sexta-feira, 12 de julho de 2013

quinta-feira, 11 de julho de 2013

As bandeiras da solidariedade internacional estaram nas ruas

Caros companheiros e amigos da ACJMSC.

Ontem pela noite fizemos os cartazes com as bandeiras da solidariedade a Cuba, a integração Latino Americana, liberdade aos cinco, e a defesa da vinda dos médicos cubanos ao Brasil por mais verbas para saúde publica, são seis cartazes e modéstia a parte ficarão excelentes. Presentes: Alexandre, Geova, e eu.

Ficamos de nos encontrar na APRASC, hoje às 14h30min, para pegar os cartazes e logo ir para a Praça Tancredo Neves. Pesamos que seja importante, as bandeiras que sempre defendemos estar nas ruas junto ao povo. Contamos com sua presença.

Abraços.
Edison

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Defender os médicos cubanos; denunciar as políticas de saúde no Brasil!


(uma contribuição ao debate)
Por Otávio Dutra*

“Nós mal havíamos começado a pensar na Revolução e ainda no Moncada já estávamos falando dos serviços de saúde, e quando estávamos na Serra Maestra já prestávamos serviços de saúde a toda população com que tínhamos contato, desde os médicos, dentistas e enfermeiros que se incorporavam ao movimento. Isso deve ser uma convicção, um dever elementar dos revolucionários. Mas não somente do ponto de vista moral, também na prática política. Devemos dedicar mais atenção, mais recursos materiais e humanos aos serviços de saúde.”
Discurso pronunciado por Fidel Castro
no encerramento do VI Seminário internacional de Atenção Primária em Saúde,
em 28 de Novembro de 1997.

Eis que surge uma noticia bombástica anunciada pelo governo brasileiro: nos próximos meses está para chegar ao Brasil o primeiro contingente dos mais de 6 mil médicos e médicas de Cuba previstos até 2015. O fato está gerando um intenso debate na sociedade brasileira, permitindo que na polarização criada identifiquemos os atores principais da polêmica, assim como suas intenções de fundo. No bojo deste debate aparece um tema coadjuvante, intrinsecamente ligado a ele, e não menos gerador de polêmicas e divergências na sociedade brasileira, a revalidação dos diplomas médicos expedidos no exterior.

Os atores neste projeto e suas máscaras
De um lado está o governo brasileiro, presidido por Dilma Roussef (PT). Por outro um dos setores mais conservadores da sociedade brasileira, capitaneados pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Médica Brasileira (AMB), entre outros porta-vozes do status quo e do atual modelo hegemônico de saúde no Brasil, em que a saúde não é mais que uma mercadoria. Existe ainda um terceiro ponto de vista, que trataremos de enfatizar neste texto.
O Governo anunciou neste 6 de maio o convênio realizado em parceria com Cuba, que prevê a vinda de milhares de profissionais da medicina desse país para trabalhar fundamentalmente em 3 áreas do Brasil: sertão nordestino e Amazônia brasileira; Vale do Jequitinhonha; periferia das grandes cidades. O convênio faz parte do programa do governo federal “Brasil mais Médicos”, que tem como objetivo “interiorizar” o acesso à saúde no país. Desse programa faz parte também o Programa de Valorização dos Profissionais na Atenção Básica (PROVAB). Em paralelo, o governo federal tem reduzido anualmente os gastos do orçamento nacional destinado à área da saúde (somente em 2012 ocorreu um corte de mais de 5 bilhões de reais), assim como uma progressiva entrega dos serviços e da infra-estrutura pública da saúde à iniciativa privada, através de parcerias público privadas como as Organizações Sociais (OS), as Fundações Estatais de Direito Privado (FEDPs), as Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIPs) e a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH). Tais medidas vêm - em síntese - no sentido de precarizar o acesso à saúde de grande parte da população, permitir a apropriação privada dos serviços, pesquisas e da infra-estrutura pública para gerar lucro e retirar direitos trabalhistas dos profissionais da saúde. Como se não bastasse, a presidenta Dilma aprovou nesse ano uma série de subsídios estatais para os planos privados de saúde. Tudo isso, quando pensamos em atenção integral em saúde, afunila o já estreito gargalo entre a atenção primária e os demais níveis de atenção em saúde: aos trabalhadores, saúde básica e precária; atenção especializada cada vez mais concentrada nos setores privados.
Com esse conjunto de medidas, o projeto de “interiorização” da saúde no país - com a vinda dos 6 mil médicos de Cuba e o PROVAB - atuaria apenas na ponta do Iceberg, levando profissionais de forma efêmera e precária para o interior, e deixando intacta sua profunda estrutura baseada no controle do complexo médico-industrial e farmacêutico da saúde, em que a existência do setor público serve como alicerce para a acumulação privada de capitais na área, potencializada por uma profunda cisão entre a atenção básica de saúde e os demais níveis de especialização. Enquanto isso, em se tratando da formação de recursos humanos em saúde, dos anos de 2000 a 2013 foram criadas 94 escolas médicas, sendo 26 públicas e 68 particulares, números que apenas confirmam os caminhos do sistema nacional de saúde, em que a formação dos profissionais da saúde é hegemonicamente voltada para o mercado da saúde e para os interesses do complexo médico-industrial e farmacêutico e das grandes empresas da educação superior. E pior, até mesmo nas universidade públicas esse modelo é hegemônico. Com esses elementos, não resta dúvidas de que o projeto de levar médicos para o interior do país não tem qualquer relação com uma política substancial que modifique o modelo de saúde do país e permita uma atenção integral a toda população brasileira.
No entanto, com a divulgação da vinda dos médicos cubanos ao Brasil, os setores mais conservadores da nossa sociedade começam a mostrar seus dentes gananciosos e elitistas. Utilizam como porta vozes o CFM e a AMB, entre outros. Por trás de um falso discurso que preza pela qualidade da atenção à saúde, esses setores corporativistas estão mais interessados em manter o poder e o mercado da categoria médica, fundamentados na medicina privada, defendendo em última instância o controle pelo complexo médico-industrial e farmacêutico do sistema nacional de saúde, inclusive alimentando-se da falta de qualidade da atenção pública para reverter exorbitantes recursos públicos ao privado. Este setores são xenófobos e anti-populares em sua essência, defendem o status quo da sociedade brasileira e, com o medo característico das elites nacionais (em permanente contra-revolução preventiva), direcionam toda sua munição de mentiras e manipulações para atacar a política de contratação dos médicos cubanos, contestando sua capacidade técnico-científica, assim como soltando todo seu veneno e falácias contra a realidade de Cuba e seu sistema socialista. 

A saúde e a doença como um processo determinado socialmente
O processo saúde/doença de uma sociedade é determinado socialmente, e assim pelas relações de classe existentes em um modo de produção específico. É necessário compreender a questão da saúde desde uma perspectiva de classe e do antagonismo dos projetos societários das classes em luta, ou ficaríamos como cachorro que corre atrás do próprio rabo, girando sem rumo. Se nosso objetivo é transformar profundamente suas estruturas, torna-se fundamental pensar a saúde a partir da perspectiva societária dos trabalhadores e dos setores oprimidos na sociedade capitalista, aspecto de grande relevância para a construção de uma sociedade isenta da exploração entre seres humanos, necessariamente mais coletivizada e de trabalho essencialmente livre. Apenas nesse sentido a saúde passa, de fato, a ser pensada como a plena satisfação das necessidades materiais e subjetivas de cada indivíduo e da coletividade, emancipatória, e não apenas como ausência de doenças. É imprescindível, para tanto, a construção de um sistema de saúde obrigatoriamente público, 100% estatal, gratuito, que permita o acesso a todos os níveis de atenção à saúde e com alta qualidade para todos os indivíduos, em que o poder popular seja o principal instrumento de planificação, gestão e controle.
Não existe a possibilidade de mudanças estruturais do sistema de saúde sem profundas transformações da estrutura econômica e social de um país. Portanto, é uma luta que se insere no sentido de negar o modo de produção capitalista, um sistema doente e gerador de doenças; a luta por um outro modelo de saúde só pode existir se inserida numa estratégica anti-capitalista.  Torna-se necessário, como bandeiras táticas, defender que os recursos do orçamento nacional direcionados ao pagamento da dívida pública com os banqueiros e empresários, da isenção de impostos aos monopólios e da entrega dos nossos recursos naturais e infra-estrutura ao setor privado devem ser redirecionados aos gastos sociais, única forma de garantir um acesso universal, integral e de alta qualidade ao sistema de saúde. Tanto para a formação de recursos humanos, como para a interiorização com qualidade do acesso ao sistema de saúde, são necessários muito mais recursos do orçamento nacional voltados para as áreas de educação e saúde, assim como à previdência, à arte e cultura, ao esporte, à moradia, etc. Nesse sentido, apenas com uma Universidade Popular – que sirva aos anseios e às lutas do povo trabalhador, do ensino à produção de ciência e tecnologia – podemos garantir a formação de profissionais da saúde comprometidos com a elevação da qualidade de vida dos setores populares, assim como sua permanência consciente e voluntária no interior do país, que necessariamente vem acompanhado da ampliação de uma infra-estrutura para uma atenção integral em saúde. Não existem paliativos que sejam suficientes para resolver esses problemas.

Sobre Cuba e seu sistema de saúde
Em Cuba, desde o triunfo popular de 1º de janeiro de 1959, conhecido como Revolução Cubana, o panorama da saúde no país modificou-se completamente. Ao mesmo tempo em que se edificava uma nova forma de organização social - com coletivização dos meios de produção, do trabalho, das riquezas e do poder - se transformava profundamente o padrão de saúde e doença do povo cubano.  Passados 54 anos, hoje Cuba é indiscutivelmente uma potência nas áreas da medicina e da biotecnologia. Sobre a primeira basta dizer que tem os melhores indicadores de saúde de nosso continente (mortalidade infantil de 4,6 por cada mil nascidos vivos; 78,9 anos de expectativa média de vida ao nascer, entre outros), segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), assim como uma das maiores proporções médico/habitante do mundo (1 médico para cada 148 habitantes). Cuba hoje é considerada, por um estudo da organização britânica Save the Children, como um dos melhores países para a maternidade do mundo (o melhor da América Latina), pelo seu exemplar programa materno-infantil e pelos direitos garantidas à mãe e à criança. Na área da biotecnologia, mesmo sendo um país de apenas 11 milhões de habitantes, pobre em recursos naturais e bloqueado economicamente pelo maior e mais sanguinário império já existente na humanidade, produz mais de 80% dos medicamentos que consome, exporta medicamentos e vacinas para mais de 50 países, desenvolve pesquisas de ponta nas áreas de câncer, células tronco, úlcera diabética, catarata, vitiligo e HIV/AIDS; para resumir alguns dos avanços técnico-científicos na área da saúde.
E como se não bastasse, Cuba exporta esse modelo de saúde para o mundo, seja através da missões médicas - ininterruptas desde os primeiros anos da Revolução - em territórios devastados por desastres e epidemias na Ásia, África e América Latina, seja pela formação de profissionais de saúde em todos os continentes, principalmente pela Escola Latino Americana de Medicina – ELAM. Hoje são mais de 30 mil médicos cubanos colaborando em missões internacionalistas e um contingente de mais de 20 mil estudantes de 116 países estudando em Cuba, a grande maioria nas áreas da saúde. O programa educacional neste país equilibra um alto nível de preparação técnico-científica (em todos os níveis de atenção em saúde) com a formação de valores humanos e princípios, indispensáveis para uma formação integral dos profissionais de área, fundamentados na saúde como direito universal e não negociável, na atenção integral e na solidariedade entre os povos. Sobre as missões internacionalistas, ainda que existam quase 30 mil médicos cubanos fora do país, não existe um sequer consultório de saúde de família (unidade básica da atenção primária em saúde no país) em que o médico atenda mais de 300 famílias. No Brasil, não seria fato incomum encontrar um só médico atendendo 3 ou 4 mil famílias em uma Unidade Básica de Saúde.
Para se ter uma idéia das diferenças entre o sistema de saúde brasileiro em relação ao cubano basta analisarmos que o número de médicos por habitantes em Cuba é de 1/148 habitantes , enquanto que a média do Brasil é de 1/555 distribuídos caoticamente, uma vez que no estado do Rio de Janeiro é de 1/295 e no Maranhão 1/1638 . Vale ressaltar que no Brasil, diferentemente de Cuba, a assistência à saúde não é igual para todos e tais proporções entre número de médicos por habitante ficam ainda piores se considerarmos aqueles que não podem pagar por serviços privados de saúde e dependem exclusivamente do SUS.

Neste mar de complexidades, o que pensar sobre a vinda dos mais de 6 mil médicos cubanos ao Brasil?
Em primeiro lugar precisamos destacar que a vinda dos mais de 6 mil cubanos está dentro dos planos do governo de Cuba e não deve alterar de forma significativa a atenção em saúde de seu povo, pelo contrário, já que grande parte dos recursos arrecadados pelo convênio com o Brasil serão direcionados para melhorar a infra-estrutura da área, que mesmo com os 12% do orçamento nacional de Cuba direcionados à saúde, tem dificuldades materiais importantes. Também é importante saber que o perfil dos profissionais que virão ao Brasil é de médicos e médicas com ampla experiência internacional (com no mínimo 2 missões cumpridas anteriormente) e de alto perfil técnico-científico, sendo que todos são especialistas em Medicina Geral Integral (Medicina da Família no Brasil) e a maioria tem outra especialidade médica, além de mestrado em áreas da educação.
Sobre sua atuação no Brasil, o fato é que sua chegada, ainda que trabalhem em condições precárias e inadequadas, modificará significativamente os índices de saúde das regiões onde irão atuar, principalmente em se tratando dos índices de mortalidade ocasionados por doenças infecto-contagiosas, que afetam principalmente populações vulneráveis como as crianças menores de 5 anos, grávidas e idosos. No entanto, a falta de recursos, de infra-estrutura e de uma rede de saúde que permitam a atenção integral à população não vão se modificar um milímetro sequer. É, sem sombra de dúvidas, mais uma das políticas paliativas do governo do PT em sua essência, com forte intencionalidade de conquistar aliados e votos para as eleições presidenciais de 2014.
Contudo, existe uma série de contradições que a vinda dos cubanos irá explicitar. Uma delas é o próprio debate sobre Cuba e seu modelo socialista, que naturalmente acontecerá em todos os espaços onde um cubano ou uma cubana estiverem trabalhando, assim como um intenso combate de idéias em toda a sociedade brasileira. Outro ponto é que, ainda que não resolva problemas estruturais, permitirá levar algum acesso à saúde para uma população esquecida pelos governos do Estado burguês, elemento que não podemos descartar, mesmo quando pensamos que o conceito de saúde é muito mais amplo do que a mera ausência de doenças. Ainda neste ponto, a presença de médicos de Cuba pode desencadear um debate/mobilização sobre a necessidade de ampliar os recursos à saúde, da formação de recursos humanos e de uma infra-estrutura que permita uma atenção integral e de alta qualidade, somente possível com um sistema 100% público e estatal.
Outra questão que deve surgir à tona é o urgente debate sobre a revalidação dos diplomas expedidos no exterior, hoje centrado num discurso corporativista e xenófobo do Conselho Federal de Medicina e seus apêndices conservadores, que antes de considerar a saúde da população preocupa-se com sua reserva de mercado, já que assim trata a saúde, como uma mercadoria mais a comprar e vender. No intuito de dificultar a entrada de “concorrentes”, fecha as portas realizando provas com alto grau de complexidade, e coloca num mesmo barco os indivíduos que vão buscar formação médica no exterior (principalmente em universidade privadas da Bolívia e da Argentina) e o projeto internacionalista de Cuba para a formação de médicos de ciência e consciência para a América Latina e o mundo, parafraseando Fidel, em que os princípios da saúde com um direito universal, público, gratuito, integral e de alta qualidade, convivem com valores como a solidariedade, o humanismo, o altruísmo e o internacionalismo proletário.
Em Cuba, além da qualidade da formação e o reconhecimento internacional de suas instituições de educação médica, existe uma homogeneidade da formação nas suas diversas instituições de ensino superior, sem as grandes disparidades da formação como existem no Brasil. E para além da inegável qualidade técnica da formação médica, há nos médicos formados em Cuba uma preocupação, como em nenhum outro lugar no mundo, com a questão humanística e a emancipação do ser humano, experiência que é levada por eles aos diversos locais do mundo onde estão presentes. Por esses motivos é imprescindível defender um processo de revalidação imediato dos brasileiros graduados nesse país, com complementação curricular à realidade brasileira e inserção no Sistema Único de Saúde (SUS). O mesmo deve ser defendido para os graduados no exterior em instituições de qualidade reconhecida internacionalmente.
No que diz respeito à problemática da revalidação dos demais diplomas expedidos no exterior, passa pelo mesmo debate a respeito da validação dos diplomas nacionais e deve vir em sintonia com um sistema de avaliação nos mesmos moldes dos cursos de medicina dentro do território nacional. No Brasil é fundamental a construção de um método de avaliação da formação médica com vistas a garantir a qualidade da formação e de promover os ajustes e investimentos necessários nas escolas médicas para manter e aprimorar a qualidade da formação. Deve ir, necessariamente, muito além de uma prova direcionada aos graduados em medicina; passa pela avaliação integral e continuada da instituição, do corpo docente e discente, da estrutura universitária, produção científica e da extensão, qualidade dos campos de estágio e da assistência estudantil. Está é a única forma possível de identificar quais as faculdades de medicina que não são mais do que fábricas de diplomas.
Vale lembrar que hoje o exame nacional de revalidação dos diplomas expedidos no exterior, o REVALIDA, é tão fragmentado e insuficiente quanto as propostas de Exame de Ordem para os graduados de medicina no Brasil, que tem sido sucessivamente rechaçados pelos estudantes, professores e trabalhadores de grande parte das faculdades de medicina do país, entre elas muitas de grande renome nacional .
As instituições que defendem o exame de ordem do direito e da medicina utilizam-se da dificuldade da prova para regular a entrada de profissionais no mercado de trabalho e tentam respaldar suas tentativas de controle da oferta da força de trabalho a partir do discurso da defesa da qualidade dos serviços. O REVALIDA, assim como o projeto de exame de ordem encabeçado pelo CREMESP, tem como principio norteador não o interesse dos usuários dos serviços de saúde ou a qualidade do atendimento, mas a regulação da entrada de força de trabalho no mercado. Interessante observar que nas lutas reais por maiores financiamentos para a saúde, a luta contra a privatização dos serviços públicos, contra as fundações da área da saúde, em defesa de educação pública de qualidade, mais verbas para a educação pública, entre muitas outras, essas entidades não participam.

E o mais importante, como agir frente a essa política?
A notícia da vinda desses milhares de cubanos e cubanos já desencadeou uma importante disputa no campo das idéias e das ações. É um momento em que as posições das classes sociais antagônicas dentro do sistema capitalista se acirrarão. Sendo assim, a posição dos revolucionários deve ser de crítica na essência das políticas de saúde do governo Dilma, mas de defesa dos médicos cubanos, sem deixar em qualquer momento de divulgar ao conjunto da sociedade as reais intenções de mais essa política paliativa, que ao mesmo tempo que chama médicos e médicas altamente qualificados de Cuba para trabalhar em regiões sem a estrutura adequada, corta recursos da saúde e privatiza os serviços e a infra-estrutura da área, para direcionar os recursos ao pagamento de banqueiros e empresários do Brasil e do mundo. Também será de fundamental importância a construção de um forte e amplo movimento social para amparar os cubanos assim que cheguem em território nacional, já que em muitos casos estará em risco, inclusive, sua segurança pessoal. Outra questão importante é aproveitar o momento de debate para defender a revalidação dos diplomas dos brasileiros e brasileiras graduados na Escola Latino Americana de Medicina em Cuba, com a devida complementação curricular nas universidades públicas do Brasil.
A experiência no Tocantins, estado cujo governo estadual em 2005 celebrou um convênio para a vinda de uma centena de médicos cubanos, mostrou que os setores mais conservadores da sociedade não estão no jogo para brincar. Muitos cubanos receberam violentas ameaças naquele momento e, depois de uma intensa luta jurídica, foram expulsos do Brasil. Esse fato, caso se repita, pode gerar uma importante mobilização social, que desde já deve ser preparada com a intensificação do debate em torno à luta por um sistema de saúde 100% estatal e pública, integral e de alta qualidade, contra qualquer tentativa de privatização/precarização e em defesa dos médicos e médicas de Cuba que trabalharão no Brasil, assim como da rebelde, incansável e persistente Revolução Cubana, exemplo de valores, de idéias e de resistência para os povos da América Latina e do mundo. E aos que insistem em atacar Cuba responderemos munidos de Eduardo Galeano:
“Não foi nada fácil esta proeza nem foi linear o caminho. Quando verdadeiras, as revoluções ocorrem nas condições possíveis. Em um mundo que não admite arcas de Noé, Cuba criou uma sociedade solidária a um passo do centro do sistema inimigo. Em todo esse tempo tenho amado muito esta Revolução. E não somente em seus acertos, o que seria fácil, senão também em seus tropeços e em suas contradições. Também em seus erros me reconheço: este processo tem sido realizado por pessoas simples, gente de carne e osso, e não por heróis de bronze nem máquinas infalíveis. A Revolução Cubana tem-me proporcionado uma incessante fonte de esperança. Aí estão, mais poderosas que qualquer dúvida, essas novas gerações educadas para a participação e não para o egoísmo, para a criação e não para o consumo, para a solidariedade e não para a competição. E aí está, mais forte que qualquer desânimo, a prova viva de que a luta pela dignidade do homem não é uma paixão inútil e a demonstração, palpável e cotidiana de que o mundo novo pode ser construído na realidade e não só na imaginação dos profetas.”

Havana, 11 de maio de 2013.

*Otávio Dutra é estudante de medicina na Escola Latino Americana de Medicina em Cuba, militante do Partido Comunista Brasileiro (PCB) e membro da Coordenação Nacional da União da Juventude Comunista (UJC).

terça-feira, 9 de julho de 2013

Programa Mais Medicos

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Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
 
Institui o Programa Mais Médicos e dá outras providências. 
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 62 da Constituição, adota a seguinte Medida Provisória, com força de lei: 
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS 
Art. 1o  Fica instituído o Programa Mais Médicos, com a finalidade de formar recursos humanos na área médica para o Sistema Único de Saúde - SUS e com os seguintes objetivos:
I - diminuir a carência de médicos nas regiões prioritárias para o SUS, a fim de reduzir as desigualdades regionais na área da saúde;
II - fortalecer a prestação de serviços na atenção básica em saúde no País;
III - aprimorar a formação médica no País e proporcionar maior experiência no campo de prática médica durante o processo de formação;
IV - ampliar a inserção do médico em formação nas unidades de atendimento do SUS, desenvolvendo seu conhecimento sobre a realidade da saúde da população brasileira;
V - fortalecer a política de educação permanente com a integração ensino-serviço, por meio da atuação das instituições de educação superior na supervisão acadêmica das atividades desempenhadas pelos médicos;
VI - promover a troca de conhecimentos e experiências entre profissionais da saúde brasileiros e médicos formados em instituições estrangeiras;
VII - aperfeiçoar médicos para atuação nas políticas públicas de saúde do País e na organização e funcionamento do SUS; e
VIII - estimular a realização de pesquisas aplicadas ao SUS. 
Art. 2o  Para consecução dos objetivos do Programa Mais Médicos, serão adotadas, entre outras, as seguintes ações:
I - reordenação da oferta de cursos de medicina e vagas para residência médica, priorizando regiões de saúde com menor relação de vagas e médicos por habitante e com estrutura de serviços de saúde em condições de ofertar campo de prática suficiente e de qualidade para os alunos;
II - estabelecimento de novos parâmetros para a formação médica no País; e
III - promoção, nas regiões prioritárias do SUS, de aperfeiçoamento de médicos na área de atenção básica em saúde, mediante integração ensino-serviço, inclusive por meio de intercâmbio internacional.  
CAPÍTULO II
DA AUTORIZAÇÃO PARA FUNCIONAMENTO DE CURSOS DE MEDICINA 

Resumen diario de noticias del sitio CUBADEBATE


www.cubadebate.cu
Fecha: 2013-07-08


México: Al menos dos muertos tras cierre de jornada electoral
El gobernador de Veracruz, Javier Duarte, confirmó la muerte de una persona en el municipio de Coxquihui, luego de que un grupo de militantes del conservador Partido Acción Nacional (PAN), “balearon la casa de campaña del candidato (por el oficialista Partido Revolucionario Institucional, PRI) Reveriano Pérez; su equipo estaba dentro y resultó herido uno de los integrantes”, indicó Duarte, quien hacía referencia a Ramón Anuar Valencia, que falleció cuando era trasladado a un centro asistencial.

Formación de gabinete: tema controvertido en crisis egipcia
La situación en las calles de Egipto es candente y violenta a ratos, pero la pugna mayor hoy es soterrada y se concentra en la formación del gabinete que regirá el país en los próximos meses. Una muchedumbre estimada en cientos de miles de personas invadió el domingo las calles de esta capital y de otras ciudades del país, movilizados por las entidades seculares para apoyar el movimiento que defenestró a Morsi el miércoles pasado manu militari con amplio respaldo civil.

Presidenta Rousseff presenta programa para mejorar la salud pública
La presidenta brasileña, Dilma Rousseff, presentará hoy el programa Nacional de salud, que busca mejorar la atención médica en los hospitales públicos, elevar la formación de profesionales en esta esfera y contratar galenos extranjeros. El lanzamiento de este plan, denominado "Más hospitales y unidades de salud, más médicos y más formación", se realizará en el Palacio de Planalto, sede de la Presidencia, y contará con la participarán ministros del gobierno.

Agravio a Evo Morales podría integrar agenda en Cumbre del Mercosur
El llamado "Caso Snowden" y el agravio al presidente boliviano Evo Morales podrían imponerse en la ya recargada agenda de la Cumbre del Mercado Común del Sur (Mercosur) que sesionará aquí esta semana. Los mandatarios de los países integrantes y asociados, así como los invitados especiales, se reunirán este viernes, ocasión en que Uruguay traspasará a Venezuela la presidencia pro témpore del bloque, pese a las críticas de Paraguay, miembro suspendido desde el año pasado.

Protestas en Egipto dejan al menos 51 muertos en la jornada (+ Video)
Al menos 42 personas muertas y alrededor de 500 heridos, además de dos centenares de detenidos fue el saldo dejado tras los nuevos enfrentamientos entre fuerzas de seguridad y manifestantes, partidarios del depuesto presidente Mohamed Mursi, durante este lunes frente a la sede de la Guardia Republicana en la capital egipcia. Los islamistas argumentaron que cayeron bajo las balas de las fuerzas de seguridad cuando rezaban de madrugada en El Cairo.

El desarrollo: la razón de ser de la Revolución
Al referirse a la conceptualización de ese modelo, el también Jefe de la Comisión de Implementación de los Lineamientos de la Política Económica y Social del Partido y la Revolución, puntualizó que no hay transformación de la propiedad, sino una modernización de la gestión de esa propiedad. Precisó que la actualización fija bien claro los principios del socialismo cubano y son sus fundamentos los que encierran la modernización de la gestión.

Simplificar trámites para fortalecimiento de sistemas de dirección
La simplificación de los trámites de la población y la organización del sistema de Registros de la nación figuran entre las prioridades para el perfeccionamiento de sus sistemas de dirección. El primero de esos propósitos, informó a los parlamentarios el segundo jefe de la Comisión Permanente para la Implementación de los Lineamientos, Leonardo Andollo Valdés, se incluye actualmente entre los objetivos de la Proyección Estratégica del país, para cuya conducción se está creando un grupo de trabajo temporal.

Chantal: tercera tormenta tropical (+ Fotos)
A las once de esta noche el centro de Chantal se localizó en los 9.8 grados latitud Norte y los 47.2 grados de longitud Oeste, posición que lo sitúa a unos 1390 kilómetros al este sudeste de Barbados, grupo sur de las Antillas Menores. Esta tormenta tropical tiene vientos máximos sostenidos de 65 kilómetros por hora, con rachas superiores y su presión mínima central es de 1008 hectoPascal y se mueve rápido al oeste a razón de 43 kilómetros por hora.

Declarado paisaje cultural de El Cobre Monumento Nacional (+ Fotos)
El paisaje cultural de la localidad santiaguera de El Cobre –famosa por albergar la imagen de la Virgen de la Caridad- y los sitios del camino de la Patrona de Cuba, fueron declarados Monumento Nacional de la República. Incluida en los festejos del XXXIII Festival del Caribe, que tiene como sede a esta ciudad, la proclamación obedece al alto valor histórico, etnográfico y etnológico del poblado, el Cayo la Virgen y Barajagua, estos últimos identificados dentro de la vía de peregrinaje.

Comenzó la Copa de Oro, Cuba debuta mañana ante Costa Rica
La máxima competición de la Confederación Norte Centroamericana y del Caribe de Fútbol (CONCACAF) ya está en marcha. Como cada dos años Estados Unidos recibe en sus tierras a las mejores selecciones del área en busca levantar la Copa de Oro. El valor añadido de esta edición será la consecución de medio boleto a la Copa Confederaciones de 2017. Cuba asiste por séptima ocasión a estas lides y con una nómina bastante renovada busca dejar una buena imagen para superar la fase de grupos y colarse entre los mejores 8 equipos del certamen.

Deslizamiento de tierra incomunica municipios al Occidente del país (+ Fotos)
A consecuencia de las copiosas lluvias que azotaron al extremo occidental cubano durante el mes de junio, la pasada semana se produjo un deslizamiento de tierra de aproximadamente 200 metros en la carretera que comunica los municipios San Cristóbal y Bahía Honda, específicamente en el tramo de la vía conocido como Ojo de Agua. Los trabajos de recuperación deben concluir este mes, pero por lo pronto se recomienda la circulación por vías alternas.

Bolivia pide cuentas a embajadores europeos (+ Infografía)
El Gobierno de Bolivia ha convocado a los embajadores de España, Francia e Italia y al cónsul de Portugal para que den explicaciones por el cierre de sus espacios aéreos al avión del presidente Evo Morales la semana pasada, informa EFE. La ministra boliviana de Comunicación, Amanda Dávila, confirmó en una rueda con los medios que los diplomáticos deberán acudir a lo largo de esta jornada a la Cancillería para dar "una explicación acerca de lo sucedido".

Cuba disputará torneo Challenge de béisbol
Cuba concursará en el III torneo Challenge de béisbol en Canadá del 13 al 22 de agosto próximo, publicó hoy la página web del certamen. El elenco de la isla rivalizará contra sus similares de Taipei de China, Estados Unidos, Japón, Bahamas y el elenco anfitrión. De acuerdo con el sitio oficial, la lid se desarrollará por el sistema de todos contra todos a una sola vuelta, de la cual avanzarán los mejores cuatro equipos a las semifinales.

Reivindican derecho de Nicaragua de asilar a Snowden
Nicaragua tiene derecho a otorgar asilo político al exagente de la Agencia Nacional de Seguridad de Estados Unidos (NSA) Edward Snowden, perseguido por denunciar el espionaje global desde ese país, opinó hoy el analista William Grigbsy. La Constitución Política de Nicaragua, en su artículo 42, reconoce ese derecho y, por tanto, este país tiene puertas abiertas y está dispuesto a otorgar ese tipo de beneficio.

Papa Francisco: "Duele ver a un cura con el último modelo de auto"
El Papa indicó ante unos 6.000 seminaristas y novicias que el coche, si bien "es necesario", es mejor un vehículo "humilde". "Si os viene la tentación de un buen coche, pensad en los niños que se mueren de hambre", dijo."En este mundo en el que las riquezas hacen tanto daño, los curas y las monjas tenemos que ser coherentes con la pobreza. Cuando vemos que el primer interés de una institución parroquial o educativa es el dinero, esto es una gran incoherencia", lamentó Francisco.

EE.UU.: Lauryn Hill a prisión por evasión fiscal
La cantante estadounidense Lauryn Hill, vocalista del desaparecido grupo The Fugees, ingresó hoy en una prisión de Connecticut tras haber sido condenada en mayo pasado a tres meses de cárcel por no pagar cerca de un millón de dólares en impuestos, informó una fuente oficial. La ganadora de cinco premios Grammy ingresó este lunes en la cárcel de mínima seguridad de Danbury (Connecticut).

Anonymous publica datos privados de los directivos de la NSA
El grupo de 'hackers' Anonymous ha publicado en Twitter supuestos datos privados de los directivos de la Agencia de Seguridad Nacional estadounidense (NSA), que está en el centro del escándalo de espionaje tras las revelaciones de Edward Snowden. Los piratas informáticos anunciaron el ataque a través de la cuenta de Twitter 'Operation NSA' (@Op_NSA).

"Juego de Tronos" impulsa la economía irlandesa (+ Video)
“Juego de Tronos impulsa la economía de Irlanda del Norte.” Así titula la agencia estadounidense AP un reportaje sobre cómo los residentes de Irlanda del Norte le están sacando provecho a la guerra por el Trono de Poniente. La lucha entre los Stark y los Lannister ya no es solo un negocio para la cadena HBO o para el escritor estadounidense George R.R. Martin: es una industria de escala nacional, importante para la provincia de un país primermundista.

Sudáfrica: Ritos de circuncisión causan 30 muertos y 293 enfermos
La actual temporada de ritos de circuncisión, tradición que marca la transición hacia la adultez, acumula ya en la provincia sudafricana de Cabo Oriental 30 muertos y 293 enfermos por distintas patologías afines, informó hoy el gobierno. Un comunicado oficial omitió precisar en qué términos exactos de tiempo se contabilizaron las víctimas, pero añadió que en mayo pasado fueron reportados también 34 muchachos fallecidos en otras dos provincias a causa de ese flagelo.

Sesiona Comité para Eliminación de Discriminación contra la Mujer
El Comité para la Eliminación de la Discriminación contra la Mujer inició hoy en Ginebra su LV período de sesiones, durante el cual analizará los avances y desafíos en la lucha por la igualdad de género. Al inaugurar el evento, Nicole Ameline, presidenta del Comité, se refirió a los retos pendientes para lograr la plena igualdad y eliminar todas las formas de exclusión hacia las féminas.

Venezuela recibe la solicitud de asilo de Snowden
El presidente venezolano, Nicolás Maduro, anunció este lunes que su país recibió formalmente la solicitud de asilo emitida por el exagente de la Agencia Central de Inteligencia (CIA, por su sigla en inglés), Edward Snowden. "Ya nos llegó la carta de solicitud de asilo (...) Tendrá que decidir cuándo vuela, si quiere finalmente volar para acá", aseguró Maduro en el Palacio de Miraflores, la sede de la presidencia en Caracas.

Amantes del apocalipsis ya tienen nueva fecha
Los amantes del apocalipsis ya pueden servirse de una teoría para fijar la nueva fecha del fin del mundo en sus calendarios: el año 2.002.013, según nuevos cálculos de los científicos escoceses. A la vida en la Tierra solo le quedan dos millones de años, siendo las plantas y animales los primeros en extinguirse, sus herederos serán pequeñísimos microbios y luego de ello la vida desaparecerá por completo.

¿Soportarían los hombres el parto? (+ Video)
Los hombres no pueden quedar embarazados y no pueden tener bebés. Las mujeres sí. Y desde que quedó marcada esa diferencia en el mundo, los hombres escuchan frases como que "tú no lo pariste", "es el dolor más grande que jamás he sentido" o "las mujeres son las únicas capaces de soportar un dolor igual". Todas parecen ser afirmaciones ciertas, que forman parte de la naturaleza humana y que permanecerá así hasta que la tecnología en el futuro diga lo contrario.

¡Todos fichados!
Nos lo temíamos (1). Y tanto la literatura (1984, de George Orwell) como el cine de anticipación (Minority Report, de Steven Spielberg) nos habían avisado: con los progresos de las tecnologías de comunicación todos acabaríamos siendo vigilados. Claro, intuíamos que esa violación de nuestra privacidad la ejercería un Estado neototalitario. Ahí nos equivocamos. Porque las inauditas revelaciones efectuadas por el valeroso Edward Snowden sobre la vigilancia orwelliana de nuestras comunicaciones acusan directamente a Estados Unidos, país antaño considerado como “la patria de la libertad”.

Atención: Tormenta tropical Chantal enfila hacia el Caribe
La tormenta tropical Chantal avanzaba el lunes a través del Océano Atlántico hacia el este del Caribe, en un trayecto que la llevará a Haití y República Dominicana esta semana, dijeron meteorólogos estadounidenses. Aunque una proyección del Centro Nacional de Huracanes estadounidense (CNH), con sede en Miami, mostraba a la tormenta alejarse del golfo tras avanzar por el este de Cuba la madrugada del viernes, los meteorólogos dijeron que el pronóstico aún está sujeto a posibles cambios.

Yarisley Silva vence en Sotteville
La cubana Yarisley Silva culminó primera en el Mitin Internacional de Sotteville les Rouen, en Francia, con registro de 4.70m. La altura, conseguida en extremis, le valió para aventajar a la norteamericana Mari Saxer (4.60) y a la irlandesa Tori Pena (4.50). Antes había validado los 4.50(xo) iniciales en su segundo intento y renunció a 4.60m para atacar los 4.70m que le otorgaron la victoria.


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Presidenta Rousseff presenta programa para mejorar la salud pública


8 julio 2013 
dilma rousseff 

La presidenta brasileña, Dilma Rousseff, presentará hoy el programa Nacional de salud, que busca mejorar la atención médica en los hospitales públicos, elevar la formación de profesionales en esta esfera y contratar galenos extranjeros.
El lanzamiento de este plan, denominado “Más hospitales y unidades de salud, más médicos y más formación”, se realizará en el Palacio de Planalto, sede de la Presidencia, y contará con la participarán ministros del gobierno.
Se prevé que Rousseff anuncie el aumento de las matrículas para estudiar medicina en universidades federales, así como las cuotas para médicos residentes en centros hospitalarios del Servicio Único de Salud (SUS).
Según el Ministerio de Salud, el programa implicará la ejecución de reformas institucionales, así como involucrará a los tres niveles de gobierno (federal, estadual y municipios) con miras a garantizar la implementación de medidas que garanticen la construcción y remodelación de hospitales, así como la contratación de galenos.
Brasil tiene un déficit de 54 mil médicos, por lo cual realizará una convocatoria internacional para cubrir plazas vacantes en zonas rurales del país, donde en muchos de estos lugares no se cuenta con un profesional de la salud.
La presentación de este plan se registrará tras las multitudinarias manifestaciones de brasileños en casi todo el país, que durante unas tres semanas demandaron una rebaja del pasaje del transporte, menos corrupción y más salud y educación.
La mandataria, quien respaldó estas protestas, señaló que el Gobierno priorizará tres objetivos fundamentales, que constituyen peticiones de la gran mayoría de participantes en esas movilizaciones.
Lo primero será la elaboración de un Plan Nacional de Movilidad Urbana, que priorice el transporte público y como segunda medida asignará el 100 por ciento de las regalías que se obtienen por la explotación del petróleo para la educación, una propuesta en debate en el Congreso.
Y como tercer punto, Rousseff anunció la contratación de médicos extranjeros para ampliar el servicio del Sistema público Único de Salud.
Según estadísticas oficiales, Brasil tiene en promedio 1,8 médicos por cada mil habitantes, muy por detrás de países vecinos sudamericanos y latinoamericanos.
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BRASIL ES UNA PRIORIDAD


Con información de ANSA Brasil es una de las grandes prioridades establecidas por Estados Unidos en el plan de espionaje cibernético denunciado por el ex agente norteamericano Edward Snowden y esto se comprueba en el volumen de datos interceptados durante una década, reportó hoy un diario de Río de Janeiro. Las informaciones de la Agencia de Seguridad Nacional (NSA) filtradas por Snowden indican que el “tráfico de datos telefónicos y por Internet (provenientes de Brasil, ndr) es un blanco prioritario al lado de naciones como China, Rusia, Irán y Paquistán”, escribió el matutino O Globo. “Los documentos de la NSA son elocuentes” sobre la intercepción no autorizadas de datos públicos y privados, indica el extenso artículo de dos páginas, donde se menciona que empresas cedieron informaciones, enviadas desde y hacia el gigante sudamericano. El artículo aclara que no siempre las empresas son cómplices del espionaje estadounidense, el cual suele capturar datos sin el conocimiento de ellas.
“Brasil, con sus extensas redes digitalizadas públicas y privadas, operadas por grandes compañías de telecomunicaciones e Internet” es un objetivo vulnerable del cual la Agencia de informaciones norteamericana extrajo un número “gigantesco” de datos.
EEUU OPERÓ RED DE ESPIONAJE DESDE BRASIL
Con información de ANSA Estados Unidos montó en Brasil una base desde la cual operó la red de espionaje electrónico que invadió millones de mensajes en el país sudamericano y el resto del mundo, mientras la presidenta, Dilma Rousseff, exigió explicaciones a Washington y ordenó una investigación de la Policía Federal, publicó hoy la prensa local. "Funcionó en Brasilia una de las estaciones de espionaje en las cuales agentes de la Agencia de Seguridad Nacional (NSA) trabajaron junto a la Agencia Central de Inteligencia (CIA)" en la recolección y envío de datos obtenidos ilegalmente, escribió el diario O Globo. De acuerdo con el periódico, la unidad de la capital brasileña, que funcionó por lo menos hasta 2002, fue una de las 16 bases operativas instaladas por Washington en todo el mundo para espiar ilegalmente comunicaciones como parte de su estrategia de guerra al terrorismo. El gobierno brasileño expresó ayer su "grave preocupación" a Estados Unidos por la intercepción de cientos de millones de telefonemas y correos electrónicos, lo que fue revelado por O Globo en base en documentos aportados por el ex agente Edward Snowden.
Rousseff analizó el tema el fin de semana con sus ministros y ordenó que la Policía Federal y la Agencia Nacional de Telefonía investiguen si hubo complicidad de empresas de telecomunicaciones.

¡Todos fichados!


Por: Ignacio Ramonet (Le Monde Diplomatique)

 

Domingo, 07/07/2013 12:00 PM | Versión para imprimir

Nos lo temíamos (1). Y tanto la literatura (1984, de George Orwell) como el cine de anticipación (Minority Report, de Steven Spielberg) nos habían avisado: con los progresos de las tecnologías de comunicación todos acabaríamos siendo vigilados. Claro, intuíamos que esa v iolación de nuestra privacidad la ejercería un Estado ne! ototalit ario. Ahí nos equivocamos. Porque las inauditas revelaciones efectuadas por el valeroso Edward Snowden sobre la vigilancia orwelliana de nuestras comunicaciones acusan directamente a Estados Unidos, país antaño considerado como “la patria de la libertad”. Al parecer, desde la promulgación en 2001 de la ley “Patriot Act” (2), eso se acabó. El propio presidente Barack Obama lo acaba de admitir: “No se puede tener un 100% de seguridad y un 100% de privacidad”. Bienvenidos pues a la era del ‘Gran Hermano’...

¿Qué revelaciones ha hecho Snowden? Este antiguo asistente técnico de la CIA, de 29 años, y que últimamente trabajaba para una empresa privada –la Booz Allen Hamilton (3)– subcontratada por la Agencia estadounidense de Seguridad Nacional (NSA, por sus siglas en inglés), reveló mediante filtraciones a los d iarios The Guardian y The Washington Post, la existencia de programas secretos que permiten la vigilancia de las comunicaciones de millones de ciudadanos por parte del Gobierno de Estados Unidos.

Un primer programa entró en vigor en 2006. Consiste en espiar todas las llamadas telefónicas que se efectuan, a través de la compañía Verizon, dentro de Estados Unidos, y las que se hacen desde allí hacia el extranjero. Otro programa, llamado PRISM, fue puesto en marcha en 2008. Supone la recolección de todos los datos enviados por Internet –correos electrónicos, fotos, vídeos, chats, redes sociales, tarjetas de crédito...– únicamente (en principio) por extranjeros que residen fuera del territorio norteamericano. Ambos programas han sido aprobados en secreto por el Congreso de Estados Unidos, al que se habría mantenido, según Barack Obama, “constantemente informado” sobre su desarrollo.

Sobre la dimensión de la increíble violac! ión de nuestros derechos civiles y de nuestras comunicaciones, la prensa ha aportado detalles espeluznantes. El 5 de junio, por ejemplo, The Guardian publicó la orden emitida por el Tribunal de Supervisión de Inteligencia Extranjera, que exigía a la compañía telefónica Verizon la entrega a la NSA del registro de decenas de millones de llamadas de sus clientes. El mandato no autoriza, al parecer, a conocer el contenido de las comunicaciones ni los titulares de los números de teléfono, pero sí permite el control de la duración y el destino de esas llamadas. El día siguiente The Guardian y The Washington Post revelaron la realidad del programa secreto de vigilancia PRISM, que autoriza a la NSA y al FBI a acceder a los servidores de las nueve principales empresas de Internet (con la notable excepción de Twitter): Microsoft, Yahoo, Google, Facebook (4), PalTalk, AOL, Skype, YouTube y Apple.

Mediante esta violación de las comunicaciones, el Gobierno estad ounidense puede acceder a archivos, audios, vídeos, correos electrónicos o fotografías de sus usuarios. PRISM se ha convertido de ese modo en la herramienta más útil de la NSA a la hora de elaborar los informes que diariamente entrega al presidente Obama. El 7 de junio, los mismos diarios publicaron una directiva de la Casa Blanca en la que el presidente ordenaba a sus agencias de inteligencia (NSA, CIA, FBI) establecer una lista de posibles países susceptibles de ser ‘ciberatacados’ por Washington. Y el 8 de junio, The Guardian filtró la existencia de otro programa que permite a la NSA clasificar los datos que recopila en función del origen de la información. Esta práctica, orientada al ciberespionaje en el exterior, permitió recopilar –sólo en marzo pasado– unos 3.000 millones de datos de ordenadores en Estados Unidos...

Durante estas últimas semanas, ambos periódicos han ido revelando, gracias a filtraciones de Ed ward Snowden, nuevos programas de ciberespionaje y vigilanci! a de las comunicaciones en países del resto del mundo. “La NSA –explicó Edward Snowden– ha construido una infraestructura que le permite interceptar prácticamente cualquier tipo de comunicación. Con estas técnicas, la mayoría de las comunicaciones humanas se almacenan para servir en algún momento a un objetivo determinado”.

La Agencia de Seguridad Nacional (NSA), cuyo cuartel general se halla en Fort Meade (Maryland), es la más importante y la más desconocida agencia de inteligencia norteamericana. Es tan secreta que la mayoría de los estadounidenses ignora su existencia. Controla la mayor parte del presupuesto destinado a los servicios de inteligencia, y produce más de cincuenta toneladas de material clasificado al día... Ella –y no la CIA– es quien posee y opera el grueso de los sistemas estadounidenses de recogida secreta de material de inte ligencia: desde una red mundial de satélites hasta las decenas de puestos de escucha, miles de ordenadores y los masivos bosques de antenas situados en las colinas de Virginia Occidental. Una de sus especialidades es espiar a los espías, o sea a los servicios de inteligencia de todas las potencias, amigas o enemigas. Durante la guerra de las Malvinas (1982), por ejemplo, la NSA descifró el código secreto de los servicios de inteligencia argentinos, haciendo así posible la transmisión de información crucial a los británicos sobre las fuerzas argentinas...

Todo el sistema de interceptación de la NSA puede captar discretamente cualquier e-mail, cualquier consulta de Internet o conversación telefónica internacional. El conjunto total de comunicaciones interceptadas y descifradas por la NSA constituye la principal fuente de información clandestina del Gobierno estadounidense.

La NSA colabora estrechamente con el misterioso sistema Eche lon. Creado en secreto, después de la Segunda Guerra Mundi! al, por cinco potencias (los “cinco ojos”) anglosajonas: Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, Australia y Nueva Zelanda. Echelon es un sistema orwelliano de vigilancia global que se extiende por todo el mundo y está orientado hacia los satélites que se utilizan para transmitir la mayor parte de las llamadas telefónicas, comunicaciones por Internet, correos electrónicos y redes sociales. Echelon puede captar hasta dos millones de conversaciones al minuto. Su misión clandestina es el espionaje de Gobiernos, partidos políticos, organizaciones y empresas. Seis bases a través del mundo recopilan las informaciones e interceptan de forma indiscriminada enormes cantidades de comunicaciones que los superordenadores de la NSA posteriormente criban mediante la introducción de palabras clave en varios idiomas.

En el marco de Echelon, los servicios de inteligencia estadounidense y británico han establecido una larga colaboración secreta. Y ahora hemos sabi do, gracias a nuevas revelaciones de Edward Snowden, que el espionaje británico también pincha clandestinamente cables de fibra óptica, lo que le permitió espiar las comunicaciones de las delegaciones que acudieron a la Cumbre del G-20 de Londres en abril de 2009. Sin distinguir entre amigos y enemigos (5).

Mediante el programa Tempora, los servicios británicos no dudan en almacenar colosales cantidades de información obtenida ilegalmente. Por ejemplo, en 2012, manejaron unos 600 millones de “conexiones telefónicas” al día y pincharon, en perfecta ilegalidad, más de 200 cables... Cada cable transporta 10 gigabytes (6) por segundo. En teoría, podrían procesar 21 petabytes (7) al día; lo que equivale a enviar toda la información que contiene la Biblioteca Británica 192 veces al día...

Los servicios de inteligencia constatan que ya hay más de 2.000 millones de usuarios de Internet en el mundo y que casi más de mil millones utilizan Faceb! ook de f orma habitual. Por eso se han fijado como objetivo, transgrediendo leyes y principios éticos, controlar todo lo que circula por Internet. Y lo están consiguiendo: “Estamos empezando a dominar Internet”,  confesó un espía inglés, “y nuestra capacidad actual es bastante impresionante”. Para mejorar aún más ese conocimiento de Internet, la Government Communications Headquarters (GCHQ, Agencia de inteligencia británica) lanzó recientemente dos nuevos programas: Mastering The Internet (MTI) sobre cómo dominar Internet, e Interception Modernisation Programme para una explotación orwelliana de las telecomunicaciones globales. Según Edward Snowden, Londres y Washington acumulan ya, diariamente, una cantidad astronómica de datos interceptados clandestinamente a través de las redes mundiales de fibra óptica. Ambos países destinan en total a unos 550 especialistas a analizar esa titánica información.

Con la ayuda de la NSA, la GCHQ se aprovecha de que gran parte de los cables de fibra óptica que conducen las telecomunicaciones planetarias pasan por el Reino Unido, y los ha interceptado con sofisticados programas informáticos. En síntesis, miles de millones de llamadas telefónicas, mensajes electrónicos y datos sobre visitas a Internet son acumulados sin que los ciudadanos lo sepan, bajo pretexto de reforzar la seguridad y combatir el terrorismo y el crimen organizado.

Washington y Londres han puesto en marcha un orwelliano plan ‘Gran Hermano’ con capacidad de saber todo lo que hacemos y decimos en nuestras comunicaciones. Y cuando el presidente Obama apela a la ‘legitimidad’ de tales prácticas de violación de la privacidad, está defendien do lo injustificable. Además, ha y que recordar que por haber realizado labores de información sobre peligrosos grupos terroristas con base en Florida –o sea, una misión que el presidente Obama considera hoy como ‘perfectamente legítima’– cinco cubanos fueron detenidos en 1998 y condenados por la Justicia estadounidense a largas e inmerecidas penas de prisión (8). Un escándalo judicial que es hora de reparar liberando a esos cinco héroes (9).

El presidente Barack Obama está abusando de su poder y restando libertad a todos los ciudadanos del mundo. “Yo no quiero vivir en una sociedad que permite este tipo de actuaciones”, protestó Edward Snowden cuando decidió hacer sus impactantes revelaciones. Las divulgó, y no es casualidad, justo cuando empezaba el juicio contra el soldado Bradley Manning, acusado de filtrar secretos a WikiLeaks, la organización internacional que publica informaciones secretas de fuentes anónimas. Y cuando el cibermilitante Julian Assange lleva un año refugiado en la Embajada de Ecuador en Londres... Snowden, Manning, Assange, son paladines de la libertad de expresión, luchadores en beneficio de la salud de la democracia y de los intereses de todos los ciudadanos del planeta. Hoy acosados y perseguidos por el ‘Gran Hermano’ estadounidense (10).

¿Por qué estos tres héroes de nuestro tiempo aceptaron semejante riesgo que les puede hasta costar la vida? Edward Snowden, obligado a pedir asilo político en Ecuador, contesta: “Cuando te das cuenta de que el mundo que ayudaste a crear va a ser peor para la próxima generación y para las siguientes, y que se extienden las capacidades de esa arquitectura de opresión, comprendes que es necesario aceptar cualquier riesgo. Sin que te importen las consec uencias”.



(1) Véase Ignacio Ra! monet, & #8220;Vigilancia total” y “Control social total”, en Le Monde diplomatique en español, respectivamente agosto de 2003 y mayo de 2009.
(2) Propuesta por el presidente George W. Bush y adoptada en el contexto emocional que sucedió a los atentados del 11 de septiembre de 2001, la ley “Patriot Act” autoriza controles que interfieren en la vida privada, suprimen el secreto de la correspondencia y la libertad de información. Ya no se exige una autorización para las escuchas telefónicas. Y los investigadores pueden acceder a las informaciones personales de los ciudadanos sin orden de registro.
(3) En 2012, esta empresa le facturó a la Administración estadounidense 1.300 millones de dólares por “asistencia en misiones de inteligencia”.
(4) Hemos sabido recientemente que Max Kelly, el responsable principal de seguridad de Facebook, encargado de proteger la información personal de los usuarios de esta red social contr a ataques externos, dejó esta empresa en 2010 y fue reclutado... por la NSA.
(5) Espiar a diplomáticos extranjeros es legal en el Reino Unido: lo ampara una ley aprobada por los conservadores británicos en 1994 que pone el interés económico nacional por encima de la cortesía diplomática.
(6) El byte es la unidad de información en informática. Un gigabyte es una unidad de almacenamiento de información cuyo símbolo es GB, y equivale a 109 bytes, o sea mil millones de bytes, equivalente, en texto escrito, a una furgoneta llena de páginas con texto.
(7) Un petabyte (PT) equivale a 1015 bytes.
(8) La misión de los cinco –Antonio Guerrero, Fernando González, Gerardo Hernández, Ramón Labañino y René González– consistía en infiltrar y observar las actuaciones de grupos de exiliados cubanos para prevenir actos de terrorismo contra Cuba. A propósito del juicio que condenó a varios de ellos a penas de cadena perpetua, Amnistía Internacional declaró en un comunicado que R! 20;duran te el juicio no se presentó ninguna prueba que demostrase que los acusados realmente hubieran manejado o transmitido información clasificada”.
(9) Véase Fernando Morais, Los últimos soldados de la guerra fría, Editorial Arte y Literatura, La Habana, 2013.
(10) Edward Snowden corre el riesgo de ser condenado a 30 años de prisión después de haber sido acusado oficialmente por la Administración de Estados Unidos de “espionaje”, “robo” y “utilización ilegal de bienes gubernamentales”.

Nunca quise regresar solo a Cuba

Nunca quise regresar solo a Cuba

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Escrito por Deisy Francis Mexidor 

La Habana, 5 jul (PL) Nunca quise salir solo ni regresar solo a Cuba y para mí fue siempre una imagen que me perturbó, para la que me estuve preparando sobre todo en la medida en que se acercaba esa fecha, afirmó el antiterrorista René González.
René, luchador antiterrorista. Héroe de la República de Cuba. Condenado a 15 años de cárcel y otros tres de libertad supervisada por un jurado viciado en la ciudad de Miami. Salió de la prisión en octubre de 2011. A continuación texto íntegro de este diálogo:
El 8 de diciembre de 1990 la vida de René González dio un giro de 180 grados. Con apenas 34 años se "robó" un avión y partió de Cuba para desde entonces respirar bajo otra piel.
En su retina se llevaría la imagen de aquella bata amarilla que llevaba puesta su hija Irmita y la silueta a contraluz de la mujer que lo enamoró desde el primer día con sus ojos: Olga.
Se iban con él el pedazo de cielo que sobrevoló sobre la termoeléctrica de Santa Cruz del Norte, hasta que se sacudió y dijo: "mira pa´lante que estás volando" y el deseo de que quienes una vez lo conocieron confiaran porque él se sabe un hombre bueno.
Veintitrés años después, René González, casi al cumplir 57, está junto a los suyos más allá de las tristezas, las pérdidas irreparables que impusieron la separación y el tiempo, y junto a la misma Olga que lo sigue enamorando.
También al lado de aquella Irmita de la bata amarilla, toda una mujer que le regaló un nieto, y la Ivette que solía colocar sobre su pecho con apenas cuatro meses, ahora una quinceañera.
Rápido en las respuestas, jaranero, de inteligencia desbordante, René González, accedió a dar una exclusiva a Prensa Latina, en la cual afloraron pasajes de una vida demasiado rica en experiencias que quizás alguna vez se decida a contar.
Amigo de los amigos, leal a toda prueba, como en la historia de los Tres Mosqueteros, del francés Alejandro Dumas, René nunca quiso regresar solo a Cuba sin sus hermanos Gerardo Hernández, Ramón Labañino, Antonio Guerrero y Fernando González, aún en la cárcel.
Hijo de Cándido René González e Irma Sehwerert, nació, por los azares, en la ciudad estadounidense de Chicago, el 13 de agosto de 1956.
Dicen que disfrutabas muchísimo cuando niño armar y desarmar juguetes.
Sí, siempre me llamó la atención. El primer juguete que recuerdo que era en kindergaten en Chicago era un camioncito de bomberos, que se le sacaban las partes, se le abría el capó, se le sacaba el motor...a lo mejor eso me decidió a inclinarme por la mecánica.
Ya cuando estábamos aquí (en Cuba, adonde su familia regresa en 1961) yo me dedicaba a arreglar los juguetes de los muchachos de mi edad en el barrio y también de paso rompía algunas herramientas del Viejo y sin que él se enterara aparecían rotas.
Sí siempre me interesó, desde un inicio me interesó y todavía me interesa me gusta trabajar en la mecánica ese tipo de trabajos manuales siempre me han atraído, pero bueno, después triunfó la aviación que tiene otras fuentes de apasionamiento hasta el día de hoy.
El 8 de diciembre de 1990 había una cita con Olga, un cine, una película que no vieron...una botella de vino en una lavadora. ¿Qué fue lo que realmente ocurrió?
Ese día ocurrió la despedida que había estado postergando. Era una etapa difícil y yo ya había intentado irme varias veces sin éxito y siempre se producía esa despedida que cada día era más difícil.
Es una secuencia que se va haciendo pesada, despedirte de la familia sin saber que los vas a volver a ver y después regresar porque no se dieron las condiciones para la partida.
Se trata de una mezcla de que tienes seguir haciendo tu vida pero al mismo tiempo saber que por las razones que conocemos que la Patria te llama en un momento determinado abruptamente vas a tener que interrumpir esa vida.
Ese día se decidieron las cosas, se presentaron las circunstancias y se pudo producir la partida que siempre es un evento traumático para uno y para la familia, pero había que hacerlo.
Aquel 8 de diciembre me despedí de Olguita. Esa imagen nunca se me olvida. No se me olvida el día anterior. El día anterior yo dejé a Irmita en casa de mi mamá y la recosté en un sofá que mi mamá tenía en la sala.
Un sofá cama donde generalmente dormía cuando se quedaba allá. Yo la dormí y la miré preguntándome si no la volvería a ver.
Recuerdo la imagen de ella acostadita con una batica amarilla que le quedaba muy bonita, la observé desde la cabeza hasta los pies. Le di un beso y me fui.
Y en la próxima mañana me levanté para irme a volar y efectivamente, estaba el festival de cine, habíamos acordado ir a ver la película. Olguita me hizo el desayuno. Me despidió en medio del cuarto.
Me acuerdo de la silueta de ella, recostada contra la luz de la cocina y el vestido aquel de florecitas, que ella usaba mucho como una bata de casa. La miré, le di un beso...Na´son cosas que a veces tienes que arrancarte, virar la cara y salir.
También me pasó cuando salía ya. Cuando abandonaba el país, en el avión después de un despegue traumático, cuando alcancé la costa de Jibacoa (playa al norte de La Habana).
Yo iba volando a ras de mar para que no me detectaran y miré de pronto para atrás y recuerdo nítidamente la chimenea de la termoeléctrica de Santa Cruz del Norte.
Me quedé observándola así por un momento y de pronto me tuve me sacudir y me dije ... mira pa'lante que estás volando en un avión. A partir de ahí no miré más para atrás.
El llamado de la patria a veces te impone esas cosas, es un desgarramiento, pero lo haces.