto Príncipe, a mais afetada pelo sismo, cujo epicentro localizou-se a uns 15 quilômetros dessa cidade e destruiu centenas de prédios, inclusive o Palácio Presidencial.

Na passada quarta-feira, um IL-76 levou ao estado mais pobre do hemisfério ocidental a mais de 40 médicos russos e um hospital móvel com capacidade para umas 60 pessoas.

As instalações do aeroporto de Porto Príncipe estão praticamente colapsadas pela chegada de aviões com ajuda de dezenas de países que enviam alimentos, socorristas, médicos e técnica especializada, informa a televisão russa do referido país.

O mencionado aeródromo trabalha com dificuldades, pois as instalações da torre de controle estão avariadas e isso dificulta a orientação das naves aéreas, informou a imprensa local.

De acordo com fontes russas, o IL-76 é considerado um dos melhores aviões de transporte da terra, com capacidade para levar pelo menos 47 toneladas. Pode decolar em uma pista de mil 600 metros e aterrissar em uma de até mil.

tgj/to/bj

Exigem na Alemanha mudança de política econômica para o Haiti

Harald Neuber

Berlim, 15 jan (Prensa Latina) O governo alemão reiterou hoje sua promessa de enviar ajuda ao Haiti e de fato o Ministério de Ajuda ao Desenvolvimento iniciou um programa de ajuda de urgência.

O mais importante é enviar ajuda de imediato, declarou o titular do Exterior, Guido Westerwelle, em declarações que reproduz o governo em seu site.

Simultaneamente, a oposição alemã exige uma clara mudança na política para o Haiti.

A falta de ajuda humanitária para as vítimas desta catástrofe é sem dúvida um problema, disse a Prensa Latina a deputada socialista Heike Hãnnsel.

Os países industriais e suas políticas neoliberais contribuíram muito para o debilitamento das estruturas estatais no Haiti, acrescentou a deputada, que criticou da mesma forma a suspensão, no ano 2007, da ajuda alemã ao desenvolvimento para o país caribenho.

"Haiti é um país que sofre ainda as consequências tardias da escravatura e do regime neoliberal", afirmou o também deputado socialista e presidente do grupo parlamentar Alemanha América Central, Wolfgang Gehrcke.

O partido opositor dos Verdes apoiou a ideia de celebrar uma conferência de doador para Haiti.

"Defendemos uma estratégia de reconstrução bem coordenada e a longo prazo", disse a presidenta do partido ecologista, Claudia Roth, em um comunicado de imprensa.

O professor haitiano Yves Dorestal, radicado na Alemanha, declarou os problemas históricos do Haiti.

"O fato de ser um país impossibilitado de superar uma tal crise é consequência lógica da situação política que sofre desde a primeira ocupação militar por parte dos Estados Unidos em 1915", disse Dorestal em uma entrevista com o jornal socialista Junge Welt (Mundo Jovem).

asg/hn/bj

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Mais médicos cubanos atendem vítimas haitianas do terremoto

Havana, 15 jan (Prensa Latina)


Um reforço de 60 integrantes do Contingente Internacional de Médicos Especializados em Situações de Desastres e Graves Epidemias de Cuba Henry Reeve atendem hoje no Haiti as vítimas do terremoto da terça-feira passada.



Essa força, com experiência na China, Paquistão, Guatemala, Indonésia e Bolívia, somou-se aos 344 colaboradores cubanos da saúde que se encontravam na nação caribenha antes do terremoto de sete graus na escala aberta de Ritcher.



Como parte da ajuda solidária a um dos países mais pobres do mundo, agora fortemente açoitado pela natureza, o governo de Havana enviou medicamentos, bolsas de soro e plasma, alimentos e provisões.



Várias notícias de meios de comunicação indicam que os médicos cubanos atenderam a cerca de dois mil pacientes, e realizaram 111 intervenções maiores e 60 cirurgias menores em um improvisado hospital de campanha.



Entrevistados pela televisão deste país, diferentes colaboradores qualificaram de muito crítica a situação no Haiti e ratificaram a disposição de trabalhar sem descanso para aliviar a dor de um povo sofrido.



Os três lesionados cubanos, um deles em estado grave e que era atendido por seus compatriotas em Porto Príncipe, já estão em sua nação natal.



ocs/dsa/es

Chávez apresenta ao Parlamento informe sobre seu gerenciamento 2009

Caracas, 15 jan (Prensa Latina)


O presidente venezuelano, Hugo Chávez, apresenta hoje diante da Assembleia Nacional o relatório sobre seu gerenciamento em 2009, no qual destacaram benefícios em matéria de educação, saúde e inclusão social.



A exposição de Chávez responde ao estabelecido no artigo 237 da Constituição. Segundo a Carta Magna, nos 10 dias seguintes à instalação do Parlamento, o presidente rende contas sobre as principais questões políticas, econômicas, sociais e administrativas de seu trabalho a frente do executivo nos 12 meses precedentes.



Na sessão do Hemiciclo participam os poderes do Estado, governadores, prefeitos, diplomáticos creditados e cidadãos em geral.



A partir de anteriores relatórios, espera-se que junto aos resultados de seu gerenciamento, o estadista avalie a situação atual e os desafios para 2010.



Entre os principais benefícios do ano anterior, o governo encabeçado por Chávez reativou suas missões sociais encaminhadas a garantir o acesso gratuito e de qualidade ao ensino e a atenção médica.



Também incorporou novos programas como Menino Jesus, iniciativa destinada ao acompanhamento das grávidas da gestação até os primeiros anos de vida dos bebês.



Com respeito à indicadores de pobreza e desemprego, ambos fecharam 2009 com dados animadores.



A pobreza baixou vários pontos com relação a 2008 até colocar-se em um 24,2 por cento, enquanto a taxa de desempregados registrada em dezembro foi de 6,6 para cada 100 integrantes da força trabalhista ativa, cifra muito abaixo da informada por países desenvolvidos como Estados Unidos e Espanha.



Chávez abordará também o conflito com a Colômbia, o qual sofreu nos últimos meses um agravamento pela instalação de bases estadunidenses no país vizinho, ataques verbais e trabalhos de espionagem contra a Venezuela.



No próprio tema político, espera-se que ressalte a consolidação de alianças estratégicas com Argentina, Bielorrússia, Brasil, Cuba, China, Irã e Rússia.



A crise energética, a criminalidade, o setor petroleiro e o decrescimento econômico pela primeira vez no último quinquênio (-2,9 por cento) devem merecer comentários especiais do presidente.



lma/wmr/es

Implementar com leis a Constituição, grande desafio para o Equador

Quito, 15 jan (Prensa Latina)


 Aprovar a nova Constituição é um dos benefícios mais importantes dos três primeiros anos de Governo, mas implementar suas leis secundárias demanda hoje o esforço conjunto da sociedade equatoriana, afirmou o presidente do Parlamento.



Fernando Cordero, presidente da Assembleia Nacional, informou à agência pública Andes a necessidade de um trabalho coordenado entre os poderes Executivo, Legislativo e a sociedade em seu conjunto para aprovar esse decisivo corpo legal.



O também membro da direção política do dirigente Movimento Aliança PAÍS, considera que existe uma campanha da oposição, "muito bem financiada por poderes fácticos", para desprestigiar o processo de mudanças que impulsiona o presidente Rafael Correa.



Ressaltou que a Assembleia Constituinte de Montecristi foi um espaço de transição legislativa, na qual se aprovaram seis leis e 23 comandos (para um total de 29 normas legais), "que marcam a diferença na história."



"Terminamos, disse, com a precarização trabalhista, eliminamos um modelo perverso de pagamento da energia elétrica, demos início ao investimento público em eletricidade, configuramos leis que ajudaram a fazer um país mais justo equitativo, humano e solidário."



Nesse de balanço de gerenciamento, recordou que entre outubro de 2008 e junho de 2009 foram redigidas 32 leis adicionais, as quais se conseguiram "trabalhando em tempo integral, sem pagamento de horas extras como era no passado."



Leis como as de Educação, Águas, Comunicação, são agora ferramentas que precisa o presidente da República para poder avançar na mudança, disse, e restou importância aos qualificativos de "alzamanos" que opositores lançam aos legisladores oficialistas.



Defendeu a afinidade política com o Chefe de Estado, a qual, aparte de inocultável é "nítida e cada vez mais transparente", e afirmou que "uma revolução se faz com revolucionários não com incondicionais."



"Enquanto existir vozes que possam falar com liberdade e sejam ouvidas e consideradas estamos na linha correta da Revolução", sublinhou Cordero.



lma/prl/es

Novo representante da ONU chegou ao Haiti

Nações Unidas, 15 jan (Prensa Latina)


O novo chefe da Missão das Nações Unidas no Haiti, Edmond Mulet, chegou a esse país caribenho que foi arrasado por um terremoto e reuniu-se com o presidente haitiano René Preval, informou hoje aqui uma fonte oficial.



O também representante especial do secretário geral da ONU, Ban Ki-Moon, expressou ao presidente o apoio da organização mundial a seu governo e os esforços que realiza para enfrentar as consequências do abalo sísmico de terça-feira passada.



O responsável pela Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti (MINUSTAH) assinalou que esse contingente trabalha na reconstrução de suas capacidades de ação.



Mulet assume o cargo que ocupava o tunezino Hedi Annabi, que está na lista de membros do destacamento da ONU desaparecidos durante o terremoto, junto com seu segundo, o brasileiro Luiz Carlos da Costa.



No momento do movimento telúrico, ambos os servidores públicos estavam na sede central da MINUSTAH instalada no chamado Hotel Christopher, edifício que foi derrubado totalmente.



As mais recentes cifras oficiais divulgadas aqui confirmam a morte de 36 efetivos da ONU (quatro policiais, 19 militares e 13 trabalhadores civis), mais 73 feridos e 188 desaparecidos (160 civis, 10 militares e 18 policiais).



A informação foi fornecida ontem de Porto Príncipe por David Wimhurst, porta-voz da MINUSTAH, durante uma vídeo-conferência com a imprensa creditada na sede da organização mundial.



A ONU deve lançar nesta sexta-feira um primeiro apelo mundial de ajuda de emergência para o Haiti. A organização já dispôs o envio de 10 milhões de dólares de assistência, provenientes de seu Fundo Central de Emergência.



Ban Ki-Moon opinou ontem que a cifra total de vítimas fatais "será muito alta" e considerou que as primeiras 72 horas a partir da tragédia, que se cumprem hoje, são fundamentais.



ocs/vc/es

Bolívia e Síria aproximam posições em luta contra o imperialismo

La Paz, 15 jan (Prensa Latina)



Bolívia e Síria iniciaram uma aproximação para lutar em defesa da Terra, a paz mundial e contra o imperialismo, afirmou o ministro de Informação do Estado árabe, Moshen Bilal, depois de reunir com o presidente Evo Morales.



Segundo informa hoje o jornal Cambio, Bilal visitou ontem o Palácio Quemado para transmitir ao chefe de Estado suas felicitações a nome do presidente de seu país, Bashar Al-Assad, por seu segundo mandato.



O oficial sublinhou que ambos países estão irmanados na luta pela paz, a prosperidade e contra a contaminação do meio ambiente, além de compartilhar um inimigo comum, o imperialismo.



Anunciou que seu governo tem o firme propósito de iniciar vínculos diplomáticos e de cooperação com o Estado boliviano, para o qual convidou a Morales a visitar a Síria, ainda que sem precisar data.



Também afirmou que sua visita oficial responde a um mandato da máxima autoridade de seu país para começar um novo ciclo de relação a nível político, econômico, social, climático e também de reuniões permanentes com La Paz.



"Nós formamos um grupo de países que temos problemas comuns e que lutamos para uma solução comum", comentou o visitante.



O ministro sírio descartou a assistência de Al-Assad aos atos de posse de Morales, mas ratificou que sua visita está incluída nessas atividades.



Bilal chegou a Bolívia como parte de uma viagem pela América Latina desde o 3 de janeiro, que já o levou a Uruguai, Brasil e Venezuela.



Por sua vez, o chanceler boliviano, David Choquehuanca, sublinhou que seu governo trabalhará no estabelecimento de relações diplomáticas com a Síria.



"Uma visita a esse país nos permitirá conhecer em que campos se afiançarão os laços de amizade e ajuda", disse Choquehuanca.



Sobre certas observações com respeito às relações de La Paz com alguns países, o diplomata afirmou que Bolívia é uma nação soberana, independente, e com dignidade, enquanto Síria é um Estado que luta pela vida e nós lutamos pela vida, sustentou.



ocs/por/dcp

Governo angolano protesta ante a França, depois de ataque terrorista

Luanda, 15 jan (Prensa Latina)


 O governo de Angola protestou ante a França com o argumento de que esse Estado europeu evitou condenar com veemência o recente ataque terrorista contra uma caravana esportiva togolesa, na nortenha província de Cabinda.



O ministro angolano de Relações Exteriores, Assunção dos Anjos, disse nas últimas horas que a reclamação foi apresentada, sobretudo, pelo fato de que a pessoa que assumiu a autoria moral do atentado transita livremente na França.



O atentado contra a delegação de jogadores de Togo, realizado no passado dia 8, deixou um saldo de dois mortos e vários feridos, segundo fontes oficiais.



Depois de reconhecer que o país galo mantém relações de cooperação e amizade com Angola, o chanceler expressou que por essa razão se esperava por parte do governo francês outro tipo de atuação em um ato atentatório contra os ideais mais nobres da humanidade.



Também anunciou que através da Procuradoria Geral da República, o governo de Angola instaurou um processo criminoso contra os autores materiais e morais do ato terrorista, cometido em Cabinda. O procedimento - afirmou- permitirá a tentativa de ações junto aos órgãos judiciais da França e Suíça, depois de que a sabotagem fosse reivindicada por um cidadão a partir do território francês.



Depois da tragédia, a delegação de Togo decidiu retirar do Campeonato Africano das Nações de Futebol, que se desenvolve até o 31 deste mês nas cidades angolanas de Luanda, Lubango, Cabinda e Benguela.



lma/obf/dcp

La lección de Haití

La lección de Haití


15 Enero 2010 27 Comentarios

Desde hace dos días, casi a las 6 de la tarde, hora de Cuba, ya de noche en Haití por su ubicación geográfica, las emisoras de televisión comenzaron a divulgar noticias de que un violento terremoto, con magnitud de 7,3 en la escala Richter, había golpeado severamente a Puerto Príncipe. El fenómeno sísmico se había originado en una falla tectónica ubicada en el mar, a sólo 15 kilómetros de la capital haitiana, una ciudad donde el 80% de la población habita casas endebles construidas con adobe y barro.



Las noticias continuaron casi sin interrupción durante horas. No había imágenes, pero se afirmaba que muchos edificios públicos, hospitales, escuelas e instalaciones de construcción más sólida se reportaban colapsadas. He leído que un terremoto de magnitud 7,3 equivale a la energía liberada por una explosión igual a 400 mil toneladas de TNT.



Descripciones trágicas eran transmitidas. Los heridos en las calles reclamaban a gritos auxilios médicos, rodeados de ruinas con familias sepultadas. Nadie, sin embargo, había podido transmitir imagen alguna durante muchas horas.



La noticia nos tomó a todos por sorpresa. Muchos escuchábamos con frecuencia informaciones sobre huracanes y grandes inundaciones en Haití, pero ignorábamos que el vecino país corría riesgo de un gran terremoto. Salió a relucir esta vez que hace 200 años se había producido un gran sismo en esa ciudad, que seguramente tendría unos pocos miles de habitantes.



A las 12 de la noche no se mencionaba todavía una cifra aproximada de víctimas. Altos jefes de Naciones Unidas y varios Jefes de Gobierno hablaban de los conmovedores sucesos y anunciaban el envío de brigadas de socorro. Como hay desplegadas allí tropas de la MINUSTAH, fuerzas de Naciones Unidas de diversos países, algunos ministros de defensa hablaban de posibles bajas entre su personal.



Fue realmente en la mañana de ayer miércoles cuando comenzaron a llegar tristes noticias sobre enormes bajas humanas en la población, e incluso instituciones como Naciones Unidas mencionaban que algunas de sus edificaciones en ese país habían colapsado, una palabra que no dice nada de por sí o podía significar mucho.



Durante horas ininterrumpidas continuaron llegando noticias cada vez más traumáticas de la situación en ese hermano país. Se discutían cifras de víctimas mortales que fluctúan, según versiones, entre 30 mil y 100 mil. Las imágenes son desoladoras; es evidente que el desastroso acontecimiento ha recibido amplia divulgación mundial, y muchos gobiernos, sinceramente conmovidos, realizan esfuerzos por cooperar en la medida de sus recursos.



La tragedia conmueve de buena fe a gran número de personas, en especial las de carácter natural. Pero tal vez muy pocos se detienen a pensar por qué Haití es un país tan pobre. ¿Por qué su población depende casi en un 50 por ciento de las remesas familiares que se reciben del exterior? ¿Por qué no analizar también las realidades que conducen a la situación actual de Haití y sus enormes sufrimientos?



Lo más curioso de esta historia es que nadie pronuncia una palabra para recordar que Haití fue el primer país en que 400 mil africanos esclavizados y traficados por los europeos se sublevaron contra 30 mil dueños blancos de plantaciones de caña y café, llevando a cabo la primera gran revolución social en nuestro hemisferio. Páginas de insuperable gloria se escribieron allí. El más eminente general de Napoleón fue derrotado. Haití es producto neto del colonialismo y el imperialismo, de más de un siglo de empleo de sus recursos humanos en los trabajos más duros, de las intervenciones militares y la extracción de sus riquezas.



Este olvido histórico no sería tan grave como el hecho real de que Haití constituye una vergüenza de nuestra época, en un mundo donde prevalecen la explotación y el saqueo de la inmensa mayoría de los habitantes del planeta.



Miles de millones de personas en América Latina, África y Asia sufren de carencias similares, aunque tal vez no todas en una proporción tan alta como Haití.



Situaciones como la de ese país no debieran existir en ningún lugar de la Tierra, donde abundan decenas de miles de ciudades y poblados en condiciones similares y a veces peores, en virtud de un orden económico y político internacional injusto impuesto al mundo. A la población mundial no la amenazan únicamente catástrofes naturales como la de Haití, que es sólo una pálida sombra de lo que puede ocurrir en el planeta con el cambio climático, que fue realmente objeto de burla, escarnio y engaño en Copenhague.



Es justo expresar a todos los países e instituciones que han perdido algunos ciudadanos o miembros con motivo de la catástrofe natural en Haití: no dudamos que realizarán en este instante el mayor esfuerzo por salvar vidas humanas y aliviar el dolor de ese sufrido pueblo. No podemos culparlos del fenómeno natural que ha tenido lugar allí, aunque estemos en desacuerdo con la política seguida con Haití.



No puedo dejar de expresar la opinión de que es hora ya de buscar soluciones reales y verdaderas para ese hermano pueblo.



En el campo de la salud y otras áreas, Cuba, a pesar de ser un país pobre y bloqueado, desde hace años viene cooperando con el pueblo haitiano. Alrededor de 400 médicos y especialistas de la salud prestan cooperación gratuita al pueblo haitiano. En 227 de las 237 comunas del país laboran todos los días nuestros médicos. Por otro lado, no menos de 400 jóvenes haitianos se han formado como médicos en nuestra Patria. Trabajarán ahora con el refuerzo que viajó ayer para salvar vidas en esta crítica situación. Pueden movilizarse, por lo tanto, sin especial esfuerzo, hasta mil médicos y especialistas de la salud que ya están casi todos allí y dispuestos a cooperar con cualquier otro Estado que desee salvar vidas haitianas y rehabilitar heridos.



Otro elevado número de jóvenes haitianos cursan esos estudios de medicina en Cuba.



También cooperamos con el pueblo haitiano en otras esferas que están a nuestro alcance. No habrá, sin embargo, ninguna otra forma de cooperación digna de calificarse así, que la de luchar en el campo de las ideas y la acción política para poner fin a la tragedia sin límite que sufren un gran número de naciones como Haití.



La jefa de nuestra brigada médica informó: “la situación es difícil, pero hemos comenzado ya a salvar vidas”. Lo hizo a través de un escueto mensaje horas después de su llegada ayer a Puerto Príncipe con refuerzos médicos adicionales.



Tarde en la noche comunicó que los médicos cubanos y los haitianos graduados de la ELAM se estaban desplegando en el país. Habían atendido ya en Puerto Príncipe más de mil pacientes, poniendo a funcionar con urgencia un hospital que no había colapsado y utilizando casas de campaña donde era necesario. Se preparaban para instalar rápidamente otros centros de atención urgente.



¡Sentimos un sano orgullo por la cooperación que, en estos instantes trágicos, los médicos cubanos y los jóvenes médicos haitianos formados en Cuba están prestando a sus hermanos de Haití!







Fidel Castro Ruz



Enero 14 de 2010



8 y 25 p.m.

Cuba abre espaço aéreo aos EUA para transferência de vítimas do Haiti

A medida foi anunciada pela Casa Branca e permitirá encurtar o tempo de voo


entre a base norte-americana de Guantánamo e Miami



Agência Ansa - Agenzia Nazionale Stampa Associata



Publicação: 15/01/2010 12:41

O governo cubano decidiu nesta sexta-feira abrir seu espaço aéreo a aviões

dos Estados Unidos para que sejam tiradas da base militar de Guantánamo as

vítimas do terremoto que atingiu o Haiti na terça-feira.



O anúncio foi feito em Washington pela Casa Branca. Nos primeiros trabalhos

de resgate que se seguiram à tragédia, que pode ter causado até 50 mil

mortes, segundo a Cruz Vermelha, as equipes de resgate norte-americanas

transferiram alguns feridos para sua base de Guantánamo, que fica no leste

de Cuba, perto do Haiti.



De lá, algumas devem ser levadas para a Flórida. O uso do espaço aéreo

cubano tornará as viagens para Miami mais rápidas.



O porta-voz da Casa Branca, Tommy Vietor, explicou que a medida encurtará o

tempo de voo em 90 minutos. Ele ainda não soube precisar, no entanto,

quantas viagens poderão ser feitas com base neste acordo.



Já existem tratados em vigência que autorizam o uso do espaço aéreo de Cuba

em casos de emergências médicas, mas agora as duas partes concordaram sobre

a necessidade de ampliá-los.



Cuba é submetida a um embargo econômico imposto pelos Estados Unidos desde a

década de 1960.



Fidel



Em um artigo publicado ontem, o ex-presidente cubano Fidel Castro se referiu

ao terremoto que atingiu o Haiti nesta semana e atribuiu em parte suas

graves consequências às precárias condições em que vive o país

centro-americano há décadas, com seguidos golpes de Estado militares e

altíssimos níveis de pobreza.



Ex-colônia francesa, o Haiti conseguiu sua independência em 1804,

tornando-se a primeira república negra das Américas. Mais recentemente, após

anos de instabilidade política, em 2004 o país passou a estar sob a

intervenção da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti

(Minustah), encabeçada pelo Brasil.



"O Haiti é um produto bruto do colonialismo e do imperialismo, de mais de um

século de emprego de seus recursos humanos nos trabalhos mais duros, das

intervenções militares e da extração de suas riquezas", disse. "Situações

como a deste país não deveriam existir em nenhum lugar da Terra",

complementou Fidel.



Para ele, "não se pode culpar" as potências pelo fenômeno natural que

atingiu o Haiti. No entanto, o ex-presidente ressaltou que Cuba "não

concorda" com as políticas implementadas no país, que é o mais pobre do

Hemisfério Ocidental, com 80% de seus quase 10 milhões de habitantes vivendo

abaixo da linha de pobreza.



No artigo, Fidel Castro ainda destacou o trabalho dos mais de 400 médicos

cubanos que já vinham atuando no Haiti e que agora participam dos resgates

das vítimas. Além disso, indicou que centenas de jovens haitianos estudaram

medicina em escolas cubanas e também poderão colaborar.



"Sentimos orgulho da cooperação que, nestes momentos trágicos, os médicos

cubanos e os jovens médicos haitianos formados em Cuba estão prestando a

seus irmãos do Haiti", disse.



--

Associação Cultural José Martí -MG

"Com todos e para o bem de todos"

R. Carijós,136 sala 1003 Centro - BH-MG

Fone:(31) 88059701/ 85863100



--

Quando o extraordinário se transforma em cotidiano, isto é revolução !

Che Guevara





__._,_.___

RS - Fórum Social Mundial

Publicado por: Redação Cuba Viva 15 jan, 2010

De 26 a 29 de janeiro de 2010 ocorrerá em São Leopoldo, durante o Fórum Social Mundial, a Casa Cuba com uma intensa programação política e cultural.
Segue abaixo programação da Casa Cuba:
FSM Grande Porto Alegre 2010 – São Leopoldo – RS

Dia 26/01
14h – Debate : A Diversidade e a Identidade Cultural Latino Americana
Debatedores:
Orlando Sena – ex-Secretário do Audiovisual do MinC - Brasil
Roberto Fernandez Retamar – Diretor da Casa de Las Américas – Cuba
Eduardo Balán - El Culebrón Timbal – Argentina

Caco Valdéz – Movimento Diversidad - Paraguay
Dia 27/01

14h – Debate: Os 50 anos da Revolução Cubana e os desafios da esquerda Latino Americana hoje.
Debatedores: Valter Pomar – Secretaria Executiva do Foro de São Paulo

Roberto Regalado – Sociólogo e Historiador Cubano
Carlos Baráibar – Deputado da Frente Ampla – Uruguai

Dia 28/01

14h – Debate: 50 anos de um bloqueio criminoso, e a violação dos Direitos Humanos dos 5 patriotas cubanos

Debatedores:
Paulo Vizentini – Doutor em Relações Internacionais - UFRGS
Familiar dos 5 patriota
Associação dos Juristas de Cuba
Dia 29/01
Debatedores: Pepe Mujica – Senador e Presidente eleito do Uruguai

Abel Prieto – Ministro da Cultura de Cuba
Garcia Linera – Vice presidente da Bolívia
Marco Aurélio Garia – Assessor Especial da Presidência da República
Shows Casa Cuba
Fórum Social Mundial 2010 – São Leopoldo
Dia 26/01 – terça-feira
- Fernanda Kruger trio.
- 4tcheto: Raul Ellwanger e Adriana Defentti.
- Liliana Herrero (Argentina).
- Eliades Ochoa y su Grupo (Cuba).
Dia 27/01 – quarta-feira
- Luciano Alves.
- Pedro Muñoz e convidados.
- Daniel Viglietti (Uruguai).
- Vicente Feilú (Cuba).
Dia 28/01 – quinta-feira
- Melomaníacos.
- Realidade Paralela.
   Tonho Crocco.
- Obsession (Cuba).


Dia 29/01 – sexta-feira

- Sarau Cantos do Mundo.
- Midian Almeida e Grupo.
- Murga Agarrate Catalina (Uruguai).

- Escola de Samba Império do Sol.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Segundo dia trágico no Haiti por devastação do terremoto

Porto Príncipe, 14 jan (Prensa Latina)



A população da capital do Haiti vive hoje um segundo dia de angústia, no meio do caos e da desolação provocados pelo terremoto que na terça-feira derrubou grande parte da cidade.



A magnitude da tragédia, ainda sem avaliar com precisão, supera a capacidade das autoridades desta empobrecida nação, reconheceu o premiê, Jean Max-Berllerive, em declarações à imprensa.



Carecemos de resposta diante de um fato como este, disse Max-Berllerive, ao assegurar que o país depende da ajuda internacional para poder enfrentar o desastre, cujo número de mortos, prognostica, poderia superar os 100 mil.



Os países da região e de outras partes do mundo, bem como organizações internacionais, anunciaram desde a noite da última terça-feira a mobilização de recursos de emergência para ajudar as vítimas da catástrofe.



As primeiras equipes de auxílio e carregamentos com ajuda começaram a chegar a esta capital desde ontem, procedentes de Brasil, Cuba, Estados Unidos e da vizinha República Dominicana.



Segundo estimativas das Nações Unidas, o número de afetados pelo terremoto, de 7,0 graus na escala Richter, pode superar os três milhões de pessoas, no país mais pobre da América.



O Premiê apontou que uma das razões do elevado número de vítimas fatais é precisamente o alto nível de pobreza, que obriga muitas famílias a viver em casas precárias e em um grande amontoamento.



Não obstante, a força do abalo sísmico destruiu inclusive edificações que poderiam ser consideradas seguras, ou ao menos com boa manutenção, entre elas o Palácio de Governo, a catedral, hotéis e várias sedes de ministérios.



Durante a noite e a madrugada, uma quantidade imprecisa de pessoas passou as horas à intempérie, enquanto outra cifra imprevisível permanece presa entre os escombros à espera angustiante de auxílio.



O próprio presidente da República, René Preval, reconheceu ontem em uma emissora de televisão estadunidense que não tinha onde dormir ontem à noite. Sua residência também foi severamente danificada.



Preval qualificou como inimaginável a situação que sofre o Haiti pelo terremoto e estimou entre 30 mil e 50 mil o número de vítimas fatais, cifras que reconheceu ter escutado.



Alguns hospitais foram derrubados e outros estão cheios, disse o Presidente, e assegurou que a primeira necessidade do país é limpar as ruas de cadáveres e atender os feridos.



lac/rl/es

Devastador terremoto afunda na tragédia ao Haiti

Santo Domingo, 13 jan (PL)


O devastador terremoto que sacudiu Haiti afundou novamente a essa empobrecida nação em uma tragédia ainda desconhecida hoje pela comunidade internacional pelo colapso dos sistemas de comunicações.

As fragmentadas notícias recebidas nesta capital são a cada vez mais alarmantes e referem a destruição de parte importante da infra-estrutura da capital desse país, o mais pobre do hemisfério.

As primeiras fotografias publicadas na imprensa dominicana mostram parte da magnitude do desastre, com imagens de numerosas edificações derrubadas, entre elas o emblemático Palácio Nacional, sede do governo.

Fontes diplomáticas haitianas adiantaram que o presidente, René Preval, se encontra com vida, mas não ofereceram maiores detalhes sobre sua situação.

A rede de televisão Haitipal, de Porto Príncipe, informou que também os ministérios de Finanças, de Trabalho, de Comunicação e de Cultura sofreram sérios danos.

A fonte apontou que o hospital da zona residencial de Petion Villa, próximo da capital, foi atingido, mas ainda se carece de relatórios sobre danos às pessoas.

As Nações Unidas afirmou em um comunicado que suas instalações em Porto Príncipe sofreram sérios danos e vários dos empregados se encontram desaparecidos.

Ainda nas primeiras horas de hoje se carece de notícias sobre o número de mortos e feridos, mas fontes humanitárias supõem seja elevado.

Na República Dominicana, o Instituto Sismológico da Universidade Autônoma de Santo Domingo assegurou que o terremoto se sentiu com força em várias zonas desta nação, que compartilha a ilha La Española com Haiti.

O diretor da instituição, Eugenio Polanco, afirmou que o sismo é o mais forte ocorrido na ilha depois do de 1946, que teve uma intensidade de 8,1 graus na escala de Richter.

O diretor do Centro de Operações de Emergência, general Juan Manuel Méndez, anunciou que foi adotado o "Plano Relâmpago", que inclui a mobilização das forças armadas, para ajudar à população e garantir a segurança e a ordem.

Segundo o Instituto Geológico dos Estados Unidos, o terremoto teve uma intensidade de 7,0 graus na escala Ricther e ocorreu às 16:53 hora local (21:53 UTC).

Seu epicentro foi localizado a 15 quilômetros ao sudoeste de Porto Príncipe, na latitude 18,45 graus norte, longitude 75,44 graus oeste, com uma profundidade de 10 quilômetros, de acordo com essa fonte.

O Instituto informou se 12 réplicas posteriores, que variaram de 5,9 a 4,5 graus na escala de Richter.

Entretanto, vários países da região anunciaram já o começo de preparativos para o envio de ajuda, entre eles Venezuela, Nicarágua, Argentina e Estados Unidos.

lma/rl/bj




Comunidade internacional enviará ajuda a Haiti depois do terremoto

Santos Domingo, 13 jan (Prensa Latina)


Vários países e organismos internacionais expressaram sua solidariedade com Haiti depois do devastador terremoto que sacudiu à vizinha nação e anunciaram o imediato envio de ajuda humanitária para socorrer às vítimas.

República Dominicana, que compartilha a ilha La Española com o Haiti, dará o apoio que seja necessário como tem sucedido em anteriores catástrofes naturais, disse o porta-voz do governo Rafael Núñez.

O movimento telúrico, de 7,0 graus na escala Richter, teve seu epicentro a 15 quilômetros de Porto Príncipe, a capital haitiana, mas sentiu-se em toda a ilha pela grande intensidade dos tremores.

Ainda que ainda não se têm quantificado as vítimas, rede de TV Haitipal, de Porto Príncipe, informou que várias moradias, pontes, edifícios públicos e um hospital foram severamente atingidos.

Entre eles se encontram o Palácio Nacional e os ministérios de Finanças, Trabalho, Comunicação e Cultura e a sede dos Capacetes Azuis da ONU.

O governo de Venezuela anunciou o envio de um corpo de resgate a Haiti, bem como de alimentos e remédios para os atingidos.

O presidente Hugo Chávez ordenou ativar a Força de Tarefas Humanitárias Simón Bolívar para que em poucas horas chegue à ilha caribenha uma equipe de 50 especialistas com treinamento necessário para socorrer às pessoas em condições difíceis.

Chavez expressou sua dor e toda a solidariedade ao povo e o governo da nação caribenha, bem como aos familiares das vítimas.

Na Nicarágua, o presidente Daniel Ortega, manifestou sua preocupação pela tragédia que sofre o empobrecido país e anunciou a disposição de enviar brigadas para consertar e restabelecer o serviço elétrico.

"Meu coração está junto com o povo haitiano após este devastador sismo", expressou, por sua vez, o secretário geral da ONU, Ban Ki-moon.

Assim, o máximo responsável pelo organismo internacional disse estar profundamente preocupado pela situação do pessoal de Nações Unidas destacado ali.

A missão da ONU encontra-se em Haiti desde 2004 e na presente conta com uns nove mil militares e polícias da Argentina, Bolívia, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Equador, El Salvador, Espanha, Estados Unidos, França, Guatemala, Peru, Paraguai, Rússia e Uruguai, entre outros países.

A porta-voz do Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU, Stephanie Bunker, declarou à imprensa que a entidade preparava um esforço em massa de socorro a Haiti.

Enquanto o Banco Interamericano de Desenvolvimento dará 200 mil dólares para a entrega de alimentos, água, medicamentos e refúgio temporário às vítimas do terremoto.

lma/car/bj

ONU solicita ajuda internacional para o Haiti

Nações Unidas, 13 jan (Prensa Latina)


A Assembleia Geral da ONU convocou hoje a comunidade internacional a ajudar com urgência o povo de Haiti, vítima de um devastador terremoto que causou um indeterminado número de mortos e feridos.



Em uma mensagem difundida nesta sede, o presidente da Assembleia Geral, Alí Treki, também chamou as agências do sistema das Nações Unidas a reforçar todo seu trabalho em apoio à população haitiana.



Por sua vez, o secretário geral da organização mundial, Ban Ki-Moon, manteve durante noite a passada e madrugada contatos com diferentes personalidades e servidores públicos da ONU para coordenar a ajuda ao país caribenho.



Um deles foi o ex-presidente estadunidense, William Clinton, em sua atual condição de enviado especial das Nações Unidas para o Haiti.



Enquanto isso, o vice-secretário geral a cargo das operações de paz, Alain Lhe Roy, confirmou que o edifício principal da Missão da ONU no Haiti (MINUSTAH) foi destruído pelo terremoto e que há pessoas presas sob os escombros.



Trata-se de uma construção muito sólida, de cinco andares e conhecida com o nome de Hotel Christopher que abriga o quartel geral das forças das Nações Unidas há quatro anos.



Nesse edifício radicam os comandos militares e da polícia da MINUSTAH, contingente integrado por mais de nove mil efetivos, cerca de 900 empregados estrangeiros, 1.200 locais e 200 voluntários, explicou Lhe Roy.



Agregou que outra instalação da ONU próxima ao aeroporto de Porto Príncipe também foi afetada pelo terremoto, mas em menor grau, da mesma forma que um hospital do contingente argentino que funciona e atende a vítimas da tragédia.



O servidor público indicou que até agora não conta com informações sobre o estado de Hedi Annabi, representante especial do secretário geral da ONU no Haiti, que se encontrava no edifício Christopher no momento do tremor.



ocs/vc/es

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Diplomacia e defesa venezuelanas em alerta frente incursões dos EUA

Por Waldo Mendiluza



Caracas, 12 jan (Prensa Latina) Venezuela mantém ativos seus mecanismos diplomáticos e militares para desmascarar incursões aéreas dos Estados Unidos em seu território, as quais considera uma provocação encaminhada a justificar ações bélicas.



Nesta segunda-feira, o governo apresentou novas gravações e traços de radar que demonstram a violação do espaço aéreo nacional por aparelhos de combate do Pentágono com base de operações em Curaçao.



Um avião de reconhecimento P-3 Orion penetrou no dia 8 de janeiro quatro milhas durante vários minutos, antes de regressar à ilha neerlandesa depois de ser interceptado por dois F-16.



Com esses elementos demonstramos ao país e ao mundo a ocorrência de incursões para provocar e a qualquer momento para agredir, advertiu o vice-presidente executivo, Ramón Carrizalez.



De acordo com o também ministro de Defesa, similares violações ocorreram 14 vezes, embora a maioria delas não estejam bem documentadas pela antiga carência de meios.



O país de maneira progressiva foi gerando uma capacidade de detectá-las, esclareceu.



Segundo o dirigente, o qualificativo de erro argumentado por Washington em um dos casos fica descartado.



Não há possibilidade de erros. Eles têm meios eletrônicos e aviões que desde grande altura os guiam, expôs.



Carrizález considerou prioritário, no atual contexto, elevar a vigilância e a preparação para detectar provocações.



Devemos diminuir nossa capacidade de reação, com o objetivo de assegurar-nos resposta com contundência a qualquer agressão, afirmou.



À polêmica dos sobrevoos une-se a denúncia realizada no final de 2009 pelo presidente Hugo Chávez, que assinalou a entrada no estado de Zulia de um artefato não tripulado, similar aos utilizados pelo Pentágono para tarefas de reconhecimento e bombardeio no Iraque, no Paquistão e no Afeganistão.



Para o chanceler venezuelano, Nicolás Maduro, os incidentes fazem parte da estratégia estadunidense de controle militar da América do Sul, vinculada ao estabelecimento de bases militares na Colômbia, nas Antilhas Neerlandesas e proximamente no Panamá, sem esquecer a reativação em 2008 da IV Frota.



É todo um movimento envolvente na região para tratar de reverter a independência e a liberdade recobrada por nações como a Venezuela, afirmou.



Ontem, Maduro citou o embaixador dos Países Baixos, Hans Van Vloten Dissevelt, e o encarregado de Negócios dos Estados Unidos, John Caulfield (o embaixador está de férias) para protestar pela mais recente violação da soberania.



Os citamos para informar-lhes o protesto e a rejeição do governo e do povo venezuelanos pelo acontecimento, explicou.



Ambos os diplomáticos negaram a incursão, postura desmascarada com a gravação e os traços de radar antes mencionados.



Com respeito aos próximos passos, o chanceler garantiu que o país estará alerta.



Esperaremos para ver como evolui a situação. Seguiremos vigilantes porque não podemos deixar passar algo assim, advertiu.



lac/wmr/es

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

O MUNDO MEIO SÉCULO DEPOIS

Ao cumprir-se há dois dias o 51º aniversário do triunfo da Revolução, vieram a minha mente as lembranças daquele 1º de janeiro de 1959. Nenhum de nós imaginou nunca a peregrina idéia de que depois de meio século, que passou voando, estaríamos lembrando-nos disso como se fosse ontem.

Durante a reunião na usina açucareira “Oriente”, no dia 28 de dezembro de 1958, com o Comandante em Chefe das forças inimigas, cujas unidades elites estavam cercadas e sem nenhuma saída, ele reconheceu a sua derrota e fez um apelo a nossa generosidade para encontrar uma saída decorosa ao resto de suas forças. Conhecia de nosso trato humano aos prisioneiros e feridos sem exceção alguma. Aceitou o acordo que lhe propus, embora o tenha advertido que as operações em andamento continuariam. Mas viajou para a capital e instigado pela embaixada dos Estados Unidos promoveu um golpe de Estado.
Nos preparávamos para os combates desse dia 1º de janeiro, quando na madrugada chegou a notícia sobre a fuga do tirano. O Exército Rebelde recebeu ordens de não admitir um cessar fogo e continuar os combates em todas as frentes. Através de Rádio Rebelde convocaram-se os trabalhadores para realizarem uma Greve Geral Revolucionária, apoiada imediatamente por toda a nação. A tentativa golpista foi derrotada e já à tarde desse próprio dia as nossas tropas vitoriosas entraram em Santiago de Cuba.
O Che e Camilo receberam instruções de avançarem rapidamente pela estrada, nos veículos motorizados com suas aguerridas forças para La Cabaña e para o Acampamento Militar de Columbia. O exército adversário, golpeado em todas as frentes, não teria capacidade de resistir. O próprio povo sublevado ocupou os centros de repressão e as delegacias. No dia 2, à tarde, acompanhado por uma pequena escolta, me reuni num estádio de Bayamo com mais de dois mil soldados dos tanques, da artilharia e da infantaria motorizada, contra os que tínhamos combatido até o dia anterior. Ainda portavam o seu armamento. Tínhamo-nos ganho o respeito do adversário com nossas audazes, mas humanitários métodos de guerra irregular.
Assim, em apenas quatro dias - depois de 25 meses de guerra que reiniciamos com alguns fuzis-, aproximadamente cem mil armas de ar, mar e terra e todo o poder do Estado ficou nas mãos da Revolução. Em apenas poucas linhas relato o acontecido naqueles dias há 51 anos.
Começou então a principal batalha: preservar a independência de Cuba perante o império mais poderoso que tem existido, e que nosso povo travou com grande dignidade. Hoje me compraz observar àqueles que por cima de incríveis obstáculos, sacrifícios e riscos, souberam defender nossa Pátria, e nestes dias, junto do seus filhos, de seus pais e de seus entes mais queridos, desfrutam da alegria e das glórias de cada ano novo.

No entanto, em nada se parecem os dias de hoje aos de ontem. Vivemos em uma época nova que não tem parecido com nenhuma outra na história. Antes os povos lutavam e lutavam mesmo com honra em prol de um mundo melhor e mais justo, mais hoje têm que lutar, além disso, e sem nenhuma alternativa, pela própria sobrevivência da espécie. Não sabemos absolutamente nada se ignoramos isso. Cuba é, sem dúvidas, um dos países politicamente mais instruídos do planeta; tinha partido do mais vergonhoso analfabetismo, e o que é ainda pior: nossos amos ianques e a burguesia associada aos donos estrangeiros eram os proprietários das terras, das usinas açucareiras, das fábricas produtoras de bens de consumo, dos armazéns, dos comércios, da eletricidade, dos telefones, dos bancos, das minas, dos seguros, dos cais, dos bares, hotéis, os escritórios, as moradias, os cinemas, as impressoras, as revistas, os jornais, a rádio, a nascente televisão e tudo quanto tivesse um valor importante.

Os ianques, apagadas as ardentes chamas de nossas batalhas pela liberdade, arrogaram-se a tarefa de pensarem por um povo que tanto lutou por ser dono de sua independência, de suas riquezas e de seu destino. Nada em absoluto, nem sequer a tarefa de pensar politicamente nos pertencia. Quantos sabíamos ler e escrever? Quantos possuíamos pelo menos sexta classe? Lembro-me especialmente de um dia como hoje, porque esse era o país que supostamente pertencia aos cubanos. Não menciono outras coisas, porque teria que incluir muitas mais, entre elas as melhores escolas, os melhores hospitais, as melhores casas, os melhores médicos, os melhores advogados. Quantos éramos os que tínhamos direito a isso? Quem tinha, salvo exceções, o direito natural e divino de ser administradores e chefes?

Nenhum milionário ou pessoa rica, sem exceção, deixava de ser chefe de Partido, Senador, Representante ou funcionário importante. Essa era a democracia representativa e pura que imperava em nossa Pátria, salvo que os ianques impuseram, a seu bel-prazer, tiranos desumanos e cruéis quando mais convinha a seus interesses para defenderem melhor suas propriedades perante camponeses sem terra e operários com ou sem trabalho. Como já ninguém fala nada disso, me arrisco a lembrá-lo. Nosso país faz parte de mais de 150 que constituem o Terceiro Mundo, que serão os primeiros ainda que não os únicos destinados a sofrerem as incríveis conseqüências se a humanidade não toma consciência clara, certa e muito mais rápida do que imaginamos da realidade e das conseqüências da mudança climática provocada pelo homem, caso não se consiga impedi-lo a tempo.
Nossos meios de comunicação maciça dedicaram espaços para descrever os efeitos das mudanças climáticas. Os furacões de crescente violência, as secas e outras calamidades naturais, também têm ajudado à educação de nosso povo sobre o tema. Um fato singular, a batalha contra o problema climático travada na Cúpula de Copenhague, ajudou ao conhecimento do iminente perigo. Não se trata de um risco longínquo para o século XXII, senão para o XXI, nem tampouco apenas para a segunda metade deste século, senão para as próximas décadas, nas que já começaríamos a sofrer as penosas conseqüências.
Tampouco se trata de uma simples ação contra o império e seus aliados que nisto, como em todo, tentam impor seus estúpidos e egoístas interesses, senão de uma batalha de opinião mundial que não se pode deixar à espontaneidade nem ao arbítrio da maioria de seus meios de comunicação. É uma situação que, felizmente, conhecem milhões de pessoas honradas e corajosas no mundo, uma batalha a travar com as massas e no seio das organizações sociais e instituições científicas, culturais, humanitárias e outras de caráter internacional, muito especialmente no seio das Nações Unidas, onde o Governo dos Estados Unidos, seus aliados da NATO e os países mais ricos tentaram de dar, na Dinamarca, um golpe fraudulento e antidemocrático contra o resto dos países emergentes e pobres do Terceiro Mundo.


Em Copenhague, a delegação cubana, que assistiu junto a outras da ALBA e do Terceiro Mundo, viu-se obrigada a travar uma grande luta perante os incríveis acontecimentos que aconteceram com o discurso do presidente ianque, Barack Obama, e do grupo de Estados mais ricos do planeta, decididos a desarranjarem os compromissos vinculantes de Kyoto -onde há mais de 12 anos foi discutido o espinhoso problema- e a fazer carregar o peso dos sacrifícios sobre os países emergentes e os subdesenvolvidos, que são os mais pobres e, ao mesmo tempo, os principais fornecedores de matérias-primas e de recursos não renováveis do planeta dos mais desenvolvidos e opulentos.
Em Copenhague, Obama assistiu o último dia da Conferência, iniciada no dia 7 de dezembro. O pior de sua conduta foi que, quando já tinha decidido enviar 30 mil soldados para a chacina de Afeganistão –um país de forte tradição independentista, ao qual nem sequer os ingleses durante seus melhores e mais cruéis tempos puderam submeter- assistiu a Oslo para receber nada menos que o Prêmio Nobel da Paz. Ele chegou à capital norueguesa no dia 10 de dezembro, onde proferiu um discurso vazio, demagógico e justificativo. No dia 18, que era a data da última sessão da Cúpula, apareceu em Copenhague, onde pensava estar inicialmente apenas 8 horas. No dia anterior tinham chegado a Secretária de Estado e um grupo seleto de seus melhores estrategistas.

O primeiro que Obama fez foi selecionar um grupo de convidados que tiveram a honra de acompanhá-lo para proferir um discurso na Cúpula. O Primeiro Ministro dinamarquês, que chefiava a Cúpula, complacente e bajulador, lhe passou a palavra ao grupo que apenas ultrapassava 15 pessoas. O chefe imperial merecia honras especiais. O seu discurso foi uma mistura de adoçantes palavras temperadas com gestos teatrais, que já cansam a quem, como eu, se propus a tarefa de escutá-lo para tentar ser objetivo na apreciação de suas características e intenções políticas. Obama impôs a seu dócil anfitrião dinamarquês que apenas seus convidados poderiam fazer uso da palavra, embora ele, logo que proferiu seu discurso, fez “silêncio pelo foro” pela porta de trás, como duende que foge de um auditório que lhe fez a honra de escutá-lo com interesse.


Concluída a lista autorizada de oradores, um indígena aimara de pura cepa, Evo Morales, presidente da Bolívia, que acabava de ser reeleito com 65% dos votos, exigiu o direito a fazer uso da palavra, que lhe foi concedida perante o aplauso da esmagadora maioria dos assistentes. Em apenas nove minutos exprimiu profundos e dignos conceitos que respondiam às palavras do ausente Presidente dos Estados Unidos. A seguir, levantou-se Hugo Chávez para pedir a palavra em nome da República Bolivariana da Venezuela; quem chefiava a sessão não teve outra opção que conceder-lhe também a palavra, que Chávez utilizou para improvisar um dos mais brilhantes discursos que lhe escutei. Ao concluir uma pancada de martelo pus fim à insólita sessão.



No entanto, o ocupadíssimo Obama e o seu séqüito não tinham um minuto que perder. Seu grupo tinha elaborado um Projeto de Declaração, cheio de ambigüidades, que era a negação do Protocolo de Kyoto. Depois que saiu precipitadamente da plenária, reuniu-se com outros grupos de convidados que não chegavam a 30, negociou em privado e em grupo; insistiu, mencionou cifras milionárias de notas verdes sem respaldo em ouro, que constantemente são desvalorizadas e até ameaçou com abandonar a reunião se suas demandas não eram cumpridas. O pior foi que se tratou de uma reunião de países super-ricos à qual convidaram a várias das mais importantes nações emergentes e a duas o três nações pobres, as quais submeteu o documento, como quem propõe: Ou o pega ou o larga!







Essa declaração confusa, ambígua e contraditória –em cuja discussão não participou para nada a Organização das Nações Unidas-, o Primeiro Ministro dinamarquês tentou apresentá-la como Acordo da Cúpula. Já a Cúpula tinha concluído seu período de sessões, quase todos os Chefes de Estado, de Governo e Ministros das Relações Exteriores tinham regressado aos seus respectivos países, e às 03h:00 da madrugada, o distinto Primeiro Ministro dinamarquês o apresentou ao plenário, onde centenas de sofridos funcionários que desde fazia três dias não dormiam, receberam o embaraçoso documento oferecendo-lhes apenas uma hora para analisá-lo e decidir sua aprovação.







Ali se incendiou a reunião. Os delegados não tiveram tempo nem sequer de lê-lo. Vários pediram a palavra. O primeiro foi o de Tuvalu, cujas ilhas ficarão sob as águas se era aprovado o que se propunha nesse documento: a seguir falaram os delegados da Bolívia, da Venezuela, de Cuba e da Nicarágua. O enfrentamento dialético às 03h:00 da madrugada daquele 19 de dezembro é digno de passar à história, se a história durasse muito tempo após a mudança climática.







Como grande parte do acontecido é conhecido em Cuba, ou aparece nas páginas Web da Internet, apenas me limitarei a expor em partes as duas réplicas do chanceler cubano, Bruno Rodríguez, dignas de serem consignadas para conhecer os episódios finais da telenovela de Copenhague, e os elementos do último capítulo que ainda não foram publicados em nosso país.







“Senhor Presidente (Primeiro Ministro da Dinamarca)... O documento que o senhor várias vezes afirmou que não existia, aparece agora. Todos temos visto versões que circulam de maneira sub-reptícia e que são discutidos em pequenas reuniões secretas, foras das salas em que a comunidade internacional, através de seus representantes, negocia de uma maneira transparente.”







“Junto minha voz à dos representantes de Tuvalu, da Venezuela e da Bolívia. Cuba considera extremamente insuficiente e inadmissível o texto deste projeto apócrifo…”

“O documento que você, infelizmente, apresenta não tem compromisso algum de redução de emissões de gases de efeito estufa.”







“Conheço as versões anteriores que também, através de procedimentos questionáveis e clandestinos, foram negociadas em corrilhos fechados, que falavam pelo menos de uma redução de 50% para o ano 2050…”







“O documento que você apresenta agora, omite, precisamente, as já magras e insuficientes frases chave que aquela versão continha. Este documento não garante, em modo algum, a adoção de medidas mínimas que permitam evitar uma gravíssima catástrofe para o planeta e para a espécie humana.”







“Este documento vergonhoso que você apresenta é também omisso e ambíguo relativamente ao compromisso específico de redução de emissões por parte dos países desenvolvidos, responsáveis do aquecimento global pelo nível histórico e atual das suas emissões, e a quem lhes cabe aplicar reduções substanciais de maneira imediata. Este papel não contém uma só palavra de compromisso da parte dos países desenvolvidos.”







“… O seu papel, senhor Presidente, é a ata de defunção do Protocolo de Quioto que minha delegação não aceita.”







“A delegação cubana deseja fazer ênfase na preeminência do princípio de “responsabilidades comuns, mas diferenciadas”, como conceito central do futuro processo de negociações. O seu papel não diz uma palavra disso.”







“A delegação de Cuba reitera seu protesto pelas graves violações de procedimento que se produziram na condução antidemocrática do processo desta conferência, nomeadamente, mediante a utilização de formatos de debate e de negociação arbitrários, excludentes e discriminatórios…”







“Senhor Presidente, solicito-lhe formalmente que esta declaração seja recolhida não relatório final sobre os trabalhos desta lamentável e vexatória 15ª Conferência das Partes.”







O que ninguém poderia imaginar é que, depois de outro longo intervalo e quando já todos pensavam que só faltavam os trâmites formais para dar por concluída a Reunião de Cúpula, o Primeiro-ministro do país sede, instigado pelos ianques, faria outra tentativa de fazer passar o documento como consenso da Cúpula, quando não restavam nem sequer Chanceleres na plenária. Delegados da Venezuela, da Bolívia, da Nicarágua e de Cuba, que permaneceram vigilantes e insones até o último minuto, frustraram a postrema manobra em Copenhague.

Não concluiria, contudo, o problema. Os poderosos não estão habituados, nem admitem resistência. Em 30 de dezembro a Missão Permanente da Dinamarca perante as Nações Unidas, em Nova Iorque, informou cortesmente à nossa Missão nessa cidade que tinha tomado nota do Acordo de Copenhague de 18 de dezembro de 2009, e anexava cópia avançada dessa decisão. Textualmente afirmou: “… o Governo da Dinamarca, em sua condição de Presidente da COP15, convida as Partes da Convenção a informarem por escrito à Secretaria da UNFCCC, o antes possível, sua vontade de se associar ao Acordo de Copenhague.”







Esta comunicação inesperada motivou a resposta da Missão Permanente de Cuba perante as Nações Unidas, na qual “…rejeita de plano a intenção de fazer aprovar, por via indireta, um texto que foi alvo do repúdio de várias delegações, não só por sua insuficiência perante os graves efeitos da mudança climática, mas também por responder exclusivamente aos interesses de um reduzido grupo de Estados.”







Por sua vez, originou uma carta do Primeiro Vice-ministro do Ministério de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente da República de Cuba, Doutor Fernando González Bermúdez, para o Sr. Yvo de Boer, Secretário-executivo da Convenção Marco das Nações Unidas sobre Mudança Climática, alguns de cujos parágrafos transcrevemos:







“Recebemos com surpresa e preocupação a Nota que o Governo da Dinamarca enviou às Missões Permanentes dos Estados membros das Nações Unidas em Nova Iorque, que o senhor certamente conhece, através da qual os Estados Partes da Convenção Marco das Nações Unidas são convidados a informarem à Secretaria Executiva, por escrito, e o mais rápido que assim o considerarem, sua vontade de se associarem ao denominado Acordo de Copenhague.”

“Observamos com preocupação adicional, que o Governo da Dinamarca comunica que a Secretaria Executiva da Convenção incluirá, no relatório da Conferência das Partes realizada em Copenhague, uma lista dos Estados Partes que tivessem manifestado a sua vontade de se associarem com o citado Acordo.”







“A República de Cuba é da opinião que esta forma de agir constitui uma grosseira e reprovável violação do que foi decidido em Copenhague, onde os Estados Partes, perante a evidente falta de consenso, limitaram-se a tomar nota da existência desse documento.”







“Nada do acordado na 15ª COP autoriza o Governo da Dinamarca a adotar esta ação e, ainda menos, à Secretaria Executiva para incluir no relatório final uma lista de Estados Partes, para o qual não tem mandato.”







“Devo informar-lhe que o Governo da República de Cuba rejeita da maneira mais firme esta nova tentativa de legitimar por via indireta um documento espúrio e lhe reiterar que esta forma de agir compromete o resultado das futuras negociações, estabelece um perigoso precedente para os trabalhos da Convenção e lesa, em particular, o espírito de boa fé com o qual as delegações deverão continuar o processo de negociações no ano próximo”, concluiu o Primeiro Vice-ministro de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente de Cuba.







Muitos conhecem, especialmente os movimentos sociais e as pessoas melhor informadas das instituições humanitárias, culturais e científicas, que o documento promovido pelos Estados Unidos constitui um retrocesso nas posições alcançadas pelos que se esforçam por evitar uma catástrofe colossal para nossa espécie. Seria ocioso repetir aqui cifras e fatos que o demonstram matematicamente. Os dados constam das páginas Web da Internet e estão ao alcance do número crescente de pessoas que se interessam pelo tema.







A teoria com que se defende a adesão ao documento é fraca e implica um recuo. Invoca-se a idéia enganosa de que os países ricos contribuiriam com uma mísera quantidade de 30 bilhões de dólares em três anos para os países pobres no intuito de financiar as despesas que implique o enfrentamento à mudança climática, cifra que poderia elevar-se para 100 mil por ano em 2020, o que neste gravíssimo problema, equivale a esperar para as calendas gregas. Os especialistas sabem que, essas cifras são ridículas e inaceitáveis pelo volume dos investimentos que se precisam. A origem de tais quantidades é vaga e confusa, de modo que não comprometem ninguém.







Qual é o valor de um dólar? O que significam 30 mil milhões? Todos sabemos que desde Bretton Woods, em 1944, até a ordem presidencial de Nixon em 1971 ―impartida para jogar sobre a economia mundial a despesa da guerra de genocídio contra o Vietname―, o valor de um dólar, medido em ouro, foi se reduzindo até ser hoje aproximadamente 32 vezes menor que naquela altura; 30 mil milhões significam menos de mil milhões, e 100 mil divididos por 32, equivalem a 3 125, que não alcançam na atualidade nem para construir uma refinaria de petróleo de mediana capacidade.







Se os países industrializados cumprissem alguma vez a promessa de contribuir com os que estão por se desenvolver 0,7 por cento do PIB ―algo que salvo contadas exceções nunca fizeram―, a cifra ultrapassaria os 250 mil milhões de dólares cada ano.







Para salvar os bancos o governo dos Estados Unidos gastou 800 mil milhões. Quanto estaria disposto a gastar para salvar os 9 mil milhões de pessoas que habitarão o planeta em 2050, se antes não se produzem grandes secas e inundações provocadas pelo mar devido ao desgelo de glaciais e grandes massas de águas congeladas da Groenlândia e da Antártida?







Não nos deixemos enganar. O que os Estados Unidos têm pretendido com suas manobras em Copenhague é dividir o Terceiro Mundo, separar mais de 150 países subdesenvolvidos da China, da Índia, do Brasil, da África do Sul e de outros com os quais devemos lutar unidos para defender, em Bonn, no México ou em qualquer outra conferência internacional, junto das organizações sociais, científicas e humanitárias, verdadeiros Acordos que beneficiem todos os países e preservem a humanidade de uma catástrofe que pode conduzir à extinção de nossa espécie.







O mundo possui cada vez mais informação, mas os políticos têm cada vez menos tempo para pensar.







As nações ricas e seus líderes, incluído o Congresso de Estados Unidos, parecem estar discutindo qual será o último em desaparecer.







Quando Obama tenha concluído as 28 festas com que se propôs celebrar este Natal, se entre elas está incluída a dos Reis Mágicos, talvez Gaspar, Melquior e Baltazar lhe aconselhem o que deve fazer.







Peço me desculpem pela extensão. Não quis dividir em duas partes esta Reflexão. Peço perdão aos pacientes leitores.







Fidel Castro Ruz

3 de janeiro de 2010

15h16

Cuba rejeita sua inclusão na lista negra

• WASHINGTON —
A Repartição Consular de Cuba nesta capital assegurou, em 5 de janeiro, que o governo da Ilha coopera na luta internacional contra o terrorismo e condenou sua inclusão na lista de Estados qualificados pela administração estadunidense de patrocinadores do terrorismo, informou a EFE.



O porta-voz dessa legação em Washington, Alberto González, declarou que seu país "cumpriu, cumpre e cumprirá as medidas de segurança reconhecidas internacionalmente para estes casos", e assinalou que o povo cubano "não reconhece autoridade moral alguma ao governo dos EUA para certificar a sua inclusão e a dos cubanos neste tipo de lista".



González explicou que "o território cubano jamais foi utilizado para organizar, financiar ou executar atos terroristas contra os Estados Unidos da América ou nenhum outro Estado", e sugeriu que esta nova investida contra a Ilha tem um matiz político.



"Ao contrário, Cuba foi vítima de violência e terrorismo por parte de pessoas, como Luis Posada Carriles, que permanecem nos Estados Unidos sem serem processadas pela justiça", afirmou. •

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Alpinistas chegam ao topo de Aconcagua pela liberdade dos Cinco

Buenos Aires, 11 jan (Prensa Latina)


Uma bandeira com o reclamo de liberdade para os cinco cubanos presos nos Estados Unidos por lutar contra o terrorismo já ondula no topo do monte Aconcagua como gesto solidário de três jovens argentinos.



Os alpinistas da província de Neuquén, Santiago Vega, condutor rádio e televisão; Aldo Bonavitta, empregado bancário, e Alcides Bonavitta, ativista social, atingiram ontem o chamado Teto da América, 6.959 metros acima do nível do mar.



Depois de terminarem exitosamente sua façanha, chegaram eufóricos no domingo ao acampamento Penitentes, primeira escala da descida, de acordo com o comunicador neuquino Pablo Javier Fernández, que por sua vez recebeu a confirmação de Alejandro Miranda, o andinista da província de Mendoza que manteve o contato com os intrépidos escaladores.



A bandeira levada por eles até o monte continental tem o logotipo criado por Gerardo Hernández, um dos cinco antiterroristas cubanos.



O propósito da expedição, de acordo com suas declarações, é unir dessa maneira ao clamor mundial pela libertação de Ramón Labañino, Gerardo Hernández, Antonio Guerrero, Fernando González e René González e dar singular divulgação ao que a imprensa cúmplice cala.



Até o momento não se conheceram outros pormenores do término da subida, mas Miranda afirmou que hoje poderá ter mais informações porque terá melhores condições de comunicação e poderia inclusive contar com algumas fotos.



De acordo com o programa dos andinistas, a expedição retornará no dia 18 à cidade de Neuquén, a mais de 1.100 quilômetros a sudoeste desta capital, após desafiar as temperaturas extremas e o perigo que implica uma escalada deste tipo.



O majestoso monte Aconcagua está localizado quase na fronteira entre Argentina e Chile, a 30 quilômetros (um dia e meio a pé) de Ponte do Inca, e faz parte do chamado circuito mundial dos "Sete Topos".



lma/rmh/es

Governo venezuelano perfila plano para combater a especulação

Caracas, 11 jan (Prensa Latina)




Por Waldo Mendiluza



O governo da Venezuela perfila hoje um plano para prevenir e impedir a subida de preços dos produtos, com a qual alguns comerciantes privados buscam desestabilizar o executivo encabeçado por Hugo Chávez.



A Guarda Nacional Bolivariana, o Exército, a Aduana, o Instituto para a proteção ao consumidor e às comunidades assumirão tarefas dentro do pacote de medidas indicado ontem pelo presidente. De acordo com Chávez, nesta segunda-feira ele deve receber um primeiro rascunho das mãos do vice-presidente Ramón Carrizález, quem pôs à frente da iniciativa.



O plano governamental tem como objetivo neutralizar as intenções de alguns donos de negócios que pretendem especular, tomando como pretexto o ajuste cambial para o dólar anunciado na última sexta-feira pelo chefe de Estado.



Com essa decisão a divisa estadunidense passou de 2,15 para 2,60 ou 4,30 bolívares, opções que serão aplicadas em dependência do setor em questão (saúde, alimentação, indústria, têxteis, calçado, automotriz, entre outros).



Segundo Chávez, alguns comerciantes trabalham já no aumento dos preços, substituindo a etiqueta de seus artigos.



Peço-lhes que não o façam, porque não o aceitaremos. Primeiro faço um chamado, advertiu.



No caso de aumentarem os custos, o estadista adiantou uma resposta firme, sem descartar a confiscação do negócio.



Corresponde ao povo e às instituições armadas manter-se vigilante para recusar essa prática. Não há nenhuma razão para elevar os preços. Que ninguém se deixe roubar, apontou.



A primeira medida do plano foi anunciada ontem, quando Chávez pôs a disposição da sociedade telefones para denunciar casos de especulação.



Para Chávez, a oposição trata de tirar proveito político de uma ação cujo fim é substituir importações e estimular exportações, com o objetivo de deixar atrás o modelo rentístico-petroleiro herdado pela Venezuela depois da subordinação de governos anteriores a interesses estrangeiros.



lgo/wmr/es

Governo boliviano priorizará construção de moradias em 2010

La Paz, 11 jan (Prensa Latina)

O governo boliviano prevê entregar ao finalizar o ano de 2010 cerca de 40 mil moradias, como parte de vários projetos construtivos, entre eles, um que dotará de um imóvel para recém casados.



Segundo informou o ministro de Obras Públicas, Serviços e Moradia, Walter Delgadillo, os programas demandarão um investimento de 50 milhões de dólares.



Delgadillo explicou que nas zonas mais pobres e rurais do país, o governo subsidiará o preço total das casas, enquanto nas zonas urbanas, o projeto contempla um financiamento de 60 por cento.



O custo aproximado das moradias na área rural oscila entre quatro mil e cinco mil dólares, enquanto nas zonas urbanas, entre seis mil e 10 mil dólares, explicou.



Por outro lado, a autoridade também confirmou que no atual ano serão construídos aproximadamente 300 quilômetros de estradas, com os quais somariam mil quilômetros concluídos durante o gerenciamento do presidente Evo Morales.



Ressaltou que entre os trechos mais importantes figura a parte do corredor interoceânico, de quase dois mil quilômetros, pensado para ligar portos dos oceanos Atlântico e Pacífico através da Bolívia.

Outra rota a qual darão prioridade no atual gerenciamento, informou, é a diagonal Jaime Mendoza que ligará o leste com o oeste do país.



Essa via potenciará o desenvolvimento econômico e a segurança do estado andino, e especificamente do departamento de Chuquisaca, sublinhou o ministro.



Desta forma, contribuirá com a redução de acidentes, os ganhos em tempo associados a aumentos na velocidade na rota e os aumentos no fluxo do comércio, em correspondência com o auge da região.



Delgadillo apontou que se conta com financiamento para a execução dessa via.



lgo/por/es

domingo, 10 de janeiro de 2010

Filmes de Monzón e Amenábar concentram candidaturas aos Goya

Madri, 9 jan (Prensa Latina)

Os filmes Celda 211, de Daniel Monzón, e Ágora, de Alejandro Amenábar, concentraram hoje o maior número de candidaturas aos prêmios Goya, que são as mais prestigiadas premiações do cinema espanhol, que serão entregues em fevereiro próximo.



Com 16 nominações, Celda 211 sai como favorita para a XXIV edição dos Goya que a Academia de Cinema do país ibérico concede e cuja tradicional noite ocorrerá em Madri em 14 de fevereiro próximo.



Além deste filme, Ágora, com 13 candidaturas, El baile de la Victoria (nove), de Fernando Trueba, e El secreto de sus ojos (oito), do argentino Juan José Campanella, competem pelo prêmio de melhor filme.



Chama a atenção a ausência nessa lista da produção Los abrazos rotos [Os abraços partidos], do conhecido realizador Pedro Almodóvar.



Ele também não aparece entre os nomeados ao prêmio de melhor diretor, entre os que estão Amenábar, Campanella, Trueba e Monzón.



Não podem estar todos, ficaram de fora muitos filmes de muito boa qualidade, mas os que estão são os melhores, declarou à imprensa o presidente da Academia, Alex de la Iglesia.



Na categoria de melhor ator figuram os nomes de Luis Tosar, por Celda 211, Antonio da Torre (Gordos), Ricardo Darín (El secreto de sus ojos), e Jordi Mollá (El cónsul de Sodoma).



Na de atrizes, está Penélope Cruz, por Los abrazos rotos [Os abraços partidos], Lola Donas, por Yo, también, Maribel Verdú, por Tetro, e Rachel Weisz, por Ágora.



A leitura dos candidatos, efetuada na sede da Academia das Artes e as Ciências Cinematográficas da Espanha, foi feita pela atriz Paz Vega e pelo cineasta Javier Fesser, ganhador em 2009 de seis estatuetas pelo filme Camino.



Os prêmios Goya estão formados por 28 categorias, incluídos os três curta metragens, mais o Goya de Honra.



A esta vigésima quarta edição, apresentaram-se um total de 120 produções, espanholas e estrangeiras, rodadas em castelhano ou em qualquer dos idiomas do Estado.



Destas, 82 são de ficção, 32 documentários e seis de animação. Também coincidem 10 filmes hispano-americanos, 84 curta metragens e 110 filmes europeus.



Todos foram estreados nesta nação européia entre primeiro de dezembro de 2008 e 31 de dezembro de 2009.



ocs/edu/cc

Novo parlamento boliviano instrumentará a Constituição

La Paz, 10 jan (Prensa Latina)

O vice-presidente boliviano, Álvaro García, afirmou que a primeira Assembléia Legislativa Plurinacional (ALP), que se instalará em 22 de janeiro, deve instrumentar a nova Constituição, a primeira aprovada por vontade popular.



García, citado hoje pela imprensa local, destacou que essa entidade, a qual dirigirá por um novo mandato, também deverá impulsionar a industrialização na Bolívia, depois de ter recuperado das mãos de privados, suas principais riquezas naturais.



"O objetivo da Assembléia é a implementação da nova Constituição Política do Estado e depois dar o grande salto industrial que é necessário para nosso desenvolvimento", afirmou.



De acordo com o vice-presidente, na lei suprema há um eixo que cria novas instituições, como a Procuradoria Geral do Estado ou a construção do novo Estado autonômico e transforma outras como o Poder Judicial ou a administração da educação na Bolívia.



Destacou que também amplia os direitos das pessoas em matéria de saúde, ensino, trabalho, alimentação e transporte.



“Esses direitos devem ser implementados com recursos e procedimentos já estabelecidos", afirmou a autoridade.



Quanto ao "grande salto industrial", García assinalou que o país precisa de uma transformação radical em sua estrutura econômica para gerar maior desenvolvimento.



"O Estado boliviano já controla 30 por cento do Produto interno bruto. Nós recebemos um país que controlava só 17 por cento”, manifestou.



Para o vice-presidente, o governo deve aumentar esse controle através da industrialização do gás, o petróleo e a água, bem como a implementação de investimentos no âmbito da infra-estrutura, do transporte e de aeroportos.



Disse que o presidente Evo Morales já encarregou aos seus ministros o trabalho e a preparação de planos de execução imediata da industrialização com base no Plano Nacional de Desenvolvimento



tgj/por/cc

Camponesas bolivianas comemoram três décadas de lutas e vitórias

La Paz, 10 jan (Prensa Latina)

A Confederação Nacional de Mulheres Camponesas Indígenas Originárias da Bolívia "Bartolina Sisa" comemora hoje seu trigésimo aniversário com uma marcha pelas ruas desta cidade, onde se espera a presença do presidente Evo Morales.



"Cumprimos 30 anos de lutas e vitórias; presentes de uma ou outra forma no âmbito orgânico e político do país", disse a executiva nacional da Confederação, Leonilda Zurita, ao convocar a manifestação.



Essa organização, que leva o nome de uma das insignes combatentes alçadas contra o poder colonial espanhol, realizou ontem um encontro nacional no qual se reconheceu a inserção efetiva da mulher do campo na vida econômica e política da nação andina.



Zurita destacou o pleno reconhecimento desse setor social pela nova Constituição Política do Estado.



"Sempre fomos excluídas das constituições, nunca nos tomaram em conta, mas agora fazemos parte da lei suprema aprovada em 25 de janeiro de 2009 e sancionada em 7 de fevereiro", manifestou.



No encontro, Zurita ressaltou a participação das camponesas originárias em eventos internacionais, principalmente da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América.



A Confederação Nacional de Mulheres Bartolina Sisa foi fundada em 10 de janeiro de 1980 como uma organização social de vanguarda nas lutas do setor feminino.



Essa entidade, majoritária no estado de La Paz, participou de forma ativa na defesa e recuperação da democracia boliviana, e no processo de nacionalização dos recursos naturais.



rc/por/cc

Só o socialismo garante liberdade e justiça, assegura Chávez

Caracas, 10 jan (Prensa Latina)


O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, assegurou hoje que este país avança para o socialismo porque esse é o único caminho para atingir a liberdade e a justiça social.

A batalha começada por nossos próceres ficaria inconclusa sem independência e igualdade, e só o socialismo garante ambas, apontou em seu comunicado dominical "As linhas de Chávez (Líneas de Chávez)".

De acordo com o chefe de Estado, 2010 representará a consolidação desse rumo, por ser o ano do bicentenário da independência da Venezuela.

“Esse é um dos imensos desafios que enfrentamos, afiançar dar rumo verdadeiro à via venezuelana para o socialismo”, sentenciou.

Para o mandatário, não há melhor maneira de honrar dois séculos de batalhas pela emancipação.

“Nos anos que estamos em Revolução são a concretização de nossa dinâmica construtiva, criativa e liberadora. Resta-nos aprofundar na alma coletiva para encarnar definitivamente o poder popular”, assinalou.

Segundo Chávez, por esse caminho se dará sentido pleno e destino irreversível à Revolução Bolivariana.

Em suas primeiras "linhas" de 2010, o estadista recordou que a concepção e as ações para avançar pelo caminho do socialismo aparecem refletidas no Projeto Nacional Simón Bolívar, plasmado na Constituição.



tgj/wmr/cc

Reforma de programa de direitos humanos no Brasil é rechaçada

Rio de Janeiro, 10 jan (Prensa Latina)

O ministro de Direitos Humanos do Brasil, Paulo Vannuchi, ameaçou renunciar caso o Programa Nacional de Direitos Humanos anunciado recentemente seja modificado por pressão dos militares, segundo publicou hoje o jornal Folha de Sao Paulo.

Em declarações ao jornal, Vannuchi reconhece que o documento pode até conter erros, mas não permitirá que o plano se "transforme em um monstro político único no planeta".

Segundo Vannuchi, os líderes militares têm dito que renunciarão caso o plano contemple a investigação dos torturadores durante a ditadura militar (1964-1985).

Sobre este ponto, rechaçou uma proposta militar que impõe que a Comissão da Verdade a se criar para investigar torturadores durante a ditadura seja ampliada para investigar igualmente os guerrilheiros que combateram o regime ditatorial.

Vannuchi enfatizou que não se podem igualar os torturadores e torturados, pois os primeiros atuaram ilegalmente com o respaldo do Estado e os segundos já foram julgados, presos, desaparecidos ou assassinados.

Disse que o programa também é criticado pela igreja católica e pela oposição porque, entre outros pontos, propõe a legalização do aborto, a legalização de casais homossexuais e a fiscalização de pesquisas biotecnológicas.

O plano não contém disposições de aplicação imediata pois dependerá da aprovação de projetos de lei e sua maior parte consiste em diretrizes para políticas públicas que envolvem todos os ministérios de alguma forma.

O polêmico projeto dos Direitos Humanos foi criado por decreto do presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, a fins do ano passado.

Segundo o ministro, o plano incorpora as propostas aprovadas em cerca de 50 conferências nacionais que tiveram lugar desde 2003 com vários temas como a igualdade racial, os direitos da mulher, a segurança alimentar, entre outros.

Dada a controvérsia suscitada com o anúncio deste programa, o presidente Lula adiou até abril deste ano uma resolução sobre o mesmo.



tgj/otf/cc

Recorda Chávez 150º aniversário do assassinato de Ezequiel Zamora

Caracas, 10 jan (Prensa Latina)


O presidente venezuelano, Hugo Chávez, recordou hoje o assassinato, há 150 anos do militar e político Ezequiel Zamora, a quem considerou seguidor

de Simón Bolívar nas lutas pela justiça e a igualdade.



Naquele nefasto 10 de janeiro de 1860 caiu o general Zamora de uma bala traidora que saiu de suas próprias filas em San Carlos, assinalou no seu dominical "Las líneas de Chávez".



De acordo com o chefe de Estado, o crime foi o resultado do temor da oligarquia venezuelana pelo respaldo popular ao líder.



Para a oligarquia terratenente, distribuída por igual nos partidos Liberal e Conservador, a força popular que se aglutinava em torno de meu general Zamora constituía uma verdadeira ameaça para seus interesses, precisou.



Segundo Chávez, o protagonista da guerra federal (1859-1863) foi um lutador pela consolidação de uma pátria justa.



Aos 150 anos de seu desaparecimento físico, Zamora vive e tem muito por fazer nesta hora da história, apontou.



tgj/wmr/cc

Analistas prevêem desaparecimento de direita radical boliviana

La Paz, 10 jan (Prensa Latina) Muitos líderes da direita radical boliviana serão sepultados definitivamente nas eleições municipais e departamentais do próximo 4 de abril, consideraram em separado analistas e políticos.



Em declarações publicadas hoje pelo jornal Cambio, o analista Marcelo Varnoux estima que há um movimento de saída de lideranças tradicionais em Santa Cruz, feudo opositor, o qual dará lugar a novos dirigentes através do governante Movimento Ao Socialismo (MAS) e de outras organizações políticas.



Varnoux animou-se a identificar cabeças que desaparecerão de leste a oeste bolivianos.

"No oriente, eu diria que desaparecerão do palco político os que têm tido que ver com os comitês cívicos mais duros. Enquanto no ocidente, com a última eleição nacional ficou claro que não há campo para novos grupos alternativos por um bom tempo, salvo o proposto pelo MAS", disse.



Por sua vez, a analista Helena Argirakis considera que "no departamento de Santa Cruz ainda persistem representantes do velho sistema político partidário, ainda que surjam novos dirigentes".



Argirakis assegura que na atual cojuntura se "disputa uma arcaicacorrente baseada em lideranças unipersonalistas; o Governo deve ter cautela de não repetir a velha fórmula", apontou.



A sua vez, o ex-membro da assembleia Raú Prada não crê nos projetos individuais, senão em intenções integrais e coletivas.



"Devemos deixar o discurso das lideranças, já não há esse contexto individualista, de carismas pessoais, agora entramos em outra concepção do que é a condução política compartilhada", sustentou.



Ao referir-se à sepultura de antigos dirigentes de direita, Prada sustenta que essa tendência é parte de um fato refletido nos últimos processos eleitorais.



Nas eleições do passado 6 de dezembro, o presidente Evo Morais e o MAS obtiveram 64,22 por cento dos votos, enquanto a representação da direita mais próxima nos resultados apenas conseguiu 27 por cento de respaldo.



No próximo 4 de abril os bolivianos elegerão nas urnas aos governadores dos nove departamentos, mais assembleistas departammentais e prefeitos e vereadores para 327 municípios.



tgj/por/cc

Conselho da ONU debaterá sobre cooperação com organizações regionais

Nações Unidas, 10 jan (Prensa Latina)

O Conselho de Segurança da ONU debaterá na próxima quarta-feira, a instâncias da China, a respeito da cooperação entre Nações Unidas e os organismos regionais na manutenção da paz e a segurança internacionais.



O tema aparece no programa de trabalho desse órgão para janeiro, mês em que o país asiático ocupa a presidência rotativa do conselho, integrado ademais pelos Estados Unidos, Rússia, Reino Unido, França, Brasil, Líbano, Nigéria, Gabão, Bósnia e Herzegovina, Áustria, Japão, Turquia, Uganda e México.



De acordo com o representante permanente da China na ONU, Zhang Yesui, a reunião deve aprovar um documento que reitere o papel principal da ONU na manutenção da paz e segurança internacional.



Nesse sentido, a delegação chinesa considera necessário o aproveitamento dos recursos e as vantagens das organizações regionais no tratamento de situações concretas em suas respectivas zonas geográficas, o qual permite enriquecer a cooperação e coordenação com a ONU.



Essas entidades podem jogar um papel importante no tratamento e solução de situações críticas, indicou o embaixador de Beijing.



A lista de entidades convidadas ao debate no Conselho inclui a União Africana, a União Européia, Liga Árabe, a Associação de Nações do Sudeste Asiático e a Conferência Islâmica.



Também as organizações de Estados Americanos, de Cooperação de Xangai e dos tratados do Atlântico Norte e de Segurança Coletiva.



Sob a presidência da China, o Conselho de Segurança tratará neste mês as situações no Afeganistão, Somália, Nepal, Costa do Marfim, Kosovo, Sudão e Oriente Médio, de acordo com o plano de trabalho divulgado aqui.



tgj/vc/cc

Ex-presidente argentino denuncia tentativas de derrocar ao governo

Buenos Aires, 10 jan (Prensa Latina)


Setores da oposição política, as corporações econômicas e os meios queriam e querem que o governo caia e alguns dirigentes o disseram em público, denunciou o ex-presidente Néstor Kirchner.



Em uma extensa entrevista com o jornalista e escritor Horacio Verbitsky, publicada hoje no jornal Página/12, o ex-presidente e esposo da presidenta Cristina Fernández faz uma ampla análise de sua administração (maio 2003-dezembro 2007) e a atual, com opiniões sobre acertos e erros e reflexões sobre as ações opositoras.



Neste sentido, citou as políticas introduzidas desde então em matéria de direitos humanos, como a nulidade das leis de Obediência Devida e Ponto Final, derrogação da anistia aos militares julgados por crimes de lesa humanidade e o reinicio dos julgamentos aos criminosos durante a última ditadura (1976-83).



Também se referiu à eleição de uma Corte Suprema independente, o pagamento da dívida, o aumento salarial e das aposentadorias, a nova lei de meios, a distribuição familiar por filhos, o plano Argentina Trabalha para aumentar o emprego e o recente decreto para estabelecer o Fundo do Bicentenário para o Desendividamento e a Estabilidade.



"Este projeto político é atacado bem mais pelos acertos que pelos erros", disse, para opinar que as conquistam impulsionaram muitos a se juntarem só para tentar reverter os avanços, pois não mostraram nem idéias nem projetos.



"A Cristina (Fernández) terá que enfrentar um núcleo duro fechado e desestabilizador, que se opõe à política de direitos humanos, mais os setores monopólicos mediáticos, aos que se soma uma oposição política que destruiu a Argentina duas vezes e não contribui com idéias para a construção a partir do caos que eles criaram", sentenciou Kirchner.



Pelo contrário, disse, essas forças só tentam aprofundar qualquer contradição para agravar tudo e esse é o panorama que o governo tem hoje que lidar e será o centro do debate futuro na Argentina.



Nesse contexto, expressou a necessidade de que o Partido Justicialista (PJ) siga evoluindo "para se transformar no centro de identidade da transformação, o qual requer amplitude para convocar todos os setores que nesta etapa estejam pela de consolidar".



"O que a história não perdoaria ao PJ, mas também não aos setores progressistas não justicialistas- asseverou o ex-presidente -, é que por vedetismo permitissem a restauração conservadora", em referência às épocas mais escuras dos regimes de fato e a volta ao poder real da elite econômica e social.



Em matéria de projetos de governo para 2010 e o futuro, ele propôs a consolidação de um modelo produtivo, competitivo e inclusivo, com forte consolidação tecnológica, de investigação, de inovação e de autonomia na globalização, bem como o aprofundamento da igualdade de direitos civis.



tgj/rmh/cc