sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Resumen diario de noticias del sitio CUBADEBATE


www.cubadebate.cu
Fecha: 2012-09-13

Roberto Leher: “É preciso superar a ‘colonialidade’ do saber”*

Roberto Leher: “É preciso superar a ‘colonialidade’ do saber”*

Papel da universidade é fomentar a imaginação inventiva capaz de vencer as amarras do pensamento liberal e burguês, diz doutor em educação

1)Por que o Brasil teve um desenvolvimento tão tardio em relação à criação das universidades?

A forma de inserção das frações dominantes na economia mundial –  mesmo após a independência, subordinada primeiro ao neocolonialismo e, depois da consolidação das relações sociais propriamente capitalistas, com o fim da escravidão, abrindo um novo período conceituado por Florestan Fernandes como capitalista dependente –  engendrou um processo de revolução burguesa sui generis. Trata-se de uma revolução sem revolução, um processo em que as frações burguesas abandonam qualquer perspectiva de um projeto de nação autopropelido. Por isso, os setores dominantes se conformaram com escolas isoladas não universitárias. Por muito tempo, essas escolas bastaram. Somente após a Crise de 1929 e, em particular, com a deflagração da II Guerra Mundial, as demandas por uma universidade adaptada às necessidades econômicas e sociais da burguesia tornaram-se mais prementes. Mas, ainda assim, teria de ser uma universidade desprovida de real autonomia. A partir do final dos anos 1940 forças políticas ditas nacional-desenvolvimentistas, setores militares e industriais apoiaram a criação da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), do Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq), da Coordenação de Aperfeiçoamento do Pessoal de Nível Superior (CAPES), provocando mudanças na perspectiva de educação superior, basicamente pela relevância conferida à pesquisa tecnológica. O exemplo mais relevante desse processo foi a criação do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), mas também a afirmação da Universidade de São Paulo (USP) e a federalização que propiciou a expansão das universidades federais fazem parte desse movimento. A crença em uma universidade dedicada à produção do conhecimento e vinculada às reformas nacional-desenvolvimentistas foi materializada no projeto da Universidade de Brasília (UnB). Entretanto, conforme Florestan apontou em seus estudos da segunda metade dos anos 1960, as frações burguesas mais relevantes já estavam inseridas no capitalismo monopolista e não compartilhavam desse projeto de nação. O golpe empresarial-militar de 1964 apagou qualquer traço de reformismo burguês e, por conseguinte, de reforma da universidade brasileira.

2)Qual o papel das universidades no desenvolvimento nacional e na autonomia cultural da nação?

É uma questão relevante e atual. Para que servem as universidades públicas? Poderíamos conversar sobre o tema por muitas horas e, ainda assim, dificilmente responderíamos a contento a questão. Entretanto, no caso latino-americano, em particular a partir das lutas de Córdoba, 1918, a defesa da universidade pública esteve muito fortemente vinculada ao seu papel de instituição capaz de tornar pensáveis os problemas dos povos de modo original, buscando um projeto de nação autopropelido, capaz de enfrentar o imperialismo cultural e científico. Temos de encontrar soluções criativas para os desafios energéticos, a soberania alimentar das gerações atuais e futuras, a saúde pública, o transporte, a educação etc. e, para isso, precisamos assegurar generoso processo de formação da juventude. Mas não basta formar tecnicamente, e sim, antes, fomentar a imaginação inventiva, sem o que não poderemos superar a colonialidade do saber que nos aprisiona nas ideologias liberais e burguesas. Talvez por isso existam tantas dificuldades para pensar uma agricultura fora dos parâmetros capitalistas do agronegócio e uma educação pública que recuse a reificação dos jovens como recursos humanos dotados de competências flexíveis e adaptáveis ao mercado. A função social da universidade requer o enfrentamento de complexos desafios epistemológicos e epistêmicos. Somente assim a instituição poderá ser relevante para tornar pensáveis os problemas dos povos.

3)A universidade brasileira conseguiu cumprir o papel de auxiliar no desenvolvimento econômico e social da nação brasileira?

Sim, mas de modo contraditório. É fácil concluir que os melhores profissionais de saúde que atuam no setor público, realizando um trabalho notável, são formados nas universidades públicas. Tentemos imaginar o país sem as pesquisas da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) ou da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA). Todos os sujeitos que construíram essas instituições foram formados em nossas universidades. O mesmo pode ser dito sobre qualquer outra especialidade. Não são secundários o enorme avanço na produção científica brasileira e o processo de expansão da pós-graduação no país. Entretanto, o que temos de bom na universidade – e que deve sim nos orgulhar – somente é uma gota no oceano das possibilidades que teríamos se a universidade fosse, de fato, autônoma e tivesse, concretamente, condições de infraestrutura e de trabalho docente satisfatórias. A universidade poderia ter uma presença muito mais axial na vida dos trabalhadores brasileiros se não estivesse sendo constrangida a se tornar uma organização a serviço de interesses particularistas das corporações e, o que é cada vez mais frequente, contra os interesses populares. Os mega projetos que compõem a Iniciativa para a Integração da Infraestrutura da América do Sul (IIRSA) e o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) requerem, seguramente, inteligência produzida na universidade, mas claramente a favor dos interesses do capital. O grande dilema é como reverter isso!

4)Nos últimos anos qual o rumo central da educação brasileira. Emancipação ou subordinação ao capital. Por quê?

Como assinalado, o bloco de poder não quer e, a rigor, não pode conviver harmonicamente com uma universidade crítica. O que os setores dominantes querem é converter a universidade em organização de serviços. Esse é o sentido da Lei de Inovação Tecnológica. A subordinação ao capital é um processo congruente com a forma capitalista dependente do país. Cabe observar que a presença das organizações encobertas pelo Movimento Todos pela Educação na educação básica se dá justo nesse mesmo sentido.

5)Qual sua avaliação sobre a aprovação na Câmara dos Deputados dos 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação apenas ao final dos 10 anos do novo Plano Nacional de Educação (PNE)?

Vejo com muita preocupação a tramitação do PNE, todo ele muito destrutivo para a educação pública. Dificilmente o governo Dilma deixará qualquer meta objetiva e peremptória na Lei, devendo seguir o mesmo caminho de Cardoso e Lula da Silva: mesmo se aprovado, provavelmente será objeto de veto presidencial. Dilma é hostil à educação pública, ela não confia nos educadores e na possibilidade de uma educação pública universal no país, gosta de parcerias público-privadas, dirigidas pelo setor privado, pois, em sua concepção, estas são mais focalizadas nos pobres (aos pobres, educação pobre). Se as verbas crescessem para 10%, haveria maior restrição aos ganhos do setor financeiro, o verdadeiro mandarim do Estado brasileiro. Existem vários problemas no texto do PNE: o percentual é projetado apenas para 2020, não há definição das receitas tributárias que poderiam possibilitar uma soma de recursos correspondente a 10% do PIB, a União não aponta qualquer alteração em sua participação no financiamento da educação pública e, ainda, a definição de verbas de manutenção e desenvolvimento é muito extensa, possibilitando contabilizar verbas não aplicadas na educação como verbas do setor. Em suma, somente com muita mobilização social poderemos alterar essa situação.

6)Como você analisa a proposta de criação do Ministério da Educação de Base (PLS N. 518/2009) transferindo a educação superior para o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT)?

Com preocupação. Seria um imenso retrocesso, pois, atualmente, o MCT está todo direcionado para as políticas de inovação tecnológica, assim, as universidades seriam constrangidas a mudar a sua função social como organização de serviços. Adicionalmente, a educação básica pública ficaria ainda mais distante da universidade, situação muito negativa também para a universidade.

7)Quais as razões para uma greve dos docentes das Instituições de Ensino Federais tão forte em relação aos últimos tempos?

Creio que foram muitos problemas que se interpenetraram. Uma expansão sem planejamento e sem suporte adequado de recursos que tornaram os novos campi e os novos cursos insustentáveis; a quebra de expectativas dos novos docentes contratados no programa REUNI (Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais), considerados, em muitas instituições, docentes “auleiros”, sem qualquer suporte institucional; a insatisfação salarial do conjunto dos professores e a clara percepção de que a carreira atual não é uma proteção capaz de frear essas tendências destrutivas. Todas essas insatisfações se somaram à inominável intensificação do trabalho de todos os professores, novos e antigos, em especial dos que atuam na pós-graduação, controlados, por rédea curta, pela regulação da CAPES. Esse contexto, contudo, não seria capaz de servir como impulsionador da greve se não houvesse um Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN) organizado, reconhecido em sua legitimidade pelos docentes e que soube, nos últimos anos, fazer um correto giro em direção ao diálogo com os professores e seus problemas concretos. Se o ANDES-SN seguisse alheio aos problemas reais dos docentes, dificilmente a greve teria um canal político importante.

8)Por que o governo foi tão intransigente?

Se o leitor nos acompanhou até aqui, certamente já possui elementos de sobra para compreender o motivo da hostilidade da presidente Dilma. Ela vestiu o manto de Thatcher para combater os professores e o Andes-SN em particular. Não hesitou, sequer, em convocar uma entidade zumbi, nutrida pelos gabinetes governamentais, para firmar um acordo não apenas rejeitado por todas as assembleias universitárias, como rejeitadas, na maioria dos casos, por inédita unanimidade. Nem Cardoso conseguiu tal proeza! O que motiva Dilma a reivindicar a imagem da Dama de Ferro é o seu projeto dito neodesenvolvimentista que aprofunda o capitalismo dependente. A universidade pública, autônoma e crítica é incompatível com tal perspectiva. A financeirização, o PAC e o IIRSA exigem o silenciamento do pensamento crítico. Não foi fortuito que o bloco de poder convocou o Partido dos Trabalhadores (PT) para a sua gerência. É preciso impedir a todo custo o diálogo entre a universidade e os povos indígenas em luta contra a expropriação material e simbólica de suas terras devastadas pelas hidrelétricas; os trabalhadores expropriados no campo, em luta contra a estagnação da reforma agrária; os trabalhadores urbanos em luta contra a degradação do trabalho, das condições de vida e contra a hiperexploração, a juventude das favelas que se levanta contra as políticas sociais a conta-gotas que nada oferecem de fato em termos de trabalho digno. Contudo, a magnífica greve confirma que a história está sempre aberta ao tempo! A luta irrompeu em todas as universidades e, doravante, o silêncio a que estavam submetidas está rompido pela voz coletiva dos estudantes, dos professores e dos técnicos e administrativos. O desafio, agora, é construir um arco de alianças antimercantil capaz de empolgar lutas massivas em prol da educação pública!

Roberto Leher é doutor em Educação pela Universidade de São Paulo, professor da Faculdade de Educação e do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, pesquisador do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), coordenador do Observatório Social da América Latina – Brasil/ Clacso e do Projeto Outro Brasil (Fundação Rosa Luxemburgo).

*Entrevista concedida a Mauri Antonio da Silva, em 29 de agosto de 2012 [revisão de Silvia Regina Quevedo]

Marcha Patriótica

HÁ GARANTIAS PARA A MARCHA PATRIÓTICA EXISTIR NA DEMOCRACIA DA COLÔMBIA – PERGUNTA ANDRÉS GIL AO RECOBRAR A LIBERDADE



Há garantias para a Marcha Patriótica existir como movimento político na democracia da Colômbia? Vão continuar estigmatizando-a e justificar assim sua repressão? Vai seguir a perseguição a suas lideranças? O presidente da república da Colômbia Juan Manuel Santos vai manter-se sem pronunciar-se diante esses fatos? 
São as perguntas que o líder camponês e porta-voz da Marcha Patriótica Andrés Gil fez ao povo e ao presidente da Colômbia quando foi deixado em liberdade depois de ser detido de forma ilegal e arbitrária pela policia colombiana e que parafraseamos. 
No tempo que esteve detido ilegalmente, por parte da força publica, Gil viveu sinalamentos, estigmatizações e mãos tratos que dão conta da repressão e perseguição contra as lideranças do Movimento Social e Político Marcha Patriótica. 
A defensora de direitos humanos Piedad Cordoba, que é uma das quatro Porta-vozes da Marcha Patriótica, caracterizou o fato como “um mau começo para os diálogos de paz”. Embora o governo fale de criar garantias para a construção da paz, a realidade mostra que não há garantias para os que “estão exigindo uma saída política ao conflito, [...] para os que fazem oposição e [...] para formar movimentos como a Marcha Patriótica”. 
Piedad Cordoba acrescentou que “se não se houvesse agido com prontidão, facilmente Andrés estivera desaparecido [...]”. Fazendo referencia às usuais praticas de desaparição forçada que em circunstâncias similares tem cometido membros da polícia e do exercito colombiano, e que fazem que a democracia da Colômbia tenha mais desaparecidos que qualquer ditadura de América Latina.    
Andrés Gil foi detido de forma arbitraria e sem que contra ele existisse um mandato de apreensão, sendo acusado sem provas fundamentadas do delito de rebelião. A detenção ilegal ocorreu no aeroporto internacional el Dorado da cidade de Bogotá, Capital da Colômbia, onde o dirigente camponês se encontrava para viajar a Barcelona, Espanha. Nessa cidade começaria uma gira com a finalidade de dar a conhecer a nível internacional o Movimento Marcha Patriótica e a importância de apoiar as propostas da sociedade civil para saída política ao conflito.
Como Marcha Patriótica Capítulo Brasil e Agenda Colômbia-Brasil responsabilizamos ao governo da Colômbia, em cabeça de Juan Manuel Santos, do que possa acontecer contra a integridade física e moral das lideranças e militantes do Movimento Social e Político Marcha Patriótica pelas reiteradas, permanentes e sistemáticas estigmatizações e sinalamentos, que abrem espaço para que continuem as perseguições e a repressão às organizações e pessoas que corajosamente mantém a bandeira da paz e acreditam na saída política ao conflito e na construção democrática popular.
Fazemos um chamado às organizações sociais e políticas brasileiras que acreditam na solidariedade entre os povos para, incluir dentro de suas pautas de luta, para mobilizar-se e pressionar às autoridades colombianas para que deem garantias e deixem de estigmatizar e fazer sinalamentos injustos e irresponsáveis contra a Marcha Patriótica, contra as organizações de esquerda e democráticas, contra as pessoas que militam pela paz e os direitos humanos.   E para que apoiem o processo da Marcha Patriótica, como proposta que abre caminhos para a paz e construção alternativa democrática de poder das organizações sociais e de base do povo colombiano.
Marcha Patriótica Capítulo Brasil             Agenda Colômbia-Brasil
                                                                        A solidariedade é dos Povos!!!

http://agendacolombiabrasil.blogspot.com.br/2012/09/ha-garantias-para-marcha-patriotica.html#comment-form

Governo de Honduras tenta privatizar três cidades do país


Governo de Honduras tenta privatizar três cidades do país


Porfírio Lobo assinou projeto nesta quinta-feira (6) | Foto: Presidencia/Luis Echeverria
Regiões serão vendidas, terão poderes desvinculados do Estado nacional e poderão definir até política imigratória própria. Movimentos sociais qualificam decisão de “catástrofe” e apelam à Corte Suprema
Por Fillipe Mauro,

Classificado pelo governo do presidente Porfirio Lobo como “o mais importante projeto do país em meio século”, Honduras assinou nesta quinta-feira (06/09) um memorando no qual aprova a privatização de três cidades. Com agentes de segurança, sistema tributário e legislação própria, elas já estarão abertas para investimentos de empreendedores em um prazo máximo de seis meses.
A ideia é que as chamadas “cidades modelo” possuam poderes Executivo, Legislativo e Judiciário totalmente desvinculados do governo hondurenho. Dessa forma, suas administrações ganham autonomia suficiente para ratificar tratados internacionais, firmar parcerias bilaterais e estabelecer sua própria política imigratória.
Um grupo de investidores estrangeiros viajou a Tegucigalpa para participar da cerimônia e também assinou o documento. O argumento do governo é de que esta é uma forma de fortalecer a infra-estrutura nacional, bem como o combate à corrupção e ao tráfico de drogas. “Isso tem o potencial transformar Honduras em uma máquina de dinheiro, é um instrumento de desenvolvimento típico de países de primeiro mundo”, disse à AFP Carlos Pineda, presidente da Comissão para a Promoção de Parcerias Público-Privadas de Honduras.
De acordo com Juan Hernandez, presidente do Congresso hondurenho, o grupo de investimentos MGK já se comprometeu a injetar inicialmente 15 milhões de dólares para a construção de infra-estrutura básica na primeira cidade modelo, na região da costa caribenha. A expectativa do parlamentar é a de que esta cidade crie cerca de cinco mil postos de trabalho em um primeiro momento e mais de 20 mil no futuro. Ele também revelou à AFP que a Coreia do Sul já depositou nos cofres hondurenhos quatro milhões de dólares voltados para estudos de viabilidade das obras.
“O futuro se recordará de hoje como o dia em que Honduras começou a crescer”, disse Michael Strong, CEO do grupo MKGroup em meio à solenidade de ratificação do memorando. “Nós acreditamos que esta será uma das transformações mais importantes do mundo, pela qual Honduras acabará com sua pobreza e criará milhares de empregos”, concluiu.
Não é o que pensam grupos civis e organizações indígenas que classificam o projeto de Porfírio Lobo como uma “catástrofe”. Ao lado do local onde será instalada a primeira cidade privada do país, vive uma grande comunidade de indígenas Garifuna que se opõe ao empreendimento. “Esses territórios pertencem ao povo Garifuna e não podem ser entregues ao capital estrangeiro em um gesto de puro colonialismo, idêntico àquele que prevalecia em Honduras na época em que o país era chamado de república das bananas”, disse Miriam Miranda, presidente da Organização Fraternal dos Negros de Honduras.
Oscar Cruz, ex-promotor constitucional, protocolou uma moção junto à Suprema Corte ainda em 2011 para alertar sobre a inconstitucionalidade do projeto. “Essas cidades pressupõem a criação de estados dentro do estado, uma entidade comercial com poderes de estado fora da jurisdição do governo”, explica Cruz. A instância judicial máxima de Honduras não concordou com seus argumentos.
“Isso violará os direitos de cada cidadão porque significa a concessão de parte de nosso território a uma cidade que terá sua própria polícia, seu próprio Poder Judiciário e seu próprio sistema tributário”, disse ao jornal britânico The Guardian Sandra Marybel Sanchez, parte de um grupo de manifestantes que tentam apelar à Suprema Corte para reverter a decisão.
 
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quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Resumen diario de noticias del sitio CUBADEBATE


www.cubadebate.cu
Fecha: 2012-09-12

Carta abierta de los poetas del mundo en apoyo a la reelección del presidente Hugo Chávez Frías

 Fecha: 2012-09-04  
Fuente: CUBARTE
 
Carta abierta de los poetas del mundo en apoyo a la reelección del presidente Hugo Chávez Frías
 
Queridos amigos:
Envío a ustedes esta Carta Abierta con la expectativa de que avalarán con sus nombres esta campaña de apoyo a la reelección del presidente venezolano Hugo Chávez Frías, firme baluarte de los procesos hacia la profundización de la democracia económica, social y cultural en nuestro continente. De su victoria, que es la nuestra, depende en gran parte el porvenir de Latinoamérica.
Espero sepan comprender y disculpar que este mensaje sea dirigido a tantos amigos, y no individualmente como debería, por elementales razones del tiempo que debemos cuidar. Les pido por favor responder positivamente y hacer circular profusamente esta fraterna petición.
A la espera de sus buenas noticias, con un abrazo,
Fernando Rendon
Director del Festival Internacional de Poesía de Medellín

Carta abierta de los poetas del mundo en apoyo a la reelección del Presidente Hugo Chávez Frías

El investigador norteamericano Dobyns calculó que un 95% de los pobladores de América había muerto 30 años después de la llegada de los conquistadores españoles. Estudios de la Universidad de Berkeley concluyeron que los indígenas mexicanos disminuyeron de 25,2 millones en 1518 a 700 mil personas en 1623 (menos del 3% de la población original), un genocidio que Wikipedia califica como “catástrofe demográfica”. “Barbaridades que la presente edad ha rechazado como fabulosas, porque parecen superiores a la perversidad humana”, expresó Simón Bolívar, en su conocida Carta de Jamaica.
Casi cinco siglos después, los archivos del terror del Plan Cóndor, de origen norteamericano, registraron 50.000 personas asesinadas, 30.000 desaparecidos y 400.000 encarcelados en Argentina, Bolivia, Brasil, Chile, Paraguay y Uruguay entre 1970 y 1980. La guerra de los carteles mexicanos de la droga ha dejado decenas de miles de muertos desde 2007. Desde 1948 han sido asesinado cientos de miles de colombianos, por la confrontación fratricida y el narcotráfico. América Latina padece la mayor tasa de homicidios del mundo, aumentada en 115% en estas dos décadas.
Como si viviera hoy, en la Carta de Jamaica, el Libertador puntualizó: “… ¿Quiere usted saber cuál era nuestro destino? Los campos para cultivar el café, la caña, el cacao y el algodón; las llanuras solitarias para criar ganados, las entrañas de la tierra para excavar el oro que no puede saciar a esa nación avarienta… Pretender que un país tan felizmente constituido, extenso, rico y populoso sea meramente pasivo, ¿no es un ultraje y una violación de los derechos de la humanidad?”. La deuda externa latinoamericana actual ata nuestras economías al poder financiero transnacional y condiciona las leyes, los gobiernos y nuestra supervivencia a la coyuntura y utilidades de las economías del norte. En América Latina viven cerca de 200 millones de personas en condiciones de pobreza (33.2%).
Como una salida alternativa a la crisis, la Comunidad de Estados Latinoamericanos y Caribeños –CELAC-, UNASUR y MERCOSUR, promueven la integración y el desarrollo solidario de los pueblos de nuestro continente. El presidente venezolano Hugo Chávez, heredero humanista del legado bolivariano, cuya reelección deseamos y apoyamos, es un pilar capital de los procesos democratizadores y emancipadores en este continente, en la ruta del sueño soberano de Simón Bolívar, que deseó “ver formar en América la más grande nación del mundo, menos por su extensión y riquezas que por su libertad y gloria... Una sola nación con un solo vínculo que ligue sus partes entre sí y con el todo. Ya que tiene un origen, una lengua, unas costumbres y una religión debería, por consiguiente, tener un solo gobierno que confederase los diferentes Estados que hayan de formarse…”.
Los poetas, los artistas y los intelectuales no somos indiferentes al destino humanista de América Latina. La poesía y el arte son parte indestructible del sueño, del pensamiento y de la acción transformadora de la sociedad, de la cultura y del espíritu humano.

 http://www.cubarte.cult.cu/periodico/letra-con-filo/carta-abierta-de-los-poetas-del-mundo-en-apoyo-a-la-reeleccion-del-presidente-hugo-chavez-frias/23061.html

Hoje eleições históricas no HU/UFSC

Eleições históricas no Hospital Universitário: pela primeira vez duas chapas

Por Raquel Moysés - jornalista

É nas sutilezas percebidas  por quem acompanha historicamente o debate político na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) que aparecem com nitidez as diferenças entre as duas chapas que concorrem às eleições para a direção do Hospital Universitário da instituição, pela primeira  disputadas por duas candidaturas. Aparentemente, os quatro candidatos (Chapa 1, dos professores Carlos Alberto Justo da Silva (Paraná) e Maria de Lourdes Rovaris, e a  Chapa 2, dos professores Luiz Alberto Peregrino Ferreira (Lula) e Paulo César Trevisol Bittencourt) pareceriam estar de acordo em muitos pontos. Só para citar alguns mais visíveis: a defesa do Sistema Único de Saúde; o fortalecimento  do HU como hospital-escola de referência e de excelência nas áreas de ensino, pesquisa e extensão; o aperfeiçoamento da política de humanização do hospital e a instauração de uma política de pessoal voltada para o cuidado com quem cuida.
No entanto, os debates da terça-feira, dois dias antes das eleições que acontecem nesta quinta-feira, 13 de setembro – bem como a leitura de materiais das duas campanhas,  postados nos blogs e disponíveis nos  boletins impressos – mostram diferenças bem marcadas. A primeira diferença que se nota é relativa à situação do HU em relação ao SUS. Nos materiais da chapa da situação (Paraná e Rovaris) está escrito que os candidatos pretendem “manter o HU harmonizado com os princípios e diretrizes do SUS”. Nos textos de divulgação da chapa 2 (Lula e Bittencourt,) há referência direta à defesa do HU 100% SUS diante dos  riscos históricos e imediatos de tentativas  de privatização da rede pública de hospitais universitários em todo o Brasil.
Num primeiro olhar, pareceria não existir diferença entre as duas posições, já que ambas defendem o HU como hospital de referência do  SUS. Há, contudo, uma questão de fundo que divide as águas das duas candidaturas: o risco de privatização do Hospital Universitário da UFSC através da adesão à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), criada pelo governo federal, pela força da lei 12.550/2011, e que representa a possibilidade de    entregar os HUs das universidades federais para interesses de lucro de grupos particulares. Enquanto os candidatos de oposição se manifestam claramente sobre esta questão nos materiais de sua campanha, advertindo sobre o risco representado por  tal empresa, os candidatos da situação não fazem referência, no blog nem no  boletim impresso, sobre  sua posição em relação ao tema. Sequer citam a existência da Ebserh.
No debate da terça-feira, a situação pareceu se explicitar para quem se dispôs a fazer uma leitura sobre o modo como as palavras são ditas e no contexto em que se expressam os candidatos. Paraná, com largo currículo como dirigente - foi diretor do Hospital Florianópolis (1989), diretor do Centro de Ciências da Saúde da UFSC (1996), diretor do Hospital Universitário da UFSC (2004), presidente da Associação Brasileira de Hospitais Universitários (2009), vice-Reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (2012) - ao tocar no tema da  Ebserh diz ter se manifestado contra essa forma de gestão em várias ocasiões. Porém, ao falar no tema da adesão ou não na UFSC,  afirmou:  “Não temos posição a defender, porque queremos escutar todo mundo, e nossa posição será a posição do hospital.” Mais adiante, disse que não há“motivo para defendê-la (a Ebserh”), mas que há  problemas sérios no HU (entre eles citou alas desativadas no hospital e forma de contratação de pessoal) e   que “precisamos de um modelo jurídico que nos dê autonomia de gestão”. Quando a questão foi formulada pela segunda vez,  Paraná deixou claro que ele e sua vice não defendem uma posição contra ou a favor à Ebserh.  “Seremos defensores da posição da comunidade hospitalar do HU. Vou defender a posição de meus servidores, meus professores, meus alunos”.
Já os candidatos da Chapa 2, em seus materiais, boletim impresso e blog na internet, explicitam sua posição em relação à Ebserh.  “Somos totalmente contra a adoção da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBserh) no HU. A luta agora é para que a adesão à Ebserh seja barrada no Conselho Universitário da UFSC”  , afirmam  Lula e Bittencourt,  no boletim impresso  e no blog da chapa.  No debate, Lula disse que o HU tem que deixar de virar as costas para a UFSC, já que  o assunto diz respeito a toda a universidade, “pois somos a mesma instituição”. Com a adesão à Ebserh, lembrou, “a primeira consequência será perder o vínculo com a UFSC e deixar de ser um hospital-escola totalmente SUS. Boa parte dos serviços poderiam passar  a ser vendidos”. Por isso, disse ainda, a despeito de ser eleito ou não para a direção do HU, Lula garantiu que vai lutar “contra a Ebserh, a favor da população e da UFSC”.
Outro tema que denota a diferença entre as duas candidaturas é a posição sobre os a forma de ver a situação dos trabalhadores. Lula afirmou durante o debate que o planejamento das políticas  de pessoal tem que ser tratado com quem trabalha, e que está hoje submetido a uma carga de trabalho brutal. “Não somos pessimistas, mas realistas”. A qualidade que o HU pode exibir hoje, conforme disse, “não esconde o extremo desgaste das pessoas nos setores.” Ele defendeu a reposição de pessoal através de concursos públicos efetivos e uma reestruturação organizacional através de um processo de gestão participativa. Segundo ele, tudo hoje é feito sem planejamento e citou exemplos: não há placas de sinalização nem programa de biossegurança no hospital. Se pegar fogo, não há porta de emergência. Vamos ter que descer através de uma ‘teresa’ (que é aquele sistema de lençol amarrado que os presos usam para fugir da prisão).   Afirmou, ainda,  que vai acabar com a política do “eu mando e todo mundo obedece”: somos contra a exclusão de quem quer que seja, vamos acabar com trancas na porta da direção, todos vão ter livre acesso.
Paraná e Rovaris afirmam em seu boletim impresso e no blog (o texto publicado é o mesmo nos dois veículos), que vão “implantar uma política de gestão de pessoas alicerçada nos seguintes processos: agregar, integrar, incentivar, desenvolver, manter e acompanhar pessoas”.  No debate, Paraná  disse que vai se empenhar em trabalhar com critérios que estabeleçam uma política de humanização no cuidado com os  servidores do hospital. Afirmou ainda que não vê atuar no hospital um corpo funcional desmotivado, pois os índices de satisfação dos pacientes são bastante elevados. “Sou otimista, não vejo terra arrasada, mas reconheço o que foi feito para o HU ser hoje um dos melhores hospitais do Estado.”
Sobre  jornada de trabalho, outro tema que provoca muito debate entre os trabalhadores da UFSC, em luta pela adoção das 30 horas semanais em toda a instituição, as duas candidaturas também mostram suas diferenças. Lula e Bittencourt tratam especificamente o tema no seu boletim de campanha, no qual expressam uma posição: “defendemos a oficialização de  turnos contínuos de 6 horas para atender a comunidade sem interrupção em todos os setores por doze horas ou mais”.  O material de campanha da candidatura Paraná/Rovaris não menciona o tema.    

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Silvio Rodríguez:

 Lo humanamente útiles que podemos ser

10 Septiembre 2012 
 
silvio-06  

Un día de verano cierto personaje tocó a la puerta de Silvio Rodríguez:
“Mire, yo atiendo lo que es Prevención en el barrio La Corbata. Como usted sabe, trabajamos en lugares sensibles, donde hay personas que han sido reclusas, y tratamos de ayudarlas a la reinserción en la sociedad. Como son barrios con determinados problemas, con determinadas carencias, también tratamos de que la gente se conduzca bien, que no se desvíe, no se meta en problemas… Yo vengo a verlo porque cuando usted fue a la prisión de Guamajal, yo trabajaba allí, entonces me di cuenta de que usted es una persona que se preocupa por estas cosas”.
En efecto, algo más de un año atrás, Silvio no había reparado en el entonces Primer Teniente José Antonio Álvarez, uno entre tantos oficiales de la cárcel de Guamajal Hombres de Villa Clara. Pero a la vuelta de un año o más de la gira por las prisiones, al trovador le parecieron especialmente interesantes sus preocupaciones y la manera en que las enfocaba: “Yo dije ‘coño, aquí hay un material humano que hay que aprovechar, hay que ver qué hay detrás de esto’”.
Se hizo entonces el concierto de La Corbata. “Una vez vivida esa primera actividad, yo me di cuenta de que eso era lo que tenía que hacer. Esa experiencia lo enfrenta a uno a una realidad que por lo menos yo no conocía. Yo no sabía que existía esa complejidad dentro de la sociedad, que se habían formado nuevos barrios, ni en las condiciones en que vivían, que a veces son muy muy muy precarias”.
El capitán Álvarez, sin quererlo o saberlo, sugirió un camino. Silvio, receptivo, lo convirtió en motivo de hacer. Aquel primer concierto fue el precedente de todo un proyecto: una gira por alrededor de treinta barrios de La Habana. Al cobrar esa magnitud, el suceso motiva nuevas preguntas:

-¿Qué criterio sigue la selección de los barrios de la gira?
Ana Lourdes Martínez, coordinadora de la Gira por los barrios, se ha ido reuniendo con los Poderes Populares y con el departamento de Prevención, de la PNR. Según la experiencia de estos especialistas, y también por peticiones y noticias que nos han llegado de vecinos de diversos barrios, hemos ido armando nuestra trayectoria. El criterio que nos ha guiado es presentarnos en los lugares más necesitados, en los que haya más problemas acumulados, en los sitios más críticos por la razón que sea. Siguiendo esta brújula, además de viejos barrios habaneros, hemos visitado lugares que hasta hace unos años ni siquiera existían. Vecindarios creados por albergues que inicialmente iban a ser provisionales. En ellos ubicaron a familias que por diversas causas perdieron sus viviendas. Algunos llegaron siendo niños y después se casaron, y más tarde han visto crecer a sus propios hijos. Es el caso de lugares como “Sexto congreso”, que queda más allá de la línea del ferrocarril de Lawton. O de Lugardita, que lleva más de un año sin tanque de agua. O de “Bello amanecer”, que tiene un nombre que hace pensar en lo que no es. Eso sí, en todos esos barrios hay niños con escuelas y con zapatos.
-¿Por qué una gira así en este momento particularmente?
Cuba está inmersa en un sensible proceso de cambios. Es una transformación necesaria, pero uno de sus peligros es que algunos sectores menos favorecidos se empobrezcan más. Estar junto a ellos es una de las principales razones de la gira. Aunque también es cierto que desde que empecé hice cosas así.
En 1969, me fui a las costas occidentales de África, de barco en barco de la Flota Cubana de Pesca. Aquella gira en alta mar fue mi primer experiencia sistemática. Una de las inspiraciones era que los pescadores de la Columna Juvenil del Mar tenían la meta de traer pescado y a veces pasaba un año y no tocaban puerto. Mi misión consistía en hacer contacto con la mayor cantidad de barcos y darles mis canciones. Estuve algo más de 4 meses navegando.
Angola, país que visité dos veces entre febrero de 1976 y enero de 1977, fue otra forma de estar donde me creí necesario.
A principios de 1989 hice aquella otra gira llamada “Por la Patria”, junto al grupo Afrocuba. La empezamos un 28 de enero en la cima del pico Turquino, para 200 personas; la terminamos a fines de marzo, en la Plaza de la Revolución, para 200 mil. A fines de los 80 se tambaleaba el campo socialista y era obvio que de alguna forma aquello nos iba a tocar. Esas inquietudes animaron aquella gira.
En 2008, cuando me despedía de la Asamblea Nacional, volví a pensar que debía dejar algo útil. Por eso hablé de sistematizar el trabajo cultural en las prisiones. Sabía que esa labor se venía haciendo desde hacía tiempo, espontáneamente. Pero siempre he creído que reglamentarlo puede ser una buena contribución a la reeducación. Hablé sobre eso y sobre dar relieve al trabajo que hacían escritores, artistas, deportistas y familiares de presos. Entonces hicimos aquella gira por las prisiones de todo el país, que tuvo cierta divulgación, incluso internacional; un recorrido que nos vinculó a más de 40 mil reclusos.
La gira por los barrios empezó porque un oficial de Prevención, que había estado en la gira por las prisiones, me invitó al barrio que atendía, llamado “La Corbata”.  Y cuando hice ese concierto me di cuenta de que había encontrado otro buen camino para andar.
La gira por los barrios fue concebida con cierta modestia, sin mucha parafernalia ni divulgación. No he querido hacer un gran show de las visitas a los hogares de la gente. Entre otras razones porque lo que hacemos lo considero una función natural, algo que debe ser cotidiano. Creo que el arte debe salir de los teatros y darse a los ciudadanos que no pueden pagarlo, o a los que no lo visitan por falta de costumbre, o por mitología de clase. Y es que el que nace en un barrio marginal, o es marginado, puede llegar a creer que ciertas formas de arte no son para él y su familia. Ir a los barrios es hacer justicia a las personas y también a las artes; intentar un granito de arena reparador, rompedor de prejuicios.

-¿En qué aspectos esta gira o la intención que la anima es similar a otras como la realizada por las prisiones?
En el sentido de que las artes y la música hacen bien a la gente, esté donde esté. Por otra parte el equipo que me acompaña es prácticamente el mismo. Nos ayuda mucho el personal de Giras del ministerio de Cultura. Los técnicos y los músicos son mis compañeros de trabajo desde hace muchos años. Somos una especie de familia.
-¿Qué buscas en los públicos de los barrios?
Busco ver a la gente, tocarla, intercambiar humores, escucharla expresarse para saber la realidad del pueblo, de mis orígenes, a lo que me debo. También busco hacer llegar a esos lugares expresiones que nuestros medios y los medios del mundo difunden poco. Busco amar y ser amado.

-¿Qué encuentras?
Encuentro un renacer. Ya sé que alguien podrá decir que es momentáneo. Pero, mientras dura, sabemos que no estamos solos, ni olvidados. Recibimos y damos. Lo sienten ellos y también nosotros. Eso se nos queda en la memoria, a todos. Personalmente me conmueve  constatar que la gente de los barrios, a pesar del predominio de lo que está de moda, cantan mis canciones. Eso me impresiona, sobre todo de niños y de jóvenes. Es como un milagro.
-La acogida de los conciertos ha sido sin duda intensa: ¿Qué sientes que dejas a tu paso en esos entornos?
Dejo lo que me corresponde dejar. A mí, a cualquier artista: puentes, líneas que se entrecruzan, que nos vinculan y se en

Resumen diario de noticias del sitio CUBADEBATE


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Fecha: 2012-09-10