11/04/2012
A
mídia latino-americana sempre foi golpista. Representante das
oligarquias do
continente, dirigida por um punhado de famílias (todo país tem
seus Frias,
Mesquitas, Marinhos, Civitas), sempre esteve envolvida nos
golpes militares
contra a democracia no continente, do lado dos EUA.
Se a
OEA foi chamada por Fidel de Ministério das Colônias dos EUA, a
SIP (Sociedade
Interamericana de Imprensa) é seu Ministério de Comunicação para
as Colônias.
Sempre coordenou a ação da mídia nos golpes militares e nas
campanhas contra os
governos democráticos do continente.
Antes
mesmo da campanha que levou Getúlio ao suicídio, em 1954, e
derrubou Perón em
1955, a mídia ja tinha sido participante fundamental no
sangrento golpe na
Guatemala, em 1954, que levou esse país a se tornar, nas décadas
seguintes,
naquele que sofreu os maiores massacres em um continente cheio
de massacres.
Há
exatamente 10 anos atrás a mídia venezuelana mobilizou e
convocou um golpe
militar contra Hugo Chavez. O movimento chegou a ter sucesso
imediato, uma TV
escandinava pode produzir "A revolução não será televisionada”,
documentário já tornado um clássico do cinema de documentário
sobre a América
Latina. O presidente da Fiesp de lá foi nomeado presidente da
ditadura que
pretendia se instalar e era saudado, no Palácio Presidencial,
pelos chefes da
Igreja católica, pelos donos das empresas de comunicação, pelos
dirigentes dos
partidos de direita, enquanto Hugo Chavez era levado por
militates para uma
ilha e pressionado para assinar sua renúncia.
Assim
que soube do golpe, o povo desceu maciçamente às ruas,
dirigiu-se ao Palácio,
derrubou as grades e entrou no prédio. Assiste-se nesse momento,
no
documentário, os chefes do golpe fugirem rapidamente pelas
portas laterais do
Palácio, enquanto o povo penetra nele.
As
TVs e rádios golpistas simplesmente deixaram de dar notícias e
passaram a
projetar desenhos animados. O fugaz presidente golpista tentou
enganar a CNN
dando entrevista como se estivesse ainda no Palácio
Presidencial, mas o próprio
entrevistador lhe disse que sabia que ele já estava num quartel,
fugindo. A nem
veja, nem leia, eufórica, deu mais um “furo”: sua edição da
semana saiu, no
sábado cedo, com a notíia do golpe que teria derrubado Hugo
Chavez como a
grande matéria de capa. (Nenhum meio tradicional de comunicação
brasileiro,
todos com DNA de golpistas, recordou os 10 anos do golpe
fracassado na
Venezuela.)
Embora
houvesse já ma doutrina e um acordo dos governos do continente
de se oporem aos
golpes militares, sentiu-se o silêcio ou a cumplicidade, e salvo
Cuba, nã houve
protestos contra a derrubada de um presidente legalmente eleito
no continente.
O povo venezuelano fez justiça com suas próprias mãos e
recolocou Hugo Chavez na
presidêcia do pais, para a qual tinha sido eleito por seu voto.
O
golpe de 11 de abril de 2002 foi, para a mídia golpista
latino-americana, o que
a também fracassada invasão de Praia Giron foi para o
imperialismo
norteamericano: sua primeira grande derrota, que demonstrou que
o povo do
continente não a aceitar mais que ela pusesse e tirasse
governantes no
continente. Que agora é o povo quem decide seu destino na
América Latina.
Postado
por Emir Sader às 07:54
Actualizado 2:45
p.m. hora
local
Chávez rinde
homenaje a
mártires de asonada golpista
de abril de 2002
CARACAS. — El presidente, Hugo
Chávez, destacó hoy desde La Habana, donde recibe tratamiento
médico, el valor
demostrado por el pueblo venezolano durante el golpe de Estado
del 11 de abril
de 2002.
En un mensaje enviado desde
su cuenta @chavezcandanga en la red social Twitter, el
mandatario escribió
" í11 de Abril! íTremenda prueba aquella a la que fue sometido
el pueblo
venezolano! íBendito seas pueblo mío! íViviremos y Venceremos!.
Ese saludo fue enviado al
ministro de Comunicación e Información, Andrés Izarra, durante
su participación
en una reunión de representantes de medios de difusión
comunitarios y
alternativos con motivo del X aniversario de la asonada y de la
rebelión
popular que obligó a huir a los golpistas.
En esa reunión, Izarra
entregó equipos audiovisuales a los medios comunitarios y
alternativos del
país, con el objeto de fortalecer su labor informativa.
Minutos después de ese
mensaje, Chávez envió un segundo, en el que textualmente señaló
" íVivan
los medios comunitarios! íSigamos acabando con la hegemonía
burguesa! íBravo
Izarra!".
A este siguió, minutos
después, un tercer mensaje enviado por la misma vía, divulgado
por el
vicepresidente Ejecutivo del gobierno, Elías Jaua, cuando hacía
uso de la
palabra en un acto de masas en Los Teques, capital del estado
Miranda, en
conmemoración de los hechos de abril de 2002.
" íVivan nuestros
mártires del 11 de Abril! Abrazos Elías (Jaua) y a todo el
pueblo Venezolano.
íYo estoy poniéndome las botas de campaña! íEspérenme!!".
En este último mensaje,
Chávez aludió a su eventual regreso hoy de la capital cubana,
tras completar el
tercer ciclo de tratamiento con radioterapia.
Pero el presidente
venezolano continuó su particular diálogo con el pueblo
venezolano.
Casi simultáneamente con el
acto en Los Teques, en el capitalino teatro Teresa Carreño, bajo
el lema El
Pueblo cuenta su historia, se celebraba un masivo acto,
encabezado por Diosdado
Cabello, primer vicepresidente del Partido Socialista Unido de
Venezuela (PSUV)
y presidente de la Asamblea Nacional.
En un nuevo mensaje, esta vez
destinado a los participantes en ese acto, Chávez escribió "
íSaludos
Diosdado y a todos y todas allá en el Teresa Carreño! íQue no lo
olvide la
burguesía: íTodo 11 tiene su 13!", en alusión a que cualquier
nuevo
intento golpista tendrá una contundente respuesta popular. (PL)