Caros companheiros do movimento de solidariedade,
Inicialmente, saudamos todos aqueles que estão trabalhando arduamente na realização de uma grande XX Convenção Nacional de Solidariedade a Cuba. Queremos expressar, mais uma vez, nossa total confiança no empenho e capacidade dos companheiros da Bahia.
Conhecemos as dificuldades decorrentes da organização de um evento dessa natureza. Já tivemos esta experiência, que embora seja muito gratificante, é também árduo. Comunicamos que nossa Convenção Estadual está definida para o dia 17 de maio, na Assembléia Legislativa de Santa Catarina, com a presença confirmada do representante do ICAP, o companheiro Fábio Simeon,
Quanto a nossa participação na reunião nacional, no dia 05 de maio, em São Paulo, infelizmente temos que informar que não será possível nossa presença, por estarmos em preparativos para a convenção estadual e nacional. Desejamos que a reunião alcance um grande êxito nos objetivos que estão propostos.
De qualquer forma, gostaríamos de contribuir com essa reunião lembrando que da última reunião em São Paulo muitas decisões foram tomadas e encaminhadas, dentre essas, a referente à Brigada Latino-Americana, que consistiu na formação de um grupo de trabalho, cuja responsabilidade coube aos Estados da: Bahia (Getúlio), Minas Gerais (Nelson) e Santa Catarina (Alexandre).
O companheiro Alexandre, da ACJMSC, enviou uma proposta de organização dessa brigada para os outros dois companheiros. Entendemos que essa proposta poderia ser discutida na reunião de São Paulo, para um encaminhamento definitivo na Convenção Nacional. Pensamos importante reservar um espaço na convenção para se debater a proposta dessa comissão de organização da Brigada.
Ainda, queremos apresentar nossa preocupação acerca de um dos temas da XX Convenção, o que trata do tema de integração latino-americana. Nos parece importante, mas acreditamos que o tema central deva permanecer sendo a solidariedade a Cuba, que é o tema que unifica a todos nós.
Reiteramos nosso posicionamento contrário em relação à criação de uma pretensa coordenação nacional, pois a mesma não contribuirá para o trabalho de solidariedade a Cuba, que já se constrói a muito tempo, e nem exercerá esse papel, pois acima de tudo existe a independência política e o respeito à Cuba e às demandas de Cuba (seu povo, seu governo e seu partido). Aprendemos com a Revolução Cubana o respeito às diferenças quando buscamos um objetivo comum. Devemos nos fortalecer na construção de objetivos que nos unificam.
Expressamos nossa inquietação diante de um tema que possuiu reais potencialidades de desagregar o movimento de solidariedade, retirando-lhe sua necessária unidade. Podemos, perfeitamente, contribuir e trabalharmos juntos, respeitando nossas diferenças acerca de outros temas da conjuntura latino-americana e mundial.
Na conjuntura internacional, temos lutas gloriosas para encampar: ALBA, Colômbia, Palestina, El Salvador, Nicarágua, Moçambique, Angola e muitos mais. Porém, entendemos que este engajamento deva ocorrer por dentro das diversas organizações sindicais, populares e partidárias que participamos, mas não dentro do movimento de solidariedade a Cuba.
Esta é nossa XX Convenção Nacional de Solidariedade, o evento já atingiu maturidade e Cuba deve ser o foco de nossas atenções, norteando os rumos dos trabalhos que as associações de solidariedade devem concretizar. A Convenção deve evitar embaraços desnecessários, tornando o debate o mais democrático possível, propiciando que seus participantes possam opinar e decidir, para que quando voltem a seus estados, façam-se parte ativa das resoluções da convenção.
Reiteramos nossas saudações aos companheiros que conosco lutam em pró da Revolução Cubana
Atenciosamente,
Maurício Tomasoni.
Presidente da ACJMSC
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