sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Cúpula das Américas

Max Altman 

Cuba  11/12

É  lamentável que porta-vozes do governo de Washington questionem a participação de Cuba na Cúpula das Américas a ter lugar em Cartagena, Colômbia no próximo mês de abril, com a anunciada presença de Barack Obama, sob a alegação de que não é um país democrático. O Chile de Pinochet, a Argentina de Videla, ditaduras sanguinárias que sacrificaram seus próprios povos, e só para citar dois exemplos, receberam apoio político pouco dissimulado de Washington, e jamais deixaram de participar das reuniões da OEA ou de qualquer outro órgão multilateral regional.
Não pode haver uma Cúpula das Américas sem Cuba. Os Estados Unidos não podem seguir insistindo num tema anacrônico, que gera mal-estar em todo o continente.  A comunidade das nações na ONU e em especial a unanimidade dos países da América Latina e Caribe condenou reiteradamente o bloqueio de mais de meio século dos Estados Unidos contra Cuba.
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Se convidada Cuba assistirá à Cúpulas das Américas
Diante da consulta respeitosa do governo colombiano, Cuba declarou que, caso seja convidada, assistiria à Cupula das Américas a partir de suas posições de apego à verdade e sua tradicional política exterior de princípios, afirmou nesta quarta-feira, 15, Bruno Rodríguez Parrilla, ministro de Relações Exteriores, ao deixar instalada a 8ª Reunião do Conselho Político da ALBA, sessão extraordinária, que teve lugar no hotel Occidental Miramar de Havana.

Fotos: Jorge Luis González
Fotos: Jorge Luis González
chanceler Bruno Rodrigues Parrilla                                                                                                                                      o venezuelano Rodolfo Sanz, Coordenador Executivo da ALBA.

O chanceler recordou que a mencionada cúpula foi lançada pelo ex-presidente Bill Clinton em 1994 como a plataforma política para a anexação econômica da América Latina e o Caribe. "Não pode ser das Américas e ao mesmo tempo excluir de maneira infundada e injusta a Cuba", assinalou.
Não obstante, reiterou que Cuba "não regressará à OEA, nem lhe interessa ter qualquer relação com esta organização que só serviu para propósitos de dominação, ocupação e agressão dos Estados Unidos para espoliar a América Latina e o Caribe".
À reunião estiveram presentes os chanceleres e altos representantes de oito países do bloco regional: Venezuela, Bolívia, Nicarágua, Equador, Dominica, São Vicente e as Granadinas, Antigua e Barbuda e Cuba, além de Santa Lucia e Suriname como convidados especiais.



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