sábado, 25 de fevereiro de 2012

A greve do carnaval


Por Heitor Cesar Oliveira

Imagine um dia, talvez um sábado, ou mesmo uma segunda feira de carnaval. As ruas do Rio vazias. Nenhum bloco; nenhum cordão; nenhum baile; nenhum bêbado cantarolando alguma marchinha; nenhum casal brigando por ciúme; nenhum beijo despretensioso. Imaginem um carnaval que os foliões fizessem greve. Não fossem às ruas. Uma greve de carnaval.

As ruas ficariam desertas. Mais desertas que um início de madrugada de segunda feira. Os comerciantes, estes ficariam em pânicos: os donos dos bares ficariam loucos pensando na “fortuna” por eles gasta para encher seus estoques à espera de foliões e bêbados que não mais apareceriam. A polícia - essa coitada! – perderia grande parte de sua renda extra de extorsão dos foliões exagerados – presas fáceis desse tipo de investimento. Mas o que causaria isso? O que causaria uma greve de carnaval, unindo o folião, o bêbado, os comerciantes ambulantes, os diretores de blocos, os compositores de marchinhas, os sambistas com seus violões e pandeiros?

80 anos do direito de voto feminino no Brasil


publicado em 24/02/2012

Por José Eustáquio Diniz Alves

Fonte
Informativo Agência Patricia Galvão

No dia 24 de fevereiro de 2012, o Brasil comemora os 80 anos do direito de voto feminino. As mulheres passaram a ter o direito de voto assegurado pelo Decreto nº 21.076, de 24/02/1932, assinado pelo presidente Getúlio Vargas, no Palácio do Catete, no Rio de Janeiro. Esta conquista, porém, não foi gratuita.
A luta pelos direitos políticos das mulheres começou ainda no século XVIII. No início da Revolução Francesa, o Marquês de Condorcet – matemático, filósofo e iluminista – foi uma das primeiras vozes a defender o direito das mulheres. Nos debates da Assembleia Nacional, em 1790, ele protestou contra os políticos que excluíam as mulheres do direito ao voto universal, dizendo o seguinte: “Ou nenhum indivíduo da espécie humana tem verdadeiros direitos, ou todos têm os mesmos; e aquele que vota contra o direito do outro, seja qual for sua religião, cor ou sexo, desde logo abjurou os seus”.

Cuba hoje N° 24



24 de febrero de 2012 Año 2 No. 24


INDICE

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

A liberdade de expressão não pode acobertar a injúria




Em editorial publicado na edição de 18 de fevereiro sob o título “Rafael Correa, ditador”, o jornal Folha de S. Paulo afirma que a possibilidade do governante equatoriano se sujeitar a críticas públicas, “ainda que veementes, mesmo se injustas, sem que o autor seja punido por expressá-las” não existe mais no Equador.
O jornal se referia a que na quinta-feira, 16 de fevereiro, a Corte Nacional de Justiça, que é a suprema instância daquele país, confirmou por unanimidade, após recursos em outras instâncias, a sentença inicial que condenou diretores e colunista do diário El Universo a três anos de prisão e multas que somadas totalizam 40 milhões de dólares, por crime de injúria.
É preciso que se diga, a bem da verdade, que críticas veementes, amiúde injustas e caluniosas, contra Rafael Correa foram e são estampadas na imprensa equatoriana, antes, durante e depois do processo que condenou os diretores de El Universo. Basta ler editoriais, matérias de opinião e até simples reportagens publicadas diariamente em publicações locais como Diario Hoy, La Hora, El Telegrafo, El Comercio, alem do próprio El Universo, só para citar as mais importantes. E como a Folha pretende aferir se existe democracia no Equador, basta acrescentar à ampla liberdade de imprensa o fato de Rafael Correa ter sido eleito e reeleito por destacada maioria, da atual Constituição ter sido redigida após pleito constituinte específico e ela ter passado por aprovação popular após demorada discussão.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

XIX brigada Sul-Americana de Solidariedade a Cuba



DECLARAÇÃO DE SOLIDARIEDADE
 
Em 1959 Cuba fez a sua Revolução o que estimulou o surgimento de diversos movimentos de contraposição ao imperialismo em toda América Latina. Outra sociedade começava a se tornar realidade para um “outro mundo” possível. A partir de optar pela posição no campo socialista, neste momento os EUA iniciaram e ainda impõem um bloqueio econômico rigoroso e desumano. Há 50 anos o sistema politico socialista cubano é caluniado, difamado e descaradamente distorcido pela grande mídia mundial. Este resiste a todas as mentiras da imprensa dominante e manipuladora, a todas as investidas terroristas arquitetadas pelo governo dos Estados Unidos, resiste também com força e criatividade à escassez de bens, alimentos e a proibição de importar ou exportar novas tecnologias.
Apesar destas dificuldades, Cuba optou em diversas ocasiões por desenvolver ações solidárias junto a vários países, principalmente os mais pobres, como dar asilo político a companheiros latino-americanos perseguidos nos período duros da ditadura, ou o envio de profissionais cubanos de alta competência em missões humanitárias.
Cuba é hoje um país onde a seguridade social está garantida. Todos os cubanos e cubanas, de qualquer idade, tem direito à educação, em todos os níveis, sendo esta gratuita, totalmente subsidiada, de qualidade e avançada. O mesmo ocorre com demais direitos sociais: alimentação, saúde, pesquisa, habitação, lazer, aposentadoria, cultura, esportes.
Por tudo isso, os e as brigadistas da XIX Brigada Internacional de Solidariedade a Cuba nos colocamos em favor e a disposição para o enfrentamento, através da denúncia aberta dos seguintes pontos:
- Contra as campanhas caluniosas promovidas pelos monopólios imperialistas midiáticos;
- Pela libertação dos 5 heróis cubanos presos injustamente por lutarem em contra do terrorismo;
- Pelo fim do criminoso Bloqueio Econômico;
- Pela desativação da Base Militar de Guantánamo;
- Pelo respeito ao direito de escolha politica do povo cubano.
Para alcançar nossos propósitos nos comprometemos a:
- Desmistificar, a partir de nossa experiência vivida, a realidade cubana tergiversada, construída pelos meios de comunicação em função do imperialismo;
- Difundir o caso dos cinco heróis através de todos os instrumentos de comunicação que temos a disposição em cada território, para assim trabalhar pela libertação dos mesmos;
- Compromisso e adesão com a Revolução cubana e suas propostas democráticas, através de reavaliação de nossos valores e prioridades centrando-as mais na essência de “ser” em lugar do “ter”, dando sentido a nossa ação a partir de uma prática comprometida;
- Promover a participação e organização de novos movimentos com o fim de conscientizar e somar novos companheiros para as próximas brigadas e estimular a união dos povos latino-americanos.
- Denúncia massiva das condições desumanas vividas pelos prisioneiros da base militar de Guantánamo, sua origem e permanência imperialista através da emenda Platt.
Celebramos a criação recente da organização CELAC – Comunidade de Estados Latino Americanos e do Caribe, que encontrará a Cuba presidindo o seu governo proximamente. Esperamos que esta união de nossos povos seja o reflexo do desejo de heróis libertadores de nossas terras cujos pensamentos coincidem com os de José Martí, herói nacional cubano.
 
 
Caimito, Artemisa, 04 de fevereiro de 2012.