sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Península Coreana-2009: depois de muitas tensões, uma esperança

Luis Melián (*)

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O processo de desnuclearizaço da Peninsula Coreana conclui em 2009 coberto pela esperança de uma retomada das conversas com esse fim e a divida se o dialogo entre a RPDC e Estados Unidos registrarnovas paginas.

Há alguns dias a Casa Branca concordou com um encontro direto com a República Democrática da Coreia (RPDC), missão cumprida pelo enviado especial Stephen Bosworth em Pyongyang durante três dias.

O resultado de suas entrevistas com o vice-chanceler Kang Sok-ju, entre outras partes, contribuiu verdadeiramente ao otimismo quanto ao reinicio de um processo que se espera também possa conduzir a menores tensões nos vínculos inter-coreanos.

Qualificadas de úteis, práticas e sinceras, as conversas abordaram também aspectos como a assinatura de um tratado de paz, a normalização das relações bilaterais e a cooperação econômica, incluída a energética.

De acordo com o acontecido, o balanço resumiu-se em declarações que reconheciam o avanço de uma série de entendimentos sobre a necessidade de reiniciar as conversas a seis partes e de implementar a Declaração Conjunta de 19 de setembro de 2005.

Esse documento estabelece compromissos para a RPDC relacionados com seu programa nuclear e de cooperação com Pyongyang para outras partes.

As conclusões do recente diálogo foram bem recebidas em muitas capitais, sobretudo em Beijing, Moscou, Tóquio e Seul, os outros integrantes do mencionado processo.

Sem dúvida, os assuntos analisados e os resultados, inclusive a disposição a sustentar novos encontros, contribuíram para a necessária solução de um diferendo que tem suas raízes na Guerra da Coreia (1950-53) e a prolongada presença dos Estados Unidos na parte sul da península.

Além de refletir os problemas acumulados na história das (não) relações entre Pyongyang e Washington pela negativa desse último a assinar um tratado de paz que substitua o armistício de 1953, pelo qual ambos se mantêm tecnicamente em estado de guerra, a missão de Bosworth ratificou a validade do princípio norte coreano quanto à necessidade de um diálogo direto com a outra parte.

Essa posição foi reiterada com mais insistência ao longo deste ano diante dos acontecimentos que levaram à RPDC a abandonar as conversas em abril passado e a reforçar seu aparato nuclear para a auto defesa diante das ameaças dos Estados Unidos, segundo explicou oportunamente.

Pyongyang retirou-se do citado processo depois de que a Casa Branca promoveu sanções no Conselho de Segurança das Nações Unidas ao questionar o lançamento de um satélite com fins pacíficos por outro país, fato apresentado por Washington e seus aliados como o teste de um míssil balístico.

A parte norte coreana considerou uma flagrante violação de sua soberania e um insulto à dignidade do povo o fato de que esse órgão da ONU analisasse esse passo de seu programa de desenvolvimento espacial com fins pacíficos apesar de que cumpriu os trâmites internacionais estabelecidos para isso.

Como reação lógica ao incremento da hostilidade, a RPDC reforçou seu dissuasivo, inclusive um teste nuclear em maio. Também reiniciou os trabalhos das instalações para o tratamento de barras usadas de combustível, das que processou oito mil até agosto.

Essa decisão fez parte das medidas tomadas para levar a planta nuclear de Nyongbyon a seu estado original, depois de ser inabilitada segundo o lembrado nas conversas a seis bandas, ao que se somou o uso em armas de plutônio extraído com igual fim.

Depois desta etapa de fortes tensões chegou o diálogo direto Washington-Pyongyang, confirmado pelo presidente Barack Obama durante sua visita a Coreia do Sul em novembro passado, sem que sua realização implique alguma mensagem para além da esperança que seus resultados infundem ao se reconhecer a vigência das causas originais do conflito bilateral.

Cabe recordar que qualquer avanço concreto nas relações entre Estados Unidos e a RPDC depende além da retomada também das conversas a quatro bandas- essas duas partes mais China e Coreia do Sul- a fim de conseguir um acordo de paz que substitua o armistício de 1953.

Muitos destes acontecimentos foram aproveitados por forças opostas a uma melhoria nas relações inter coreanas, que viveram um de seus momentos de maior tensão no passado 10 de novembro por causa de um incidente entre forças navais, qualificado pela parte norte de provocação.

Diante desse acontecimento, Pyongyang anunciou um reforço da defesa de sua linha de demarcação marítima militar e o esperado deterioramento dos vínculos fez-se evidente, incluída uma forte campanha contra o país, a qual, ainda que vigente, pareceu ceder um pouco depois do diálogo entre Estados Unidos e a RPDC.

No meio das tensões inter coreanas, alentadora resultou a retomada em setembro dos encontros entre famílias separadas pela guerra e a normalização das atividades no parque industrial conjunto de Kaesong, em território setentrional.

Os momentos de distensão incluíram a presença em Seul de uma delegação oficial de parte-a norte nos funerais do ex presidente sulcoreano Kim Dae-jung, reconhecido como promotor de melhores relações bilaterais.

Mas todo o sucedido em 2009 já faz parte da história que servirá de base ao futuro. Enquanto este chega, reina a esperança infundida pelo diálogo direto e seus pronunciamentos favoráveis a uma retomada das conversas a seis bandas. O demais está por ver.

(*) O autor é correspondente da Prensa Latina na China.

rr/lam/bj

Em busca do tempo perdido, na Cúpula de Copenhague

Por Fausto Triana, enviado especial



Copenhague, 18 dez (Prensa Latina)


Primeiro foram semanas, depois dias e finalmente horas: acaba-se a Cúpula sobre Mudança Climática e os delegados de 193 países seguem em busca do tempo perdido.



Como Marcel Proust, com a diferença substancial de que não se tratam das madalenas que evocam lembranças, senão do futuro em si mesmo da humanidade a partir do planeta em que vivemos. A Conferência das Partes das Nações Unidas (COP15) é um fracasso.



Com seus olhos mais rasgados que nunca, o secretário geral da ONU, Ban Ki-moon, parecia nervoso quando advertiu ontem à noite a mesma mensagem de sempre: "Os dirigentes têm que atuar. É o momento. Não temos mais tempo a perder".



E sucederam-se as frases de conclusão. "Seria uma catástrofe para todos nós. Não é possível falhar para nenhum de nós", disse o presidente francês, Nicolás Sarkozy.



Copenhague não é um jogo onde poder se guardar cartas na manga. É hora de atuar, o veredito da História não salvará aqueles que não assumem sua responsabilidade, sentenciou por sua vez o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva.



Por sua vez, o vice-presidente cubano Esteban Lazo pontualizou: "Isto não é uma obra de caridade, senão, antes de mais nada, uma obrigação moral com o Sul e uma obrigação jurídica resultante dos compromissos assumidos na Convenção".



O governante boliviano, Evo Morales, ao assinalar: "Nosso dever é salvar toda a Humanidade, não apenas a metade dela". Ou o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, quando ironizou que talvez os ricos queiram ir viver em outro planeta.



Sarkozy e Lula impulsionavam na madrugada de Copenhague um arranjo que permita nos seguintes seis meses um acordo vinculante sobre o aquecimento global, com o qual a cena ficará pronta para a COP16, com sede no México em 2010.



Vários ativistas do Greenpeace foram detidos nas últimas horas ao ingressarem no luxuoso jantar de gala da cúpula no Palácio Christianborg desta capital, onde queriam colocar uma mensagem que finalmente dois deles conseguiram passar.



O diretor executivo do Greenpeace-Espanha, Juan López de Uralde, ingressou na instalação com um acompanhante e entre ambos estenderam o cartaz, antes de serem detidos, com a sentença: "os políticos falam, os líderes atuam".



ocs/ft/es

Governo do Equador anuncia distribuição de terras a camponeses

Quito, 18 dez (Prensa Latina)


O governo do Equador anunciou que no próximo domingo entregará garantias de posse de uns 12 mil hectares de terras ociosas a 1.850 famílias camponesas, para que as trabalhem, em um processo que faz parte do denominado Plano Terra.



"Isto significa o início real de um plano de redistribuição de terras, que tanta necessidade tem de realizar no país", assegurou à imprensa o ministro de Agricultura, Pecuária, Aqüicultura e Pesca (MAGAP), Ramón Espinel.



O processo, explicou Espinel, começará com a entrega de uma grande fazenda localizada na província costeira de Esmeraldas (ao noroeste do país) que pertencia ao avariado banco Filanbanco, agora em mãos da estatal Agência de Garantia de Depósitos (AGD).



Trata-se da fazenda El Timbre, de uns mil hectares, que será oferecida a camponeses para que produzam, com assessoria, créditos macios e um acompanhamento do governo.



No Equador, segundo dados de um último censo, existe uma altíssima concentração de terras cultiváveis em poucas mãos, pelo que o Plano Terra "permite saldar uma dívida histórica" com camponeses pobres e tradicionalmente esquecidos pelo Estado.



"Em três meses entregaram-se cerca de sete mil títulos de propriedade e estão por entregar-se 12 mais mil", acrescentou o ministro, e acrescentou que mais de 50 mil hectares podem entrar no processo de regularização de títulos em favor dos camponeses que as trabalham.



O próximo dia 22 está prevista a visita e percurso dos técnicos das entidades envolvesses ao prédio San Esteban, localizado na esquina Cayambe, a fim de preparar a posterior entrega de 300 hectares a 110 famílias camponesas da zona.



Ao Plano Terras se somará o prédio San Antonio de Valencia, localizado na esquina Mejía, província de Pichincha, que esteve em litigio por 22 anos e agora, por decisão política do atual governo, se reverte para beneficiar a centenas de famílias.



ocs/prl/dcp

RPDC ratifica a ampliação de seus vínculos com Cuba

Pyongyang, 18 dez (Prensa Latina)



A República Popular Democrática da Coréia (RPDC) ratificou hoje em voz do vice-presidente do Presidium da Assembléia Popular Suprema, Yang Hyong Sop, sua posição de seguir consolidando as relações de amizade e cooperação com Cuba.



Durante um ato pelo 51º aniversário do Triunfo da Revolução cubana, organizado pela embaixada do país caribenho nesta capital, Yang expressou a convicção de que "estes tradicionais vínculos se fortalecerão e desenvolverão".



"Ratificou a invariável posição do Partido do Trabalho da Coréia (PTC) e o governo da RPDC de consolidar constantemente as relações de amizade e cooperação entre ambos países", afirmou.



Por sua vez, o embaixador cubano José Manuel Galego Montano referiu-se à longa luta livrada pelo povo da ilha para conseguir sua verdadeira independência.



Sublinhou que apesar do bloqueio e o terrorismo midiático, econômico, comercial e bacteriológico que tem enfrentado o país, Cuba atingiu grandes sucessos na educação, cultura, saúde pública e outros ramos. Agradeceu ao povo coreano por seu ativo respaldo a essa luta e desejou-lhe sucessos econômicos e paz duradoura no futuro.



Também ressaltou o significado da celebração no próximo ano do 50º aniversário destes vínculos especiais de solidariedade, inspirados na amizade entre Fidel Castro e Kim Il Sung.



À cerimônia assistiram ademais o Ministro de Educação e presidente do Comitê Coreano de Solidariedade com Cuba, Kim Yong Jin, o ministro de Comércio Exterior, Ly Ryong Nam, e a presidenta do Comitê Coreano de Relações Culturais com o Estrangeiro, Kim Jong Suk.



Igualmente participaram Che Han Chun, vice-presidente dos Sindicatos do país e presidente do Comitê pela Libertação dos Cinco, bem como outras autoridades do PTC, as Forças Armadas, a chancelaria, representantes do corpo diplomático e organismos internacionais acreditados neste país.



Pela ocasião projetou-se o documentário Ode à Revolução, do realizador Roberto Chile.



Também ficou inaugurada uma exposição de cartazes sobre Cuba, as lutas contra o bloqueio e pela libertação de cinco antiterroristas cubanos presos nos Estados Unidos e o 50º aniversário de vínculos com a RPDC, em agosto do 2010.



ocs/tjv/dcp

ALBA sobe tom em Copenhague e declara seu fracasso

Por Fausto Triana



Copenhague, 18 dez (Prensa Latina) Os países da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (ALBA) subiram o tom da Cúpula sobre Mudança Climática (COP15), declararam seu fracasso absoluto e exigiram compromissos transparentes.



Não sabem com quem se metem, se querem apagar as luzes, que o façam e que depois vingam-se retirando pela força, disse o presidente venezuelano, Hugo Chávez, ao responder a pressões para terminar um encontro com os meios de comunicação.



Chávez, acompanhado de seu homologo boliviano, Evo Morales, e o vice-presidente cubano, Esteban Lazo, sentenciou que para a ALBA e outras muitas nações, "não há documento em Copenhague pela falta de vontade política do bloco do Norte".



"Sacaram um texto do nada, negociado as escondidas e pelas costas da maioria. Lamentavelmente, a cúpula é um fracasso, seguiremos lutando para atingir os objetivos de salvar o planeta", apontou.



Por sua vez, Morales condenou a atitude dos anfitriões dinamarqueses de aproveitar sua condição para efetuar deliberações com 26 "países amigos" e tratar assim de forçar uma declaração sem consenso.



"Falam de reduzir os gases contaminantes em dois por cento. Com isso acabariam com os pequenos estados insulares. Dizem de recortar em 50 por cento de CO2 para 2050, é insuficiente. Os milagrosos não têm conseguido milagres com um acordo de contrabando", afirmou.



A seu turno, o vice-presidente de Cuba argumentou que uma das causas do aquecimento global se inscreve no desconhecimento, na ausência de enfoques corretos, "para atacar a raiz do problema, que é o modo consumista do capitalismo".



"Se existisse uma cultura ecológica internacional, Obama (Barack) ao regressar aos Estados Unidos se veria com problemas para explicar a seu povo que não se pode conseguir um acordo em Copenhague para preservar o planeta e o ser humano", considerou Laço.



Em representação do Equador, a ministra Coordenadora de Patrimônio, María Fernanda Espinosa, aplaudiu a atitude dos dois chefes de Estado da ALBA que tomaram parte na citada cúpula de denunciar as manobras em curso na Conferência.



"Deram-se praticas antidemocráticas que transgridem a Carta das Nações Unidas e violam o multilateralismo em procedimentos para passar à força um documento da COP15. Não se pode tolerar um texto maquiado", sublinhou.



Temos voz e a ALBA tem imposto sua voz. O Equador lançou sua iniciativa de renunciar à exploração de petróleo, seu principal setor de exportação, para não continuar danificando a natureza. É algo concreto, um exemplo que deveriam seguir os ricos", agregou.



Por final, o chanceler da Nicarágua, Samuel Santos, criticou também os países industrializados por "se comer o planeta", com "um modo de vida capitalista de luxo, que transfere a culpa ao Terceiro Mundo e não assume suas responsabilidades".



O contato com a imprensa amplamente estendido, que contou também com a assistência do ministro de Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, terminou sem contratempos e os guardas de segurança da ONU consagrados a fazer seu trabalho de maneira respeitosa.



et/ft/es

Defendem verdade sobre invasão estadunidense no Panamá

Panamá, 18 dez (Prensa Latina)


Os chamados de organizações sociais para retomar a verdade sobre a invasão estadunidense ao Panamá cobram hoje força no cenário nacional, em vésperas de comemorar-se duas décadas desse nefasto acontecimento.



Como parte das ações, a Frente Nacional pelos Direitos Econômicos e Sociais (FRENADESO) convocou uma concentração para o próximo dia 20 de dezembro diante da antiga sede diplomática de Washington nesta capital.



O objetivo dessa ação é manter viva a memória da agressão que deixou um importante saldo de vítimas fatais e perdas materiais ao país.



Até o momento, acrescentou FRENADESO, ninguém assumiu a responsabilidade pelos fatos que representaram ademais uma violação aos direitos internacionais e humanos.



Por sua vez, o Partido Alternativa Popular afirmou que depois de duas décadas do genocídio, "caiu a máscara da suposta libertação com que os meios de comunicação a serviço do imperialismo têm quisto cobrir a selvagem e cruel agressão militar".



No contexto atual, disse a FRENADESO, a atenção concentra-se ademais na decisão do governo de instalar 11 bases aeronavais em diversos pontos do país.



Em uma iniciativa lançada sob o argumento de combater o narcotráfico, surgem as dúvidas sobre a possível presença militar de outros países nas citadas instalações, o que é incongruente com o perfil constitucional do país.



Ao informar sobre o projeto, as autoridades ratificaram que as estações serão operadas por efetivos procedentes dos serviços Aeronaval e de Fronteiras, bem como da Polícia Nacional.



ocs/mem/es

Homenagem em festa para colaboradores cubanos na Guatemala

Por Julio Fumero



Guatemala, 18 dez (Prensa Latina) O presidente da República descontraído e feliz, em um lugar solene onde a cerimônia se encerrou, foi o ambiente reinante durante a homenagem rendida por Alvaro Colom aos colaboradores cubanos na Guatemala.



Mais de 400 integrantes da brigada médica e assessores do programa de alfabetização “Eu sim posso” levaram ares totalmente novos ao Pátio da Paz, lugar de diárias cerimônias na sede do governo, o Palácio Nacional da Cultura.



Colom compartilhou com eles um almoço, mas mais que isso, lhes agradeceu a solidariedade do povo da ilha com o seu e permitiu no recinto umas das mais fortes expressões da cubania: sua música e suas danças.



Houve dois discursos no início, ambos breves, de Colom e do embaixador cubano Omar Morales e o resto do tempo a confraternidade desinibida se apoderou de todos.



Médicos e maestros, nos lugares mais distantes da geografia nacional, abraçavam seus colegas depois de longo período sem um encontro.



Enquanto isso, Colom degustava pratos junto ao embaixador como um a mais, rodeado de centenas de cooperantes, sem deixar de atender quando se aproximavam para lhe dizer umas palavras e lhe pedir uma foto para lembrança.



Até esse momento era o borbulho das conversas o imperante, mas então os decibéis subiram até níveis insuspeitos pois o grupo Trinison, de residentes cubanos neste país, encheu o pátio coberto com o inconfundível selo do som.



Não foram poucos os que se debateram entre o desejo de atingir um aperitivo e o de começar a "mover o esqueleto", mas a verdade é que de repente se abriu a pista de dança entre o mobiliário improvisado.



Em sua curta, mas emocionada intervenção, o presidente tinha caçoado com uma incógnita: resistiria a vetusta instalação, símbolo do passado colonial, o embate do festejo?



E diante da possibilidade de algum deterioro assegurou risonho que seria consertado, para assim aprovar o que já sabia se aproximar.



Quase três horas durou o convite coletivo e como fechamento o presidente fez um percurso pelo local, tarefa árdua e lenta pela muralha humana de batas brancas que o rodeava para saudá-lo e, novamente, tirar fotografias com ele.



Em uma pesquisa de poucos minutos, a Prensa Latina confirmou a alegria dos colaboradores pela homenagem, ninguém disse não se sentir feliz, porém mais que nada pela satisfação do cumprimento do dever com os guatemaltecos mais necessitados.



ocs/jf/es

Deputados cubanos analisarão trabalho de Grupos Parlamentares de Amizade

Havana, 18 dez (Prensa Latina)


Os deputados da Assembleia Nacional do Poder Popular cubana realizarão hoje uma revisão no desenvolvimento do trabalho realizado durante este ano pelos Grupos Parlamentares de Amizade com outros países.



Esses coletivos sessionarão no capitalino Palácio das Convenções como parte dos trabalhos prévios ao Período Ordinário de Sessões do órgão legislativo e traçarão, ademais, um plano de ação para 2010.



Os mencionados grupos constituem uma das ferramentas importantes da Assembleia para o estabelecimento e consolidação dos vínculos com outros parlamentos do mundo e com motivo do intercâmbio de experiências mutuamente beneficiosas.



Os legisladores trabalharão divididos em seis plenos de acordo às correspondentes regiões que contam com este tipo de acordos com outros Congressos.



Por outra parte, a jornada anterior teve como centro a sessão da Comissão de Relações Internacionais dedicada a debater sobre as ações desenvolvidas até agora na luta pela libertação dos cinco antiterroristas cubanos presos nos Estados Unidos.



Uma importante intervenção realizou o presidente da Assembleia Nacional, Ricardo Alarcón, que apontou que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, carece agora de pretextos para se negar a abrir as portas dos cárceres aqueles que foram condenados injustamente.



Assinalou que, embora demagogicamente nos Estados Unidos se peça para isso ao presidente que espere a culminação de um processo nos tribunais, isso já não é válido neste caso.



Obama não tem que esperar nada, pois com a ressentença ditada a Antonio Guerrero, Fernando González e Ramón Labañino, tudo referido aos passos legais já terminou, explicou.



Enquanto isso, quanto a Gerardo Hernández e René González, os outros dois prisioneiros, o assunto está fechado desde o verão do ano passado, acrescentou.



Alarcón pontualizou que, a partir deste momento, se trata de uma batalha política pela falta de pretextos para excusar Obama de cumprir com seu dever de libertar os cinco cubanos encarcerados injustamente.



O mais interessante do recente processo de ressentença foi que o governo estadunidense, através da fiscal, repetiu em várias ocasiões, publicamente, para as atas, que estava sentindo a pressão da solidariedade internacional e por isso considerava necessário lhes impor sentenças mais baixas, propôs.



Isso está indicando qual é o caminho a seguir, intensificar a solidariedade, pois se demonstrou e os Estados Unidos reconheceu que lhe foi necessário ceder ou acomodar à pressão internacional, afirmou Alarcón.



Se somos capazes de multiplicá-la e de levar ao conhecimento de mais pessoas nos Estados Unidos a solidariedade que obrigou ao governo a aparentar flexibilidade, chegaríamos à vitória, concluiu.



ocs/jrr/es

Nicarágua-2009: ano de vitória para o sandinismo

Luis Beatón (*)

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Para

Para a governante Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN), 2009 marcou o aniversário 30 do triunfo da Revolução de 1979 que pôs fim à dinastia dos Somoza na Nicarágua.

O partido que lidera o presidente Daniel Ortega, em sua condição de Secretário Geral, depois de demonstrar nas eleições municipais de novembro de 2008 o apoio popular, chegou a este ano disposto a afiançar seus sucessos e ir por novas vitórias.



O voto disciplinado de quase 40 por cento dos nicaraguenses manteve o agrupamento como a estrutura política mais sólida do país apesar do afastamento e algumas contradições com figuras políticas da chamada velha velha guarda que não veem com bons olhos o protagonismo da Coordenadora do Conselho de Comunicação e Cidadania, Rosario Murillo.



Com um bem estruturado equipe, Murillo parece compartilhar o poder com Ortega e suas orientações são seguidas em muitos programas sociais que executa o governo e que têm um reconhecido impacto entre a população.



A agenda do Governo avançou apesar da campanha sustentada pelas forças liberais contra o sandinismo, sobretudo pela facção do deputado e candidato a réu, por sua suposta participação no maior roubo da história bancária da Nicarágua, Eduardo Montealegre.



A Campanha Nacional de Alfabetização de Martí a Fidel, que na prática arrancou em 23 de março de 1980, atinge 3,3 por cento de iletrados para cumprir a meta de declarar ao país livre do flagelo, ainda que segundo o ministro de Educação, Miguel de Castilla, prosseguirá até chegar ao nível de sexto grau no ano 2015.



A titular fala com orgulho de dois programas sociais insígnias da ALBA: Operação Milagre, 60 mil nicaraguenses operados da vista, e a Alfabetização.



Milagre, assegurou, ao fazer ver a gente que tem tido problema com a vista e está cego, é como uma pessoa que se lhe ensina a ler e a escrever.



Para nós, destacou, a Campanha Nacional de Alfabetização e Operação Milagre na Nicarágua são grandes exemplos do que é possível com a solidariedade dos seres humanos.



Estas são dois das grandes vitórias exibidas pelo sandinismo neste ano.



Enquanto, o país avançou no mar turbulento que representa a atual crise econômica global originada nos Estados Unidos.



O presidente do Banco Central da Nicarágua, Antenor Rosales, informou ao fechamento de novembro que pese à crise econômica mundial conclui no ano com um índice econômico aceitável. Nicarágua mostra um sistema financeiro mais sólido ao situar os depósitos em dois bilhões 659 milhões de dólares, enquanto as reservas internacionais atingem 1 bilhão 462 milhões de dólares, a soma mais alta na história do país.



O reitor da atividade bancária na Nicarágua declarou que diminuíram as exportações e as importações por causa da crise o que afetou o fluxo ascendente da atividade comercial do país.



No entanto, o mercado dos países da Aliança Bolivariana para os povos de nossa América (ALBA), representado na Venezuela, em menos de dois anos atinge o consumo de mais de 102 milhões de dólares e deve elevar-se em mais de 200 em 2010.



A este intercâmbio acrescentam-se os 34 projetos de desenvolvimento que executa a Aliança com ênfase na refinaria o Supremo Sonho de Bolívar, um plano de risco que ajudará a produzir cerca de cinco milhões de toneladas de alimentos nos próximos anos, e outras iniciativas de forte impacto social.



Enquanto no campo político, a luta transferiu-se à Assembleia Nacional, a qual se converteu em centro das paixões: o sandinismo por aprovar leis de benefício social e, a oposição, por preservar os interesses das grandes empresas e os benefícios de 16 anos de administrações neoliberais.



Muitas foram os dias em que o órgão legislativo não pôde sessionar ao fracassar ao reunir os 47 votos para fazer o quórum, enquanto em seus corredores os deputados liberais acusavam a seus colegas sandinistas de plagiar os resultados das eleições municipais mas, se abstinham de apresentar provas.



Durante meses os liberais boicotaram algumas sessões da Assembleia Nacional com a justificativa de que os sandinistas impediam a análise de um projeto de nulidade das eleições municipais.



Em novembro de 2008 a oposição perdeu abrumadoramente a maioria das prefeituras do país onde a Frente Sandinista ganhou 105 de 153 praças e ao final do ano, o falhanço opositor se fez sentir.



Neste ano apesar das pressões da oposição e das tentativas de paralisar o parlamento conseguiram-se avanços em qualidade e número de leis, opinou a legisladora sandinista e membro da Junta Diretiva da Assembléia, Alba Palácios.



Avançamos com uma agenda e a maioria das leis aprovaram-se neste ano com o apoio de quase todas as bancadas, destacou.



Como conclusão da luta partidária na Assembleia, se sancionaram a Lei de Equidade Fiscal e o Orçamento Geral da República para o ano 2010.



A Lei de Equidade Fiscal apresentada pelo Poder Executivo com petição para ser aprovada de urgência recebeu o apoio de 47 deputados, 23 contra, 15 abstenções e três que estiveram presentes mas não se manifestaram.



Com ambas leis aprovadas o governo de Ortega dispõe de recursos para ter um orçamento financiado para o 2010, o que lhe permitirá obter créditos de organismo internacionais.



Em sua intransigência, a oposição só conseguiu que no legislativo, após intensos debates, se aprovou uma resolução mediante a qual desconhecem a sentença da Sala Constitucional do Corte Suprema de Justiça, do passado 19 de Outubro, que declarou inaplicável o artigo 147 da Constituição e restabeleceu a reeleição presidencial contínua.



Esta foi uma derrota para a oposição que se mantém resistente a que o povo possa premiar a um candidato por seu bom gerenciamento e que descobria ásperos confrontos no país, caracterizado por alguns meios como a incapacidade opositora de apresentar um programa e um candidato que derrote a Ortega nas próximas eleições.

Ao concluir 2009, o FSLN exibe importantes avanços em seu plano de governo, enquanto os liberais lutam para conseguir a unidade que lhes permita chegar ao poder nas eleições de 2011, algo que para comentaristas políticos é sumamente difícil apesar do apoio financeiro e de outra índole que se gasta Estados Unidos no país.



(*) O autor é correspondente de Prensa Latina na Nicarágua



rr/lb/bj

Vieques, um novo olhar

Gustavo Robreño Díaz (*)

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Havana,

Havana, (Prensa Latina) Ao longo de toda sua historia, a ilha de Porto Rico foi cobiçada, fundamentalmente, como um bastião militar.



Sua privilegiada posição geográfica facilitou, primeiro aos espanhóis e depois aos estadunidenses, resguardar as rotas marítimas que garantem o tráfego para -e da- América do Sul, América Central e o mar do Caribe.



Em 3 de julho de 1898, em uma batalha suicida, a esquadra espanhola do almirante Cervera zarpou para ser afundada em frente a Santiago de Cuba, importante praça do oriente cubano que capitulou finalmente 13 dias depois.



Ocupada Cuba, não era interesse dos Estados Unidos -nem tampouco da Espanha-, mal gastar recursos na disputa pela vizinha ilha, pelo que no Armistício que estabelecia o cessar das hostilidades em Cuba -assinado em 12 de agosto de 1898- se incluiu a Porto Rico.



A partir desse momento a terra borícua transformou-se em centro para o treinamento de tropas e polígono para a realização de provas com armamentos de todo tipo, incluídas munições químicas e biológicas, por parte das Forças Armadas dos Estados Unidos.



Em função disso, Estados Unidos erigiu em Porto Rico um vasto sistema de instalações militares que, de conjunto, somava não menos de 200 quilômetros quadrados.



Como se tudo isso fosse insuficiente, durante os anos da Segunda Guerra Mundial, a Marinha dos Estados Unidos usurpou, também, as três quartas partes da Ilha de Vieques, 111 quilômetros a Sudeste de Porto Rico.





Ruína ecológica



A partir de então, a utilização com fins militares do céu, o mar e a terra de Vieques, reafirmou o caráter colonial da pretendida "livre associação" de Porto Rico e causou ali danos irreparáveis para a vida.

Antes que a Armada estadunidense se estabelecesse naqueles lugares, a economia de Vieques dependia fundamentalmente da pesca, favorecida por sua posição geográfica, justo no leito de uma importante corrente marinha que flui deste o oeste.



Sobressaía a fertilidade de seus solos e a abundância de água.



O cultivo da cana de açúcar conseguiu níveis tais que possibilitou o estabelecimento de quatro centrais açucareiros, ao mesmo tempo em que proliferavam a pecuária e os frutos menores.



No entanto, a esse paradisíaco ambiente seguiram mais de 60 anos de contínuos bombardeios de aviões ou navios, anfíbios e testes com novos armamentos e produtos químicos, tais como, munições revestidas com urânio empobrecido, Napalm e Agente Laranja.



Como para envenenar a perpetuidade o ecossistema de Vieques, em seus mal 135 quilômetros quadrados de superfície se estabeleceram quatro depósitos "oficiais" de desperdícios militares, ainda que cidadãos assegurem que tinha outros clandestinos.



A partir de 1999, intensificou-se a luta do povo porto-riquenho por expulsar à marinha norte-americana de Vieques.



Multiplicaram-se as manifestações e atos de desobediência civil, que concluíram com a saída norte-americana no ano 2004.



Tanto imóveis como espaços abertos passaram a mãos do Serviço de Pesca e Vida Silvestre do Departamento do Interior dos Estados Unidos, que se encarregaria do saneamento e dês-minado, como passo prévio a seu emprego por parte das autoridades locais.



Por aqueles dias, em um controvertido ditame, a Agência de Substâncias Tóxicas e Registro de Doenças do governo estadunidense asseguraram que mais de meio século de manobras militares em Vieques não tinha gerado "riscos sanitários".



Disse-se então que pode ter "algum dano" somente nas denominadas "Zonas de Influência Real", com o que se pretendia ignorar que os efeitos contaminantes das atividades militares em um ecossistema aberto transcendem artificiais demarcações perimetrais.



No entanto, essa própria agência federal norte-americana informou na passada semana que "modificará suas investigações prévias" de há cinco anos sobre as seqüelas que deixaram nessa ilha as sucessivas manobras e testes bélicos.



Segundo o diretor de dita entidade, Howard Frumkin, identificaram-se "ocos" nos dados ambientais que indicam que não é possível dizer "de forma categórica" que não existem riscos para a saúde em Vieques.



Na opinião de Frumkin, encontraram-se razões para "fazer mais perguntas" e assegurou que a agência que dirige "dará um novo olhar a Vieques".



Reação tardia



A pretendida retificação não é nada inovador nem resultado de conclusões próprias.



Uma investigação realizada no ano 2000 pela organização comunitária porto-riquenha, Casa Povo, assegurava que o dano infringido a Vieques se refletia, tanto na devastação física do território, como no envenenamento de seus recursos.



A pesca, devido à natureza destrutiva das atividades militares, transformou-se em uma escassa captura residual, por demais, dentro de uma área restringida.



Em outrora formosas praias, manguezais, baías protegidas e barreiras coralinas de grande riqueza ecológica, é comum encontrar hoje, desde munições sem explodir, até barcaças afundadas repletas de conteiners com substâncias ainda por determinar.

Os canais naturais que uma vez ligaram lagoas interiores com o mar, foram substituídos por áridos caminhos que facilitavam a deslocação dos transportes e efetivos militares, que variaram por completo o equilíbrio natural na área.



A descomposição de meios de combate, abandonados para ser empregues como alvos durante os exercícios de tiro da aviação e a Marinha, propiciaram a presença de metais pesados no mar, no solo, nas águas interiores e na vegetação de Vieques.



Por exemplo, elevados níveis de arsênico, chumbo, cadmio, níquel e cobalto foram detectados na vegetação, o que evidencia a deslocação destes contaminantes do solo até as plantas.



Também, alertou-se sobre a presença de contaminantes desconhecidos, resultado de testes realizados com armamento não convencional, e cuja composição química não foi revelada pelo Pentágono, sob pretexto serem de interesse "da Segurança Nacional".



Enfim, faz-se justiça aos especialistas porto-riquenhos que, há 10 anos, asseguraram que não bastava a retirada da Armada norte-americana para frear a migração dos contaminantes já vertidos e seu efeito, sobretudo, o ecossistema viequense.



(*) O autor é jornalista, historiador e colaborador da Prensa Latina.



rr/gr/bj

Bolívia-2009: Resolvido confronto ao narcotráfico

Pablo Osoria Ramírez(*)

http://xixona.dlsi.ua.es/apertium/webform/index.php?direccion=&word=)

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O confronto ao narcotr?fico na Bolivia conseguiu em 2009 desempenhos que ancoram a convicio de uma impronta nacional no combate a esse flagelo.



A destruição de várias fábricas e laboratórios para a obtenção de cocaína e o confisco de entorpecentes foram alguns dos sucessos da Força Especial de Luta Contra o Narcotráfico (FELCN) na nação sul-americana.



Neste ano, a polícia antidroga capturou três mil 184 pessoas em mais de 10 mil operações e confiscou 25 toneladas de cocaína, segundo um relatório apresentado pelo coronel Oscar Nina, chefe dessa entidade.



Entre janeiro e dezembro, a FELCN destruiu quatro mil 464 fábricas caseiras dessa droga e seis mil 681 poças nas quais os narcotraficantes maceram a coca com compostos químicos para obter um primeiro produto da droga, precisou Nina.



Por sua vez, a Força de Tarefa Conjunta (FTC) fechou seu gerenciamento 2009 com a erradicação de mais de seis mil 246 hectares de cultivos ilegais ou excedentários de folhas de coca em Cochabamba, La Paz e Santa Cruz, percentagem superior à meta fixada que foi de cinco mil hectares.



Regionalizar a luta



Assim, o governo de Evo Morales deu um notório impulso à regionalização no combate ao tráfico de substâncias proibidas com a assinatura de vários acordos com países da região, principalmente os que têm limites fronteiriços.



De acordo com o chefe da Divisão de Luta Contra o Narcotráfico do Ministério de Governo (interior), general Miguel Vásquez, atingiram convênios com Argentina, Brasil e Paraguai, entre cujos fins sobressai a execução coordenada de ações na luta contra traficantes e o crime organizado nas fronteiras.



Para o servidor público, a regionalização no confronto a esse flagelo fortaleceu os interesses bilaterais.



Nesse sentido citou um convênio assinado com Brasil, denominado BraBo, cujo primeiro operativo conseguiu destruir uma planta de grande magnitude para a cristalização de cocaína, localizada no departamento boliviano de Santa Cruz.



Vásquez ressaltou também a luta interna para desarticular a corrente produtiva desse entorpecente.



"É uma tarefa complexa porque implica operativos e estratégias que devem ser aplicados da obtenção da matéria prima, a elaboração da droga e depois o tráfico dessas substâncias controladas", destacou.



Com Argentina está em marcha o plano ARBOL para fechar a passagem a todas as máfias que operam em zonas fronteiriças.



Esse acordo foi assinado depois de um encontro entre as autoridades antidrogas dos dois países, celebrado entre 24 de abril e 5 de maio último.



Vásquez destacou que com Paraguai está em funcionamento outro acordo bilateral denominado BOPAR que tem o mesmo objetivo e que foi referendado por suas autoridades no passado 24 de julho.



Sem apoio dos Estados Unidos



O registro de dígitos históricos em confisco de cocaína, precursores e destruição de laboratórios de cristalização na Bolívia, foi possível sem a intervenção da Agência Antidrogas dos Estados Unidos (DEA, por sua sigla em inglês).



Para as autoridades nacionais, essa entidade somente regulava o comércio de substâncias proibidas enquanto permaneceu no país sul-americano.



Segundo o vice-ministro de Defesa Social, Felipe Cáceres, os efetivos da DEA dedicaram-se mais a imiscuir-se em questões políticas, razão pela qual foram expulsos em novembro de 2008 pelo governo de Evo Morales.



Por sua vez, o ministro de Governo, Alfredo Rada, afirmou que foi difícil compreender o fato de que durante todos os anos de permanência dessa entidade na Bolívia não se tenham notificado, pelo menos desbaratado, laboratórios de cristalização de cloridrato na magnitude registrada em 2009.



Os resultados exibidos pela FELCN tem uma distinção que diferença os esgrimidos entre 1989 e 2008.



Esses frutos do confronto ao narcotráfico, 100 por cento boliviano, afirmam um caminho sem volta na nacionalização da luta antidroga e a expulsão da agência norte-americana.



Denúncia justa



Em setembro último, o presidente Morales denunciou irresponsabilidade por parte do governo dos Estados Unidos no confronto ao narcotráfico.



"Está claro que por trás da luta contra o tráfico de drogas e o terrorismo há interesses imperialistas", disse então o chefe de Estado.



Dessa maneira Morales respondeu a declarações do presidente estadunidense, Barack Obama, com base em um relatório do congresso de seu país, no qual acusou a Bolívia de "ter falhado de maneira perceptível" durante os 12 meses prévios a cumprir suas obrigações delineadas nos acordos internacionais antinarcóticos.

Em essência, o relatório indicava que a nação andina incrementou os cultivos de folha de coca e a produção de cocaína nos últimos dois anos.



Diante dessa acusação, o mandatário boliviano expôs dados que demonstram o contrário, entre eles, o confisco de cocaína base e cloridrato, e a erradicação da folha de coca, superior a quando operava no país a DEA.



De igual forma, referiu-se à oposição dos Estados Unidos a que Bolívia adquira aviões de fabricação checa para combater em tráfico de entorpecentes.



A luta antidroga no país sul-americano mediatiza as negociações entre La Paz e Washington para harmonizar a relação bilateral turvada no final de 2008 pela expulsão mútua de embaixadores.



(*) O autor é correspondente da Prensa Latina na Bolívia



rr/ga/por/bj

Presidente dominicano faz questão de mediar crise hondurenha

Santo Domingo, 17 dez (Prensa Latina)


Um alto servidor público dominicano revelou que o presidente Leonel Fernández prossegue os contatos para mediar na crise institucional hondurenha provocada pelo golpe de Estado de junho passado.

O presidente Fernández continua as conversas ainda não se fecharam definitivamente as possibilidades de diálogo e (de) que se produza na República Dominicana, assegurou à imprensa César Pina, ministro da primeira magistratura.

Recusou no entanto informar se tais foram entre o presidente Manuel Zelaya e Porfirio Lobo, o candidato eleito nas eleições de semanas atrás.

"A informação que tenho é que isso não se fechou; não posso dizer se tem conversado ou não com ambos essa informação a maneja o presidente", disse o ministro Pina.



Zelaya continua alojado na embaixada do Brasil em Tegucigalpa e o eventual governo de Lobo adoece da rejeição da maioria dos governos latino-americanos.

Conforme com anúncios oficiais, Zelaya e Lobo planejavam reunir-se dias atrás aqui, mas o encontro se frustrou devido a obstáculos impostos ao primeiro pelo chefe do regime de facto, Roberto Micheletti. Fernández confirmou na semana passada que tinha iniciado uma mediação no conflito, depois que versões de imprensa aludissem a uma visita de Lobo no marco de uma ofensiva diplomata desenhada para "abrir portas" a seu gerenciamento, da qual desistiu.

Versões iniciais de que Lobo tinha incluído a República Dominicana no périplo e seria recebido por Fernández suscitaram a rejeição de vários meios sociais e Legislativos e, inclusive, de membros destacados do governante Partido da Libertação Dominicana.

Fernández tem sido um crítico acerbo do golpe de Estado e foi comissionado pelo Grupo de Rio para explicar a situação ante a XVI Cúpula do Movimento de Países Não Alinhados, efetuada na localidade egípcia de Charm o Cheij em julho passado.

asg/msl/bj

China pede mais sinceridade a países ricos em Copenhague

Beijing, 17 dez (Prensa Latina)


China reiterou hoje seu chamado ao mundo desenvolvido para que mostre maior sinceridade com respeito ao apoio financeiro e tecnológico no confronto da mudança climática.

A porta voz da chancelaria Yiang Yu renovou também o pedido às nações industrializadas para que assumam igual posição sobre as metas de redução de emissões no médio prazo a fim de eliminar as preocupações dos países em desenvolvimento.

Também as exortou a atender as exigências da outra parte com vistas a conseguir resultados positivos na Cúpula da ONU sobre Mudança Climática em Copenhague.

China apoia o sucesso da conferência e realiza esforços com todas as partes com uma atitude positiva, acrescentou a porta-voz, que defendeu por maiores ações para resultados justos e razoáveis.

O gigante asiático está representado no segmento de alto nível de cita-a na capital dinamarquesa pelo premiê Wen Jiabao, que amanhã exporá aspectos da política do governo chinês frente à mudança climática, incluída a cooperação internacional.

Segundo informou-se oficialmente no passado 26 de novembro, este país propõe-se reduzir para 2020 entre 40-45 por cento a intensidade das emissões de dióxido de carbono por unidade de Produto interno bruto com respeito aos níveis de 2005.

China qualifica esse plano, que responde a uma decisão voluntária, de importante contribuição aos esforços da comunidade internacional para combater o aquecimento global.

asg/lam/bj

Brasil assume nova compra de gás natural boliviano

La Paz,17 dez (Prensa Latina)

As estatais Yacimientos Petrolíferos Promotores Bolivianos (YPFB) e a brasileira Petrobras assinarão amanhã um novo acordo sobre o compra de gás natural que permitirá a Bolívia receber, até 2019, pelo menos mil 200 milhões de dólares adicionais.

De acordo com Carlos Villegas, presidente de YPFB, a aquisição pela vizinha nação do chamado gás rico permitirá que esse montante seja ampliado em até dois mil 160 milhões.

Villegas viajou nesta quinta-feira a Brasília para assistir à assinatura desses acordos que também possibilitam a valoração das chamadas frações líquidas do gás natural exportado (propano, butano e gasolina natural), uma cooperação avaliada através da Ata de Brasília assinada em 14 de fevereiro de 2007 pelos presidentes Evo Morales e Luiz Inácio Lula da Silva.

Nesse convênio, Brasil comprometia-se a pagar mais pelos líquidos com uma margem de montante entre 100 e 180 milhões de dólares por ano do gerenciamento 2007 até a finalização do contrato em 2019, o que não se cumpriu até agora.

A estatal boliviana anunciou que o presidente executivo de YPFB, Carlos Villegas, estará nesta sexta-feira no Rio de Janeiro para formalizar o pagamento mediante a assinatura do adendo com seu similar de Petrobras, José Sergio Gabrielli.

Petrobras tem previsto pagar, de acordo com a versão de YPFB, as primeiras oito faturas, correspondentes ao gerenciamento 2007, em um prazo de 30 dias, uma vez assinado o adendo e um acordo de intercâmbio de volumes.

A YPFB informou, em uma nota de imprensa, que a atualização do procedimento contempla também a construção de uma Planta de Extração de Liquefeitos de Rio Grande.

A estatal petroleira acrescentou que os recursos a ser obtidos por este conceito serão investidos por YPFB para fortalecer os planos de desenvolvimento e expansão da indústria petroleira nacional.

Desde 1999, Bolívia exporta ao Brasil um máximo de 31 milhões de metros cúbicos diários de gás natural.

rc/ga/bj

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

INVASÕES AMERICANAS NO MUNDO

Organizado por Alberto da Silva Jones (professor da UFSC):





Entre as várias INVASÕES das forças armadas dos Estados Unidos fizeram nos séculos XIX, XX e XXI, podemos citar:







1846 - 1848 - MÉXICO - Por causa da anexação, pelos EUA, da República do Texas



1890 - ARGENTINA - Tropas americanas desembarcam em Buenos Aires para defender interesses econômicos americanos.



1891 - CHILE - Fuzileiros Navais esmagam forças rebeldes

nacionalistas.



1891 - HAITI - Tropas americanas debelam a revolta de operários

negros na ilha de Navassa, reclamada pelos EUA.



1893 - HAWAI - Marinha enviada para suprimir o reinado independente anexar o Hawaí aos EUA.



1894 - NICARÁGUA - Tropas ocupam Bluefields, cidade do mar do Caribe, durante um mês.



1894 - 1895 - CHINA - Marinha, Exército e Fuzileiros desembarcam no país durante a guerra sino-japonesa.



1894 - 1896 - CORÉIA - Tropas permanecem em Seul durante a guerra.



1895 - PANAMÁ - Tropas desembarcam no porto de Corinto, província Colombiana.



1898 - 1900 - CHINA - Tropas dos Estados Unidos ocupam a China durante a Rebelião Boxer.



1898 - 1910 - FILIPINAS - As Filipinas lutam pela independência do país, dominado pelos EUA (Massacres realizados por tropas americanas em Balangica, Samar, Filipinas - 27/09/1901 e Bud Bagsak, Sulu, Filipinas 11/15/1913) - 600.000 filipinos mortos.



1898 - 1902 - CUBA - Tropas sitiaram Cuba durante a guerra

hispano-americana.



1898 - Presente - PORTO RICO - Tropas sitiaram Porto Rico na guerra hispano-americana, hoje 'Estado Livre Associado' dos Estados Unidos.



1898 - ILHA DE GUAM - Marinha americana desembarca na ilha e a mantêm como base naval até hoje.



1898 - ESPANHA - Guerra Hispano-Americana - Desencadeada pela misteriosa explosão do encouraçado Maine, em 15 de fevereiro, na Baía de Havana. Esta guerra marca o surgimento dos EUA como potência capitalista e militar mundial.



1898 - NICARÁGUA - Fuzileiros Navais invadem o porto de San Juan del Sur.



1899 - ILHA DE SAMOA - Tropas desembarcam e invadem a Ilha em conseqüência de conflito pela sucessão do trono de Samoa.



1899 - NICARÁGUA - Tropas desembarcam no porto de Bluefields e invadem a Nicarágua (2ª vez).



1901 - 1914 - PANAMÁ - Marinha apóia a revolução quando o Panamá reclamou independência da Colômbia; tropas americanas ocupam o canal em 1901, quando teve início sua construção.



1903 - HONDURAS - Fuzileiros Navais americanos desembarcam em Honduras e intervêm na revolução do povo hondurenho.



1903 - 1904 - REPÚBLICA DOMINICANA - Tropas norte americanas atacaram e invadiram o território dominicano para proteger interesses do capital americano durante a revolução.



1904 - 1905 - CORÉIA - Fuzileiros Navais dos Estados Unidos desembarcaram no território coreano durante a guerra russo-japonesa.



1906 - 1909 - CUBA -Tropas dos Estados Unidos invadem Cuba e lutam contra o povo cubano durante período de eleições.



1907 - NICARÁGUA - Tropas americanas invadem e impõem a criação de um protetorado, sobre o território livre da Nicarágua.



1907 - HONDURAS - Fuzileiros Navais americanos desembarcam e ocupam Honduras durante a guerra de Honduras com a Nicarágua.



1908 - PANAMÁ - Fuzileiros Navais dos Estados Unidos invadem o Panamá durante período de eleições.



1910 - NICARÁGUA - Fuzileiros navais norte americanos desembarcam e invadem pela 3ª vez Bluefields e Corinto, na Nicarágua.



1911 - HONDURAS - Tropas americanas enviadas para proteger interesses mericanos durante a guerra civil, invadem Honduras.



1911 - 1941 - CHINA - Forças do exército e marinha dos Estados Unidos invadem mais uma vez a China durante período de lutas internas repetidas.



1912 - CUBA - Tropas americanas invadem Cuba com a desculpa de proteger interesses americanos em Havana.



1912 - PANAMÁ - Fuzileiros navais americanos invadem novamente o Panamá e ocupam o país durante eleições presidenciais.



1912 - HONDURAS - Tropas norte americanas mais uma vez invadem Honduras para proteger interesses do capital americano.



1912 - 1933 - NICARÁGUA - Tropas dos Estados Unidos com a desculpa de ombaterem guerrilheiros invadem e ocupam o país durante 20 anos.



1913 - MÉXICO - Fuzileiros da Marinha americana invadem o México com a desculpa de evacuar cidadãos americanos durante a revolução.



1913 - MÉXICO - Durante a Revolução mexicana, os Estados Unidos bloqueiam as fronteiras mexicanas em apoio aos revolucionários.



1914 - 1918 - PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL - Os EUA entram no conflito em 6 de abril de 1917 declarando guerra à Alemanha. As perdas americanas chegaram a 114 mil homens.



1914 - REPÚBLICA DOMINICANA - Fuzileiros navais da Marinha dos Estados invadem o solo dominicano e interferem na revolução do povo dominicano em Santo Domingo.



1914 - 1918 - MÉXICO - Marinha e exército dos Estados Unidos invadem o território mexicano e interferem na luta contra nacionalistas.



1915 - 1934 - HAITI- Tropas americanas desembarcam no Haiti, em 28 de julho, e transformam o país numa colônia americana, permanecendo lá durante 19 anos.



1916 - 1924 - REPÚBLICA DOMINICANA - Os EUA invadem e estabelecem um governo militar na República Dominicana, em 29 de novembro, ocupando o país durante oito anos.



1917 - 1933 - CUBA - Tropas americanas desembarcam em Cuba, e transformam o país num protetorado econômico americano, permanecendo essa ocupação por 16 anos.



1918 - 1922 - RÚSSIA - Marinha e tropas americanas enviadas para combater a revolução Bolchevista. O Exército realizou cinco desembarques, sendo derrotado pelos russos em todos eles.



1919 - HONDURAS - Fuzileiros norte americanos desembarcam e invadem mais uma vez o país durante eleições, colocando no poder um governo a seu serviço.



1918 - IUGOSLÁVIA - Tropas dos Estados Unidos invadem a Iugoslávia e intervêm ao lado da Itália contra os sérvios na Dalmácia.



1920 - GUATEMALA - Tropas americanas invadem e ocupam o país durante greve operária do povo da Guatemala.



1922 - TURQUIA - Tropas norte americanas invadem e combatem nacionalistas turcos em Smirna.



1922 - 1927 - CHINA - Marinha e Exército americano mais uma vez invadem a China durante revolta nacionalista.



1924 - 1925 - HONDURAS - Tropas dos Estados Unidos desembarcam e invadem Honduras duas vezes durante eleição nacional.



1925 - PANAMÁ - Tropas americanas invadem o Panamá para debelar greve geral dos trabalhadores panamenhos.



1927 - 1934 - CHINA - Mil fuzileiros americanos desembarcam na China durante a guerra civil local e permanecem durante sete anos, ocupando o território chinês.



1932 - EL SALVADOR - Navios de Guerra dos Estados Unidos são deslocados durante a revolução das Forças do Movimento de Libertação Nacional - FMLN - comandadas por Marti.



1939 - 1945 - SEGUNDA GUERRA MUNDIAL - Os EUA declaram guerra ao Japão em 8 de dezembro de 1941 e depois a Alemanha e Itália, invadindo o Norte da África, a Ásia e a Europa, culminando com o lançamento das bombas atômicas sobre as cidades desmilitarizadas de Iroshima e Nagasaki.



1946 - IRÃ - Marinha americana ameaça usar artefatos nucleares contra tropas soviéticas caso as mesmas não abandonem a fronteira norte do Irã.



1946 - IUGOSLÁVIA - Presença da marinha americana ameaçando invadir a zona costeira da Iugoslávia em resposta a um avião espião dos Estados Unidos abatido pelos soviéticos.



1947 - 1949 - GRÉCIA - Operação de invasão de Comandos dos EUA garantem vitória da extrema direita nas "eleições" do povo grego.



1947 - VENEZUELA - Em um acordo feito com militares locais, os EUA invadem e derrubam o presidente eleito Rómulo Gallegos, como castigo por ter aumentado o preço do petróleo exportado, colocando um ditador no poder.



1948 - 1949 - CHINA - Fuzileiros americanos invadem pela ultima vez o território chinês para evacuar cidadãos americanos antes da vitória comunista.



1950 - PORTO RICO - Comandos militares dos Estados Unidos ajudam a esmagar a revolução pela independência de Porto Rico, em Ponce.



1951 - 1953 - CORÉIA - Início do conflito entre a República Democrática da Coréia (Norte) e República da Coréia (Sul), na qual cerca de 3 milhões de pessoas morreram. Os Estados Unidos são um dos principais protagonistas da invasão usando como pano de fundo a recém criada Nações Unidas, ao lado dos sul-coreanos. A guerra termina em julho de 1953 sem vencedores e com dois estados polarizados: comunistas ao norte e um governo

pró-americano no sul. Os EUA perderam 33 mil homens e mantém até hoje base militar e aero-naval na Coréia do Sul.



1954 - GUATEMALA - Comandos americanos, sob controle da CIA, derrubam o presidente Arbenz, democraticamente eleito, e impõem uma ditadura militar no país. Jacobo Arbenz havia nacionalizado a empresa United Fruit e impulsionado a Reforma Agrária.



1956 - EGITO - O presidente Nasser nacionaliza o canal de Suez. Tropas americanas se envolvem durante os combates no Canal de Suez sustentados pela Sexta Frota dos EUA. As forças egípcias obrigam a coalizão franco-israelense- britânica, a retirar-se do canal.



1958 - LÍBANO - Forças da Marinha americana invadem apóiam o exército de ocupação do Líbano durante sua guerra civil.



1958 - PANAMÁ - Tropas dos Estados Unidos invadem e combatem manifestantes nacionalistas panamenhos.



1961 - 1975 - VIETNÃ. Aliados ao sul-vietnamitas, o governo americano invade o Vietnã e tenta impedir, sem sucesso, a formação de um estado comunista, unindo o sul e o norte do país. Inicialmente a participação americana se restringe a ajuda econômica e militar (conselheiros e material bélico). Em agosto de 1964, o congresso americano autoriza o presidente a lançar os EUA em guerra. Os Estados Unidos deixam de ser simples consultores do exército

do Vietnã do Sul e entram num conflito traumático,que afetaria toda a política militar dali para frente. A morte de quase 60 mil jovens americanos e a humilhação imposta pela derrota do Sul em 1975, dois anos depois da retirada dos Estados Unidos, moldou a estratégia futura de evitar guerras que impusessem um custo muito alto de vidas americanas e nas quais houvesse inimigos difíceis de derrotar de forma convencional, como os vietcongues e suas táticas de guerrilhas.



1962 - LAOS - Militares americanos invadem e ocupam o Laos durante guerra civil contra guerrilhas do Pathet Lao.



1964 - PANAMÁ - Militares americanos invadiram mais uma vez o Panamá e mataram 20 estudantes, ao reprimirem a manifestação em que os jovens queriam trocar, na zona do canal, a bandeira americana pela bandeira e seu país.



1965 - 1966 - REPÚBLICA DOMINICANA - Trinta mil fuzileiros e pára-quedistas norte americanos desembarcaram na capital do país São Domingo para impedir a nacionalistas panamenhos de chegarem ao poder. A CIA conduz Joaquín Balaguer à presidência, consumando um golpe de estado que depôs o presidente eleito Juan Bosch. O país já fora ocupado pelos americanos de 1916 a 1924.



1966 - 1967 - GUATEMALA - Boinas Verdes e marines americanos invadem o país para combater movimento revolucionário contrario aos interesses econômicos do capital americano.



1969 - 1975 - CAMBOJA - Militares americanos enviados depois que a Guerra do Vietnã invadem e ocupam o Camboja.



1971 - 1975 - LAOS - EUA dirigem a invasão sul-vietnamita bombardeando o território do vizinho Laos, justificando que o país apoiava o povo vietnamita em sua luta contra a invasão americana.



1975 - CAMBOJA - 28 marines americanos são mortos na tentativa de resgatar a tripulação do petroleiro estadunidense Mayaquez.



1980 - IRÃ - Na inauguração do estado islâmico formado pelo Aiatolá

Khomeini, estudantes que haviam participado da Revolução Islâmica do Irã ocuparam a embaixada americana em Teerã e fizeram 60 reféns. O governo americano preparou uma operação militar surpresa para executar o resgate, frustrada por tempestades de areia e falhas em equipamentos. Em meio à frustrada operação, oito militares americanos morreram no choque entre um helicóptero e um avião. Os reféns só seriam libertados um ano depois do

seqüestro, o que enfraqueceu o então presidente Jimmy Carter e elegeu Ronald Reagan, que conseguiu aprovar o maior orçamento militar em época de paz até então.*



1982 - 1984 - LÍBANO - Os Estados Unidos invadiram o Líbano e se envolveram nos conflitos do Líbano logo após a invasão do país por Israel - e acabaram envolvidos na guerra civil que dividiu o país. Em 1980, os americanos supervisionaram a retirada da Organização pela Libertação da Palestina de Beirute. Na segunda intervenção, 1.800 soldados integraram uma força conjunta de vários países, que deveriam restaurar a ordem após o massacre de refugiados palestinos por libaneses aliados a Israel. O custo para os

americanos foi a morte 241 fuzileiros navais, quando os libaneses explodiram um carro bomba perto de um quartel das forças americanas.



1983 - 1984 - ILHA DE GRANADA - Após um bloqueio econômico de quatro anos a CIA coordena esforços que resultam no assassinato do 1º Ministro Maurice Bishop. Seguindo a política de intervenção externa de Ronald Reagan, os Estados Unidos invadiram a ilha caribenha de Granada alegando prestar proteção a 600 estudantes americanos que estavam no país, as tropas eliminaram a influência de Cuba e da União Soviética sobre a política da ilha.



1983 - 1989 - HONDURAS - Tropas americanas enviadas para construir bases em regiões próximas à fronteira, invadem o Honduras



1986 - BOLÍVIA - Exército americano invade o território boliviano na

justificativa de auxiliar tropas bolivianas em incursões nas áreas de

cocaína.



1989 - ILHAS VIRGENS - Tropas americanas desembarcam e invadem as ilhas durante revolta do povo do país contra o governo pró-americano.



1989 - PANAMÁ - Batizada de Operação Causa Justa, a intervenção americana no Panamá foi provavelmente a maior batida policial de todos os tempos: 27 mil soldados ocuparam a ilha para prender o presidente panamenho, Manuel Noriega, antigo ditador aliado do governo americano. Os Estados Unidos justificaram a operação como sendo fundamental para proteger o Canal do Panamá, defender 35 mil americanos que viviam no país, promover a democracia e interromper o tráfico de drogas, que teria em Noriega seu líder na América Central. O ex-presidente cumpre prisão perpétua nos Estados Unidos.



1990 - LIBÉRIA - Tropas americanas invadem a Libéria justificando a

evacuação de estrangeiros durante guerra civil.



1990 - 1991 - IRAQUE - Após a invasão do Iraque ao Kuwait, em 2 de agosto de 1990, os Estados Unidos com o apoio de seus aliados da Otan, decidem impor um embargo econômico ao país, seguido de uma coalizão anti-Iraque (reunindo além dos países europeus membros da Otan, o Egito e outros países árabes)

que ganhou o título de "Operação Tempestade no Deserto". As hostilidades começaram em 16 de janeiro de 1991, um dia depois do fim do prazo dado ao Iraque para retirar tropas do Kuwait. Para expulsar as forças iraquianas do Kuwait, o então presidente George Bush destacou mais de 500 mil soldados americanos para a Guerra do Golfo.



1990 - 1991 - ARÁBIA** SAUDITA - Tropas americanas destacadas para ocupar a Arábia Saudita que era base militar na guerra contra Iraque.



1992 - 1994 - SOMÁLIA - Tropas americanas, num total de 25 mil soldados, invadem a Somália como parte de uma missão da ONU para distribuir mantimentos para a população esfomeada. Em dezembro, forças militares norte-americanas (comando Delta e Rangers) chegam a Somália para intervir numa guerra entre as facções do então presidente Ali Mahdi Muhammad e tropas

do general rebelde Farah Aidib. Sofrem uma fragorosa derrota militar nas ruas da capital do país.



1993 - IRAQUE -No início do governo Clinton, é lançado um ataque contra instalações militares iraquianas, em retaliação a um suposto atentado, não concretizado, contra o ex-presidente Bush, em visita ao Kuwait.



1994 - 1999 - HAITI - Enviadas pelo presidente Bill Clinton, tropas

americanas ocuparam o Haiti na justificativa de devolver o poder ao

presidente eleito Jean-Betrand Aristide, derrubado por um golpe, mas o que a operação visava era evitar que o conflito interno provocasse uma onda de refugiados haitianos nos Estados Unidos.



1996 - 1997 - ZAIRE (EX REPÚBLICA DO CONGO) - Fuzileiros Navais americanos são enviados para invadir a área dos campos de refugiados Hutus onde a revolução congolesa ?Marines evacuam civis? iniciou.



1997 - LIBÉRIA - Tropas dos Estados Unidos invadem a Libéria justificando a necessidade de evacuar estrangeiros durante guerra civil sob fogo dos rebeldes.



1997 - ALBÂNIA - Tropas americanas invadem a Albânia para evacuarem estrangeiros.



2000 - COLÔMBIA - Marines e "assessores especiais" dos EUA iniciam o Plano Colômbia, que inclui o bombardeamento da floresta com um fungo transgênico fusarium axyporum (o "gás verde").



2001 - AFEGANISTÃO - Os EUA bombardeiam várias cidades afegãs, em resposta ao ataque terrorista ao World Trade Center em 11 de setembro de 2001. Invadem depois o Afeganistão onde estão até hoje.



2003 - IRAQUE - Sob a alegação de Saddam Hussein esconder armas de destruição e financiar terroristas, os EUA iniciam intensos ataques ao Iraque. É batizada pelos EUA de "Operação Liberdade do Iraque" e por Saddam de "A Última Batalha", a guerra começa com o apoio apenas da Grã-Bretanha, sem o endosso da ONU e sob protestos de manifestantes e de governos no mundo

inteiro. As forças invasoras americanas até hoje estão no território

iraquiano, onde a violência aumentou mais do que nunca.



Na América Latina, África e Ásia, os Estados Unidos invadiam países ou para depor governos democraticamente eleitos pelo povo, ou para dar apoio a ditaduras criadas e montadas pelos Estados Unidos, tudo em nome da "democracia" (deles).

Manuel Marulanda Vélez:

Quando há 60 anos a oligarquia desencadeou a guerra fratricida em nosso país através do terrorismo oficial e dos ódios partidários, procurando mudanças na posse da terra e na recomposição do poder político, subestimou a enorme capacidade de resistência de nosso povo e as colossais dimensões de sua dignidade.



Da mesma forma que centenas de milhares de camponeses, Pedro Antonio Marin foi perseguido desde então pelo governo e os pistoleiros paramilitares da época, obrigado a abandonar seu sossego, trabalho e pertences e, em seguida, a se defender para sobreviver à barbárie oficial em infeliz episódio de nossa história nacional que custou a vida de cerca de 300 mil compatriotas e propiciou o despojo impune de milhões de hectares de terras férteis que passaram para as mãos de poderosos chefes liberais e conservadores de todo o país.



Desde então, graças à sua liderança e enormes capacidades político-militares, aquele que em seguida se chamaria Manuel Marulanda Vélez em homenagem a um líder sindical assassinado, foi assimilando sua experiência militar e desenvolvendo uma visão do mundo revolucionária e comunista que lhe permitiu compreender cabalmente as profundas causas econômicas, sociais e políticas, não só de sua própria situação pessoal, mas também dos profundos desequilíbrios, violências e injustiças de nossa sociedade.



Quando em 1964 a oligarquia lança no sul do estado do Tolima uma nova e criminosa ofensiva militar contra o campesinato, denominada de Plan Laso (Latin American Security Operation), sob a aberta direção do Pentágono norte-americano, Manuel Marulanda Vélez junto com 47 camponeses, em seguida a inumeráveis gestões políticas pela paz que não foram atendidas, levanta-se em armas para enfrentar a agressão e ir ao fundo da solução: lutar pelo poder político e sentar as bases de uma sociedade com justiça social em marcha para o socialismo.

Se Washington e a oligarquia não permitem a luta revolucionária pelas vias democráticas, então optamos por essa única opção possível e nascem as FARC!



Inigualável estrategista, condutor genial, guerreiro invencível, líder invicto de mil batalhas políticas e militares travadas durante 60 anos de luta reivindicando os direitos dos pobres e enfrentando as violências dos poderosos, revolucionário integral que assimilou a teoria dos grandes pensadores, fundindo-a com as verdades que extraiu da vida em sua prática diária, forjando-se como um dos mais destacados dirigentes revolucionários de todos os tempos.



A humanidade não tem antecedentes de um líder das condições de Manuel Marulanda Vélez que haja lutado ininterruptamente durante 60 anos, a partir da oposição armada, e saído ileso e fortalecido depois de imensos operativos militares de arrasamento como o Plan Laso em Marquetalia, a Operação Sonora na cordilheira Central, a op eração Casa Verde, operação Destructor I e Destructor II, Plano Patriota, Plano Colômbia.

E ileso e fortalecido também, depois de confrontações políticas de caráter estratégico como as desenvolvidas nos processos de conversações com o Estado colombiano em Casa Verde , Caracas, México e em Yarí que pretenderam submeter a vontade política e de luta das FARC sem nenhuma mudança nas estruturas da sociedade nem nas correlações do poder político.

Em umas e outras confrontações, nosso comandante evidenciou sua sabedoria e sua capacidade para sair sempre airoso por mais adversas e difíceis que fossem as tormentas e os perigos e nos apontou a rumo a seguir.



Com imenso pensar informamos que nosso comandante-em-chefe Manuel Marulanda Vélez morreu no dia 26 de março passado, como conseqüência de um infarto cardíaco, nos braços de sua companheira e rodeado de sua guarda pessoal e de todas as unidades que formam sua segurança, em seguida a uma breve enfermidade.

Prestamo-lhe as honras que merece um condutor de sua dimensão e demo-lhe honrosa sepultura. Despedimo-lo fisicamente em nome dos milhares e milhares de guerrilheiros farianos e milicianos bolivarianos e dos milhões de colombianos e cidadãos do mundo que o estimam, admiram e amam acima da asquerosa campanha midiática contra as FARC.



A todos eles e seus familiares fazemos chegar nossa solidariedade e nossa voz de condolência.



Partiu o grande líder e de seus inesgotáveis ensinamentos que nos amadureceram em todos estes anos a seu lado, hoje, em meio à nossa dor, queremos ressaltar, por sua vigência e grande valor, sua profunda confiança em nossos princípios revolucionários, planos, propostas e na vitória da causa popular; a têmpera para enfrentar as dificuldades e a essencial importância que significa a sólida unidade interna que nos permitiu desenvolver-nos com vigor em todos os momentos de nossa existência.



Em meio à maior ofensiva reacionária contra organização revolucionária alguma na história da América Latina, continuaremos nossas tarefas acorde com os planos aprovados, solidamente unidos e profundamente otimistas em sair avante apesar da adversidade.



Com as bandeiras de Bolívar, de Jacobo Arenas e de Manuel Marulanda muito altas, prosseguiremos sem descanso nossa luta até conseguir o objetivo da nova Colômbia, da Pátria Grande Latino-americana e do Socialismo. Juramos perante a tumba do nosso comandante!



A confrontação não dá trégua e a luta prossegue. Acordamos unanimemente que à cabeça do secretariado e como novo comandante do Estado Maior Central esteja o camarada Alfonso Cano. Como integrante pleno do secretariado ingresse o camarada Pablo Catatumbo e suplentes os camaradas Bertulfo Alvarez e Pastor Alape.

Continuaremos alentando a luta popular, a formação do Movimento Bolivariano pela Nova Colômbia e do Part ido Comunista Clandestino, assim como a convergência com todos aqueles que lutem pela justiça social, a soberania nacional e a democracia verdadeira.

Toda a força fariana continuará profundamente comprometida em cada área e em todo o país para levar adiante os planos, estreitamente vinculada à população civil como garantia do êxito.



Nossas propostas em torno dos acordos humanitários e das saídas políticas continuam vigentes tal qual reiteramos em múltiplas ocasiões, assim como aquelas expostas tanto no Manifesto como na Plataforma Bolivariana, lançadas a partir destas cordilheiras, serão confluência e gerarão esforço mancomunado para conseguir a paz democrática e o sossego que nos roubou a oligarquia faz 60 anos.

Ao comemorar o 44° aniversário das FARC, prestamos sentida homenagem ao nosso comandante Manuel Marulanda Vélez, a Jacobo Arenas, a Raúl Reyes, a Ivan Rios, a Efraín Guzmán e a todos aqueles que generosamente dedicaram e ofereceram sua vida à causa dos pobres, sem pedir nada em troca, tão somente por sua íntima convicção de buscar o bem comum como característica de seu compromisso revolucionário.



Comandante Manuel Marulanda Vélez: Morrer pelo povo é viver para sempre!Diante do altar da Pátria: Juramos vencer!


 maio de 2008

Salvar o mundo em 48 horas?: dicotomia de Copenhague

Copenhague, 16 dez (Prensa Latina)


Os sinos triunfalistas apareceram na Cúpula sobre Mudança

Climática com a chegada do secretário geral da ONU, Ban Ki-moon, enquanto prevalece o chamado

a salvar o mundo nas próximas 48 horas.

Uma sorte de balbúrdia que deverão resolver os ministros de 193 países, ou seus representantes,

encarregados do tema para deixar a cena pronta para os 130 chefes de Estado ou governo que

discutirão a Declaração ou Protocolo de Copenhague nas próximas quinta e sexta-feira.

As divergências Norte-Sul dominaram a reunião desde seu início no passado 7 de dezembro. Não

têm cessado as críticas aos países ricos por não assumirem suas responsabilidades nas emissões de

CO2 nem também no financiamento para diminuir o problema.

De forma paralela, as ONGs e diversas personalidades, incluídos Prêmios Nobel e figuras de fama

internacional aproveitaram o espaço da Conferência das Partes da ONU (COP15) sobre

aquecimento global para registrar as ameaças ao planeta.

Desmatamento crescente que pode terminar por destruir definitivamente o equilíbrio ecológico, com

grave perigo para a existência das espécies, ficou relegada a um segundo plano frente a insolvência

de outras prioridades.

Em todo caso, a moderação se fez notória no começo do segmento de alto nível ante a iminente

chegada aqui dos presidentes, incluído o estadunidense Barack Obama, em representação da nação

que mais contamina a Terra.

Não há lugar para o fracasso, repetiu enfaticamente Ban Ki-moon, consciente, no entanto, de que

com sorte se atingirá um texto cheio de carências e imperfeições, conquanto próximo no tempo à

COP16 no México, em 2010.

Delegados latino-americanos adiantaram uma felicitação a seus colegas mexicanos. A razão,

simples: a COP16 será menos complexa que Copenhague, terão madurado as negociações e os

méritos da história ficarão no país dos maias e dos aztecas.

A realidade, segundo diplomatas da Bolívia e do Brasil consultados pela Prensa Latina, assinala que

as 48 horas de prazo constituem um lapso brevíssimo e a frustração acompanha a maioria das

nações.

Em geral muitos preferem um passo adiante, por discreto que seja, antes que dar o tiro da

desbandada, mas seguramente a declaração marcará uma enorme decepção para a sociedade civil a

não ser que ocorra um milagre, comentaram as fontes.

ocs/ft/es

Correa chama forças armadas equatorianas a estarem preparadas

Quito, 16 dez (Prensa Latina)


O presidente do Equador, Rafael Correa, chamou as Forças Armadas

a estarem preparadas para responder com firmeza e certeza ante qualquer ameaça interna ou

externa.

O presidente encerrou o ato de ascensão de contra-almirantes de três capitães de navio da Marinha

de Guerra e a graduação de novos oficiais na Escola Superior Naval, efetuada ontem na Base de

Salinas, província de Santa Elena,

"Hoje frente às ameaças que se paira contra nossa soberania, diante de incursões criminosas ou de

qualquer índole, regulares ou irregulares, devemos estar preparados para responder com firmeza,

certeza, pulso firme, absoluta convicção, sagacidade e inteligência", exortou.

"O povo militar é uma instituição nobre de proteção dos direitos, liberdades e garantias dos

cidadãos", afirmou Correa e reiterou que "somos e vamos continuar sendo um país de dignidade,

uma pátria altiva e soberana".

Ressaltou o trabalho da Força Armada, ofereceu seu apoio irrestrito à instituição, mencionou as

ações de seu governo para recuperar a capacidade operativa da Força Armada e qualificou de

criminoso o deixado de fazer nos últimos 10 anos ao deixar desprotegida a Pátria.

Entre o apoio oferecido durante seu mandato, mencionou a capacitação de seus integrantes,

modernização de instalações e equipes, entre eles a aquisição de fragatas, lanchas interceptoras,

renovação de submarinos e equipamento informático.

Estes meios, informou, ajudarão a otimizar o controle de ilícitos no mar, e destacou a

implementação do Sistema de Vigilância Marítima, "único na América do Sul", com lanchas

italianas, docas flutuantes e aviões não tripulados, mas no entanto esclareceu ainda "não é

suficiente".

Na cerimônia militar estiveram presentes o ministro de Defesa, Javier Ponce; o chefe do Comando

Conjunto das Forças Armadas, general Fabián Varela; e o comandante geral da Marinha, almirante

Allan Molestina, entre outras autoridades.

ocs/prl/dcp

Irã realiza prova exitosa de novo míssil Sejjil-2

Teerã, 16 dez (Prensa Latina)


Irã confirmou hoje o lançamento exitoso de uma versão otimizada do

míssil Sejjil-2, como parte de seus planos em longo prazo para defender as fronteiras nacionais,

reportaram jornais noticiosos nesta capital.

A prova do foguete foi realizada com normalidade e de acordo com as expectativas, comentou uma

fonte militar citada pelo canal iraniano PRESS TV, que também mencionou qualidades técnicas do

artefato dissuasivo que trabalha com combustível sólido combinado.

Segundo a fonte, o sistema dissuasivo foi construído a partir de um esforço para desenhar um míssil

"mais certeiro e rápido" que outros modelos fabricados previamente no país persa.

As forças armadas iranianas provaram em maio deste ano na província de Semnan a versão inicial

do míssil balístico de duas fases Sejjil-2, fato anunciado então pelo próprio presidente Mahmoud

Ahmadinejad.

O foguete terra-terra lançado em maio operava com duas máquinas e tinha um alcance de dois mil

quilômetros, capaz de ir para além da atmosfera, regressar e atingir seu objetivo, segundo precisou

depois o ministro de Defesa, Mohammad Mostafa Najjar.

Najjar explicou então que o artefato balístico de tecnologia avançada tinha aterrissado exatamente"

em um lugar não especificado, mas previsto.

A denominação de Sejjil (argila assada em persa) refere-se em termos alcoranistas às pedras

lançadas pelos pássaros que enviou Deus (Alah) para derrotar a um exército de elefantes com os que

o rei do Iêmen desejava destruir a cidade santa da Meca.

ocs/ucl/bj

Copyright(

Justiça uruguaia reconstrói caso de desaparecida em ditadura

Montevideo, 16 dez (Prensa Latina)

A Justiça uruguaia reconstruiu o caso de María Claudia García

em um dos principais centros de reclusão da última ditadura (1973-1985), a antiga sede do Sistema

de Informação de Defesa (SID).

García, nora do escritor argentino Juan Gelman, foi detida na Argentina em 1976 e transportada a

Montevideo em um dos chamados vôos da morte, coordenados pelos regimes militares de ambos

países como parte da Operação Condor.

Nos recentes inquéritos declararam o ex soldado Julio César Barboza, a ex presa política María do

Pilar Nores e o ex chefe policial Ricardo Medina, em uma audiência por sequestro e

desaparecimento desenvolvido no citado edifício.

O SID era dirigido pelo coronel Juan Antonio Rodríguez Buratti, quem ao suicidar-se em 2006,

impediu de ser processado pelo desaparecimento do militante de esquerda Adalberto Soba.

Os militares José Nino Gavazzo, Ricardo Arab, Luis Maurente, Gilberto Vázquez e Medina, todos

condenados em primeiro lugar por violações aos direitos humanos, também operaram no SID.

Grávida a termo, María Claudia foi enclausurada em um hospital militar, onde em novembro de

1976 deu a luz a uma menina que foi entregue à família de um polícia uruguaio. Depois não se teve

mais notícias dela.

Gelman localizou a sua neta, Macarena, no ano 2000 e desde essa data ambos fazem esforços por

conhecer a sorte da desaparecida.

asg/wap/bj

Denunciam Israel na ONU por assentamentos na Palestina

Nações Unidas, 16 dez (Prensa Latina)


Nações Unidas escutou hoje um novo apelo a ações urgentes

e decisivas contra Israel por suas atividades em torno dos assentamentos de colonos israelenses nos

territórios palestinos ocupados.

O reclamo foi lançado nesta terça-feira pelo birô do comitê da ONU para o exercício dos direitos

inalienáveis do povo palestino, um dia antes de uma nova sessão do Conselho de Segurança

dedicada à situação no Médio Oriente.

A demanda está contida em uma declaração que denuncia as violações da lei internacional por parte

de Tel Aviv como atos que vão para além do contexto palestino-israelense.

Essas ações podem afetar situações de conflito em outras partes do mundo ao desacreditar,

desprestigiar e subverter a ordem legal vigente, aponta o documento do comitê da ONU.

Recusa a suspensão temporária da atividade dos assentamentos israelenses em terras palestinas e

exige seu congelamento e o imediato desmantelamento das comunidades de colonos edificadas

desde março de 2001.

A respeito, o comunicado reitera que a lei internacional humanitária e a Convenção de Genebra

estipulam que "a potência ocupante não deportará ou transferirá partes de sua própria população

civil para o território que ocupa".

Assim mesmo, respalda a postura da direção palestina de não retomar o diálogo político com Israel

enquanto Tel Aviv continue com esse tipo de projetos.

O organismo pede a adoção de medidas individuais e coletivas que garantam o respeito da lei por

parte de Israel, sem descartar a convocação de uma conferência internacional sobre o tema.

A declaração também acusa os colonos israelenses de responsáveis por diversos incidentes

violentos, provocações e ataques contra civis palestinos e suas propriedades.

ocs/vc/bj

Promotoria venezuelana confirma 10 detidos por ilegalidades bancárias

Caracas, 15 dez (Prensa Latina)


A promotora geral da República de Venezuela, Luisa Ortega,

confirmou hoje que 10 pessoas receberam imputações e permanecem privadas de liberdade por

violações detectadas em bancos privados.

De acordo com a servidora pública, os encerrados enfrentam várias acusações por delitos previstos

na legislação vigente.

O principal fato punível responde a casos de donos e diretores de bancos que utilizaram dinheiro de

acionistas para fazer investimentos, explicou no programa Dando e Dando, de Venezuelana de

Televisão.

Segundo Ortega, também há imputações por associação para delinquir. Estamos ante presunções a

partir dos elementos disponíveis, os quais podem aumentar com o aprofundamento das

investigações do Ministério Público para determinar as responsabilidades exatas, esclareceu.

Para a promotora geral, não se descartam novas acusações na pesquisa vinculada com a intervenção

governamental dos bancos Bolívar, Confederado, Baninvest, Real, Universal, BaNorte, Canárias e

Banpro, estes dois últimos liquidados.

Ortega expôs que permanecem ativas 28 ordens de captura contra suspeitos, cujo paradeiro se

desconhece.

Alguns deles sabemos que já escaparam para o exterior, por isso se realizaram contatos via Interpol,

precisou.


consulta à Direção Comercial da Agência no Brasil (plbrasil@inverta.com.br).

A oficial informou que será realizada a apresentação, nos próximos dias, de 17 testemunhas que

serão entrevistadas pela Promotoria.

ocs/wmr/bj

Denunciam que extrema-direita venezuelana aposta a morte de grevista

Caracas, 15 dez (Prensa Latina)


A presidenta do Parlamento venezuelano, Cilia Flores, acusou hoje

setores de ultra-direitistas de apostar à morte do grevista Franklin Brito para culpar ao governo.

Os setores ultra-dereitistas venezuelanos, sublinhou, estão apostando no falecimento do produtor

agropecuário para depois atribuir ao governo e ao processo revolucionário, assinalou Flores desde a

sede da Assembléia.

Considerou que dá tristeza ver como o canal Globovisión alega que Brito tem direito a continuar a

greve de fome, a qual leva implícita uma condenação de morte.

A parlamentar recordou que sustentaram um encontro com este produtor agropecuário durante o

qual lhe ofereceram toda sua solidariedade e que o Estado, através do Instituto Nacional de Terras

(INTI), reconheceu seus direitos sobre um fundo.

Expressada toda nossa solidariedade, lhe dissemos que nos preocupava sua saúde e que sua vida

estava acima de qualquer posse material como terras ou dinheiro, ou reivindicação alguma, precisou

Flores.

Agregou que ele se comprometeu a receber tratamento médico para se recuperar dos danos

consulta à Direção Comercial da Agência no Brasil (plbrasil@inverta.com.br).

irreversíveis que tem sofrido pela greve de fome se o INTI garantisse os seus direitos.

O Estado deu-lhe resposta, as quais agora Brito está fazendo novas exigências, remarcou a

deputada.

Não podemos permitir, manifestou, que se faça dano pois não há nada que possa justificar uma

auto-agressão e assim mesmo repudiamos o apoio dos setores opositores para que continue a greve

de fome.

Brito iniciou a greve de fome faz cinco meses em protesto pela expropriação de suas terras por parte

do INTI.

O 4 de dezembro último, depois de ser notificado a respeito da anulação dessa decisão, o produtor

paralisou a greve de fome, retomando-a novamente a partir de 11 de dezembro e depois foi

transferido ao Hospital Militar, onde permanece.

ocs/rsm/bj

Aumenta garantia para acionistas na Venezuela

Caracas, 15 dez (Prensa Latina)


O Parlamento venezuelano aprovou hoje a Lei de Bancos que

estabelece o aumento do fundo de garantia de depósitos aos acionistas de 10 mil a 30 mil bolívares

(de 4.651 a 13.953 dólares).

Com respeito a contribuição dos bancos Fundo de Garantias de Depósitos e Proteção Bancária

(FOGADE) fixou-se o 1,5 por cento semestral do valor correspondente ao dinheiro dos acionistas.

Durante a sessão ordinária desta terça-feira, a Assembléia aprovou um crédito para o Ministério do

Interior e Justiça por mais de nove milhões 936 mil bolívares (4 milhões 621 mil 395 dólares).

Assim mesmo foi sancionada em primeira discussão a Lei de Controle para a Defesa Integral do

Espaço Aéreo.

Ao respeito, o presidente venezuelano, Hugo Chávez, manifestou na última sexta-feira seu acordo

de aumentar o topo da garantia de depósitos outorgados pelo governo de 10 mil a 30 mil bolívares.

Neste contexto, a justiça venezuelana continua a investigação relacionada com oito bancos

intervidos pelo Estado desde o 20 de novembro passado depois de detectar-se várias irregularidades

em Canárias, Banpro, Confederado, Bolívar, Real, Baninvest, Central e BaNorte.

ocs/rsm/bj

Denunciam

Propõem realizar auditoria a dívida externa da Bolívia

La Paz, 16 dez (Prensa Latina)


A Fundação Jubileo, que reuniu aqui a pesquisadores da Argentina,

Brasil, Equador, Peru e Uruguai, propôs realizar uma auditoria à dívida externa da Bolívia.

De acordo com a analista Patricia Miranda, do comitê organizador desse fórum, a Câmara de

Deputados poderia constituir uma comissão especial de auditoria de dívida externa que a Bolívia

contraiu desde 1970.

Esse grupo estabeleceria o uso e impacto social, econômico e ambiental destes recursos, além das

condições em que foram contraídos os empréstimos.

Explicou que o objetivo é determinar qual tem sido a origem dos créditos externos, suas condições,

utilização e o impacto econômico, social e ambiental.

Também permitirá sentar precedentes para não incorrer nos mesmos erros do passado, considerando

ademais que o endividamento tem um custo para o país com pagamentos por serviço de dívida que,

em ocasiões, superou a despesa em educação e saúde.

O marco legal proposto para esta auditoria é a Constituição Política do Estado e o projeto de lei

contra a corrupção Marcelo Quiroga Santa Cruz.

Os resultados da auditoria servirão para que as autoridades realizem ações que correspondam contra

os responsáveis, se se evidência que há danos ao país; melhorar os processos de endividamento e a

elaborar estratégias de negociação.

A princípios da década de 70, o saldo da dívida do país andino era de 524 milhões de dólares e em

1985 chegou a três bilhões e 294 milhões.

Segundo Jubileo, o aumento destas obrigações registrou-se em períodos de governos ditatoriais.

ocs/ga/dcp

Bolívia

Vice-presidente eleito uruguaio descarta TLC com Estados Unidos

Montevidéu, 16 dez (Prensa Latina)


O vice-presidente eleito uruguaio, Danilo Astori, afirmou que o

Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) é estratégico para o Uruguai e descartou a assinatura de

um Tratado de Livre Comércio (TLC) com os Estados Unidos.

Astori, citado hoje por meios locais, falou durante um encontro na Câmara de Comércio Uruguaio-

Britânica, onde fundamentou o conceito de regionalismo aberto política – disse defendida pelo

Uruguai.

"Esta concepção conjuga o pertence a uma região e sua aposta ao desenvolvimento com uma

liberalização do comércio que lhe permita competir no mundo e melhorar as condições de acesso de

sua produção aos mercados mundiais", explicou.

Astori defendeu o pertence de seu país ao bloco e o compromisso para ajudar a sacá-lo adiante e

afirmou que se devem atacar as assimetrias do organismo.

Fez questão da fórmula do Uruguai: "mais e sobretudo melhor MERCOSUL" já que, argumentou,

existem obstáculos grandes para a circulação de bens e serviços, problemas alfandegários e não

tarifários e sobretudo as assimetrias de estrutura e as políticas".

ocs/wap/dcp

Fidel a Chavez

El líder de la Revolución Cubana rememora el aniversario 15 de su encuentro con Chávez en el Aula Magna de la Universidad de La Habana, el 14 de diciembre de 1994.





Querido Hugo:



Hoy se cumplen 15 años de nuestro encuentro en el Aula Magna de la Universidad de La Habana, el 14 de diciembre de 1994. La noche antes te había esperado en la escalerilla del avión que te trajo a Cuba.



Conocía de tu levantamiento en armas contra el gobierno pro yanki de Venezuela. A Cuba habían llegado noticias de tus ideas cuando guardabas prisión, y al igual que nosotros, te consagrabas a la profundización del pensamiento revolucionario que te llevó al levantamiento del 4 de febrero de 1992.



En el Aula Magna, de forma espontánea y transparente, vertiste las ideas bolivarianas que llevabas dentro, y te condujeron, en las condiciones específicas de tu país y de nuestra época, a la lucha por la independencia de Venezuela contra la tiranía del imperio. Después del esfuerzo de Bolívar y demás colosos que llenos de sueños lucharon contra el yugo colonial español, la independencia de Venezuela era solo ridícula apariencia.



Ningún minuto de la historia es igual a otro; ninguna idea o acontecimiento humano puede ser juzgado fuera de su propia época. Tanto tú, como yo, partimos de conceptos que fueron evolucionando a lo largo de milenios, pero tienen mucho de común con la historia lejana o reciente en la que la división de la sociedad en amos y esclavos, explotadores y explotados, opresores y oprimidos fue siempre antipática y odiosa. En la época actual constituye la mayor vergüenza y la principal causa de la infelicidad y el sufrimiento de los seres humanos.



Cuando la productividad del trabajo, apoyada hoy en la tecnología y la ciencia, se multiplicó por decenas y en algunos aspectos cientos y hasta miles de veces, tales y tan injustas diferencias debían desaparecer.



Tú, yo y con nosotros millones de venezolanos y cubanos compartimos esas ideas.



Tú partiste de los principios cristianos que te inculcaron y un carácter rebelde; yo, de las ideas de Marx y un carácter también rebelde.



Hay principios éticos universalmente admitidos que son válidos tanto para un cristiano, como para un marxista.



Desde ese punto de partida, las ideas revolucionarias se enriquecen constantemente con el estudio y la experiencia.



Es conveniente señalar que nuestra sincera y revolucionaria amistad surge cuando tú no eras Presidente de Venezuela. Nunca te solicité nada. Cuando el movimiento bolivariano obtiene la victoria en las elecciones de 1999, el petróleo valía menos de 10 dólares el barril. Lo recuerdo bien porque me invitaste a tu toma de posesión.



El apoyo tuyo a Cuba fue espontáneo, como lo fue siempre nuestra cooperación con el hermano pueblo de Venezuela.



En pleno Período Especial, cuando la URSS se derrumbó, el imperio endureció su brutal bloqueo contra nuestro pueblo. En un momento determinado los precios del combustible se elevaron y nuestros suministros se dificultaban. Tú garantizaste el abastecimiento comercial seguro y estable a nuestro país.



No podemos olvidar que después del golpe político contra la Revolución Bolivariana en abril del 2002, y tu brillante victoria frente al golpe petrolero a fines de ese mismo año, los precios se elevaron por encima de 60 dólares el barril, nos ofreciste entonces suministro de combustible y facilidades de pago. Bush era ya Presidente de Estados Unidos y fue el autor de aquellas ilegales y traidoras acciones contra el pueblo de Venezuela.



Recuerdo cuánto te indignó que exigiera mi salida de México como condición para aterrizar en ese sufrido país, donde tú y yo asistíamos a una conferencia internacional de Naciones Unidas en la que también él debía participar.



A la Revolución Bolivariana no le perdonarán nunca su apoyo a Cuba cuando el imperio imaginó que nuestro pueblo, después de casi medio siglo de resistencia heroica, caería de nuevo en sus manos. En Miami, la contrarrevolución reclamaba tres días de licencia para matar revolucionarios, tan pronto se instaurara el gobierno de transición en Cuba que Bush exigía.



Han transcurrido 10 años de ejemplar y fructífera cooperación entre Venezuela y Cuba. El ALBA nació en ese período. Había fracasado el ALCA ―promovido por Estados Unidos― pero el imperio está de nuevo a la ofensiva.



El golpe de Estado en Honduras y el establecimiento de siete bases militares en Colombia, son hechos recientes ocurridos con posterioridad a la toma de posesión del nuevo Presidente de Estados Unidos. Su predecesor había restablecido ya la IV Flota, medio siglo después de finalizada la última contienda mundial y no existía ni Guerra Fría, ni la Unión Soviética. Son obvias las intenciones reales del imperio, esta vez, bajo la sonrisa amable y el rostro afroamericano de Barack Obama.



Daniel Ortega explicó ayer cómo el golpe en Honduras determinó el debilitamiento y la conducta de los miembros del Sistema de la Integración Centroamericana.



El imperio moviliza tras sí a las fuerzas derechistas de América Latina para golpear a Venezuela, y con ella, a los Estados del ALBA. Si de nuevo se apodera de los cuantiosos recursos petroleros y gasíferos de la Patria de Bolívar, los países del Caribe anglófono y otros de Centroamérica perderán las generosas condiciones de suministro que hoy le ofrece la Venezuela revolucionaria.



Hace unos días, después del discurso pronunciado por el presidente Barack Obama, en la escuela militar de West Point, para anunciar el envío de 30 mil soldados a la guerra de Afganistán, escribí una Reflexión en la que calificaba de acto cínico aceptar el Premio Nobel de la Paz cuando ya había adoptado esa decisión.



El pasado 10 de diciembre, al pronunciar en Oslo el discurso de aceptación, hizo afirmaciones que constituyen un ejemplo de la lógica y el pensamiento imperialista. “…soy responsable por desplegar a miles de jóvenes a pelear en un país distante. Algunos matarán. A otros los matarán”, afirmó, tratando de presentar como una “guerra justa” la brutal carnicería que lleva a cabo en aquel distante país, donde la mayoría de los que perecen, son pobladores indefensos de las aldeas donde estallan las bombas lanzadas por aviones no tripulados.



Después de esas frases, pronunciadas entre las primeras, dedica más de 4 600 palabras a presentar su carnicería de civiles como guerra justa. “En las guerras de hoy ―afirmó― mueren muchos más civiles que soldados”.



Sobrepasan el millón de civiles no combatientes que han muerto ya en Iraq y Afganistán y en la frontera de Pakistán.



En ese mismo discurso elogia a Nixon y a Reagan, como personajes ilustres, sin detenerse a recordar que uno lanzó más de un millón de toneladas de bombas sobre Vietnam, y el otro hizo estallar por medios electrónicos el gasoducto de Siberia bajo la apariencia de un accidente. Fue tan fuerte y destructiva la explosión que los equipos monitores de las pruebas nucleares lo registraron.



El discurso pronunciado en Oslo se diferencia del de West Point, porque el pronunciado en la academia militar estaba mejor elaborado y declamado. En el de la capital noruega, el rostro del orador expresaba la conciencia de la falsedad de sus palabras.



Tampoco el momento y las circunstancias eran iguales. Oslo se ubica en las proximidades de Copenhague. En este punto, tiene lugar la importantísima Conferencia sobre el Cambio Climático, donde sé que tú y Evo piensan asistir. En aquel lugar se libra en estos momentos la batalla política más importante de la historia humana. Allí se puede apreciar en toda su magnitud, cuánto daño ha ocasionado el capitalismo desarrollado a la humanidad. Hoy, ésta debe luchar desesperadamente no solo por la justicia, sino también por la supervivencia de la especie.



Seguí de cerca la reunión del ALBA. Los felicito a todos. Disfruté mucho al ver tantos y tan queridos amigos elaborando ideas y luchando unidos. Los felicito a todos.



¡Hasta la victoria siempre!



Un fuerte abrazo.















Fidel Castro Ruz



Diciembre 14 de 2009