CARACAS
Os ministros das Relações Exteriores de mais de 30 países da América Latina e o Caribe concluíram, em 26 de abril, uma reunião extraordinária para desenhar a Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos (CELAC), organismo genuinamente regional, contraposto à desprestigiada Organização dos Estados Americanos (OEA).
Os chanceleres da região aprovaram o documento estrutural da CELAC. Foto: Ismael Batista, enviado especial |
O encontro teve lugar nesta capital, sob o patrocínio do presidente venezuelano, Hugo Chávez, quem instou os presentes a permanecerem firmes, sem que nada nem ninguém nos afaste do esforço para conseguir a total independência da região.
Ainda, declarou que este era o evento político "mais importante e transcendental de todos os que já ocorreram nesta América nossa, em cem anos e mais", segundo a Telesul.
Neste encontro, os ministros definiram as normas de procedimento da CELAC e a cláusula democrática do novo organismo. "O objetivo é construir um conjunto de propostas, uma doutrina latino-americana-caribenha que possa contribuir com ideias em um documento central aos chefes de Estado e de governo, que se reunirão em 5 e 6 de julho", explicou o chanceler anfitrião, Nicolás Maduro.
O ministro cubano das Relações Exteriores, Bruno Rodríguez Parrilla, ressaltou no foro que "os antecedentes sólidos construídos na região permitem que hoje haja consenso essencial rumo à criação da CELAC.
"Esta plenária permite chegar praticamente à conclusão de que estão criadas as condições para que, em 5 e 6 de julho, coincidindo com o bicentenário da independência venezuelana, se produza o nascimento desta organização, genuinamente latino-americana e caribenha", acrescentou.
"Lembrou que quando o líder cubano Fidel Castro Ruz, soube dos pormenores que tinham sido acertados na reunião de Cancun, qualificou este processo como o fato institucional mais importante dos últimos cem anos em nosso hemisfério", disse.
Rodríguez reconheceu, ainda, a maneira em que a Venezuela e o Chile trabalharam, durante meses, para chegar aos resultados que foram atingidos com o encontro desta jornada, segundo a PL.
A seguir, discursaram outros chanceleres, entre eles a colombiana María Ángela Holguín, quem destacou que para seu país a CELAC é muito importante pois, finalmente, a América Latina conseguirá um nível de diálogo e cooperação regional.
De sua parte, o chanceler boliviano, David Choquehuanca, ressaltou que para seu governo é prioritária a construção da Comunidade, pois constitui um espaço de unidade e para debater problemas com a participação de todos.
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