sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

OUTRA ESTRELA DO TEA PARTY

Reflexões do companheiro Fidel:

 

Nada mais nada menos que Ileana Ros, a que mantinha seqüestrado o menino Elián em Miami, promotora de golpes de Estado, crimes como os de Posada Carriles e outras, viajará ao vizinho Haiti, onde o terremoto matou um quarto de milhão de pessoas e a epidemia de cólera, em plena ação, quase 4 000 pessoas, constituindo uma ameaça para o resto do Continente.
Uma notícia da agência DPA informa que:
“A congressista republicana Ileana Ros-Lehtinen visitará o Haiti nesta terça-feira, 11 de janeiro, a qual será a sua primeira viagem ao exterior desde que foi nomeada presidenta do Comitê de Política Exterior da Câmara de Representantes atualmente controlado pelos republicanos, informou hoje o seu gabinete num comunicado.
“Durante a estada em Porto Príncipe, a congressista, de origem cubana, disse que espera receber um relatório sobre 'os avanços' em matéria de reconstrução do devastado país, bem como acerca da 'continuada controvérsia eleitoral', depois das eleições presidenciais do dia 28 de novembro.
“'Esta viagem ao Haiti é muito importante, um país que é muito próximo dos Estados Unidos e muito querido para nós', declarou a congressista pela Flórida, um estado onde reside um importante núcleo de haitianos.
“'É muito importante para os interesses dos Estados Unidos e estamos interessados pessoalmente em ver que a estabilidade, a democracia e as empresas livres se arraiguem aí', acrescentou.”
Por acaso o governo dos Estados Unidos está ciente do desafio que implica para sua autoridade moral a presença perturbadora de Ileana Ros-Lehtinen no Haiti.
Mas, isso não é tudo, outra notícia, esta vez da agência AP, procedente de Porto Príncipe informa:
“PORTO PRÍNCIPE, Haiti (AP) – Observadores da Organização de Estados Americanos recomendarão que o candidato oficial nas eleições presidenciais do Haiti seja excluído do segundo turno, para ceder seu lugar a um popular músico que ficou em terceiro lugar no disputado primeiro turno eleitoral, de acordo com uma cópia de um relatório obtido pela The Associated Press.
“A OEA tinha programado apresentar o documento ao presidente René Preval na segunda-feira.
“O relatório ainda não se tornou público, mas a AP conseguiu uma cópia e um diplomata familiarizado com o mesmo confirmou as recomendações. Outro funcionário dos Assuntos Exteriores disse que o documento estava na última fase de edição e de tradução para o francês, mas afirmou que as conclusões serão mantidas.
“A Comissão Eleitoral do Haiti deverá decidir como responder ao apelo, mas as recomendações da equipe da OEA poderiam ter muito peso. Três candidatos consideram que deveriam participar do segundo turno eleitoral. Depois que foram anunciados os resultados preliminares do primeiro turno, começaram desordens no país.
“Não se prevê que Preval responda ao relatório publicamente, mas sim até depois de quarta-feira, quando se comemora um ano do devastador terremoto do dia 12 de janeiro de 2010.
“O segundo turno estava previsto para o domingo, mas foi adiado visando esperar os resultados da avaliação da OEA que procura solucionar a estagnação política. Funcionários disseram que as eleições não se realizarão até, pelo menos, no mês próximo."
O país estava em total calma. A luta contra a epidemia avançava com sucesso. Durante os últimos 17 dias, a Missão Médica Cubana e a Brigada “Henry Reeve” tinham atendido a 9 857 doentes de cólera, sem nenhum falecido.
O Presidente Preval discutiu com as representações diplomáticas, incluído o representante da OEA, o escritor brasileiro Ricardo Seitenfus, uma solução política para o complicado problema.
De acordo com as notícias recebidas, depois que Seitenfus foi demitido por surpresa pelo Secretário dessa organização, se apresenta o atual problema. Esperamos que os representantes da América Latina e os países acreditados nas Nações Unidas evitem o caos que poderia criar-se no Haiti, se na situação atual, uma luta entre os partidos rivais se desata em meio da destruição, a pobreza e a epidemia que ainda assola com força essa nação.


Fidel Castro Ruz
10 de janeiro de 2011. 
21h50

Censura Google canal de videos de Cubadebate en Youtube

La Habana.

El centro técnico de Youtube, propiedad de Google, comunicó al sitio Cubadebate el cierre de la cuenta de esa página web en esa red social, debido a una denuncia por infracción del copyright. Se refería, específicamente, a un fragmento del video de la presentación en Miami del Fondo Legal para el terrorista Luis Posada Carriles, que se publicó recientemente, editado de un material mucho más amplio que circuló en la red y había sido reproducido en varios sitios, sin autoría, precisa hoy el diario Granma. Posada Carriles -entre otros hechos de sangre- es el responsable de la voladura en pleno vuelo de una nave de Cubana de Aviación en 1976 frente a las costas de Barbados, donde perdieron la vida 73 personas. Cubadebate -que contaba en su canal con 400 vídeos y 1,6 millones de descargas desde su apertura hace tres años- condenó el hecho y lo calificó de atentado contra la libertad de expresión de un sitio alternativo de un país bloqueado económica, comercial y financieramente por Estados Unidos desde hace casi medio siglo.

Alexis Bandrich Vega

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

CUBA – Memorial Hélio Dutra

 

Publicado por:

Redação Cuba Viva 11 jan, 2011

Foi inaugurado o projeto ¨Rincón del Brasil en Cuba – Memorial Hélio Dutra¨, com uma atividade cultural no Taller de Transformación del Barrio Principe em Havana. Neste mês de janeiro se iniciará uma reforma em parte deste Centro Comunitário para abrigar diferentes atividades, além do próprio memorial, como as de música brasileira, vídeos sobre o Brasil e outras, com a participação de moradores do bairro, brasileiros que visitam Cuba, estudantes brasileiros que vivem na Ilha. Informamos, a seguir, os objetivos e atividades propostas no projeto.

Objetivos
• Divulgar a cultura cubana e brasileira entre brasileiros e cubanos, através da realização de atividades culturais e artísticas
• Estreitar os laços de amizade e solidariedade
• Intensificar o intercâmbio científico, cultural e artístico entre os dois países
• Desenvolver atividades comemorativas das datas históricas dos dois países

Atividades
Culinária (Brasil e Cuba – diferentes regiões)
Músicas (Brasil e Cuba)
Exposições de obras artísticas – pintura, escultura, artesanato (Brasil e Cuba)
Curso de português
Acervo bibliográfico de Brasil e Cuba – literatura, cinema, artes em geral, política, história, arquitetura.
Acervo de CDs e DVDs
Oficinas sobre diferentes temas sobre a realidade brasileira e cubana.
Comemorações de datas históricas de Cuba e do Brasil
Encontros festivos
Receber delegações e brigadas de solidariedade e outros grupos em visita a Cuba

 

Nota de CUBAVIVA:


veja pequena biografia de Hélio Dutra em

http://vsites.unb.br/ceam/nescuba/eventos/standferia.htm

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

SEM VIOLÊNCIA E SEM DROGAS

 

Reflexões do companheiro Fidel.

Ontem analisei o atroz ato de violência contra a congressista norte-americana Gabrielle Giffords, no qual 18 pessoas foram atingidas pelas balas; seis morreram e outras 12 resultaram feridas, várias delas de muita gravidade, entre elas a congressista, com um tiro na cabeça, colocando o time médico sem outra alternativa que tentar preservar-lhe vida e evitar na medida do possível as seqüelas da criminosa ação.
A menina de nove anos que morreu tinha nascido no mesmo diaem que as Torres Gêmeas foram destruídas, e  era destacada em sua escola. A mãe declarou que era preciso pôr término a tanto ódio.
Veio-me à lembrança uma dolorosa realidade, que com certeza, preocuparia a muitos norte-americanos honestos que não tenham sido envenenados pela mentira e o ódio. Quantos deles sabem que a América Latina é a região do mundo com a maior desigualdade na distribuição das riquezas? Quantos conhecem dos indicadores de mortalidade infantil e materna, perspectivas de vida, atendimento médico, trabalho infantil, educação e pobreza prevalecentes nos outros países do hemisfério?
Limitar-me-ei apenas a assinalar o indicador de violência a partir do fato detestável que aconteceu ontem em Arizona.
Já sublinhei que cada ano centenas de milhares de emigrantes latino-americanos e caribenhos, que perseguidos pelo subdesenvolvimento e a pobreza, deslocam-se para os Estados Unidos e são arrestados, muitas das vezes separados inclusive de familiares próximos e devolvidos aos países de origem.
O dinheiro e as mercadorias podem cruzar livremente as fronteiras, repito; os seres humanos, não. Contudo, as drogas e as armas cruzam sem cessar em uma e em outra direção. Estados Unidos é o maior consumidor de drogas no mundo e, por sua vez, o maior fornecedor de armas, simbolizadas com a mira publicada no sítio Web de Sarah Palin ou o M-16 exibido nos cartazes eleitorais do ex-marinheiro Jesse Kelly com a mensagem subliminal de disparar o pente completo.
Conhece a opinião pública dos Estados Unidos os níveis de violência na América Latina, ligada à desigualdade e a pobreza?
Por que não se divulgam os dados pertinentes?
Em um artigo do jornalista e escritor espanhol Xavier Caño Tamayo, publicado no sítio Web ALAI, publicam-se dados que os norte-americanos deveriam conhecer.
Embora seu autor seja céptico acerca dos métodos utilizados até hoje para vencer o poder acumulado pelos grandes narcotraficantes, seu artigo fornece dados de um valor indubitável que tentarei sintetizar em uma poças linhas. 
“…27% de mortes violentas do mundo acontece na América Latina, ainda que sua população não chegasse a 9% do total do planeta. Nos últimos 10 anos, 1.200.000 pessoas têm morto violentamente na região.
“Violentas favelas ocupadas pela polícia militar; chacinas no México; desaparecidos forçosos; assassinatos e massacres na Colômbia […] A maior taxa de assassinatos do mundo ocorre na América Latina.”
“Como explicar essa realidade tão terrível?”
“A resposta é proporcionada por um estudo recente da Fundação Latino-americana de Ciências Sociais. O relatório mostra como a pobreza, a desigualdade e a falta de oportunidades são os fundamentos principais da violência, ainda que o narcotráfico e o tráfico de armas ligeiras agem como aceleradores da criminalidade assassina.”
“Segundo a Organização Ibero-americana da Juventude, metade dos mais de 100 milhões de jovens de 15 a 24 anos latino-americanos não tem trabalho nem possibilidades de o ter. […] segundo a Comissão Econômica para América Latina e o Caribe (CEPAL), a região tem um dos mais altos indicadores de emprego informal em jovens, além de que um de cada quatro jovens latino-americanos não trabalha nem estuda.”
“Segundo a CEPAL, nos últimos anos a pobreza e a pobreza extrema na América Latina têm afetado e afetam 35% da população. Quase 190 milhões de latino-americanos. E, segundo a OCDE, uns 40 milhões mais de cidadãos caíram ou cairão na pobreza na América Latina antes de acabar este 2010.”
“Segundo as Nações Unidas, tem pobreza quando as pessoas não podem satisfazer, para viver com dignidade, necessidades básicas: alimentação suficiente, água potável, viver debaixo de um teto digno, atendimento sanitário essencial, educação básica... O Banco Mundial quantifica essa pobreza acrescentando que é pobre extremo aquele que mal vive com menos de um dólar e um quarto por dia.”
“Conforme o Relatório sobre a riqueza mundial 2010, publicado por Capgemini e Merrill Lynch, as fortunas dos latino-americanos ricos […] cresceram 15% em 2009.  […] nos últimos dois anos as fortunas dos latino-americanos ricos cresceram mais do que as de qualquer região do mundo. São 500.000 ricos, segundo o relatório de Capgemini e Merrill Lynch. Meio milhão contra 190 milhões. […] se poucos entesouram muito, muitos carecem de tudo.”
“…existem outras razões para explicar a violência na América Latina […] pobreza e desigualdade sempre têm a ver com a morte e a dor. […] acaso é uma casualidade que […]64% dos oito milhões de mortes por câncer no mundo aconteça nas regiões de rendas mais baixas, nas quais, aliás, só se dedica 5% do dinheiro contra o câncer?
“De coração e fitando-nos para os olhos, poderia você viver com um dólar e um quarto por dia?”, conclui sua análise Xavier Caño.
As notícias sobre a chacina de Arizona ocupam hoje os principais comentários dos meios norte-americanos de imprensa.
Os especialistas do Centro Médico da Universidade de Arizona, em Tucson, mostram-se cautamente otimistas. Elogiavam o trabalho do pessoal de socorro, que permitiu auxiliar a congressista 38 minutos depois do disparo. Tais dados eram conhecidos através de Internet entre as 18h e as 19h de hoje.
Segundo eles, “a bala penetrou pela parte frontal bem próxima à massa encefálica, pelo lado esquerdo da cabeça.”
“Pode seguir instruções simples, mas sabemos que a inflamação cerebral provocaria um giro desfavorável”, afirmaram.
Explicam os detalhes de cada um dos passos que têm dado para controlar a respiração e diminuir a tensão no cérebro. Acrescentam que a recuperação poderia levar semanas ou meses. Os neurocirurgiões em geral, e as especialidades ligadas a esta disciplina, acompanharão com interesse as informações que emanem dessa equipe.
Os cubanos acompanham de perto tudo o que se relaciona com a saúde; soem estar bem informados e ficarão contentes também com o sucesso desses médicos.
Do outro lado da fronteira sabemos dos extremos a que tem chegado a violência nos Estados mexicanos próximos, onde também há excelentes médicos. Porém, não são poucas as ocasiões em que as máfias do narcotráfico, equipadas com as armas mais sofisticadas da indústria bélica dos Estados Unidos, penetram nos salões de operações para rematar.
A mortalidade infantil de Cuba é menos de 5 por cada mil nascidos vivos; e as mortes por atos de violência, menos de 5 por cada cem mil habitantes.
Embora magoa nossa modéstia, constitui um amargo dever salientar que nosso bloqueado, ameaçado e caluniado país, tem demonstrado que os povos latino-americanos podem viver sem violência e sem drogas. Podem inclusive viver, e assim tem acontecido durante mais de meio século, sem relações com os Estados Unidos. Isto último, não o temos demonstrado nós; demonstraram-no eles.      
  
           
Fidel Castro Ruz
9 de janeiro de 2011
19h56.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Cuba rumo a mudanças


Frei Betto


Cuba marcou para abril deste ano o VI Congresso do   Partido Comunista. Isso significa mudanças profundas no país. Um  documento  preliminar – Projeto de Orientações da Política Econômica  e Social –,  divulgado em novembro, agora é debatido pela  população.
A situação econômica cubana é crítica,  agravada  por fatores externos: crise econômica mundial, que reduziu as  vias de  financiamento externo; redução do preço das exportações em  15%;  recrudescimento do bloqueio econômico imposto pela Casa Branca.  Hoje, o  principal “produto” de exportação de Cuba é a prestação de  serviços, em  especial na área da saúde.
Fatores climáticos influem também na   deterioração da economia: 16 furacões, entre 1998 e 2008, causaram  prejuízos  no valor de 20,5 bilhões de dólares (metade do PIB), e foram  consideráveis as  perdas em decorrência das secas de 2003, 2005 e nos  dois últimos  anos.
Some-se a isso a dívida externa, a baixa   eficiência laboral, a descapitalização da base produtiva e da  infraestrutura,  e o envelhecimento populacional, agravado pelo  reduzido índice de  natalidade.
Como saída para a crise, o documento  propõe o  fim da libreta de abastecimento, cujos produtos são   subsidiados, compensado por aumento salarial; cultivar terras ociosas  (a  ociosidade atinge 50% das terras agricultáveis); reestruturar o  sistema de  empregos, de modo a reduzir o paternalismo estatal e  ampliar o leque de  iniciativas não estatais; aplicar política salarial  mais rigorosa, eliminando  subsídios pessoais  excessivos.
Prevê-se ainda diminuir a dependência  de produtos  importados e diversificar as exportação de bens e  serviços; buscar novas  fontes de financiamento para recapitalizar o  sistema produtivo do país;  abrir-se ao capital estrangeiro; e eliminar  a dupla moeda. Hoje, os cubanos  dispõem de pesos e, os turistas, de  CUC, o peso conversível. São necessários  24 pesos para se adquirir 1  CUC, cotado a US$ 1,25.
Apesar das dificuldades, aos 11 milhões de cubanos o   Estado assegura os três direitos fundamentais: alimentação, saúde e  educação.  Cuba não intenciona retornar ao capitalismo. O documento  enfatiza que “só o  socialismo é capaz de vencer as dificuldades e  preservar as conquistas da  Revolução, pois a atualização do modelo  econômico primará pela planificação e  não pelo  mercado.”
Cuba é uma nação que se destaca pela  solidariedade  internacional. De 1961 a 2009 diplomaram-se na ilha,  gratuitamente, 55.188  jovens de 35 países, dos quais 31.528 de nível  universitário. Hoje, há 29.894  bolsistas estrangeiros em diferentes  especialidades, dos quais 8.283 cursando  a Escola Latino-Americana de  Medicina (inclusive centenas de brasileiros, que  ainda não tiveram  seus diplomas revalidados em nosso país).
Prestam  serviço, em 25  países, 1.082 educadores cubanos. O método de alfabetização de  Yo  si, puedo, já habilitou à leitura 4.900.967 adultos de 28 países e   erradicou o analfabetismo na Venezuela, na Nicarágua e na Bolívia.  (Inclusive  ensinou Tiririca a ler).
Na área da saúde, Cuba atua em 78 países,  com 37.667 colaboradores, dos quais 16.421 são  médicos. A Operação  Milagro, iniciada em 2004, já atendeu  gratuitamente, em quase toda a  América Latina, cerca de 2 milhões de  pacientes com problemas oftalmológicos,  como catarata.
Cuba  caminha no rumo do modelo chinês? Em discurso na  Central de  Trabalhadores de Cuba, em novembro, Raúl Castro afirmou: “Não  estamos  copiando nenhum país”. Deixou claro que se busca um caminho “autônomo,   ajustado a nossas características, sem renunciar minimamente à  construção do  socialismo”.
Cuba está convencida de que a completa   estatização da economia é inviável. Daí a proposta de manter empresas  estatais  ao lado de outras de capital misto, bem como modalidades  diversas de  iniciativas não estatais, como cooperativas, terras  arrendadas e prestação de  serviços por conta  própria.
Para se evitar a corrupção em contratos  com o  exterior, Cuba aplicará este princípio: quem decide não negocia  e quem negocia  não decide.
Com as futuras reformas, mais de 1 milhão  de  cubanos devem perder seus empregos na estrutura estatal. Um duplo desafio   se impõe à Revolução: a requalificação profissional dos desempregados,  a fim  de se evitar a contravenção, o narcotráfico e a economia  paralela, e o  incremento da emulação ideológica, em especial dos  jovens, de modo a evitar  que a Revolução se torne um fato do passado e  de manter a prevalência dos  valores subjetivos sobre a mercantilização  dos costumes incutida pelo  neoliberalismo.
Entre furacões e sabotagens, a Revolução cubana   resiste há 53 anos. Seu maior mérito é o de assegurar condições dignas  de vida  a 11 milhões de habitantes da ilha e não medir esforços na  solidariedade aos  povos mais pobres do mundo.
As reformas anunciadas significam maior  democratização  do socialismo. O Estado deixa de ser o grande provedor  para se tornar o  principal indutor do desenvolvimento. E convoca os  cidadãos a serem os  protagonistas de um socialismo com a cara do  século  XXI.

Projeto Piloto de Revalidação de Diplomas Médicos


Ministério da Saúde
Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde
Departamento de Gestão da Educação em Saúde


NOTA TÉCNICA Nº061/2010
Data: 16 de dezembro de 2010.
Assunto: Projeto Piloto de Revalidação de Diplomas Médicos
O Projeto Piloto de Revalidação de Diplomas Médicos foi instituído pela Portaria
Interministerial MEC/MS nº 865/2009 com o objetivo de propor e implementar, em caráter
experimental, metodologia de avaliação e mecanismos de aperfeiçoamento do processo de
revalidação, que é de competência das universidades públicas, normatizado pela Lei de
Diretrizes e Bases da Educação (LDB – Lei nº 9.394/1996) e pela Resolução CNE/CES nº
4/2001.
A coordenação deste Projeto Piloto foi da Subcomissão de Revalidação de Diplomas
Médicos, instituída pela Portaria Interministerial MEC/MS nº 383/2009, com representação
dos Ministérios da Educação, da Saúde e das Relações Exteriores, da Associação Nacional
dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (ANDIFES), das Procuradorias
Jurídicas das Universidades Federais, e com a participação de um grupo de educadores
médicos, com larga experiência em avaliação.
Uma das principais premissas deste Projeto foi a de estabelecer parâmetros claros e
equânimes, tomando por base o perfil do médico recém-formado no Brasil, para promover
uma avaliação efetiva dos candidatos à revalidação de diplomas.
Para isso, foi construída, sob a coordenação da Subcomissão, e com a colaboração das
universidades parceiras do Projeto, a “Matriz de Correspondência Curricular”. Esta Matriz
partiu das Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de graduação em Medicina, e
estabeleceu o perfil de habilidades e competências do médico recém-formado no Brasil. A
Matriz de Correspondência Curricular norteou a elaboração da avaliação, conduzida pelo
INEP, em duas etapas eliminatórias, a primeira teórica e a segunda, prática.
Aderiram ao Projeto Piloto de Revalidação de Diplomas Médicos, 24 universidades
públicas. Inscreveram-se junto a estas universidades, 632 candidatos, com diplomas oriundos
de 32 países de todo o mundo, dos quais 508 obtiveram a homologação de suas inscrições. A
Ministério da Saúde
Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde
Departamento de Gestão da Educação em Saúde
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primeira etapa da avaliação foi realizada no dia 24 de outubro, em Brasília, para a qual
compareceram 281 candidatos. Foram aprovadas na etapa final, a prova de Habilidades
Clínicas, duas candidatas que terão seus diplomas revalidados pelas respectivas
universidades nas quais cada candidata se inscreveu.
O longo processo de construção do Projeto Piloto de Revalidação de Diplomas
Médicos Obtidos no Exterior, referenciado por tecnologias educacionais
contemporâneas e pelo conceito de competência profissional, culminou com a
explicitação, na Matriz de Correspondência Curricular, do nível esperado de
desempenho de graduados da escola médica na utilização de seus conhecimentos e
habilidades. A natureza experimental do Projeto Piloto e o seu ineditismo em nosso país
como processo certificador da aptidão ao exercício profissional de médicos graduados
no exterior reforçam a importância da avaliação de todas as suas etapas, como
estabelecido no plano de trabalho.
O estabelecimento de padrões, ou da chamada nota de corte, é questão central
nos processos avaliativos e pode ser realizado de três maneiras: estabelecimento
arbitrário, referenciado por normas ou referenciado por critérios.
No Projeto Piloto de Revalidação de Diplomas Médicos Obtidos no Exterior,
atendendo ao padrão de Editais do CESPE e considerando a parametrização
encomendada por meio do conjunto de Descritores para a elaboração da prova escrita,
foi estabelecido o desempenho mínimo para aprovação, o de 70%.
Para a elaboração da Prova Escrita, a Subcomissão de Revalidação de Diplomas
Médicos preparou e entregou ao INEP, além da Matriz de Correspondência Curricular,
também um conjunto de Descritores detalhando o cenário e o grau de complexidade que
deveria ser considerado na elaboração de cada questão da Prova, com vistas a
parametrizar o seu grau de dificuldade, e poder estabelecer a nota mínima que os
candidatos deveriam atingir para serem aprovados para a segunda etapa – Prova de
Habilidades Clínicas.
O compromisso com o rigor educacional na construção desse processo avaliativo
inédito em nosso país impõe, portanto, rigorosa verificação dos instrumentos utilizados
na discriminação dos candidatos.
Após a realização da prova escrita, seguindo as diretrizes já estabelecidas no
plano de trabalho, a Subcomissão de Revalidação de Diplomas Médicos solicitou a um
painel de 11 professores de escolas médicas o estabelecimento do padrão da prova
escrita aplicada no Projeto Piloto. Foi utilizado o método de Angoff, amplamente
validado e indicado internacionalmente, no qual os integrantes do painel indicam, para
cada questão, o percentual de acerto que esperam que seja observado em alunos médios,
ou seja, minimamente competente, concluintes dos cursos de graduação de medicina de
suas respectivas universidades. Calcula‐se a mediana para cada questão e, a seguir, a
mediana desses valores.
3
A aplicação dessa metodologia de aferição da prova escrita, primeira etapa de
avaliação do Projeto Piloto de Revalidação de Diplomas Médicos, confirmou a
necessidade de adoção do estabelecimento de padrão critério referenciado para
definição do desempenho mínimo exigido dos candidatos para aprovação em cada etapa
da avaliação.
Com toda a sua complexidade, a construção da metodologia de avaliação para
definição da competência para o exercício profissional, a identificação dos ajustes
necessários e de indicadores para o seu aperfeiçoamento constituem importantes
avanços, que motivam o Ministério da Educação, em articulação com as universidades
parceiras e com o Ministério da Saúde, a implementar o Exame Nacional para
Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituições Estrangeiras.
Para isso, o Ministério da Educação, o Ministério da Saúde e o INEP, com os
subsídios da Subcomissão de Revalidação 

Subcomissão de Revalidação de Diplomas Médicos
(instituída pela Portaria Interministerial MEC/MS nº 383/2009)

 

De: Dr.José Carlos Silva <zecascuba@hotmail.com>
Para: ana_raquel_viana@hotmail.com
Enviadas: Sábado, 8 de Janeiro de 2011 1:38:39
Assunto: {revalidacaoja:6947} jkoa @ E

0B This site better 
B  www.hsdhfs.com

--
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Para postar neste grupo, envie um e-mail para revalidacaoja@googlegroups.com.
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Para obter mais opções, visite esse grupo em http://groups.google.com/group/revalidacaoja?hl=pt-BR.

Vergonha no país da liberdade

 

.10/01/2011

Faz mais ou menos dez dias que o governador do Mississippi, Haley Barbour libertou da prisão, duas mulheres: Gladys Scott e Jamie Scott, elas são irmãs e haviam sido condenadas à prisões perpetua por um assalto, no qual roubaram 11 dólares, se fosse no Brasil equivaleria a 25 reais.

O que levou o governador Haley Barbour liberar as duas foi uma insuficiência renal de uma delas, mas com a condição de que a outra doasse um rim à irmã enferma. Segunda ele a medida tem o objetivo de economizar dinheiro público; haja vista, que a hemodiálise gerava um prejuízo de 200 mil dólares ao ano.

Esse episódio contém dois absurdos: o primeiro se refere a condenação perpetua de duas pessoas por haverem roubado a fabulosa quantia de 11 dólares e o segundo, a forma como foram libertadas; simplesmente para retirar a responsabilidade do Estado em relação a saúde de uma das prisioneiras.

Caso esse mesmo episódio tivesse acontecido em Cuba, em vez dos Estados Unidos; certamente a imprensa aética e venal estaria dizendo: “o ditador Fidel Castro envergonha o mundo, pela forma cruel com que trata aos seus prisioneiros.

Independente do silencio ou covardia da imprensa o mundo haverá de repudiar esse fato, que verdadeiramente é incompatível com qualquer preceito de dignidade humana.

Antonio Ibiapino da Silva