sábado, 22 de janeiro de 2011

OCORRE EM CUBA A XVIII BRIGADA SUL AMERICANA DE SOLIDARIEDADE

ACJM/RS, em 21 de janeiro de 2011

Em “Playa Girón” Cuba protagonizou a primeira grande derrota do imperialismo na AL.

Por Vânia Barbosa – DRT 8927

Entre os dias 24 de janeiro e 6 de fevereiro, 278 brigadistas do Brasil, Chile, Uruguai Argentina e Costa Rica participam, em Cuba, a convite do Instituto Cubano de Amizade entre os Povos – ICAP, da XVIII Brigada de Solidariedade e Trabalhos Voluntários.Muitas das atividades ocorrem no Acampamento Internacional Julio Antonio Mella - CIJAM, dirigido por Juan Carlos Machado. O Acampamento esta localizado na cidade de Caimito, a 45 km de Havana,
A Brigada será dedicada aos 50 anos da vitória de “Playa Girón”, quando o governo impediu a invasão da Ilha por mercenários cubanos treinados pela Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos. Os mercenários entraram pela Baía dos Porcos, na costa sul – ocidental, na Província de Matanzas, em 17 de abril de 1961. Em 72 horas Cuba protagonizou uma grande derrota do imperialismo estadunidense na América Latina.

A delegação brasileira - que participa com 106 brigadistas, representando nove estados - tem como responsável pela sua organização e orientação Fabio Simeón González, do ICAP, e coordenação nacional de Edison Puente, presidente da Associação Cultural José Marti, de Santa Catarina. Essa brigada de janeiro é a única que funciona através de cotas e coube ao Rio Grande do Sul 15 vagas, preenchidas por estudantes, sindicalistas e simpatizantes da Revolução Cubana.Todos selecionados por meio de inscrição e entrevista.

Durante 14 dias e para que os brigadistas tenham uma visão mais global e real da Ilha, a programação prevê duas conferências: a primeira sobre atualidade e economia cubanas e outra sobre a campanha midiática contra Cuba, em especial a dos EUA. As delegações viajam por províncias e visitam, entre outros, a Escola Latino Americana de Medicina – ELAM; o Museu da Revolução/Memorial José Martí e o Complexo Histórico “Ernesto Che Guevara” e Trem Blindado. Participam, ainda, da Jornada de Trabalho voluntário, junto com a CTC (Central de Trabalhadores Cubanos.

O encontro com os Comitês de Defesa da Revolução – CDRs vão permitir que os participantes tenham um melhor entendimento sobre o processo revolucionário que implantou o socialismo no País.Assim como o Colóquio dedicado aos 50 anos da vitória de “Playa Girón” - com a presença de protagonistas desta ação revolucionária.

No evento com os familiares dos “Cinco”, os brigadistas terão a oportunidade de conhecer de perto o drama vivido há mais de12 anos pelos heróis cubanos Antonio Guerrero, Fernando González, Gerardo Hernandez, Ramon Labañino e René González. Presos desde setembro de 1998, de forma ilegal e injusta, em cárceres estadunidenses, os “Cinco” são penalisados por monitorar ações terroristas do imperialismo contra Cuba, no território da Flórida. Na época eles conseguiram evitar 170 atos terroristas de agressão a Ilha.

As delegações também poderão conhecer de perto as manifestações de carinho e gratidão do governo e da sociedade cubana com os “Cinco” e, entender melhor, a indignação de Cuba - apoiada pelas comunidades internacionais - com a farsa montada para o julgamento do terrorista cubano – americano, Luís Posada Carriles.

Os esclarecimentos mostram a escancarada proteção que o governo dos Estados Unidos dá a esse terrorista que tem notórias ligações com a CIA (Central de Inteligência dos EUA). E também com a Operação Condor - que prendeu e assassinou milhares de militantes políticos latino - americanos. Carriles estranhamente não está sendo acusado pela autoria de vários assassinatos, nem por afrontar governos democráticos na América Latina, mas sim por ser considerado “mentiroso”.

Segundo a coordenadora da Brigada no estado gaúcho, Maria Cezira Mainieri, “quando os brigadistas retornarem ao Brasil deverão atuar como multiplicadores da solidariedade com Cuba, pois o contato com a realidade da Ilha certamente vai desmentir o que a grande mídia faz questão de esconder ou distorcer”.

Para o presidente da Associação Cultural José Marti, Ricardo Haesbaert, “a participação na Brigada possibilita um salto qualitativo na luta dos brasileiros em defesa da soberania de Cuba, e se contrapõe a campanha midiática que a imprensa de direita realiza contra a Revolução na tentativa de descaracterizá- la”.

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