09/11/2011
“O TRIUNFALISMO E A EMBRIAGUEZ MILITARISTA” NEGAM, AO POVO DA COLÔMBIA, OS CAMINHOS PARA A PAZ
A
morte do principal líder das FARC, Comandante Alfonso Cano, em
enfretamentos com o exército da Colômbia na noite da sexta-feira, quatro
de novembro, não é somente um golpe contra a insurgência colombiana, é
também um golpe contra a esperança da paz em Colômbia.
Cano
como porta-voz das FARC vinha propondo há mais de um ano, ao governo
colombiano diálogos de paz como saída ao conflito armado. Em várias
ocasiões manifestou a possibilidade de negociar para solucionar o
conflito que tem se prolongado por mais de seis décadas
[1]
. Mas a política triunfalista e a embriaguez militarista do governo do presidente Juan Manuel Santos não permitem a construção de uma saída política e negociada.
[1]
. Mas a política triunfalista e a embriaguez militarista do governo do presidente Juan Manuel Santos não permitem a construção de uma saída política e negociada.
O
dirigente do Partido Comunista Colombiano e do Polo Democrático
Alternativo, Jaime Caicedo, escreveu apontando que “a arrogância” do
presidente da Colômbia ao oferecer à insurgência a “cadeia ou a tumba”
não permite ao povo colombiano construir caminhos para a paz. Em um
pronunciamento público nas redes sociais[2] o dirigente comunista salientou:
“Santos
culpa a Cano de sua própria morte por não ter-se desmobilizado. O
presidente não utiliza um discurso dirigido à perseguição senão a
dissuadir com uma ameaça maior: seguir detrás dos ‘alvos de mais alto
valor’, fechando toda possibilidade ao diálogo e à negociação da paz.
(...) Não era obrigatório, nem necessário, para o Estado matar a Cano se
tivesse uma mínima intenção de alcançar a paz por uma via civilizada e
não pela paz dos cemitérios. Santos com o apoio do Comando Sul dos
Estados Unidos está eliminando a seus possíveis interlocutores e aos
negociadores de paz da insurgência.”
Jaime
Caicedo considerou como “paradoxo e hipocrisia: o governo não dialogar
nem negociar com a guerrilha em armas; tampouco o faz com os estudantes
que realizam passeatas e reclamações pacificas. A intransigência é o
signo do governo em torno a políticas excludentes, contrarias a razão e
aos direitos essenciais do povo.”
Caicedo
manifestou-se: “- J.M. Santos: a ‘unidade nacional’ da direita é muito
distinta da unidade da nação, e esta jamais será construida por meio de
sua política de guerra e da intervenção militar do Comando Sul contra a
Colômbia.
A
Agenda Colômbia-Brasil, como processo de construção de solidariedade de
organizações sociais e políticas do povo brasileiro e colombiano,
acredita que a superação dos problemas estruturais como a impunidade e a
injustiça social por vias verdadeiramente democráticas permitirá
encontrar uma solução para o conflito. Acreditamos que a negociação
política e social do conflito armado é o caminho para a construção da
paz com justiça social e de uma Colômbia democrática com espaços para
todas e todos.
Agenda
Colômbia-Brasil chama às organizações sociais e políticas brasileiras
que acreditam na solidariedade entre os povos para mobilizar-se, através
de suas pautas de luta, a pressionar ao governo e às organizações
insurgentes da Colômbia para construção da paz duradoura e com justiça
social de forma transparente para todo o povo colombiano.
Agenda Colômbia-Brasil
A Solidariedade é dos Povos!!!
[1] Cinco temas para 'conversar' planteó 'Alfonso Cano' al nuevo Gobierno. In: < http://www.eltiempo.com/archivo/documento/CMS-7833413 >, acceso: 8 Nov. 2011
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