Segue moção aprovada.
Cidade de Havana, 28 de março de 2011.
Presidente ABEMEC – Pólo Havana, Thiago Ponciano,
Reitor da ELAM, presidente da OCLAE, Yeovani
Chachaval, Dr. Juan Carrizo Estevez, do primeiro
secretário da Embaixada do Brasil em Cuba, Túlio
Amaral Kafuri.
No ano de 1998, quando os
furacões George e Mitch provocaram
grandes destruições em centro-américa,
suplantando a capacidade de resposta civil
e governamental aos desastres naturais, o
governo cubano decidiu fundar uma
Escola Internacional para a formação de
médicos, 100% pública, 100% gratuita, aos
jovens dos países periféricos, com o
objetivo de atender aos excluídos dos
sistemas de saúde precarizados e
privatizados. Um ano depois se cria a Escola Latino-americana de Medicina
(ELAM).
A partir da próxima graduação seremos mais de 10.000 médicos,
oriundos de 116 países de Ásia, África, Oceania e América, formados por esse
projeto. Até o momento os médicos formados pela ELAM estão participando de
importantes projetos sociais em inúmeros países de América.
No Haiti existe uma cooperação tripartite entre os governos de
Cuba-Brasil-Haití, onde mais de 680 médicos formados em Cuba, trabalham
atendendo gratuitamente ao povo haitiano, atingido pelo terremoto mais forte
conhecido pela história contemporânea do continente e que agora sofre uma
importante epidemia de cólera.
No Equador, jovens formados em Cuba participam de uma Missão
governamental chamada “Manuela Espejo”, estão fazendo o levantamento em
todos os rincões desse país das pessoas com deficiência física e mental,
levando assistência médica integral a todo o interior equatoriano.
Na Venezuela, jovens formados pela ELAM participam de um projeto
Governamental chamado “Batalhão 51”, em homenagem aos primeiros 51
venezuelanos formados pela ELAM, que atende a populações ao longo da
Amazônia venezuelana e outras regiões afastadas desse país.
Poderíamos citar exemplos do trabalho dos médicos latinos
formados em Cuba, em Nicarágua, México, Honduras, Guatemala, Peru,
Bolívia e em muitos outros países de América.
E no Brasil, país mais rico da América Latina, que possui mais de
568 municípios sem nenhum médico e mais de 1500 sem médico fixo, onde
crianças morrem por enfermidades infecciosas, desidratação, e outras
enfermidades previníveis, facilmente tratáveis se atendidas prontamente, no
qual a mortalidade infantil está em torno de 20 por mil nascidos vivos, sendo
que no nordeste, por exemplo, chega a 34,4 por mil nascidos vivos, muito
diferente de Cuba com 4,5 por mil. Além disso, são milhares os pacientes da
terceira idade, portadores de doenças crônicas não transmissíveis, como a
Hipertensão Arterial e a Diabetes, sem atenção médica devida. A inserção dos
estudantes formados em Cuba e em outros países no Brasil tem sido
dificultada por barreiras corporativas de setores reacionários e mentirosos, que
até hoje não assumiram a responsabilidade de levar o direito à saúde a todo o
povo brasileiro.
A medicina no Brasil hoje é controlada pelo Complexo Médico-
Industrial: “empresários da saúde”, corporações farmacêuticas e de tecnologia
médica que influenciam a formação médica, de forma que nossos médicos são
educados a interpretar “exames complementares”, sem tocar nem olhar o
paciente, sem entrevista-lo, nem menos dedicar-lhe atenção psico-social. A
medicina brasileira esta mercantilizada e desumanizada.
Nós, estudantes da Escola Latino-Americana de Medicina, vimos a
público colocar-nos a disposição da sociedade e dos poderes públicos de todos
os níveis da federação para a realização de um Plano Integral de Inserção ao
Sistema Único de Saúde (SUS), que permita a inserção de médicos formados
no Brasil e no exterior, dispostos a levar o acesso à saúde e qualidade de vida
às famílias hoje excluídas da assistência médica.
O Sistema Único de Saúde é a bandeira mais ousada que o
movimento popular brasileiro construiu com muita luta e articulação no século
passado. Desde a sua aprovação na constituição cidadã e da incompleta
regulamentação posterior, tem sofrido ataques constantes que ameaçam
destruir e descaracterizar o maior sistema de cobertura médica do mundo. Por
conta do reconhecimento das patentes internacionais sobre os medicamentos,
a demora para aprovação da Emenda Constitucional 29, a derrubada da
CPMF, a legalização das Fundações e a entrega do serviço de saúde às
Operadoras de Serviço, o SUS necessita cada vez más ser defendido e tornarse
uma realidade.
O Brasil, que possuí um desenho formal do sistema de saúde mais
completo que outros países da região, gasta menos per capita que países
vizinhos como Argentina e Chile.
Nós, estudantes de medicina da Escola Latino-americana de
Medicina, reunidos em nosso II Encontro Nacional em Cuba, vimos a público
manifestar nosso compromisso de tornar o Sistema Único de Saúde uma
realidade para o povo brasileiro. Convidamos a sociedade para juntar-se a nós
na defesa de um SUS verdadeiramente para todos.
27 de março de 2011. Caimito, Província Artemisa, Cuba.
MOCIÓN DE APOYO A CUBA
Desde el año de 1999, cuando nuestro Comandante en Jefe Fidel anunció la creación
de un proyecto de formación de médicos para los pueblos de América, la juventud brasileña ha
tenido la oportunidad de ser partícipe de la formación de un médico de nuevo tipo para construir
una sociedad de nuevo tipo.
Nuestra generación creció en un periodo de ofensiva neoliberal e imperialista contra
los pueblos del mundo. Sin embargo, Cuba, ha sido en todos estos años una guía, ejemplo y
aliento para todos los que luchan y sueñan con un mundo nuevo y justo. Mientras en el pasado
compañeros de la antigua Unión Soviética capitulaban, se alejaban del pueblo y abandonaban el
internacionalismo socialista, la pequeña y valiente Cuba, permanecía profundamente involucrada
con la lucha por la liberación de los pueblos del 3er mundo. Hoy, Cuba está presente a través de la
cooperación médica, en más de 60 países subdesarrollados. La Escuela Latinoamericana de
Medicina ha formado y continúa formando miles de jóvenes para atender a los excluidos de
nuestros sistemas de salud mercantilizados. Por todo eso, el Imperialismo norteamericano y
europeo no perdona a Cuba. Carecen de motivos reales para atacarla, se los inventan.
A partir del 11 de septiembre del 2001, han estructurado una nueva ofensiva contra
todo lo que huela cambio, soberanía, democracia. Usan las viejas y podridas estructuras de los
Organismos Internacionales para agredir a los pueblos: a la ONU para hacer su juego político
sucio; a la OTAN y al Consejo de Seguridad, para agredir militarmente; al FMI y al Banco Mundial,
para imponer políticas económicas neoliberales; a la OMC, para transformar todo en mercancía: la
salud, la educación, el conocimiento.
Hoy presenciamos como las verdades históricas son irrefutables. Como dijo él Che,
“en el Imperialismo no se puede confiar ni un tantico así”. Barack Obama es la mayor estafa del
siglo que empieza. El complejo militar-industrial, el capital financiero y el complejo médico-industrial
mandan en la política norteamericana. En estos momentos los civiles que supuestamente eran
víctimas del Presidente Kadafi, son masacrados por una agresión militar imperialista, legitimada
por la ONU.
El mantenimiento del Bloqueo norteamericano y la Ocupación de la Base Militar de
Guantánamo, representan la continuidad de una política de agresión a Cuba que no ha sido capaz
de doblegar a este pueblo. La no excarcelación de Ramón, Gerardo, René, Fernando y Antonio;
luchadores anti-terroristas que dedicaron su vida para proteger su pueblo de las agresiones de la
mafia terrorista anti-cubana, y la protección a terroristas confesos, como Posada Carriles y Orlando
Bosh, demuestra la inmoralidad de quien pretende hacer una supuesta “cruzada anti-terrorista por
el mundo”.
Por todo eso, nosotros estudiantes brasileños de medicina en Cuba reunidos en
nuestro II Encuentro Nacional, EXIGIMOS:
1 – El levantamiento del Bloqueo Norteamericano a Cuba.
2 – La liberación inmediata de los 5 héroes cubanos.
3 – La retirada inmediata de la Base Militar de Guantánamo, así como el cese del uso
de la tortura a sus prisioneros.
4 – El cese inmediato de los bombardeos al pueblo de Libia.
¡Viva la Revolución Cubana!
¡Viva la Escuela Latinoamericana de Medicina!
¡Vivan Fidel y Raúl!
¡Viva el valiente pueblo de Cuba!
25 de marzo del 2011. Caimito, Provincia de Artemiza - Cuba.
Criada em Goiás associação de solidariedade a Cuba
-
*Thaís Falone, vice-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) |
Foto:Vinícius Schmidt Santos *
Por Sturt Silva
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