sábado, 4 de setembro de 2010

V Jornada Mundial com os CINCO

Publicado por:

Redação Cuba Viva 4 set, 2010

LIBERDADE PARA OS CINCO HEROIS ANTITERRORISTAS
CUBANOS PRESOS NOS EUA.

NO PROXIMO DIA 11 DE SETEMBRO DE 2010 TERÁ INÍCIO A V JORNADA MUNDIAL DE SOLIDARIEDADE COM OS CINCO E COM ELA UMA NOVA OPORTUNIDADE PARA EXIGIRMOS DO GOVERNO DOS EUA QUE ACABE COM ESSA ENORME INJUSTIÇA E REDOBRAR A CAMPANHA POR SUA LIBERDADE.

CUBA DENUNCIA A INJUSTA PRISÃO QUE POR 12 ANOS SOFREM OS CINCO ANTITERRORISTAS CUBANOS NOS EUA E A CONSTANTE VIOLAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS DE OLGA SALANUEVA E ADRIANA PÉREZ (ESPOSAS DE DOIS DELES) QUANDO NEGAM – DESDE A PRIMEIRA VEZ QUE SOLICITARAM – OS VISTOS PARA VISITÁ-LOS NAS PRISÕES DESSE PAÍS.

RECENTEMENTE CONHECEMOS AS EVIDENCIAS SOBRE O PAGAMENTO QUE FEZ O GOVERNO ESTADUNIDENSE AOS JORNALISTAS QUE COBRIRAM O JULGAMENTO, COM O OBJETIVO DE PROMOVER O ÓDIO CONTRA OS CINCO NA SOCIEDADE E ENTRE AS AUTORIDADES JURÍDICAS.

A ASSEMBLEIA NACIONAL DO PODER POPULAR DE CUBA DENUNCIOU RECENTEMENTE A RESPONSABILIDADE DO GOVERNO DOS EUA PELA SAÚDE DO HEROI GERARDO HERNADEZ NORDELO; O QUAL, GRAÇAS AO APOIO E A SOLIDARIEDADE INTERNACIONAL, FOI POSSÍVEL TIRÁ-LO DO CONFINAMENTO A QUE FOI SUBMETIDO, QUE IMPEDIA TODA COMUNICAÇÃO COM SEUS ADVOGADOS, JUSTAMENTE DURANTE O RECENTE INÍCIO DE UM NOVO PROCESSO DE APELAÇÃO (HABEAS CORPUS).

REITERAMOS QUE O PRESIDENTE OBAMA TEM A POSSIBILIDADE DE COLOCAR FIM A ESSA ARBITRARIEDADE, HERDADA DE BUSH, FAZENDO USO DE SEU PODER CONSTITUCIONAL QUE O PERMITE LIBERTAR OS CINCO.

ESTAMOS CONVENCIDOS DA FORÇA E ALCANCE DA SOLIDARIEDADE E O APOIO INTERNACIONAL EM FAVOR DA LIBERTAÇÃO DEFINITIVA DESSES HEROIS.

CHAMAMOS TODAS AS MULHERES E HOMENS HONESTOS E SENSIVEIS A DIRIGIREM-SE, POR TODOS OS MEIOS POSSÍVEIS, AO PRESIDENTE OBAMA, EXIGINDO QUE PONHA FIM A ESSA ABOMINAVEL INJUSTIÇA.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

A OPINIÃO DE UM PERITO

Reflexões do companheiro Fidel


A OPINIÃO DE UM PERITOSe me perguntassem quem é o mais conhecedor sobre o pensamento israelita, responderia sem hesitar que é Jeffrey Goldberg. Jornalista incansável, capaz de se reunir dezenas de vezes para indagar sobre o pensamento de um líder ou de um intelectual israelita.
Naturalmente, ele não é neutral, é, sem dúvidas, pró israelita. Quando algum deles não concorda com a política desse país também não adota um meio-termo como posição.
Para o meu objetivo, o que interessa é conhecer o pensamento que norteia os principais líderes políticos e militares desse Estado.
Sinto-me com autoridade para opinar, porque nunca fui anti-judeu e compartilho com ele um profundo ódio contra o nazi-fascismo e o genocídio perpetrado com crianças, mulheres e homens, jovens ou anciãos judeus contra os quais Hitler, a Gestapo e os nazis, saciaram o seu ódio contra esse povo.
Pela mesma causa aborreço os crimes do governo fascista de Netanyahu, que assassina crianças, mulheres e homens, jovens e anciãos na Faixa de Gaza e na Cisjordânia.
No seu ilustrado artigo “O ponto de não retorno” que será publicado na revista The Atlantic, no mês de setembro de 2010, já conhecido através da Internet, Jeffrey Goldberg inicia o seu trabalho de mais de 40 páginas do qual tiro as idéias essenciais para conhecimento dos leitores.
“É possível que nalgum momento durante os próximos doze meses a imposição de sanções econômicas devastadoras contra a República Islâmica do Irão convença os seus líderes para que abandonem os esforços por conseguirem armas nucleares. [...] Também resulta possível que as 'operações de frustração' levadas a cabo pelos organismos de inteligência do Israel, dos Estados Unidos, da Grã-Bretanha e de outras potências ocidentais [...] consigam desacelerar nalguma medida considerável o avanço do Irão. Pode acontecer que o Presidente Obama, quem declarou em muitas ocasiões que acha que a perspectiva de um Irão nuclear é algo “inaceitável”, ordene um golpe militar contra as principais instalações de armamentos e de enriquecimento de urânio do país.”
“Ao analisar a plausibilidade e as possíveis conseqüências de um golpe israelita contra o Irão, não me dedico a fazer um exercício mental nem a um jogo de guerra de um homem. O Israel já atacou e destruiu com sucesso em duas ocasiões o programa nuclear de um inimigo. No ano 1981, os aviões de guerra israelitas bombardearam o reator iraquiano em Osirak e travaram (para sempre, segundo o resultado conseguido) as ambições nucleares de Sadam Hussein; e em 2007 os aviões israelitas destruíram um reator de fabrico norte-coreano na Síria. Portanto, um ataque contra o Irão seria sem precedentes no que se refere ao alcance e à complexidade.”
“Durante mais de sete anos tenho estudado a possibilidade de que finalmente aconteça esse golpe [...]. Nos meses transcorridos desde então (março de 2009), entrevistei a aproximadamente 40 decisores israelitas atuais e anteriores sobre um golpe militar, bem como a muitos funcionários estadunidenses e árabes. Na maioria destas entrevistas coloquei uma pergunta simples: Quais são as possibilidades percentuais de que o Israel ataque o programa nuclear iraniano no futuro próximo? Nem todos responderam esta pergunta, mas houve consenso de que há possibilidades que ultrapassam 50% de que o Israel lançará um ataque no mês de julho próximo [...] pus à prova o consenso falando com muitas fontes tanto dentro como fora do governo e pertencentes a diferentes partidos políticos. Após mencionar a sensibilidade extraordinária do tema, muitos deles falaram apenas a contragosto e com a condição de que não fossem revelados seus nomes [...] O raciocínio dado pelos decisores israelitas não foi complicado. O Irão, quando muito, precisa de um a três anos para conseguir uma capacidade nuclear real. [...] E o elemento mais essencial da doutrina da segurança nacional israelita, um princípio que data do decênio de 1960 [...] é que não se deve permitir que nenhum adversário regional consiga a paridade nuclear com o estado judeu renascido e ainda assediado.”
“Na nossa conversa antes de sua tomada de posse, Netanyahu não abordou o tema em termos de paridade nuclear [...] Antes pelo contrário, definiu o programa iraniano como uma ameaça não apenas para o Israel senão para toda a civilização ocidental.”
“'...Quando o crente de olhos desorbitados se apoderar das rédeas do poder e das armas de morte maciça, então o mundo deverá começar a se preocupar e isso é o que está acontecendo no Irão'”.
Na nossa conversa, Netanyahu negou-se a analisar o seu cronograma para a ação, nem sequer se pensava na ação militar preventiva contra o programa nuclear iraniano. [...] A convicção de Netanyahu é que o Irão não é apenas o problema de Israel senão que é o problema do mundo e o mundo chefiado pelos Estados Unidos tem o dever de encará-lo. Mas, Netanyahu não tem muita fé nas sanções, não nas sanções relativamente fracas contra o Irão aprovadas recentemente pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, nem nas mais fortes impostas pelos Estados Unidos e os seus aliados europeus.”
"Mas, segundo as minhas conversas com os decisores israelitas, este período de paciência, durante o qual Netanyahu espera ver se os métodos não militares de Ocidente podem deter o Irão, terminará neste dezembro."
“O governo de Netanyahu já intensifica os seus esforços analíticos não apenas no que se refere ao Irão, senão também sobre um tema que para muitos israelitas é difícil perceber: o Presidente Obama. Os israelitas aprimoram-se em responder o que constitui a pergunta mais premente para eles. Existem quaisquer circunstâncias nas quais o Presidente Obama utilizaria a força para impedir que o Irão adquira uma capacidade nuclear? Tudo depende da resposta.”
“O Irão exige a atenção urgente de toda a comunidade internacional e a dos Estados Unidos particularmente por causa de sua habilidade sem igual para empregar a força militar. Esta é também a posição de muitos líderes árabes moderados. Há algumas semanas, em declarações inusualmente diretas o embaixador dos Emirados Árabes Unidos nos Estados Unidos Yousef al-Otaiba me disse [...] que o seu país apoiaria um golpe militar contra as instalações nucleares do Irão [...] disse. “Os países pequenos, ricos e vulneráveis da região não querem ser os que provoquem o grande fanfarrão se ninguém vai apoiá-los.' “
“Vários líderes árabes disseram que a posição dos Estados Unidos no Oriente Médio depende de sua disposição de encarar o Irão. Explicam, pensando em seus interesses, que um ataque aéreo contra um punhado de instalações iranianas não seria tão complexo nem problemático como, digamos, invadir o Iraque. ''Isto não é um debate sobre a invasão ao Irão', disse-me um ministro das relações exteriores árabes. 'Esperamos a realização de golpes específicos contra várias instalações perigosas. Os Estados Unidos poderiam fazer isto com muita facilidade'”.
“Barack Obama disse em incontáveis ocasiões que um Irão nuclear seria 'inaceitável' [...] Um Irão nuclear seria uma situação que mudaria o jogo, não apenas no Oriente Médio mas no mundo todo. Acho que qualquer coisa que restasse do nosso marco de não proliferação nuclear começaria a se desintegrar. Haveria países no Oriente Médio que considerariam a possível necessidade de conseguir armas nucleares também'”.
“Mas os israelitas duvidam que um homem que foi colocado como a antítese de George W. Bush, o autor das invasões tanto do Afeganistão quanto do Iraque, lançaria um ataque preventivo contra uma nação muçulmana.”
“'Todos escutamos o seu discursoem El Cairo', disse-me um alto funcionário israelita se referindo ao discurso de junho de 2009 no qual Obama tentou de redefinir as relações com os muçulmanos sublinhando o espírito de cooperação e o respeito dos Estados Unidos para com o Islã. 'Não acreditamos que seja o tipo de pessoa que lançaria um golpe ousado contra o Irão. Temíamos que continuasse uma política de contenção para um Irão nuclear em vez de atacá-lo'.”
“O funcionário israelita me disse que 'o de Bush aconteceu há dois anos, mas o programa iraniano era o mesmo e a intenção era a mesma. Por isso, pessoalmente não espero que Obama seja mais Bush do que o próprio Bush'”
“Se os israelitas chegassem à conclusão definitiva de que Obama sob nenhuma circunstância vai lançar um golpe contra o Irão, então começará a contagem regressiva para um ataque unilateral israelita.”
“Os funcionários de inteligência israelitas acham que um golpe contra o Irão poderia provocar uma represália total por parte de Hezbollah, o partidário do Irão no Líbano, o qual segundo a maioria das estimativas de inteligência tem agora até 45 000 mísseis (não menos de três vezes os mísseis que tinha no verão de 2006 durante a última série de enfrentamentos entre o grupo e Israel)."
“...Netanyahu não é o único que compreende este desafio, vários Primeiros-ministros anteriores a ele abordaram a ameaça do Irão em termos existenciais semelhantes. [...] Michael Orem, o embaixador do Israel nos Estados Unidos me disse que 'ele tem um sentido profundo de seu papel na história judaica'”.
A seguir Jeffrey Goldberg utiliza várias páginas relatando a história do pai de Netanyahu, Bem-Sión a quem considera o historiador mais destacado do mundo sobre a inquisição espanhola e outros destacados méritos, que recentemente completou 100 anos de idade.
“Benjamin Netanyahu não é conhecido na maioria dos círculos por sua flexibilidade no que respeita aos assuntos vinculados aos palestinos, apesar de que ultimamente esteve tentando satisfazer algumas das exigências de Barack Obama de que ajude a avançar o processo de paz.”
Concluída esta parte de seu artigo, Goldberg continua analisando a complexa situação. Por vezes é muito rígido analisando um comentário do ex-presidente iraniano Hashemi-Rafsanjani do ano 2001, no qual com certeza ele fala sobre uma bomba que destruiria Israel; uma ameaça que foi criticada inclusive pelas forças de esquerda que são inimigas de Netanyahu.
“Os desafios que representa um Irão com capacidade nuclear são mais sutis que a própria possibilidade de um ataque direto, comentou-me Netanyahu. [...] 'os atores agressivos dentro do Irão poderiam disparar mísseis e participar em outras atividades terroristas e ao mesmo tempo teriam cobertura para usar o material nuclear [...] Em vez de ser um acontecimento local, independentemente da dor que poderia provocar, isto se tornaria também em um acontecimento de caráter mundial. Em segundo lugar, este acontecimento encorajaria os ativistas islâmicos em todos os cantos, em muitos continentes, que acreditariam que isto é um sinal providencial, que este fanatismo conduz ao caminho supremo do triunfo'.”
“'Provocar-se-ia uma grande mudança radical na balança de poder em nossa zona', acrescentou.”
“Outros dirigentes israelitas acham que apenas o fato da ameaça de um ataque nuclear por parte do Irão, misturado com as ameaças crônicas que vivem cidades israelitas feitas pelas forças de mísseis de Hamas e o Hezbollah, socavará gradativamente a capacidade do país de proteger os seus cidadãos mais criativos e produtivos. [...] 'A verdadeira prova que temos é conseguir que Israel seja esse local tão atrativo, esse local de vanguarda nas esferas da sociedade humana, a educação, a cultura, a ciência, a qualidade de vida, ao qual inclusive os jovens judeus que moram nos Estados Unidos queiram vir'.”
“Segundo várias enquetes, o patriotismo é um sentimento que é levado muito em alto no Israel e acho pouco provável que o temor ao Irão obrigue os judeus do Israel a procurem refúgio em outro sítio. Não obstante, um dos principais promotores de um ataque israelita contra as instalações nucleares iranianas, Ephraim Sneh, outrora general e ex vice-ministro da defesa, tem a certeza de que se o Irão traspassar o limiar nuclear, a própria idéia do Israel estaria em perigo. 'Estas pessoas são cidadãos bons e corajosos, mas a dinâmica da vida é tal que se alguém tiver uma bolsa de estudo em uma universidade dos Estados Unidos durante dois anos e a universidade lhe oferece continuar um terceiro ano, os pais lhe dirão: 'não há problemas, fica lá', comentou-me Sneh quando me reuni com ele há pouco tempo no seu escritório fora de Tel Aviv. 'Se alguém termina um doutorado e lhe oferecem uma vaga nos Estados Unidos, essa pessoa poderia ficar lá. Isso não quer dizer que as pessoas sairiam correndo para o aeroporto [...] O importante é que teremos um roubo de cérebros acelerado; e um Israel que não se fundamente no empreendimento, que não se baseie na excelência, não será o Israel de hoje'.”
“UMA SEGUNDA-FEIRA À NOITE no início do verão, sentei-me no escritório do decididamente detrator dos goyim, Rahm Emanuel, chefe do gabinete da Casa Branca, e escutei vários funcionários do Conselho de Segurança Nacional reunidos na sua mesa de conferências explicar – com muitíssimas palavras – por que o estado judeu deve confiar em um presidente não judeu dos Estados Unidos para que estes evitem que o Irão cruze o limiar nuclear."
“Uma das pessoas sentadas à mesa, Bem Rhodes, assessor adjunto de segurança nacional quem participou como autor principal do recente material 'Estratégia de segurança nacional para os Estados Unidos', bem como na preparação do discurso conciliatório do Presidente em El Cairo, indicou que o programa nuclear do Irão constituía uma clara ameaça para a segurança estadunidense e que o governo de Obama responde às ameaças contra a segurança nacional da mesma forma em que responderam outras administrações. 'Estamos coordenando uma estratégia multiface para aumentar a pressão contra o Irão, mas isso não significa que tenhamos retirado alguma das cartas da mesa de discussão', afirmou Rhodes. 'Este presidente tem demonstrado uma e outra vez que quando ele acha que é preciso usar a força para proteger os interesses estadunidenses de segurança nacional, ele o fez. Não vamos usar frases hipotéticas sobre quando empregaríamos a força militar ou se vamos usá-la, mas temos deixado bem claro que ainda não eliminamos a opção do uso da força para nenhuma situação na qual seja afetada a nossa segurança nacional'.”
“...Emanuel, cujo estado de ânimo por defeito é exasperado. [...] (um ex-funcionário da administração Bush me disse que o seu presidente encarou o problema contrário, envolvido em duas guerras e acreditando que o Irão não estava tão próximo de cruzar o limiar nuclear, rejeitou o uso da força contra o programa do Irão e deixou bem clara a sua opinião, 'mas, ninguém acreditou nele').”
“Numa altura, exprimi a idéia de que por causa de razões muito óbvias, poucas pessoas acreditavam que Barack Obama abriria uma terceira frente no grande Oriente Médio. Um dos funcionários respondeu exaltadamente: 'O que temos feito que te permita tirar a conclusão de que pensamos que um Irão com capacidade nuclear seria uma situação tolerável para nós?'”
“Os funcionários da administração de Obama, particularmente os do Pentágono, assinalaram em várias ocasiões que não concordam com a possibilidade de preferir um ataque militar. No mês de abril, a subsecretária de defesa para temas de política, Michele Flournoy, disse aos jornalistas que o uso da força militar contra o Irão estava 'fora da mesa de negociações em um futuro próximo'. Mais tarde ela se desdisse, mas o Almirante Michael Mullen, chefe do Estado Maior Geral conjunto, também criticou a idéia de atacar Irão. [...] “Numa região que é tão instável nesta altura, já não precisamos de mais instabilidade'.”
“...sob nenhuma circunstância o presidente tem descartado a idéia de evitar a proliferação mediante o uso da força. [...] Gary Samore, funcionário do Conselho de Segurança Nacional que supervisa o programa da administração contra a proliferação, disse-me que os israelitas concordam com as avaliações estadunidenses de que o programa iraniano de enriquecimento de urânio está cheio de problemas.”
“'...podemos determinar, levando em conta os relatórios da OIEA, que para os iranianos não tudo vai bem' , afirmou Samore. Especialmente as centrífugas que eles estão a operar baseiam-se no uso de uma tecnologia inferior. Estão encarando dificuldades técnicas, em parte pelo trabalho desenvolvido para negar-lhes o acesso aos componentes estrangeiros. Quando eles fabricam as peças, as mesmas não são submetidas a nenhum tipo de controle da qualidade'.”
“Dennis Ross, ex negociador de paz no Oriente Médio, quem se desempenha atualmente como funcionário de alto nível dentro do Conselho de Segurança Nacional, afirmou durante a reunião que ele acha que os israelitas compreendam agora que as medidas instigadas pelos Estados Unidos desaceleraram o avanço do Irão e que a administração está trabalhando para convencer os israelitas – e outras partes na região – de que a estratégia de sanções 'tem possibilidades de funcionar'.”
“'O presidente disse que ele não tem retirado nenhuma carta da mesa de discussão, mas vejamos por que nós pensamos que esta estratégia poderia funcionar'. [...] No passado mês de junho – como não tinham respondido ao nosso convite bilateral – o presidente disse que adotaríamos medidas no mês de setembro.”
“Ross [...] as sanções que o Irão enfrenta atualmente talvez pudessem modificar a forma de pensar do regime. ‘As sanções vão transcender. Têm lugar num momento em que os iranianos têm uma má administração: os iranianos terão de fazer recortes nos subsídios [para os alimentos e o combustível]; já estão enfrentando a alienação do povo; existe divisão dentro da elite e entre a elite e o resto do país... ‘“
“Uma pergunta que segundo parece nenhum funcionário da administração deseja responder é a seguinte: o que é que farão os Estados Unidos se fracassam as sanções? Vários funcionários árabes queixaram-se comigo porque a administração de Obama ainda não lhe informou quais são suas intenções, nem sequer de maneira geral.”
“’Os eleitores de Obama gostam de saber que a administração demonstrou que não deseja iniciar uma luta contra o Irão, porém esse não é assunto de política interna’, expressou esse chanceler. ‘O Irão manter-se-á nesse caminho temerário a não ser que a administração comece a falar de forma não razoável. A melhor forma de evitar um ataque contra o Irão é fazer com que o Irão creia que os Estados Unidos estão a ponto de atacá-los. Temos que conhecer quais as intenções do presidente neste assunto. Somos seus aliados’. De acordo com duas fontes dentro da administração, este assunto provocou tensões entre o Presidente Obama e o recentemente demitido do cargo de diretor de inteligência nacional, Almirante Dennis Blair. Segundo estas fontes, Blair, de quem se dizia fez muita ênfase na ameaça que representa o Irão, disse ao presidente que os aliados árabes dos Estados Unidos necessitavam mais palavras tranqüilizadoras. Dizem que Obama não gostou do conselho.”
“Em Israel, logicamente, custa muito aos funcionários entender o Presidente Obama, apesar das palavras tranqüilizadoras que receberam de Emanuel, de Ross e de outros.”
“Há pouco tempo, o chefe da inteligência militar israelita, Major-General Amos Yadlin, fez uma visita secreta a Chicago para se reunir com Lester Crown, multimilionário cuja família é dona de uma parte importante de General Dynamics, um contratante militar. Crown [...] ‘Compartilho com os israelitas o sentimento de que certamente temos a capacidade militar e a vontade de usá-la. A ascensão do Irão não é algo que convenha aos Estados Unidos para nada.
“'Apoio o presidente', disse Crown, 'mas eu gostaria que [os funcionários da administração] fossem um pouco mais extrovertidos ao falarem. Sentir-me-ia mais a vontade se soubesse que eles têm a disposição de usar a força militar, como último recurso. Não se pode ameaçar ninguém e fazer-lhe acreditar em um engano. Tem que existir disposição para fazê-lo'.”
“Vários funcionários inclusive me perguntaram se eu achava que Obama era anti-semita. Respondi-lhes esta pergunta usando uma citação de Abner Mikva, outrora Congressista, juiz federal e mentor de Obama, quem afirmou em 2008: 'Acho que quando tudo isto terminar, as pessoas dirão que Barack Obama foi o primeiro presidente judeu'. Expliquei-lhes que Obama conhecia bem a obra de escritores, acadêmicos legais e pensadores judeus e que um grande número de seus amigos, partidários e assessores eram judeus. No entanto, o filo-semitismo não é necessariamente o mesmo que concordar com o Partido Likud de Netanyahu, a propósito, também não é o mesmo entre os judeus que moram nos Estados Unidos que – ao igual que o presidente por quem votaram em grandes quantidades - apóiam, geralmente, a solução da existência de dois estados e têm suas reservas no que se refere aos assentamentos judeus na Ribeira Ocidental.”
“Rahm Emanuel indicou que a administração estava tentando enfiar uma agulha: oferecendo um apoio ‘inquebrantável’ ao Israel; protegendo-o das conseqüências de uma bomba nuclear iraniana; mas pressionando-o para que procure uma fórmula conciliatória com os palestinos. […] os últimos seis Primeiros-ministros do Israel, incluído Netanyahu que -no seu primeiro período eleitoral a finais do decênio de 1990, para desgosto do seu pai- procurou uma fórmula conciliatória com os palestinos, para defender seu caso. ‘Rabin, Peres, Netanyahu, Barak, Sharon, Olmert -cada um deles procurou algum tipo de solução negociada que fosse conveniente para o Israel do ponto de vista estratégico’, sublinhou. Houve muitas outras ameaças enquanto os sucessivos governos do Israel têm tentado continuar um processo de paz.”
“…o Israel deve analisar cuidadosamente se um golpe militar valeria a pena pelo grande problema que isso desataria. ‘De momento não tenho certeza no que eles andam, qualquer que fosse o momento, independentemente do que façam, eles não parariam’ o programa nuclear, acrescentou. ‘Eles apenas o adiariam’.”
“Foi então quando reparei que, em alguns temas, os israelitas e os estadunidenses não estavam falando a mesma língua.”
“EM MINHAS CONVERSAS com ex generais da força aérea e estrategistas israelitas, prevaleceu um tom moderado. Muitas das pessoas que entrevistei estiveram dispostas, em condição de anonimato, a dizer por que seria difícil para o Israel atacar as instalações nucleares iranianas. Alguns generais israelitas, ao igual que seus colegas estadunidenses, punham em causa a própria idéia de começar um ataque. ‘Empregaríamos melhor nosso tempo se nos dedicássemos a fazer lobby com Barack Obama para que ele o faça, em vez de tentar fazê-lo nós próprios’,afirmou um general. ‘Somos muito bons neste tipo de operações, mas é um passo muito grande para nós. Contudo, os estadunidenses podem fazer isso com um mínimo de dificuldades. Para nós é demais’.”
“Estes aviões teriam que regressar a seu país com rapidez, em parte porque a inteligência israelita considera que o Irão logo ordenaria Hezbollah para que lançasse os mísseis contra cidades do Israel, e seriam precisos os recursos da força aérea israelita para perseguir os grupos de mísseis do Hezbollah.”
“…no caso de um ataque unilateral israelita contra o Irão, sua missão seria combater contra as forças lança-mísseis do Hezbollah. […] manter na reserva agora o Hezbollah até que o Irão possa cruzar o limiar nuclear.”
“…Hezbollah ‘perdeu muitos dos seus homens. […] Essa é uma das razões pelas quais tivemos quatro anos de tranqüilidade. O que tem mudado no decurso desses últimos quatro anos é que o Hezbollah tem aumentado sua capacidade para lançar mísseis, mas nós temos elevado também nossa capacidade’. Em relação a um possível ataque israelita contra o Irão, Eisenkot terminou dizendo: ‘Nossa prontidão combativa significa que o Israel tem liberdade de ação’.”
“Os Estados Unidos ver-se-iam também como cúmplices de um ataque israelita, mesmo quando estes não tivessem sido advertidos com antecedência. A hipótese -que nem sempre é correta- de que o Israel só atua com a aprovação dos Estados Unidos é um ponto de vista habitual no Oriente Médio, que os israelitas dizem que estão tendo em mente agora. Falei com vários funcionários israelitas que estão debatendo esta interrogante, entre outras: O que aconteceria se os serviços de inteligência estadunidenses soubessem das intenções israelitas umas horas antes do início programado de um ataque? ‘É um pesadelo para nós’, informou-me um desses funcionários. O que aconteceria se o Presidente Obama liga para Bibi e lhe diz: ‘sabemos o que estão fazendo. Parem com isso imediatamente’. Acaso paramos? Talvez tenhamos que parar. Foi tomada a decisão de não lhes mentir aos estadunidenses sobre nossos planos. Não queremos informar-lhes de antemão. É pelo próprio bem deles e pelo nosso bem. Então, o que fazemos? Estas são as perguntas difíceis.”
“‘Muitos israelitas pensam que os iranianos estão construindo um Auschwitz. Temos que fazer com que eles saibam que temos destruído esse Auschwitz, ou temos que fazer com que eles saibam que o intentamos, porém fracassamos’.”
“É claro que tem dirigentes israelitas que pensam que um ataque contra o Irão resulta arriscado demais. […] ‘Não queremos que os políticos nos coloquem em uma posição difícil devido à palavra Shoah’, disse um general.”
“Depois de ter observado mais de uma dezena de vezes diferentes, em mais de uma dezena de escritórios diferentes, a fotografia dos aviões da força aérea israelita sobrevoando Auschwitz, foi que consegui perceber a contradição que isso encerrava. Se os físicos judeus que criaram o arsenal nuclear israelita tivessem podido fazer uma viagem no tempo e espaço, e enviar um esquadrão de caças-bombardeiros em 1942…”
“Benjamin Netanyahu considera, por razões de segurança nacional, que se as sanções fracassam, ele ver-se-ia obrigado a tomar medidas. Não obstante, um ataque israelita contra as instalações nucleares iranianas -tenha sucesso ou não- pode fazer com que o Irão redobre seus esforços -desta vez contando com a solidariedade internacional- para desenvolver um arsenal nuclear. Isso poderia provocar também o caos para os Estados Unidos no Oriente Médio. […] Peres considera o programa nuclear iraniano como algo potencialmente catastrófico. […]
Quando lhe perguntei se ele acreditava na opção militar, disse-me: ‘Por que devo declarar uma coisa como essa?’.”
“Na base de meses de entrevistas, cheguei a acreditar que a administração sabe que é quase seguro que o Israel em breve empreenderá ações contra o Irão se nada ou ninguém mais detém seu programa nuclear […] A começos deste ano, eu concordava com muitos israelitas, árabes -e iranianos- que acreditavam que não existiam possibilidades de que Obama recorresse ao uso da força para deter o Irão: ainda não acredito que ele tenha muitas possibilidades de recorrer às ações militares no futuro imediato; por uma só razão: o Pentágono se mostrou particularmente pouco entusiasta em torno a essa idéia. Mesmo assim, é evidente que Obama está apanhado no meio deste problema. […] Denis McDonough, Chefe do Estado-maior do Conselho de Segurança Nacional, disse-me: ‘o que vê no Irão é o encontro de uma série de prioridades importantes do presidente, que vê uma séria ameaça para o sistema de não proliferação a nível mundial, uma ameaça que pode conduzir a outras atividades nucleares em uma região tão volátil, e uma ameaça para um amigo próximo dos Estados Unidos: o Israel. Acho que podem ser vistas várias correntes que se estão juntando, o que responde à interrogante de por que isto é tão importante para nós’.”
“Quando lhe perguntei a Peres o que ele pensava sobre o esforço de Netanyahu por apresentar este caso perante a administração de Obama, Peres me respondeu […] que seu país sabe qual é seu lugar, e que isso dependia do presidente estadunidense e que só o presidente dos Estados Unidos podia decidir finalmente como salvaguardar melhor o futuro de Ocidente. Toda esta história tem mais relação com seu mentor: David Ben-Gurion.
“‘Pouco depois que John F. Kennedy foi eleito presidente, Ben-Gurion se reuniu com ele no hotel Waldorf-Astoria’ em Nova Iorque, contou-me Peres. ‘Depois da reunião, Kennedy acompanhou Ben-Gurion ao elevador e lhe disse: 'Senhor Primeiro-ministro, quero lhe dizer que resultei eleito presidente graças à sua gente, por isso, o que posso fazer por você em troca?' Ben-Gurion se insultou pela pergunta e lhe disse: 'o que pode fazer é ser um grande presidente dos Estados Unidos. Você deve compreender que ter um grande presidente dos Estados Unidos é um grande sucesso'’.”
“Peres continuou explicando o que ele via como interesse verdadeiro do Israel. ‘Não queremos ganhar-lhe ao presidente’, disse-me. ‘Queremos que o presidente ganhe’.”
“Jeffrey Goldberg”
“Jeffrey Mark Goldberg é um jornalista norte-americano-israelita. É um dos autores e jornalistas do staff da revista The Atlantic. Trabalhou previamente para a revista The New Yorker. Goldberg escreve principalmente sobre temas internacionais, com preferência sobre o Oriente Médio e África. Alguns o denominam como o mais influente jornalista-blogguer em assuntos relacionados com o Israel.”
Fidel Castro Ruz
25 de agosto de 2010
18h18

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Llegué a estar muerto, pero resucité

ENTREVISTA A FIDEL CASTRO


---Supe por el libro de López Obrador del saqueo y decidí escribir sobre
ello
Carlos Salinas es muy hábil; llegué a pensar que nunca trató de engañarme
---No dudo que más pronto de lo que imaginan habrá en México grandes cambios
---Hay que persuadir a Obama de que evite la guera nuclear
---No quiero estar ausente en estos días. El mundo está en la fase más
interesante y peligrosa de su existencia y yo estoy bastante
comprometido con lo que vaya a pasar. Tengo cosas que hacer todavía
---Puntualiza que su lucha principal ahora es crear un movimiento
antiguerra nuclear

por Carmen Lira Saade


La Habana. Estuvo cuatro años debatiéndose entre la vida y la muerte.
En un entrar y salir del quirófano, entubado, recibiendo alimentos a
través de venas y catéteres y con pérdidas frecuentes del conocimiento.

Mi enfermedad no es ningún secreto de Estado, habría dicho poco antes
de que ésta hiciera crisis y lo obligara a hacer lo que tenía que
hacer: delegar sus funciones como presidente del Consejo de Estado y,
consecuentemente, como comandante en jefe de las fuerzas armadas de Cuba.

No puedo seguir más, admitió entonces -según revela en ésta su primera
entrevista con un medio impreso extranjero desde entonces-. Hizo el
traspaso del mando, y se entregó a los médicos.

La conmoción sacudió a la nación entera, a los amigos de otras partes;
hizo abrigar esperanzas revanchistas a sus detractores, y puso en
estado de alerta al poderoso vecino del norte. Era el 31 de julio de
2006 cuando dio a conocer, de manera oficial, la carta de renuncia del
máximo líder de la Revolución cubana.

Lo que no consiguió en 50 años su enemigo más feroz (bloqueos,
guerras, atentados ) lo alcanzó una enfermedad sobre la que nadie
sabía nada y se especulaba todo. Una enfermedad que al régimen, lo
aceptara o no, iba a convertírsele en secreto de Estado.

(Pienso en Raúl, en el Raúl Castro de aquellos momentos. No era sólo
el paquete que le habían confiado casi de buenas a primeras, aunque
estuviera acordado de siempre; era la delicada salud de su compañera
Vilma Espín -quien poco después fallecería víctima de cáncer-, y la
muy probable desaparición de su hermano mayor y jefe único en lo
militar, en lo político, en lo familiar.)

Hoy hace 40 días Fidel Castro reapareció en público de manera
definitiva, al menos sin peligro aparente de recaída. En un clima
distendido y cuando todo hace pensar que la tormenta ha pasado, el
hombre más importante de la Revolución cubana luce rozagante y vital,
aunque no domine del todo los movimientos de sus piernas.

Durante alrededor de cinco horas que duró la charla-entrevista
-incluido el almuerzo- con La Jornada, Fidel aborda los más diversos
temas, aunque se obsesione con algunos en particular. Permite que se
le pregunte de todo -aunque el que más interrogue sea él- y repasa por
primera vez y con dolorosa franqueza algunos momentos de la crisis de
salud que sufrió los pasados cuatro años.

Llegué a estar muerto, revela con una tranquilidad pasmosa. No
menciona por su nombre la divertículis que padeció ni se refiere a las
hemorragias que llevaron a los especialistas de su equipo médico a
intervenirlo en varias o muchas ocasiones, con riesgo de perder la
vida en cada una.

Pero en lo que sí se explaya es en el relato del sufrimiento vivido. Y
no muestra inhibición alguna en calificar la dolorosa etapa como un
calvario.

Yo ya no aspiraba a vivir, ni mucho menos... Me pregunté varias veces
si esa gente (sus médicos) iban a dejarme vivir en esas condiciones o
me iban a permitir morir... Luego sobreviví, pero en muy malas
condiciones físicas. Llegué a pesar cincuenta y pico de kilogramos.

Sesenta y seis kilogramos, precisa Dalia, su inseparable compañera que
asiste a la charla. Sólo ella, dos de sus médicos y otros dos de sus
más cercanos colaboradores están presentes.

-Imagínate: un tipo de mi estatura pesando 66 kilos. Hoy alcanzo ya
entre 85 y 86 kilos, y esta mañana logré dar 600 pasos solo, sin
bastón, sin ayuda.

Quiero decirte que estás ante una especie de re-su-ci-ta-do, subraya
con cierto orgullo. Sabe que además del magnífico equipo médico que lo
asistió en todos estos años, con el que se puso a prueba la calidad de
la medicina cubana, ha contado su voluntad y esa disciplina de acero
que se impone siempre que se empeña en algo.

-No cometo nunca la más mínima violación -asegura-. De más está decir
que me he vuelto médico con la cooperación de los médicos. Con ellos
discuto, pregunto (pregunta mucho), aprendo (y obedece)...

Conoce muy bien las razones de sus accidentes y caídas, aunque insiste
en que no necesariamente unas llevan a las otras. La primera vez fue
porque no hice el calentamiento debido, antes de jugar basquetbol.
Luego vino lo de Santa Clara: Fidel bajaba de la estatua del Che,
donde había presidido un homenaje, y cayó de cabeza. Ahí influyó que
los que lo cuidan a uno también se van poniendo viejos, pierden
facultades y no se ocuparon, aclara.

Sigue la caída de Holguín, también cuan grande es. Todos estos
accidentes antes de que la otra enfermedad hiciera crisis y lo dejara
por largo tiempo en el hospital.

Tendido en aquella cama, sólo miraba a mi alrededor, ignorante de
todos esos aparatos. No sabía cuánto tiempo iba a durar ese tormento y
de lo único que tenía esperanza es de que se parara el mundo, seguro
para no perderse de nada. Pero resucité, dice ufano.

-Y cuando resucitó, comandante, ¿con qué se encontró? -le pregunto.

-Con un mundo como de locos... Un mundo que aparece todos los días en
la televisión, en los periodicos, y que no hay quien entienda, pero el
que no me hubiera querido perder por nada del mundo -sonríe divertido.

Con una energía sorprendente en un ser humano que viene levantándose
de la tumba -como él dice- y con la mismísima curiosidad intelectual
de antes, Fidel Castro se pone al día.

Dicen, los que lo conocen bien, que no hay un proyecto, colosal o
milimétrico, en el que no se empeñe con una pasión encarnizada y que
en especial lo hace si tiene que enfrentarse a la adversidad, como
había sido y era el caso.

Nunca como entonces parece de mejor humor. Alguien que cree conocerlo
bien le dijo: las cosas deben andar muy mal, porque usted está rozagante.

La tarea de acumulación informativa cotidiana de este sobreviviente
comienza desde que despierta. A una velocidad de lectura que nadie
sabe con qué método consigue, devora libros; se lee entre 200 y 300
cables informativos por día; está pendiente y al momento de las nuevas
tecnologías de la comunicación; se fascina con Wikileaks, la garganta
profunda del Internet, famosa por la filtración de más de 90 mil
documentos militares sobre Afganistán, en los que este nuevo navegante
está trabajando.

-¿Te das cuenta, compañera, de lo que esto significa? -me dice-.
Internet ha puesto en manos de nosotros la posibilidad de comunicarnos
con el mundo. Con nada de esto contábamos antes -comenta, al tiempo
que se deleita viendo y seleccionando cables y textos bajados de la
red, que tiene sobre el escritorio: un pequeño mueble, demasiado
pequeño para la talla (aun disminuida por la enfermedad) de su ocupante.

-Se acabaron los secretos, o al menos eso pareciera. Estamos ante un
periodismo de investigación de alta tecnología, como lo llama el New
York Times, y al alcance de todo el mundo.

-Estamos ante el arma más poderosa que haya existido, que es la
comunicación -ataja-. El poder de la comunicación ha estado, y está,
en manos del imperio y de ambiciosos grupos privados que hicieron uso
y abuso de él. Por eso los medios han fabricado el poder que hoy ostentan.

Lo escucho y no puedo menos que pensar en Chomsky: cualquiera de las
trapacerías que el imperio intente debe contar antes con el apoyo de
los medios, principalmente periódicos y televisión, y hoy,
naturalmente, con todos los instrumentos que ofrece la Internet.

Son los medios los que antes de cualquier acción crean el concenso.
Tienden la cama, diríamos... Acondicionan el teatro de operaciones.

Sin embargo, acota Fidel, aunque han pretendido conservar intacto ese
poder, no han podido. Lo están perdiendo día con día. En tanto que
otros, muchos, muchísimos, emergen a cada momento.

Se hace entonces un reconocimiento a los esfuerzos de algunos sitios y
medios, además de Wikileaks: por el lado latinoamericano, a Telesur de
Venezuela, a la televisión cultural de Argentina, el Canal Encuentro,
y a todos aquellos medios, públicos o privados, que enfrentan a
poderosos consorcios particulares de la región y a trasnacionales de
la información, la cultura y el entretenimiento.

Informes sobre la manipulación de los poderosos grupos empresariales
locales o regionales, sus complots para entronizar o eliminar
gobiernos o personajes de la política, o sobre la tiranía que ejerce
el imperio a través de las trasnacionales, están ahora al alcance de
todos los mortales.

Pero no de Cuba, que apenas dispone de una entrada de Internet para
todo el país, comparable a la que tiene cualquier hotel Hilton o Sheraton.

Ésa es la razón por la que conectarse en Cuba es desesperante. La
navegación es como si se hiciera en cámara lenta.

-¿Por qué es todo esto? -pegunto.

-Por la negativa rotunda de Estados Unidos a darle acceso a lnternet a
la isla, a través de uno de los cables submarinos de fibra óptica que
pasan cerca de las costas. Cuba se ve obligada, en cambio, a bajar la
señal de un satélite, lo que encarece mucho más el servicio que el
gobierno cubano ha de pagar, e impide disponer de un mayor ancho de
banda que permita dar acceso a muchos más usuarios y a la velocidad
que es normal en todo el mundo, con la banda ancha.

Por estas razones el gobierno cubano da prioridad para conectarse no a
quienes pueden pagar por el costo del servicio, sino a quienes más lo
necesitan, como médicos, académicos, periodistas, profesionistas,
cuadros del gobierno y clubes de Internet de uso social. No se puede más.

Pienso en los descomunales esfuerzos del sitio cubano Cubadebate para
alimentar al interior y llevar hacia el exterior la información del
país, en las condiciones existentes. Pero, según Fidel, Cuba podrá
solucionar pronto esta situación.

Se refiere a la conclusión de las obras de cable submarino que se
tiende del puerto de La Guaira, en Venezuela, hasta las cercanías de
Santiago de Cuba. Con estas obras, llevadas adelante por el gobierno
de Hugo Chávez, la isla podrá disponer de banda ancha y posibilidades
de acometer una gran ampliación del servicio.

-Muchas veces se ha señalado a Cuba, y en particular a usted, de
mantener una posición antiestadunidense a rajatabla, y hasta han
llegado a acusarlo de guardar odio hacia esa nación -le digo.

-Nada de eso -aclara-. ¿Por qué odiar a Estados Unidos, si es sólo un
producto de la historia?

Pero, en efecto: hace apenas como 40 días, cuando todavía no había
terminado de resucitar se ocupó -para variar-, en sus nuevas
Reflexiones, de su poderoso vecino.

"Es que empecé a ver bien clarito los problemas de la tiranía mundial
creciente. -y se le presentó, a la luz de toda la información que
manejaba, la inminencia de un ataque nuclear que desataría la
conflagración mundial.

Todavía no podía salir a hablar, a hacer lo que está haciendo ahora,
me indica. Apenas podía escribir con cierta fluidez, pues no sólo tuvo
que aprender a caminar, sino también, a sus 84 años, debió volver a
aprender a escribir..

"Salí del hospital, fui para la casa, pero caminé, me excedí. Luego
tuve que hacer rehabilitación de los pies. Para entonces ya lograba
comenzar de nuevo a escribir.

El salto cualitativo se dio cuando pude dominar todos los elementos
que me permitían hacer posible todo lo que estoy haciendo ahora. Pero
puedo y debo mejorar... Puedo llegar a caminar bien. Hoy, ya te dije,
caminé 600 pasos solo, sin bastón, sin nada, y esto lo debo conciliar
con lo que subo y bajo, con las horas que duermo, con el trabajo.

-¿Qué hay detrás de este frenesí en el trabajo, que más que a una
rehabilitación puede conducirlo a una recaída?

Fidel se concentra, cierra los ojos como para empezar un sueño, pero
no... vuelve a la carga:

No quiero estar ausente en estos días. El mundo está en la fase más
interesante y peligrosa de su existencia y yo estoy bastante
comprometido con lo que vaya a pasar. Tengo cosas que hacer todavía.

¿Cómo cuáles?

-Como la conformación de todo un movimiento antiguerra nuclear -es a
lo que viene dedicándose desde su reaparición.

Crear una fuerza de persuasión internacional para evitar que esa
amenaza colosal se cumpla representa todo un reto, y Fidel nunca ha
podido resistirse a los retos.

"Al principio yo pensé que el ataque nuclear iba a darse sobre Corea
del Norte, pero pronto rectifiqué porque me dije que ése lo paraba
China con su veto en el Consejo de Seguridad...

Pero lo de Irán no lo para nadie, porque no hay veto ni chino ni ruso.
Luego vino la resolución (de Naciones Unidas), y aunque vetaron Brasil
y Turquía, Líbano no lo hizo y entonces se tomó la decisión.

Fidel convoca a científicos, economistas, comunicadores, etcétera, a
que den su opinión sobre cuál puede ser el mecanismo mediante el cual
se va a desatar el horror, y la forma en que puede evitarse. Hasta a
ejercicios de ciencia ficción los ha llevado.

¡Piensen, piensen!, anima en las discusiones. Razonen, imaginen,
exclama el entusiasta maestro en que se ha convertido en estos días.

No todo el mundo ha comprendido su inquietud. No son pocos los que han
visto catastrofismo y hasta delirio en su nueva campaña. A todo esto
habría que agregar el temor que a muchos asalta, de que su salud sufra
una recaída.

Fidel no ceja: nada ni nadie es capaz de frenarlo siquiera. Él
necesita, a la mayor brevedad, CONVENCER para así DETENER la
conflagración nuclear que -insiste- amenaza con desaparecer a una
buena parte de la humanidad. Tenemos que movilizar al mundo para
persuadir a Barack Obama, presidente de Estados Unidos, de que evite
la guerra nuclear. Él es el único que puede, o no, oprimir el botón.

Con los datos que ya maneja como un experto, y los documentos que
avalan sus dichos, Fidel cuestiona y hace una exposición escalofriante:

-¿Tú sabes el poder nuclear que tienen unos cuantos países del mundo
en la actualidad, comparado con el de la época de Hiroshima y Nagazaki?

Cuatrocientas setenta mil veces el poder explosivo que tenía
cualquiera de las dos bombas que Estados Unidos arrojó sobre esas dos
ciudades japonesas. ¡Cuatrocientas setenta mil veces más!, subraya
escandalizado.

Esa es la potencia que tiene cada una de las más de 20 mil armas
nucleares que -se calcula- hay hoy día en el mundo.

Con mucho menos de esa potencia -con tan sólo 100- ya se puede
producir un invierno nuclear que oscurezca el mundo en su totalidad.

Esta barbaridad puede producirse en cosa de unas días, para ser más
precisos, el 9 de septiembre próximo, que es cuando vencen los 90 días
otorgados por el Consejo de Seguridad de la ONU para comenzar a
inspeccionar los barcos de Irán.

-¿Tú crees que los iraníes van a retroceder? ¿Tú te los imaginas?
Hombres valientes, religiosos que ven en la muerte casi un premio...
Bien, los iraníes no van a ceder, eso es seguro. ¿Van a ceder los
yanquis? Y, ¿qué va a pasar si ni uno ni otro ceden? Y esto puede
ocurrir el próximo 9 de septiembre.

Un minuto después de la explosión, más de la mitad de los seres
humanos habrán muerto, el polvo y el humo de los continentes en llamas
derrotarán a la luz solar, y las tinieblas absolutas volverán a reinar
en el mundo, escribió Gabriel García Máquez con ocasión del 41
aniversario de Hiroshima. Un invierno de lluvias anaranjadas y
huracanes helados invertirán el tiempo de los océanos y voltearán el
curso de los ríos, cuyos peces habrán muerto de sed en las aguas
ardientes... La era del rock y de los corazones trasplantados estará
de regreso a su infancia glacial...

No albergo la menor duda que habrá en México grandes cambios

Dime, dime, ¿qué tanto está diciendo la mafia de todo lo que escribí?

-No es sólo la mafia, ¿eh? Son más los desconcertados con esas
Reflexiones, comandante. Ya ni qué decir del disgusto que le propinó
al gobierno mexicano.

-No tenia ningún interés de criticar al gobierno. ¿Para qué me iba a
meter con el gobierno? ¿Por gusto? Si yo me dedicara a meterme con los
gobiernos, a decir las cosas malas o equivocadas que considero que han
hecho, Cuba no tendría relaciones.

-Se dice que con sus elogios y reconocimiento abiertos, lo que usted
dio a Andrés Manuel López Obrador fue el beso del diablo. y se
preguntan por qué hasta ahora hace públicos tanto las declaraciones de
Carlos Ahumada a la justicia cubana como detalles de su singular
relación con Carlos Salinas de Gortari. Sospechan que habría una
intención oculta.

-No, no, no. Yo tuve la suerte de encontrarme con el libro de Andrés
Manuel. Alguien me lo dio al final de la sesión de la Asamblea. Lo leí
rápido y su lectura me inspiró a escribir lo que escribí.

-¿Qué lo inspiró?

-Enterarme de lo que han hecho con la tierra, con las minas; de lo que
han hecho con el petróleo. Enterarme del robo, del saqueo que ha
sufrido ese gran país; de la barbaridad ésa que han cometido, y que
(hoy tiene a México como lo tiene)...

-Hay desconfiados de uno y otro bando que insisten en que detrás de su
carambola hay otros propósitos.

-No. Yo no tenía planeado escribir lo que escribí; no estaba en mis
planes. Yo tengo agenda libre.

-Pues levantó una gran polvareda, le aviso. Lo acusan de haber
desatado todo un escándalo político y le llueven las críticas porque
dicen que ya sea para bien o para mal, usted, comandante, se ha metido
en el proceso electoral mexicano.

-¡Ah! ¿Sí? -pregunta muy animado-. ¿Así que hay críticas contra mí?
¡Qué bueno, qué bueno! ¡Mándamelas! ¿Y de quién son las críticas?

-De muchos, menos de uno. El único -de los involucrados- que no ha
dicho una sola palabra es Carlos Salinas.

-Porque es el más inteligente, siempre lo fue, además de más hábil
-dice exhibiendo una sonrisa maliciosa. Por su expresión, pareciera
que ya está esperando la respuesta de Salinas. A lo mejor, hasta en un
libro.

Luego, pasa a repetir algunos pasajes de sus Reflexiones: que si
Salinas había sido solidario con Cuba, que si cuando (1994) actuó de
mediador (designado por Clinton) entre Estados Unidos y la isla "se
portó bien y fungió realmente como mediador y no como aliado de
Estados Unidos."

Cuenta que cuando Salinas obtuvo del gobierno cubano la aceptación
para refugiarse en ese país y hasta adquirir legalmente una casa se
veían con determinada frecuencia e intercambiaban puntos de vista, etcétera.

-Llegué a pensar que él nunca trató de engañarme -dice socarronamente.

-¿De veras? -pregunto. ¿Acaso Salinas comentó o consultó con él la
decisión de su gobierno de abrirse a la relación con organizaciones
terroristas declaradas, como era el caso de la Fundación Nacional
Cubano Americana creada con el exclusivo propósito de derrocar al
régimen castrista y asesinar a su presidente, Fidel Castro?

Por primera vez en la historia de las relaciones entre los dos países,
un gobierno de México abría las puertas de la casa presidencial a
Jorge Mas Canosa, a la sazón presidente de esa organización
paramilitar, vieja enemiga de la Revolución cubana.


Andrés Manuel López Obrador, en asamblea el 25 de julio pasado en el
Zócalo de la ciudad de MéxicoFoto María Meléndrez Parada
Lo que usted trajo a esta casa fue a un asesino, le dije a Carlos
Salinas en aquella ocasión, durante una entrevista con La Jornada.
Salinas asintió con la cabeza, concediéndome razón. Pero de inmediato
se justificó diciendo que lo que buscaba su gobierno era participar,
con la pluralidad cubana, en el diálogo que se estaba realizando para
acercar a las partes.

Quiero decirle que México es sumamente respetuoso de los procesos
internos que decidan los cubanos, aseguró entonces.

Pero lo que suceda a Cuba no va a ser ajeno a los mexicanos; los
mexicanos no podemos estar ausentes de las transformaciones que se den
en ese país porque repercutirán en México, en toda Latinoamérica.
Tenemos que mantener esta comunicación con todo el abanico de
opiniones... (La Jornada, agosto de 1992).

-¿Opiniones? ¿México necesitaba la opinión de un criminal para
enriquecer su diálogo con los países vecinos? -inquiero ahora.

Fidel ha bajado la cabeza y pregunta como para sí mismo:

-¿Por qué nos hizo eso? "Él se había portado como amigo de Cuba. Con
él se arreglaban los asuntos políticos o económicos pendientes, en
fin... Daba la impresión de que no tenía problemas con nosotros.

¿Por qué demonios tenía que recibir al bandido ése?, se pregunta un
tanto desconcertado.

Pero no quiere manifestarse más. Hace rato que había dado vuelta a la
página o la había reservado para el momento en que -tras el balance
obligado- decidiera hacer del conocimiento público la terminación de
su relación con el ex presidente mexicano, como ocurrió con su
Reflexión El gigante de las siete leguas.

-Cuba nunca quizo entregar la documentación filmada que probaba el
complot contra López Obrador, como se lo demandó en su momento el PRD.

-En eso no los podíamos complacer -explica-. Enviamos toda la
documentación a la autoridad que solicitó la extradición (la
cancillería mexicana). Otra actitud no habría sido seria -subraya.

Luego, Fidel enfermó gravemente y ese asunto, como muchos otros,
habría tenido que esperar.

-¿Por qué la mención a López Obrador en estos momentos casi prelectorales?

-Porque yo tenía una deuda con él. Yo quería decirle que (aunque no
accedió a entregarle la documentación que solicitó) no estábamos en
ningún complot en su contra, ni (estuvimos) ni estamos coaligados con
nadie para hacerle daño. Que como dije en mi escrito, me honro en
compartir sus puntos de vista.

-Ahí es precisamente donde dicen que le dio el beso del diablo, comandante.

-Así que ni hablar de invitarlo a visitar Cuba, ¿verdad? -dice
sonriendo pícaramente-. Estaría arriesgando mucho, ¿no es así? Le
caería encima toda la pandilla ésa, para desacreditarlo y quitarle votos.

-Como hace 50 años, en los primeros tiempos de la Revolución, en que
viajar a Cuba era toda una osadía. Una foto en llegadas o salidas del
aeropuerto de México hacia La Habana podía costar persecución, golpes,
cárcel...

Fidel mantiene su risita ésa, y aconseja:

No se preocupen tanto ustedes los mexicanos por estas cosas. Todo eso
va a cambiar. No albergo la menor duda de que más pronto de lo que
imaginan habrá en México grandes cambios.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

238 razones para estar preocupado

Reflexiones de Fidel Castro



(El líder de la Revolución Cubana ofrece nuevos elementos de juicio

para explicar lo que ha estado ocurriendo en los últimos 88 días en

torno a Irán y la amenaza de una guerra nuclear. Parto de la

convicción de que el imperialismo desaparecerá porque su existencia es

incompatible con la vida humana en el planeta, afirma)



Estamos viviendo un momento excepcional de la historia humana. A

partir de un período en que ésta se dividía en Historia Antigua,

Media, Moderna y Contemporánea. No aquella que estudiábamos en la

escuela hace tres cuartos de siglo, sino de la que Carlos Marx

genialmente calificó como la prehistoria. Ello sería consecuencia del

increíble desarrollo de las fuerzas productivas, aportada por la

ciencia y la tecnología, y su impacto en la conciencia y la vida

material de nuestra especie.



Pero también la ciencia y la tecnología aportaron una inimaginable

capacidad destructiva.



José Martí, nuestro Apóstol y Héroe Nacional, en su lucha contra el

colonialismo español —que hace más de 500 años anexó la isla a su país

situado a miles de millas de distancia en el Viejo Continente,

exterminó su población e impuso una nueva cultura y mezcla de sangre—

veía el futuro como fruto del desarrollo de las ideas y la necesidad

de justicia e igualdad entre los seres humanos.



Los grandes forjadores de nuestros sueños, a los que consagraron su

existencia, que llegaron a conocer las entrañas del monstruo

imperialista y con relación a los pueblos iberoamericanos, el “gigante

de las siete leguas”, poco les faltó para vivir la terrible disyuntiva

de tragedia extrema o luminosa esperanza que hoy envuelve a nuestro

planeta globalizado.



Afortunadamente nuestro país hizo una Revolución. Todo el mundo

aprendió a leer y escribir, disfrutó de excelentes servicios de salud

e incluso los compartió con otros pueblos, supo ser patriota y a la

vez internacionalista; está preparado para un mundo de justicia sin

explotadores y explotados, podrá contribuir a la búsqueda de fórmulas

nuevas que harán posible la vida humana en la tierra.



Parto de la convicción de que el imperialismo desaparecerá porque su

existencia es incompatible con la vida humana en el planeta.



A lo largo de 88 días, se han reunido los elementos de juicio

pertinentes para explicar a los lectores lo que está sucediendo.

Emplearé dos Reflexiones.



El 1º de junio, 8 días antes de que se aprobara la Resolución 1929 del

Consejo de Seguridad de Naciones Unidas, las agencias de prensa

publicaron cinco despachos. La agencia EFE informaba en tres despachos

diferentes:



“Irán tildó hoy de ‘repetitivo y parcial’ el último informe del

Organismo Internacional de la Energía Atómica (OIEA) sobre el programa

nuclear iraní y se mostró ‘sorprendido’ por la falta de mención al

acuerdo tripartito de intercambio de uranio firmado con Turquía y Brasil.”



“El ministro de Exteriores iraní, Manoucher Mottaki, escuchó hoy duras

críticas en el Parlamento Europeo, donde los diputados le reprocharon

la situación de los derechos humanos en su país y el programa nuclear

que impulsa su gobierno.”



“La Casa Blanca dijo hoy que el último informe del Organismo

Internacional de Energía Atómica (OIEA) demuestra que Irán sigue

violando sus obligaciones internacionales y se niega a cooperar con

los inspectores de la ONU.”



Por su parte ANSA comunicaba:



“El jefe del Mossad, servicio secreto israelí, Meir Dagan, consideró

hoy que el acuerdo entre Irán, Brasil y Turquía para el intercambio de

material nuclear es un ‘engaño’ tramado por Teherán para dividir a la

comunidad internacional.”



Junio 2:



“(AFP).- Estados Unidos espera que el Consejo de Seguridad de la ONU

se pronuncie sobre una resolución que promueve nuevas sanciones a Irán

a más tardar para el 21 de junio, indicó este miércoles el portavoz

del Departamento de Estado, Philip Crowley.”



“(EFE).- El Banco Central de Irán ha puesto en marcha un plan para

transformar 45.000 millones de sus reservas en euros, en dólares y

lingotes de oro debido a la crisis en la moneda única, informó hoy la

televisión estatal en inglés PressTV.”



Junio 4:



“(EFE).- Cientos de miles de personas conmemoraron hoy el XXI

aniversario de la muerte del fundador de la República Islámica de

Irán, ayatolá Jomeini, en un acto en el que el líder supremo, ayatolá

Alí Jameneí, y el presidente, Mahmud Ahmadineyad, amenazaron a la

oposición y arremetieron contra EE.UU. e Israel.”



“(ANSA).- El presidente de Irán, Mahmud Ahmadinejad, advirtió hoy que

un ataque contra su país por parte de Israel sería ‘la muerte del

régimen sionista’.”



“(Reuters).- Rusia y China están en contra de apurar una votación en

el Consejo de Seguridad de Naciones Unidas sobre mayores sanciones

contra Irán, dijo el ministro de Relaciones Exteriores ruso, Sergei

Lavrov, según fue citado el viernes.”



Junio 6:



“(ANSA).- El jefe de la oposición iraní, Mir Hossein Mussavi, acusó

hoy al gobierno de llevar adelante ‘políticas engañosas, oscuras y

dañosas’ que ‘ofrecen una oportunidad de oro a Estados Unidos e Israel’.”



Junio 7:



“(EFE).- El presidente iraní, Mahmud Ahmadineyad, viajará esta semana

a China para discutir la polémica nuclear y la propuesta de

intercambio de combustible acordada con Brasil y Turquía, anunció hoy

la televisión estatal.”



“(AFP).- La AIEA sigue esperando una respuesta oficial de Estados

Unidos, Francia y Rusia sobre el acuerdo de intercambio de uranio

realizado por Irán con Turquía y Brasil, indicó este lunes en Viena el

director de esta agencia de la ONU, Yukiya Amano.”



“(DPA).- El gobierno iraní saludó hoy que el Organismo Internacional

de Energía Atómica (OIEA) incluyera el supuesto programa de armas

nucleares de Israel en las discusiones que mantendrá en Viena a lo

largo de esta semana.”



“(EFE).- El jefe de la Agencia Nuclear Rusia (Rosatom), Serguéi

Kiriyenko, negó hoy que la imposición de sanciones a Teherán pueda

afectar a la construcción por ingenieros rusos de la Central Nuclear

de Bushehr, en Irán.”



“(EFE).- El Consejo de Seguridad de la ONU podría votar el miércoles

para decidir si impone una cuarta ronda de sanciones a Irán por

negarse a detener el enriquecimiento de uranio, dijeron hoy fuentes

diplomáticas.”



“(AFP).- La televisión iraní difundió el lunes por la noche la

entrevista de un hombre presentado como Shahram Amiri, físico nuclear

iraní desaparecido en 2009 en Arabia Saudita, que afirma haber sido

secuestrado por los servicios secretos estadounidenses y saudíes y

llevado a Estados Unidos.”



Junio 8:



“(AFP).- El presidente iraní Mahmud Ahmadinejad advirtió que su país

no participará en nuevas negociaciones sobre su programa nuclear si es

sometido a nuevas sanciones, lo que el secretario estadounidense de

Defensa, Robert Gates, espera que se produzca ‘muy pronto’.”



“(Reuters).- Las sanciones de la ONU hacia Irán por su disputado

programa nuclear han sido ‘completamente acordadas’, informó el martes

una fuente rusa cercana a los diálogos del Consejo de Seguridad.”



“(EFE).- El Consejo de Seguridad de la ONU votará este miércoles si

impone una cuarta ronda de sanciones a Irán por su negativa a detener

el enriquecimiento de uranio, pese a los intentos de Brasil y Turquía

para dar más tiempo a las negociaciones con Teherán.”



“(EFE).- El Parlamento iraní reconsiderará la cooperación de su país

con el Organismo Internacional de la Energía Atómica (OIEA) si el

Consejo de Seguridad de la ONU aprueba el nuevo paquete de sanciones

promovido por Estados Unidos.”



“(Reuters).- Irán llamó el martes a consultas al embajador suizo en

Teherán y le entregó documentos que según dice muestran que un

científico nuclear iraní fue secuestrado por Estados Unidos, reportó

la agencia oficial de noticias IRNA.”



El mayor número de despachos cablegráficos se produjo el 9 de junio.



Esa jornada pasará a la historia como el día en que Estados Unidos

pasó el Rubicón, cuando se comprometió a tomar medidas de fuerza

contra Irán si no permitía que sus buques mercantes fuesen

inspeccionados en aguas internacionales. Los señalaré todos por el

orden en que fueron emitidos:



“(EFE).- El presidente iraní, Mahmud Ahmadineyad, denunció hoy que

mientras en algunas partes del mundo la falta de agua se ha convertido

en un factor crítico, los países desarrollados utilizan más agua de la

que necesitan.”



“(EFE).- El Consejo de Seguridad de la ONU aprobó hoy un nuevo y más

duro régimen de sanciones contra Irán por su negativa a detener su

programa nuclear, lo que fue acogido con sarcasmo por el presidente

iraní, Mahmud Ahmadineyad, que calificó la medida como un grupo de

‘moscas latosas’.”



“(EFE).- El presidente de Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, cuyo país

votó hoy en contra de las sanciones contra Irán aprobadas en el

Consejo de Seguridad de la ONU, afirmó que la nueva pena fue impuesta

por ‘quienes creen en la fuerza’ y no en el diálogo.”



“(AFP).- Estados Unidos respeta el ‘punto de vista diferente’ de

Brasil y Turquía sobre las nuevas sanciones a Irán, aunque ambos

países deberán explicar por qué votaron en contra en el Consejo de

Seguridad, declaró este miércoles el portavoz del Departamento de

Estado, Philip Crowley.”



“(EFE).- Poco antes de adoptar una nueva ronda de sanciones contra

Irán en el Consejo de Seguridad de la ONU, la UE y EE.UU. condenaron

hoy con dureza, durante una reunión de la Junta de Gobernadores del

OIEA en Viena, la falta de cooperación iraní en relación con su

controvertido programa nuclear.”



“(AFP).- Estados Unidos, Francia y Rusia expresaron el miércoles sus

reservas sobre el acuerdo de Irán con Brasil y Turquía para el canje

de uranio iraní, pocas horas antes de que el Consejo de Seguridad de

la ONU se reúna para votar una nueva serie de sanciones contra la

República Islámica.”



“(ANSA).- Una nueva resolución con sanciones en el Consejo de

Seguridad de Naciones Unidas contra Irán ‘no resolverá la cuestión’

del litigio nuclear que afronta Teherán, advirtió hoy en un editorial

uno de los diarios del gobierno sirio.”



“(EFE).- El secretario general de la ONU, Ban Ki-moon, instó hoy a

Irán a que cumpla con sus obligaciones internacionales después de que

el Consejo de Seguridad del organismo le impusiera un nuevo conjunto

de sanciones por proseguir con su programa nuclear.”



“(AFP).- Irán afirmó el miércoles que las nuevas sanciones adoptadas

en su contra por el Consejo de Seguridad de la ONU ‘son solo pañuelos

usados y deben ir a la basura’ y reiteró su voluntad de seguir

adelante, ocurra lo que ocurra, con su controvertido programa nuclear.”



“(AFP).- La resolución del Consejo de Seguridad de la ONU que impone

nuevas sanciones a Irán por su programa nuclear es una ‘victoria

pírrica’, dijo este miércoles el presidente brasileño Luiz Inácio Lula

da Silva, cuyo país, miembro no permanente del cuerpo, votó contra la medida.”



“(Reuters).- El Congreso de Estados Unidos aprobará más sanciones para

Irán este mes, pronosticó el miércoles un legislador demócrata, quien

indicó que las nuevas medidas adoptadas por el Consejo de Seguridad de

la ONU serían un paso clave a la vez que instó a tomar medidas más fuertes.”

Un total de 11 despachos noticiosos informaron al mundo lo ocurrido en

el Consejo de Seguridad de Naciones Unidas.



Fue seguido el día 10 por otros 9 despachos sobre el tema. Mencionaré algunos:



“(AFP).- Irán amenazó este jueves con disminuir su relación con la

Agencia Internacional de Energía Atómica (AIEA) al día siguiente de

que la ONU votara nuevas sanciones y luego de que Rusia, su

tradicional aliado, congelara la venta de misiles a la República Islámica.”



“(Notimex).- El presidente del parlamento de Irán, Ali Larijani,

afirmó hoy que Estados Unidos desafortunadamente está jugando ‘una

inocente partida’ sobre el controversial programa nuclear de Teherán,

presionado por lo que llamó el ‘lobby sionista’.”



“(EFE).- El Gobierno venezolano dijo hoy que ‘rechaza tajantemente’ la

resolución del Consejo de Seguridad de la ONU sobre nuevas sanciones

políticas y económicas a Irán, un día después de que el presidente

Hugo Chávez exigiera ‘respeto’ para la nación persa.”



“(EFE).- Rusia declaró hoy que las nuevas sanciones internacionales

contra Irán aprobadas la víspera por el Consejo de Seguridad de la ONU

no le impiden cumplir el contrato de venta a Teherán de baterías de

sistemas antiaéreos con misiles S-300.”



“(ANSA).- Estados Unidos considera ‘decepcionante’ el voto contrario

de Brasil y Turquía el miércoles en el Consejo de Seguridad de la ONU

para poner en marcha la nueva tanda de sanciones contra Irán, dijo hoy

el vocero de la Casa Blanca, Robert Gibbs.”



A continuación incluyo despachos aislados que se refieren al tema, sin

que en ninguno de ellos se muestre el menor cambio de matriz. Como dos

trenes, marchando por una misma vía a toda velocidad uno hacia el otro.



“(AFP).- El presidente iraní Mahmud Ahmadinejad se libró el viernes a

una diatriba contra Estados Unidos e Israel, 48 horas después de la

aprobación de nuevas sanciones del Consejo de Seguridad de la ONU

contra su país, que aparece cada vez más aislado internacionalmente.”



“(Reuters).- Irán sería capaz de desarrollar armas nucleares en un

lapso de uno a tres años, dijo el viernes el secretario de Defensa de

Estados Unidos, Robert Gates, agregando que todavía hay tiempo para

presionar a Teherán.”



“(EFE).- Irán restringirá su cooperación con el Organismo

Internacional de la Energía Atómica (OIEA) a los límites que impone el

Tratado de No Proliferación Nuclear (TNPN) y proseguirá con el

enriquecimiento de uranio, indicó el embajador iraní ante este

organismo, Alí Asghar Soltanieh.”



“(EFE).- El director de la Organización de Energía Atómica de Irán

(OEAI), Ali Akbar Salehi, advirtió hoy a Occidente evitar meterse en

un callejón sin salida y aceptar la fórmula del intercambio de

combustible nuclear con Irán.”



“(ANSA).- Arabia Saudita concedió el uso de su espacio aéreo a Israel

para un eventual ataque contra plantas nucleares de Irán, tras las

nuevas sanciones decididas por el Consejo de Seguridad de la ONU

contra la República islámica.



“Lo reveló hoy el periódico británico Times, citando fuentes de

Defensa en el Golfo Pérsico, que pidieron anonimato.



“Las fuentes dijeron que Riad concedió a Israel un estrecho corredor

aéreo en el Norte del país para acortar la distancia entre el Estado

judío y la República islámica.”



“(EFE).- Agentes secretos iraníes detuvieron la semana pasada en

varios puntos del país a trece supuestos miembros de un grupo

terrorista antirrevolucionario que al parecer estaba preparado para

atentar, informó hoy la oficina de relaciones públicas del Ministerio

de Inteligencia.”



Junio 15:



“(AFP).- El canciller brasileño, Celso Amorim, consideró el martes una

‘buena noticia’ que el presidente iraní Mahmud Ahmadinejad declarase

aún vigente, pese a las nuevas sanciones del Consejo de Seguridad, el

acuerdo de canje de uranio firmado por su país con Brasil y Turquía.”



“(AFP).- El canciller brasileño, Celso Amorim, afirmó el martes que

llegó la hora de escuchar a los países emergentes en ‘cuestiones

graves’ como la del programa nuclear iraní, después que las potencias

ignoraran una iniciativa respaldada por Turquía y Brasil para

desactivar esas tensiones.



“‘Es tiempo de que en las cuestiones graves de paz y de guerra se

escuche a los países emergentes —Turquía y Brasil, así como a otros

como India, Sudáfrica, Egipto e Indonesia’, escribe el ministro en el

diario francés Le Figaro.”



Junio 16:



“(EFE).- El presidente iraní, Mahmud Ahmadineyad, advirtió hoy de que

a partir de ahora será su país el que establezca las condiciones para

un eventual diálogo sobre la controversia nuclear.”



“(ANSA).- Irán anunció hoy la construcción de un nuevo reactor nuclear

con fines científicos y advirtió que reanudará negociaciones en el

litigio por sus planes atómicos sólo después de imponer castigos a las

potencias que aprobaron sanciones en el Consejo de Seguridad de

Naciones Unidas.”



“(EFE).- La cumbre de líderes de la Unión Europea respaldará mañana la

aprobación de sanciones a Irán más allá de las impuestas por el

Consejo de Seguridad de la ONU, incluyendo medidas en el sector de

petróleo y gas.”



“(EFE).- La Guardia Revolucionaria, cuerpo de élite de las fuerzas de

seguridad iraníes, ha comenzado a desplegarse a lo largo de la

frontera con Irak ‘ante la presencia en la zona de Estados Unidos e

Israel’, declaró hoy uno de sus comandantes.



“Mehdi Moini, general de brigada y comandante de este cuerpo en la

provincia noroccidental iraní de Azerbaiyán oeste, acusó a estos y

otros países de querer provocar un conflicto de carácter étnico en la

región, según la televisión estatal en inglés ‘PressTV’.



“‘La presencia de fuerzas estadounidenses e israelíes a lo largo de la

frontera es la razón para los movimientos militares de Irán en la

provincia’, explicó Moini.”



Junio 17:



“(AFP).- Los dirigentes de la Unión Europea (UE) decidieron el jueves

imponer sanciones más severas a Irán por su programa nuclear que las

acordadas por la ONU, al apuntar contra el sector nacional clave del

gas y el petróleo, lo que ha enfurecido a Rusia.”



“(DPA).- Rusia criticó hoy duramente sendas ampliaciones de las

sanciones a Irán acordadas por Estados Unidos y por la Unión Europea.



“‘Estamos profundamente decepcionados por que ni Estados Unidos ni la

Unión Europea han seguido nuestra petición de renunciar a determinadas

medidas’.”



“(AFP).- Irán es capaz de lanzar un ataque contra Europa mediante

‘decenas o incluso cientos’ de misiles, con lo cual Estados Unidos ha

revisado su sistema de defensa antimisiles, afirmó este jueves el

secretario estadounidense de la Defensa, Robert Gates.”



Junio 18:



“(Reuters).- Irán calificó el viernes las sanciones de Naciones Unidas

contra su programa nuclear como ‘ilegales’ y culpó a Estados Unidos,

el principal defensor de las medidas, de la difusión de las armas

atómicas en todo el mundo.”



Junio 20:



“(EFE).- El secretario de Defensa de Estados Unidos, Robert Gates,

dijo hoy que las nuevas sanciones contra Irán tienen una ‘posibilidad

razonable’ de funcionar y obligar al gobierno de Teherán a poner fin a

su programa nuclear.”



“(AP).- Un enviado especial de Estados Unidos advirtió el domingo al

gobierno de Pakistán que se abstenga de concretar un acuerdo para un

gasoducto firmado recientemente con Irán, pues podría desencadenar

nuevas sanciones que el Congreso está bosquejando.”



Junio 21:



“(AFP).- Brasil renunció a seguir mediando en el tema nuclear iraní,

tras el rechazo de Estados Unidos y otras potencias al acuerdo de

canje que firmó en mayo con Irán y Turquía, declaró este lunes el

ministro de Relaciones Exteriores brasileño, Celso Amorim, al diario

Financial Times.”



“(ANSA).- El ex jefe del Mossad entre 1989 y 1996, Shabtai Shavit,

afirmó hoy que Israel debería tomar en consideración un ataque

preventivo contra Irán para destruir sus plantas nucleares.”

Junio 22



“(AFP).- El gobierno estadounidense instó este martes a las empresas

privadas a que vayan más allá de las sanciones oficiales contra Irán y

recorten sus controvertidos vínculos con Teherán, al tiempo que

Washington prepara otra serie de sanciones contra la República Islámica.”



Junio 23:



“(ANSA).- Irán anunció hoy que produjo hasta ahora ‘más de 17 kilos’

de uranio enriquecido al 20%, al tiempo que el guía supremo, ayatolá

Ali Jamenei, sostuvo que las ‘potencias arrogantes’ se oponen al

programa nuclear de su país porque temen a Teherán como ‘símbolo de

los movimientos islámicos del mundo’.”



Junio 24:



“(EFE).- El comandante de la Armada del cuerpo élite de los Guardianes

de la Revolución Islámica, general Ali Fadavi, advirtió hoy de que si

EE.UU. y sus aliados inspeccionan a los barcos iraníes en aguas

internacionales, ‘recibirán una respuesta adecuada en el Golfo Pérsico

y el Estrecho de Ormuz’.



“‘EE.UU. y sus aliados no se atreverán a actuar contra los barcos

iraníes y si cometen tal estupidez, en base a la resolución ilegal que

han aprobado, ellos mismos recibirán una respuesta adecuada de los

Guardianes de la Revolución en el Golfo Pérsico y el Estrecho de

Ormuz’, afirmó el alto militar iraní.



“Fadavi añadió que ‘la Armada de los Guardianes de la Revolución

cuenta actualmente con centenares de embarcaciones dotadas con

lanzaderas de misiles’.”



“(EFE).- El Senado de EE.UU. aprobó hoy nuevas sanciones unilaterales

contra Irán, dirigidas a su sector energético, y que también

sancionaría a empresas que hagan negocio con Teherán.”



Junio 27:



“(ANSA).- El jefe de la CIA, Leon Panetta, advirtió hoy que Irán está

en condiciones de construir dos bombas atómicas en un plazo de dos

años, ya que tiene capacidad suficiente de uranio enriquecido para

avanzar en ese plan, negado por Teherán.”



Junio 30:



“(REUTERS).- Irán advirtió a los miembros de la Unión Europea de

‘consecuencias graves’ debido a su decisión de imponer sanciones más

duras contra Teherán a causa de su programa nuclear.”



Los despachos cablegráficos sobre Irán alcanzaron ese mes la cifra de 119.

En julio, el enfrentamiento continuó agudizándose. Ante cada medida

adicional, presión, sanciones y amenaza imperialista, continuó

creciendo la resuelta resistencia iraní.



Julio 1º:



“(AFP).- Las nuevas sanciones del Consejo de Seguridad de la ONU no

impedirán a Irán proseguir su ‘programa nuclear pacífico’, afirmó el

canciller iraní Manuchehr Mottaki en una carta a los 15 miembros del

Consejo, en la que agradece a Brasil y Turquía por ‘resistir’ a

‘presiones políticas’.”



“(ANSA).- El presidente de Estados Unidos, Barack Obama, aseguró hoy

que la nueva ley de sanciones de su país contra Irán es ‘un golpe al

corazón’ de su presunta capacidad de desarrollar armas nucleares…



“‘Les estamos mostrando a las autoridades iraníes que sus acciones

tienen consecuencias’, dijo Obama, quien acusó a Teherán de adoptar

una posición ‘desafiante’…”



Julio 3:



“(REUTERS).- Las últimas sanciones contra Irán son patéticas, dijo el

sábado el presidente Mahmoud Ahmadinejad y advirtió a las potencias

mundiales que lamentarían su amenaza.”



Julio 5:



“(AFP).- Un responsable iraní anunció el lunes que los aeropuertos de

Gran Bretaña, Alemania y los Emiratos Árabes Unidos rehúsan abastecer

de combustible a los aviones iraníes de pasajeros después de las

nuevas sanciones norteamericanas…”



“La agencia oficial IRNA indicó por su parte que el aeropuerto de

Kuwait hacía lo mismo.



“… dicha medida se aplicaba desde el jueves pasado, en conformidad con

‘la decisión del Congreso estadounidense que impone sanciones a la

venta de productos combustibles a Irán’.”



Julio 6:



“(AP).- China dijo el martes que Estados Unidos y otras naciones no

deberían agregar sus propias sanciones a las más recientes

penalizaciones impuestas por Naciones Unidas a Irán…”



Julio 7:



“(AFP).- Irán reconoció este miércoles, por primera vez, que las

nuevas sanciones internacionales podrían frenar su polémico programa

nuclear, incluido el enriquecimiento de uranio, pero aseguró que no lo

detendrán.”



“(DPA).- Irán está dispuesto a reanudar las conversaciones

internacionales sobre su programa nuclear en septiembre, pero sólo si

la Unión Europea (UE) denuncia el arsenal nuclear israelí y archiva

sus planes de imponer mayores sanciones a Teherán, según documentos

revelados hoy.”



Julio 8:



“(AFP).- El presidente iraní, Mahmud Ahmadinejad calificó el miércoles

a Estados Unidos de dictador planetario antes de atacar a Israel, poco

después de su llegada a Nigeria para asistir a una cumbre del D-8, que

agrupa a ocho países musulmanes en desarrollo.



“Estados Unidos ‘se ha proclamado jefe del mundo y todo el mundo debe

saber que una autoridad autoproclamada es una dictadura’…”



“(AFP).- El presidente estadounidense, Barack Obama, declaró en una

entrevista difundida el jueves en la televisión israelí que es

improbable que Israel ataque las instalaciones nucleares de Irán sin

informar de ello previamente a Estados Unidos.



“‘Es inaceptable que Irán posea armas nucleares, y nosotros haremos

todo cuanto podamos para impedir que esto ocurra’, declaró el

miércoles Obama al canal 2 israelí.”



“(DPA).- Un Irán con armas nucleares sería más peligroso que la Unión

Soviética durante la Guerra Fría, según aseguró hoy el primer ministro

israelí, Benjamin Netanyahu, en Nueva York.



“‘Los soviets tenían miles de armas atómicas, pero también eran

racionales y previsibles. Irán no lo es’, señaló Netanyahu ante el

‘think tank’ Council on Foreign Relations.”



Julio 12:



“(ANSA).- Irán insiste en que Brasil y Turquía deberán participar de

una reiniciación de las negociaciones de su programa nuclear, subrayó

el ministro del Exterior, Manuchehr Mottaki, citado hoy por la emisora

Press TV.”



Julio 15:



“(EFE).- La posibilidad de un ataque israelí contra Irán por el

programa nuclear de este país se ha incrementado fuertemente, pero sus

consecuencias serían devastadoras y llevarían a una guerra prolongada

con ‘implicaciones regionales y globales’.



“Tales son las conclusiones de un estudio titulado ‘Acción Militar

contra Irán: Impacto y Efectos’ del centro de estudios británico

‘Oxford Research Group’, según el cual las consecuencias serían tan

graves que hay que buscar como sea la forma de resolver esa crisis por

vías distintas de la militar.”



Julio 16:



“(EFE).- El Consejo de Seguridad de la ONU condenó hoy los atentados

terroristas perpetrados en una mezquita chií en el sureste de Irán, en

el que al menos 20 personas murieron y más de 100 quedaron heridas.”



“(EFE).- Los ministros de Exteriores de Japón y Brasil coincidieron

hoy en la necesidad de mantener ‘una ventana de diálogo’ abierta con

Irán, informaron fuentes oficiales niponas.”



Julio 17:



“(AFP).- Irán acusó este sábado a los países occidentales y a Israel

de estar detrás del doble atentado suicida que causó 27 muertos el

jueves en el sudeste del país, pese a que tanto la Unión Europea como

Estados Unidos lo condenaron.”



“(REUTERS).- Estados Unidos enfrentará consecuencias negativas tras un

mortal ataque con bomba ocurrido en el sudeste de Irán, dijo un alto

comandante de la Guardia Revolucionaria, citado el sábado por una

agencia semioficial de noticias iraní.”



Julio 19:



“(EFE).- Critica el presidente del Parlamento de Irán, Ali Larijani,

la ‘injusta’ estructura de poder en ‘la arena internacional’, lo que a

su entender ha llevado al ‘uso instrumentalizado’ de los organismos

internacionales…”



Julio 20:



“(AP).- El parlamento de Irán autorizó el martes inspecciones de

represalia contra aquellos países que inspeccionen la carga en barcos

y aviones iraníes como parte de las nuevas sanciones de la ONU por el

programa nuclear de Teherán.”



Julio 21:



“(AFP).- El guía supremo iraní, Alí Jamenei, instó el miércoles a

todos los musulmanes a luchar contra el ‘terrorismo ciego’ y feroz de

Estados Unidos y el Reino Unido, a los que acusó de estar detrás del

doble atentado suicida que este mes dejó 28 muertos en una mezquita chiita.”



Julio 23:



“(REUTERS).- Irán utilizará otras monedas que no sean el euro y el

dólar para los pagos de sus exportaciones de petróleo, dijo un

funcionario iraní citado el viernes por la agencia de noticias

semioficial Mehr.



“‘Somos libres de elegir cualquier moneda para las ventas de nuestro

petróleo…’.”



Julio 24:



“(REUTERS).- Irán dijo el sábado que tenía planes de construir un

reactor de fusión nuclear experimental, reportó la televisión estatal,

mientras las potencias de Occidente demandan que la República Islámica

suspenda sus delicadas labores atómicas.”



Julio 25:



“(ANSA).- Irán advirtió hoy que ‘responderá con fuerza’ a las

sanciones que se apresta a ratificar mañana la Unión Europea al margen

de la resolución del Consejo de Seguridad de Naciones Unidas, en el

marco del litigio por el desarrollo de planes nucleares.”



Julio 26:



“(EFE).- El ministro iraní de Defensa, el general Ahmad Vahidi, ha

amenazado a Israel con su destrucción total si comete una imprudencia

contra Irán, informó hoy la agencia oficial de noticias Irna.”



Julio 27:



“(AFP).- Rusia considera ‘inaceptables’ las sanciones contra Irán

adoptadas fuera del marco de la ONU, dijo el martes el Ministerio ruso

de Relaciones Exteriores, luego de la aprobación el lunes de sanciones

de la Unión Europea (UE) y de Canadá contra Teherán y su sector energético.”



Julio 31:



“(AFP).- China se convirtió en el primer socio comercial de Irán con

21 200 millones de dólares de intercambios contra 14 400 millones tres

años antes, gracias en parte a la retirada de las compañías

occidentales por la presión de sus gobiernos.



“Las sanciones internacionales contra Irán por su polémico programa

nuclear, y sobre todo las decididas por Estados Unidos y los países de

la Unión Europea (UE), permitieron a China reforzar su presencia en la

República Islámica.



“Pekín dijo que no aprueba las sanciones decididas el lunes pasado por

la Unión Europea (UE), que apuntan principalmente al sector petrolero

y del gas.”



Los despachos de las agencias de noticias sobre Irán alcanzaron en

julio la cifra de 65.



Agosto 1º:



“(AFP).- El jefe del Estado Mayor Conjunto de Estados Unidos aseguró

el domingo que un plan de ataque de Estados Unidos contra Irán está

previsto si Teherán se dota de un arma nuclear, pero afirmó estar

‘extremadamente preocupado’ por las consecuencias que podría tener la medida.



“Una acción militar contra Irán podría tener ‘consecuencias no

deseadas difíciles de anticipar en una zona increíblemente inestable’,

declaró el Almirante Michael Mullen a la NBC.”



Agosto 2:



“(EFE).- El asesor político del cuerpo de élite de los Guardianes de

la Revolución Islámica, general Yadola Javani, afirmó hoy que Irán

‘tiene preparado un plan con una dura respuesta a cualquier invasión

militar estadounidense o israelí’.”



“(EFE).- China invirtió unos 40 000 millones de dólares (30 600

millones de euros) en los sectores del petróleo y gas iraní, informó

hoy el diario oficial ‘China Daily’.



“Según los acuerdos firmados entre ambos países, la inversión china en

proyectos petroleros de prospección y extracción ascenderá a 29 000

millones de dólares, mientras que los restantes 10 000 millones se

destinarán a petroquímicas, refinerías, oleoductos y gasoductos.”



Agosto 4:



“(ANSA).- El presidente de Irán, Mahmud Ahmadinejad, llamó a estar

‘preparados para una eventual guerra que Israel quiere iniciar en

Medio Oriente’ y advirtió que los enfrentamientos con Líbano muestran

‘la desesperación del régimen sionista y su desorganización’.”



“(DPA).- ‘Ustedes (Estados Unidos) pueden adoptar tantas resoluciones

y sanciones en nuestra contra hasta que se harten’, dijo Ahmadineyad

en un discurso pronunciado en Hamedan, en el oeste del país, y que fue

retransmitido por la televisión pública.



“‘Pero en lo que concierne a la nación de Irán, no nos importa en

absoluto y nunca rogaremos por sus productos’, añadió.”



Agosto 5:



“(ANSA).- Irán presentó una protesta a Naciones Unidas por las

declaraciones en las cuales el jefe de Estado Mayor estadounidense,

Mike Mullen, dijo que Washington tiene un plan estratégico para un

ataque eventual a Teherán.



“…advirtió que reaccionará ante cualquier ataque…”



“(AP).- Dos cartas de diplomáticos iraníes a las autoridades

internacionales muestran que hay pocas esperanzas de avances en las

próximas negociaciones nucleares, ya que Teherán sigue desafiante y

poco propenso a hacer concesiones.”



“(AFP).- China defendió este jueves sus lazos comerciales con Irán a

pesar de las presiones de Estados Unidos para que se apliquen a la

letra las sanciones de la ONU…”



Agosto 9:



“(EFE).- Confirma el OIEA que Irán ha recurrido a una segunda cascada

de centrifugadoras para hacer más eficaz el proceso de enriquecimiento

de uranio en su planta nuclear de Natanz, contradiciendo las

resoluciones de la ONU al respecto.”



“(DPA).- La planta nuclear ruso-iraní de Bushehr será inaugurada en

septiembre, según el portavoz de la Cancillería de Irán, Ramin Mehmanparast.”



Agosto 10:



“(ANSA).- Irán producirá en serie una copia del Bladerunner 51,

definido como el motoscafo más veloz del mundo, equipándolo con

misiles y cohetes para utilizarlo en el Golfo.



“Declaró un comandante de los […] Guardianes de la Revolución, según

informó la agencia FARS.”



“(ANSA).- Una agencia iraní difundió hoy en su sitio de Internet

imágenes de excavaciones que definió como ‘fosas comunes’ preparadas

para sepultar los cadáveres de militares que intenten una invasión a

la República Islámica.



“Las imágenes, presentadas por la agencia FARS, muestran en primer

lugar al guía supremo, el ayatolá Alí Jamenei, cuando habla a las

tropas iraníes, y luego […] muestra las excavaciones, en una zona desértica…”



Agosto 11:



“(DPA).- Israel podría atacar Irán en los próximos 12 meses incluso

sin el consentimiento de Washington en caso de estimar que es la única

forma de poner freno al programa nuclear persa, escribe el analista

Jeffrey Goldberg en un artículo de la revista estadounidense ‘The

Atlantic’ en su edición de septiembre.”



Agosto 13:



“(EFE).- La primera planta atómica de Irán, Bushehr, construida por

especialistas rusos a orillas del Golfo Pérsico, será puesta en marcha

el próximo 21 de agosto, anunció hoy la agencia nuclear rusa Rosatom.”



Agosto 15:



“(EFE).- Obama está preparado para reunirse con Ahmadineyad si Irán

cumple ‘ciertas condiciones’, dijo el consejero de Seguridad Nacional

de la Casa Blanca, James Jones.”



“(AFP).- Irán anuncia que empezará a construir un nuevo sitio para

enriquecer uranio en 2011.”



Agosto 17:



“(XINJUA).- Advierte el director de la Organización de la Energía

Atómica de Irán, Ali-Akbar Salehi, que atacar las centrales nucleares

es un ‘crimen internacional’ y dijo que cualquier agresión contra la

planta de Bushehr estaría seguida de una reacción seria.”



Agosto 18:



“(REUTERS).- […] la República Islámica no dialogará con EE.UU. acerca

de su programa nuclear a menos que se abandonen las sanciones y las

amenazas militares.”



“(ANSA).- El plan de Irán para responder a un eventual ataque militar

de EE.UU. incluye el cierre del Estrecho de Ormuz, la ‘toma de

rehenes de las fuerzas norteamericanas en Afganistán e Irak’ y

acciones contra Israel, según dijo un alto oficial iraní.”



“(EFE).- Rusia espera cargar el combustible nuclear en el reactor de

la central nuclear iraní de Bushehr a finales de septiembre, informó

hoy el consorcio estatal ruso Atomstroyexport, encargado del proyecto.”



Agosto 19:



“(AP).- […] el almirante Mike Mullen, jefe del Estado Mayor Conjunto,

y otros oficiales y legisladores estadounidenses ‘amenazaron’ con

utilizar acción militar bajo la pretensión ‘totalmente falsa’ de que

Irán está desarrollando armas nucleares.”



“Mullen dijo […] que el ejército estadounidense tiene un plan de

atacar a Irán […] señaló que el riesgo de que Teherán desarrolle un

arma atómica es inaceptable, y reiteró que ‘la opción militar’ sigue

sobre la mesa.”



Agosto 20:



“(AFP).- Irán está listo para participar inmediatamente en un diálogo

con las grandes potencias sobre un canje de combustible nuclear,

afirmó el presidente iraní Mahmud Ahmadinejad en una entrevista

publicada este viernes en Japón.



“El miércoles el Guía Supremo Alí Jamenei declaró que Irán sólo

negociará con Estados Unidos sobre el programa nuclear si Washington

levanta las sanciones y cesa sus ‘amenazas’ contra Teherán.”



“(AFP).- Funcionarios de Estados Unidos comenzaron este viernes una

gira por ocho naciones, entre ellas Brasil y Ecuador, para insistir en

la aplicación de las sanciones impuestas a Irán por Washington y

Naciones Unidas por su programa nuclear, dijo el Departamento del Tesoro.”



“(AFP).- Irán efectuó un tiro de prueba de un misil tierra-tierra

Qiam, anunció el viernes el ministro iraní de Defensa, Ahmad Vahidi,

sin precisar la fecha del lanzamiento.”



Agosto 21:



“(AFP).- El presidente iraní Mahmud Ahmadinejad prometió una

‘respuesta a escala planetaria’ si su país es atacado, en una

entrevista publicada el sábado por el diario Al Sharq de Qatar.



“‘Nuestras opciones no tendrán límites […] Concernirán a todo el

planeta’, afirmó el presidente iraní en respuesta a una pregunta

relativa a la eventual reacción de Teherán a un ataque.”



“(ANSA).- Francia y Gran Bretaña recibieron hoy con desconfianza la

noticia de la puesta en marcha de la Central Nuclear de Bushehr por

parte de Irán, al que exigieron ‘garantías’ sobre la veracidad de los

fines civiles, mientras que Israel consideró el hecho como ‘inaceptable’.”



Agosto 22:



“(AFP).- Los líderes iraníes presentaron el domingo un ‘bombardero’ no

tripulado (drone), con un alcance de 1 000 km, en una ceremonia

destinada a mostrar la capacidad de respuesta de la República Islámica

a un eventual ataque contra sus instalaciones nucleares.”



“(REUTERS).- Irán comenzó el sábado a cargar combustible en su primera

planta de energía nuclear, un poderoso símbolo de su creciente

influencia regional y de su rechazo a las sanciones internacionales

diseñadas para evitar que desarrolle una bomba atómica.”



“(DPA).- La comunidad internacional debe incrementar la presión sobre

Irán tras la apertura de su primera central atómica para evitar que

complete su programa nuclear, exigió el Ministerio israelí de Asuntos

Exteriores en un comunicado citado hoy por Radio Israel.”



Agosto 23:



“(DPA).- La reciente presentación del primer avión no tripulado de

combate fabricado por Irán generó nuevos interrogantes en Estados

Unidos sobre las ‘intenciones iraníes’, aunque la mayor preocupación

sigue centrándose en el programa nuclear de Teherán, indicó hoy el

Departamento de Estado.”



Agosto 24:



“(XINHUA).- El presidente de Irán, Mahmoud Ahmadinejad, dijo hoy que

la República Islámica da una gran prioridad a la ampliación de sus

relaciones con todas las naciones latinoamericanas.”



“(DPA).- …Sin embargo, rechazó la renuncia al enriquecimiento de

uranio tras la entrada en funcionamiento de la central de Bushehr, en

el Sur del país, el pasado sábado.”



Agosto 25:



“(DPA).- Irán se mostró hoy dispuesto a ayudar militarmente a las

Fuerzas Armadas de Líbano si Beirut realiza una petición oficial al

respecto, informó la agencia de noticias ISNA.



“‘La nación libanesa y también el Ejército libanés son nuestros amigos

y si hay una petición oficial, estaríamos listos para ayudarles y

cooperar con ellos en lo posible’, citó ISNA al Ministro de Defensa,

Ahmad Vahidi.”



Agosto 26:



“(EFE).- Rusia se manifestó hoy dispuesta a crear con Irán una empresa

conjunta que fabrique combustible para la primera planta nuclear

iraní, Bushehr, aunque subrayó que el enriquecimiento del uranio se

realizaría solo en territorio ruso.”



A la lista de 238 razones se sumaron una más ayer y otra hoy.



Agosto 27:



“(DPA).- El director de la Organización Atómica Iraní, Ali Akbar

Salehi, informó hoy que Irán produjo 25 kilos de uranio enriquecido al

20 por ciento, a ser utilizado con fines médicos.



“La agencia de noticias ISNA citó declaraciones de Salehi según las

que Irán intentará utilizar el uranio enriquecido para la fabricación

de combustible. Con tal fin, el país persa tiene previsto finalizar la

construcción de su primera instalación de producción de combustible

antes de septiembre de 2011.”



Agosto 28:



“(DPA).- Irán retiró sus fondos de los bancos europeos en respuesta a

las últimas sanciones decretadas por la Unión Europea (UE) por su

controvertido programa nuclear, informó hoy la emisora Press TV en su

página web.



“El presidente del Banco Central iraní, Mahmud Bahmani, calificó la

decisión de ‘medida de precaución’ en defensa a una posible

congelación de las cuentas iraníes, dijo sin precisar la cantidad retirada.”



A partir del 7 de septiembre, el Consejo de Seguridad de la ONU

analizará si Irán ha detenido su programa nuclear. Si conforme a la

letra de la última Resolución, Estados Unidos o Israel intentan

inspeccionar un mercante iraní en aguas internacionales, tendrán que

usar la fuerza. Es el punto donde nos encontramos en estos momentos,

sin duda, inciertos.



Quien haya leído cuidadosamente el importante artículo de Jeffrey

Goldberg que será publicado bajo el título de “El punto tras el que no

hay vuelta atrás” en la revista The Atlantic, sabe lo que significa

esta contradicción milenaria y casi insoluble entre ambos países, nada

menos que en la era nuclear.



No existe, desde mi punto de vista, la menor posibilidad de que los

líderes políticos y religiosos de Irán acepten esa exigencia.



Fidel Castro Ruz

Agosto 28 de 2010