quinta-feira, 29 de agosto de 2013

“Paro Nacional Agrario y Popular” da Colômbia.

Nota de solidariedade do PCLCP ao “Paro Nacional Agrario y Popular” da Colômbia (português e espanhol)


A paralisação agrária e popular que sacode o território nacional colombiano é a expressão mais forte e contundente de que o povo da Colômbia clama por mudanças, por melhorias em sua vida e por mais dignidade. Já são inúmeros os trabalhadores que pararam as suas atividades para se somarem a este movimento que tem tomado corpo todo em país. Com a participação de camponeses, indígenas, estudantes, trabalhadores e colombianos em geral, o movimento tem ganhado força ante uma conduta de governo altamente repressiva e antidemocrática.
Com reivindicações que visam amenizar os efeitos da crise e pôr limites às políticas sócio-econômicas do Estado colombiano, o movimento exige que se estabeleça uma mesa de diálogo com o governo de Juan Manuel Santos, a fim de que temas como concentração de terras, militarismo, tratados de livre comércio e a queda nos preços dos produtos agrícolas sejam debatidos, para que se chegue a um acordo positivo que favoreça aos interesses dos trabalhadores e da população em geral.
No entanto, o governo tem se mostrado bastante intransigente, colocando em movimento todo o seu aparato repressivo para acabar de forma violenta com as paralisações no país. Com isto o governo tem ficado numa situação cada vez pior, pois as paralisações e o seu respectivo apoio só aumentam, mesmo quando ele insiste em não reconhecer que tais movimentos sejam legítimos.
Sendo assim, o Polo Comunista Luiz Carlos Prestes vem se somar as demais forças e organizações para declarar o seu total apoio ao movimento agrário e popular colombiano, denunciando as violações dos direitos humanos praticadas pelo governo Santos, exigindo que o mesmo aceite negociar com esse movimento que é legítimo e justo. Chega de miséria, chega de agressão, digamos juntos basta a todas estas formas de violência e exploração que vem sendo praticadas sistematicamente contra os povos da Colômbia, seja pela oligarquia ou pelo seu governo de plantão.
Viva a luta dos camponeses!
Viva a luta dos trabalhadores!
Viva a luta do povo colombiano! 

Fidel Castro: A mentira tarifada


O que me move a escrever é o fato de que estão para ocorrer acontecimentos graves. Não transcorrem em nossa época 10 ou 15 anos sem que nossa espécie corra perigos reais de extinção. Nem Obama nem ninguém poderia garantir outra coisa; digo isto por realismo, já que somente a verdade nos poderia oferecer um pouco mais de bem-estar e um sopro de esperança. Em matéria de conhecimentos, chegamos à maior idade. Não temos direito a enganar nem a nos enganarmos.

Por Fidel Castro

Em sua imensa maioria a opinião pública conhece bastante sobre o novo risco que está às suas portas.
Não se trata simplesmente de que os mísseis de cruzeiro apontem para objetivos militares da Síria, mas que esse valente país árabe, situado no coração de mais de um bilhão de muçulmanos, cujo espírito de luta é proverbial, declarou que resistirá até o último alento a qualquer ataque a seu país.
Todos sabem que Bashar al-Assad não era político. Estudou medicina. Graduou-se em 1988 e se especializou em oftalmologia. Assumiu um papel político com a morte de seu pai, Hafez al-Assad, no ano 2000 e depois da morte acidental de um irmão antes de assumir aquela tarefa.
Todos os membros da Otan, aliados incondicionais dos Estados Unidos e uns poucos países petroleiros aliados ao império naquela região do Oriente Médio, garantem o abastecimento mundial de combustíveis de origem vegetal, acumulados ao longo de mais de um bilhão de anos. Em contrapartida, a disponibilidade de energia procedente da fusão nuclear de partículas de hidrogênio, tardará pelo menos 60 anos. A acumulação dos gases de efeito estufa continuará, assim, crescendo a elevados ritmos e após colossais investimentos em tecnologias e equipamentos.
Por outro lado, afirma-se que em 2040, em apenas 27 anos, muitas tarefas que a polícia realiza hoje, como impor multas e outras tarefas, seriam realizadas por robôs. Imaginam os leitores quão difícil será discutir com um robô capaz de fazer milhões de cálculos por minuto? Na realidade era algo inimaginável há alguns anos.
Há apenas algumas horas, na segunda-feira, 26 de agosto, notícias das agências clássicas, bem conhecidas por seus serviços sofisticados aos Estados Unidos, dedicaram-se a difundir a informação de que Edward Snowden teve que se estabelecer na Rússia porque Cuba tinha cedido às pressões dos Estados Unidos.
Ignoro se alguém em algum lugar disse algo ou não a Snowden, porque essa não é minha tarefa. Leio o que posso sobre notícias, opiniões e livros que são publicados no mundo. Admiro o que há de valente e justo das declarações de Snowden, com o que, a meu juízo, prestou um serviço ao mundo ao revelar a política repugnantemente desonesta do poderoso império que mente e engana o mundo. Com o que eu não estaria de acordo é que alguém, quaisquer que fossem os seus méritos, possa falar em nome de Cuba.