sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Resistência hondurenha manterá protestos em comunidades

Por Raimundo Lopez, enviado especial

Tegucigalpa, 24 set (Prensa Latina) A Frente Nacional contra o golpe de Estado de Honduras continuará hoje a estratégia de mobilizações em bairros e outras comunidades em sua luta pela restituição da ordem constitucional.

Representantes dessa aliança de forças populares informaram, ontem à noite, que a oposição ao golpe militar de 28 de junho será mantida até obter a vitória do povo e a volta a seu posto do derrocado presidente Manuel Zelaya.

O estadista regressou de surpresa ao país na última segunda-feira e encontra-se na sede da embaixada do Brasil, onde fez um chamado ao diálogo para encontrar uma solução pacífica à crise.

Os membros da resistência realizaram ontem uma gigantesca marcha para a sede diplomática, mas os agentes antimotins fecharam a passagem a umas três quadras da missão diplomática, cercada por soldados e polícias.

Grupos afins ao governo de facto anunciaram que nesta quinta-feira marcharão para esse setor da cidade, a colônia Palmira.

O advogado Racel Tomé denunciou que o regime quer obrigar os empregados públicos a assistirem à mobilização, na qual disse que levará militares, reservistas e polícias vestidos de civis.

Setores da resistência alertaram sobre rumores de um plano para deixar essas pessoas entrarem na embaixada do Brasil e retirar Zelaya e seus acompanhantes, a fim de apresentá-lo como uma ação do povo.

O estadista assegurou ontem à noite em declarações à emissora Rádio Globo que se encontra tranquilo, apesar das ações de guerra psicológica empreendidas pelo exército contra sua pessoa e aqueles que lhe acompanham.

Durante a noite desta quarta-feira, em muitos bairros da capital a população continuou com suas mobilizações antigolpistas e em várias áreas foi reprimida por policiais, de acordo com denúncias difundidas pela rádio.

O coordenador geral da Frente, Juan Barahona, disse à Prensa Latina que "a resistência está em todas partes e é difícil que os golpistas a possam controlar, por isso a vitória do povo está cada vez mais perto".

A insurreição nas colônias de Tegucigalpa e outras partes do país é uma mostra que diante de um povo organizado e mobilizado, não há exército nem polícia que possa o deter, sublinhou.

lam/rl/bj






Segundo dia de reivindicação para Honduras em assembleia da ONU


Por Victor M. Carriba

Nações Unidas, 24 set (Prensa Latina) O debate geral da assembleia das Nações Unidas continua hoje em seu segundo dia em meio a crescentes exigências pela restituição de José Manuel Zelaya, em seu cargo de presidente de Honduras. Nessa quinta-feira, esperam-se fortes pronunciamentos a respeito por parte de vários dos presidentes que aparecem na lista de oradores, entre eles Hugo Chávez (Venezuela), Fernando Lugo (Paraguai), José Luís Rodríguez Zapatero (Espanha) e Álvaro Colom (Guatemala).

Outro presidente que falará sobre o caso hondurenho será o da Costa Rica, Oscar Arias, que no começo da crise desempenhou um papel de mediador e deu nome a um plano que pretendia solucionar o conflito.

No dia anterior, a plenária da ONU escutou duras pronunciações contra o golpe de Estado de 28 de junho e também pela reinstalação de Zelaya no poder, que regressou há dois dias a seu país e encontra-se alojado na embaixada do Brasil em Tegucigalpa.

Essas exigências foram expostas pelos chefes de Estado Luiz Inácio Lula da Silva (Brasil), Michelle Bachelet (Chile), Tabaré Vázquez (Uruguai), Cristina Fernández (Argentina), Mauricio Funes (El Salvador), Evo Morales (Bolívia) e Leonel Fernández (República Dominicana).

A sessão desta quinta-feira ocorre horas após que o secretário geral da ONU, Ban Ki-Moon, anunciou a suspensão da assistência técnica que a organização mundial tinha destinado a favor do processo eleitoral no país centroamericano.

Segundo a máxima autoridade da ONU, no momento, não existem condições para a celebração das eleições, previstas para novembro.

Para este dia também está convocada uma reunião dos Estados membros do Conselho de Segurança dedicada exclusivamente ao tema da não proliferação de armas nucleares e o desarmamento nessa sentido.

O encontro será liderado pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, cujo país preside neste mês esse órgão da ONU.

Os demais integrantes do conselho são a Rússia, a China, a França, a Grã-Bretanha, a Burkina Faso, a Costa Rica, a Croácia, a Líbia, o Vietnã, a Áustria, o México, o Japão, a Turquia e Uganda.

lac/vc/bj






Presidente brasileiro defenderá consolidação do G-20

Brasília, 24 set (Prensa Latina) O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, assistirá hoje em Pittsburgh, Estados Unidos, à terceira reunião de chefes de Estado e Governo do G-20, as 20 principais economias do mundo.

O presidente brasileiro considera que o G-20 consolidou sua legitimidade diante da sociedade internacional depois que a ação rápida e coordenada de seus líderes foi fundamental para acalmar os mercados e suavizar os efeitos da crise econômica, referiu em coletiva de imprensa o porta-voz da presidência, Marcelo Baumbach.

Por isso, indicou, Lula defenderá uma vez mais a consolidação do G-20 como fórum de líderes para o tratamento das questões econômicas e financeiras, com regras claras de trabalho que confiram regularidade ao processo.

Durante os dois dias do encontro, o Presidente transmitirá a prioridade que o Brasil confere à reforma do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial (BM), porque é fundamental que as economias em desenvolvimento tenham mais votos nessas instituições, lhes dando mais legitimidade.

Assim mesmo, prosseguiu, Lula recomendará uma vez mais a transferência das cotas dos países desenvolvidos às nações em desenvolvimento no FMI e no BM, a ampliação dos recursos totais das duas entidades e a seleção das direções das instituições por critérios objetivos e de concorrência técnica.

Baumbach destacou que o Presidente brasileiro defenderá também que o FMI deve monitorar da mesma forma as economias desenvolvidas e as em desenvolvimento.

Ademais, referiu, Lula assinalará que o BM e demais bancos de desenvolvimento devem reforçar sua atuação no financiamento ao comércio, já que foi o comércio o responsável por boa parte do crescimento na última década e é ele que possibilitará a recuperação da economia mundial.

Por outra parte, uma nota de imprensa do Ministério brasileiro de Relações Exteriores sublinha que no encontro serão discutidos o modelo futuro de crescimento, a implementação de medidas de regulação do sistema financeiro e a reforma das instituições financeiras internacionais.

lac/ale/bj







Perfilam na Venezuela documentos de II Cúpula América do Sul-África


Por Waldo Mendiluza


Ilha de Margarita, Venezuela, 24 set (Prensa Latina) O segmento de altos servidores públicos da II Cúpula América do Sul-África (ASA) termina hoje, aqui, com projetos da declaração final e do plano de ação que impulsionarão os vínculos políticos, econômicos e sociais entre ambas as regiões.

De acordo com o ministro venezuelano de Relações Exteriores, Nicolás Maduro, a vontade das mais de 60 delegações presentes no fórum é gerar uma agenda encaminhada a estabelecer medidas concretas em áreas de interesse comum.

Destacam-se temas como o comércio, os investimentos, o turismo, a energia, o transporte, a segurança alimentar e a cultura.

Também aparecerão nos documentos provisórios sobre a atual crise financeira, a paz, o esporte, a educação, o fortalecimento da institucionalidade e o desenvolvimento científico-técnico.

Para amanhã está prevista a reunião de chanceleres sul-americanos e africanos, que porão a ponto os mecanismos que derivarão do encontro organizado sob o lema "Fechando brechas, abrindo oportunidades".

A parte culminante da II Cúpula da ASA será no sábado e no domingo, quando os chefes de Estado e Governo debaterão em plenária a declaração final e o plano de ação.

Em uma conversa com a Prensa Latina, o vice-chanceler venezuelano, Reinaldo Bolívar, explicou que os presidentes convocados considerarão critérios expressos por setores sociais de ambas as regiões, os quais contribuem com valiosas experiências no paralelo III Festival Cultural com os Povos da África.

Estamos diante de algo inédito; camponeses, estudantes, mulheres, indígenas, crianças, reitores de universidades e artistas transmitirão aos governantes o resultado de suas análises, explicou ao se referir ao fruto do encontro popular programado durante toda esta semana em Caracas.

Segundo Bolívar, a entrega das conclusões do festival qualificado de ante-sala da Cúpula ocorrerá no sábado.

Cada setor elegerá representantes sul-americanos e africanos para passar suas recomendações aos presidentes, precisou.

lac/wmr/bj


Correa explicará no Equador projeto Lei de Hidrocarbonetos


Quito, 24 set (Prensa Latina) O presidente equatoriano, Rafael Correa, explicará hoje às autoridades, organizações sociais e cidadãos das províncias de Sucumbíos, Napo e Orellana o projeto de Lei de Hidrocarbonetos.

As Jornadas Cidadãs de Participação são o palco escolhido por Correa para dar conhecimento, através do Ministério de Recursos Naturais Não Renováveis, as fortalezas do novo marco jurídico a fim de recuperar por completo a soberania sobre o setor de hidrocarbonetos.

O primeiro fórum informativo desenvolve-se nesta quinta-feira em Nova Loja, capital da província de Sucumbíos, onde participará o presidente, acompanhado por membros de seu gabinete.

Depois assistirá a um ato especial organizado para explicar aos cidadãos o alcance e os benefícios do citado projeto.

Posteriormente Correa terá um almoço de trabalho com vários líderes das principais comunidades indígenas da Amazônia.

Mais tarde irá para a cidade de El Coca, província de Francisco de Orellana, onde sustentará uma entrevista com meios de comunicação locais.

As Jornadas Cidadãs de Informação tentam socializar os principais aspectos da nova lei que permitirá ao Estado equatoriano, administrar, gerenciar e controlar o setor de hidrocarbonetos, ponto estratégico da economia nacional, e esclarecer aspectos das objeções indígenas nos temas da água e do petróleo.

Este exercício de participação cidadã, "pretende recolher todas as observações para construir conjuntamente o projeto definitivo da Lei" e segundo o ministro do ramo, Germánico Pinto, serão realizadas outras duas jornadas similares no restante do país.

Neste cenário, o movimento indígena organiza-se nas bases para iniciar no próximo domingo uma greve nacional.

Por sua vez, o ministro coordenador da Política, Ricardo Patiño, convidou a diretora da Confederação dos Povos Originários para um diálogo aberto sobre os principais temas de suas demandas.

ocs/prl/bj


Resistência recusa intervenção militar para resolver crise


Por Raimundo López, enviado especial


Tegucigalpa, 24 set (Prensa Latina) A Frente Nacional contra o Golpe de Estado de Honduras recusou hoje uma intervenção militar estrangeira como via para solucionar a grave crise do país provocada pelo golpe militar de 28 de junho.

O coordenador geral dessa ampla aliança de forças populares, Juan Barahona, afirmou que depois de 89 dias consecutivos de resistência em todo o país, o povo está se aproximando da vitória.

Não estamos de acordo que para resolver a crise tenha que ter uma intervenção dos capacetes azuis da ONU ou de qualquer parte, sublinhou.

Barahona explicou que esclareceu que "se sabe que quando esses exércitos chegam, mas não quando se vão", ao assegurar que existem experiências negativas em outras nações.

Preferimos uma vitória popular e não mediante uma intervenção estrangeira, disse. Ao término ontem de uma gigantesca marcha na capital, o dirigente camponês Rafael Alegría anunciou a criação de uma comissão da Frente para participar em um processo de diálogo anunciado pelo presidente Manuel Zelaya.

O estadista foi derrocado e retirado de seu país pelos militares na madrugada de 28 de junho, mas nesta segunda-feira regressou de surpresa e, da embaixada do Brasil, convocou negociações para buscar uma saída pacífica para a crise.

Vários milhares de pessoas foram ao lugar para festejar a volta de Zelaya, mas ao amanhecer da terça-feira foram violentamente desalojados pelos corpos especiais da polícia antimotins, apoiados pelo exército.

A sede diplomática encontra-se rodeada por um forte dispositivo policial e militar, que inclui às residências ao lado.

O governo de facto lançou sua própria proposta de diálogo, que exige de Zelaya o reconhecimento das eleições de 29 de novembro e exclui "absolutamente" a reinstalação do estadista em seu cargo.

Desde sua criação no dia do golpe, a Frente reivindica a restituição incondicional de Zelaya e da ordem constitucional, passos seguidos pela convocação de uma assembleia nacional constituinte.

O dirigente magisterial e da Frente Luis Sosa disse que seria muito doloroso que a incapacidade de encontrar uma solução negociada à crise abrisse o caminho para uma violação da soberania nacional com uma intervenção militar estrangeira.

Isso nos mostraria ao mundo como selvagens, incapazes de resolver seus conflitos de maneira civilizada, afirmou.

mgt/rl/bj











Persistem críticas sobre acordo militar Filipinas-EUA

Manila, 24 set (Prensa Latina) O Acordo de Forças Visitantes entre Estados Unidos e Filipinas tornou-se hoje outra vez alvo de críticas, ao calor de insistentes petições sobre sua revisão no Senado.

O tema sobressai na imprensa em declarações da senadora Miriam Defensor Santiago, presidenta do comitê de supervisão desse pacto, depois de endossar essa solicitação.

Segundo The Manila Times, Santiago disse que o acordo (VFA por sua sigla em inglês) para nada tem ajudado a modernizar as forças armadas do país, que pelo contrário só têm recebido trastos velhos de Washington.

A legisladora filipina apontou que Manila nem sequer figura entre os 10 principais receptores de ajuda militar norte-americana, ao citar um relatório a respeito do Centro para a Integridade Pública.

O VFA permite que o exército estadunidense entregue assistência técnica para enfrentar aos grupos insurgentes que atuam no arquipélago, mas impede a dispersão de suas tropas no território nacional.

Em uma referência a outro relatório da Federação Americana de Cientistas, Miriam Santiago afirmou também que ao não querer pagar os altos custos das coisas ou de destruir os excedentes, o Departamento de Defesa os oferece grátis, ou com grandes recortes nos preços.

O acordo é um fracasso, opinou a senadora para afirmar também como muito grave o que os efetivos norte-americanos se envolveram em operações contra os insurgentes no sul do país, algo proibido pela Constituição, disse.

A presença dos Estados Unidos constitui um tema muito sensível para os filipinos e os chamados à rejeição ao VFA freqüentam a ordem do dia, sobretudo quando soldados norte-americanos cometem delitos, apesar da retirada das bases dessa nacionalidade desde 1991.

Filipinas foi colônia estadunidense desde 1898, quando Washington interveio na guerra de Espanha contra o então quase vencedor exército independentista cubano, até 1946.

lgo/sus/bj








Indígenas bolivianos apóiam reeleição de Evo Morales

La Paz, 24 set (Prensa Latina) A Confederação de Povos Indígenas do Oriente Boliviano (CIDOB) ratificou hoje seu respaldo ao presidente Evo Morales e ao vice-presidente Álvaro García, que postularão para sua reeleição nas eleições gerais em dezembro próximo.

De acordo com Adolfo Chávez, máximo dirigente desse agrupamento nascido em 1982, essa postura se dará a conhecer o 3 de outubro próximo em um ato popular, ao que se espera a assistência de ambas autoridades.

Chávez acrescentou ademais sua satisfação pela aprovação de umas 15 propostas de candidatos da CIDOB a integrar o futuro parlamento. O 6 de dezembro, recordou, os bolivianos elegeremos ao presidente e ao vice-presidente do país, e aos membros da Assembléia Legislativa Plurinacional (nome que adotará o Congresso em 2010).

Professores, aposentados, transportadores, camponeses, mulheres e moradores de vários departamentos, como em Potosí e Oruro, também têm manifestado em atos públicos seu apoio ao binômio Morales-García.

Os setores sociais destacam sobretudo o programa de governo para a etapa 2010-2015, apresentado pelo governamental Movimento ao Socialismo (MAS) que lidera Morales.

Esse projeto sugere a transformação da Bolívia em um centro produtivo, industrial e energético da América do Sul, entre outros planos.

lgo/ga/bj






Rendem homenagem em Cuba ao pai de independência Gana

Havana, 24 set (Prensa Latina) Representantes de organizações cubanas e diplomatas africanos acreditados neste país renderam homenagem ao pai da independência de Gana, Kwame Nkrumah, a 100 anos de seu nascimento.

Segundo uma nota divulgada hoje no Granma, a cerimônia realizou-se ontem no Parque dos Próceres Africanos de Havana e incluiu a colocação de uma oferenda floral.

Nkrumah combateu o apartheid e defendeu a libertação da África, destacou Ernest Burke Asare, encarregado de negócios da Embaixada de Gana em Cuba.

Como chefe de Estado, Nkrumah impulsionou o progresso do país a partir do desenvolvimento da agro-industria, a saúde, a educação e o transporte.

Sustentou uma intensa agenda internacional promotora da integração continental e a cooperação e fundou a Organização para a Unidade Africana e o Movimento de Países Não Alinhados.

Assistiram à cerimônia Alicia Corredera, vice-presidenta do Instituto Cubano de Amizade com os Povos; Rodolfo Ponte, presidente da Associação de Amizade Cubano Africana; e Ramón Ripoll, vice-ministro para Comércio Exterior e o Investimento Estrangeiro.

Ademais José Ramón Rodríguez, presidente do Movimento Cubano pela Paz e a Soberania dos Povos, bem como oficiais e diplomatas africanos e caribenhos acreditados em Cuba.

lgo/ydg/bj













Denunciam possível apoio logístico do Peru a golpistas hondurenhos

Lima, 24 set (Prensa Latina) Diversas expressões de preocupação gera hoje a denúncia de que o regime golpista de Honduras usa bombas lacrimogêneas da polícia peruana para reprimir às manifestações populares.

Dirigentes políticos e ativistas humanitários coincidiram ademais em pedir explicações ao governo, ante a circulação de um vídeo do Sindicato de Cineastas de Honduras, que mostra restos desses artefatos, com a inscrição "Polícia Nacional do Peru".

O matutino La Primeira, que revelou o tema, afirma que o governo é responsável de ter fornecido esses elementos ao governo interino hondurenho, apesar de seus proclamas de condenação à ruptura da ordem democrática nesse país e apesar do veto da comunidade aos golpistas desse país.

O diretor da Coordenadora Nacional de Direitos Humanos, Ronald Gamarra, exigiu que o ministro do Interior, Octavio Salazar, explique como chegaram a Honduras as bombas lacrimogêneas.

Uma investigação foi pedida também pelo parlamentar Carlos Raffo, do grupo de seguidores do ex-presidente Alberto Fujimori.

O congressista Yonhy Lescano disse que pedirá que o ministro Salazar informe ante o pleno parlamentar e esclareça se o governo está dando fornecimentos ao ilegal governo de Honduras.

Para Edgar Núñez, do governante Partido Aprista, seria muito grave que a polícia tenha enviado gases lacrimogêneos ao país centro-americano.

O jornalista Raúl Wiener assinalou que enquanto um país da importância do Brasil impulsiona decididamente a volta do presidente Manuel Zelaya a Honduras, Peru aparece no campo oposto, facilitando armas para manter no poder ao golpista Micheletti.

mgt/mrs/bj










Premiê peruano irá a cúpula na Venezuela

Lima, 24 set (Prensa Latina) O premiê Javier Velásquez representará ao presidente do Peru, Alan García, na II Cúpula América do Sul-África, a realizar-se o fim de semana próximo na Venezuela.

A designação de Velásquez como delegado peruano na cita, cuja sede será a Ilha Margarita da Venezuela, foi matéria de um decreto governamental.

A disposição afirma que a cúpula tem especial importância para a política exterior de Peru, por ser um fórum que promove a cooperação entre ambas regiões, com ênfase nos setores político, econômico, cultural e cientista.

Acompanharão ao premiê o vice-chanceler Néstor Popolizio, e o diretor de Africa do Ministério de Relações Exteriores, Luis Espinoza Oyola.

De outro lado, a chancelaria informou que o ministro de Relações Exteriores, José García Belaunde, propôs a celebração de um encontro empresarial paralelo à III Cúpula América do Sul-Países Árabes (ASPA) que terá como sede a Peru em fevereiro de 2011.

A versão acrescenta que a proposta foi aceitada por um encontro de chanceleres sul-americanos e árabes, efetuado ontem na sede de Nações Unidas, na cidade de Nova Iorque.

mgt/mrs/bj







Espanha reitera rejeição a golpe em Honduras

Nações Unidas, 24 set (Prensa Latina) Espanha reiterou hoje sua respaldo aos países da América Latina em seus esforços por reverter o golpe de Estado em Honduras e restituir a seu presidente constitucional, José Manuel Zelaya.

Ao falar no plenário da Assembléia Geral da ONU, o chefe do governo espanhol, José Luís Rodríguez Zapatero, afirmou que não aceitam o golpe anti-democrática em Honduras.

O governante espanhol apontou que a democracia deve retornar a esse país, sumido em uma profunda crise após o derrocamento de Zelaya, quem foi enviado ao estrangeiro e faz três dias regressou de maneira inesperada.

O presidente constitucional retornou a Tegucigalpa e recebeu alojamento na embaixada do Brasil nessa capital, sede diplomática que desde então está cercada e assediada por efetivos militares e policiais do regime golpista.

Essa situação acapara a atenção dos debates da Assembléia Geral da ONU, nos quais participam quase uma centena de chefes de Estado e Governo.

A crise originou intensas consultas em Nações Unidas em tenta de um pronunciamento da organização na contramão dos golpistas e pela reinstalação de Zelaya no poder.

mgt/vc/bj










Grupo palestino reivindica disparo de míssil contra Israel

Gaza, 24 set (Prensa Latina) O grupo palestino Jund Ansar Allah (Soldados para Deus) reivindicou hoje o disparo de um míssil contra Israel, em um dia após que naves militares israelenses atacaram e confiscaram uma embarcação de pescadores em Gaza.

Um porta-voz da organização Salafi afirmou que combatentes seus dispararam o projetil desde o norte da faixa que impactou a primeira hora desta quinta-feira em uma zona do deserto israelense de Negev ocidental, sem causar danos materiais nem vítimas.

A ação esteve antecedida de operações da marinha de guerra ao serviço de Tel Aviv que ontem confiscou um barco pesqueiro em frente à costa do norte de Gaza, além de ter feito disparos de intimidação.

Nesta semana, dois palestinos morreram por causa de ataques aéreos israelenses contra este território, cuja população sofre os efeitos de um férreo bloqueio e de 22 dias de bombardeios aéreo, marítimo e terrestre a começos de ano que causaram mais de 1.400 mortos.

Milicianos de Jund Ansar Allah sustentaram em dias passados confrontos com forças leais ao Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), que controla este território costeiro desde a expulsão da facção Al-Fatah, em 2007, indicaram fontes palestinas.

Também, combatentes das brigadas Abu Ali Mustafa, afines à Frente Popular para a Libertação da Palestina, feriram a um soldado do exército judeu no cruze de Nahal Oz durante choques com as tropas que bloqueiam os acessos à faixa.

ocs/ucl/bj










Interrompidos pelos golpistas vôos internacionais a Honduras

Tegucigalpa, 24 set (Prensa Latina) O governo interino em Honduras mantém hoje a interrupção dos vôos internacionais de passageiros ao país, ainda que autorizou trânsito nacional nos aeroportos e o fluxo externo de linhas aéreas.

As quatro principais instalações aeroportuárias nesta nação centro-americana permaneciam ao todo fechamento desde a segunda-feira por ordens do regime golpista, depois do inesperado regresso a esta capital do presidente constitucional, Manuel Zelaya, quem no 28 de junho último foi sacado à força do território hondurenho.

Diretores da Aeronáutica Civil informaram o reinicio dos vôos nacionais de passageiros nos aeroportos de Tegucigalpa, San Pedro Sula, A Ceiba e Roatán, e os vôos internacionais de ônus em San Pedro Sula.

"Sobre os vôos internacionais (de passageiros) esperamos que a decisão dos autorizar se produza no curso do dia", estimou o diretor de Aeronáutica Civil, Alfredo San Martín.

O oficial confirmou à rádio local que "com a suspensão do toque de recolher se normalizam" as operações nos quatro aeroportos internacionais, mas "momentaneamente só para os vôos locais". A retomada dos internacionais é uma decisão que depende "da Presidência da República", reconheceu o oficial em alusão ao governo interino instado aqui pelo golpe militar.

O Executivo golpista, que encabeça Roberto Micheletti, também mantém fechadas as fronteiras terrestres, só se permite o passo de serviços de emergência e jornalistas.

mgt/mjm/bj














Denúncia México tensões em Honduras e respalda regresso de Zelaya

México, 23 set (Prensa Latina) O governo de México, a frente do Grupo de Rio, expressou hoje sua preocupação pelo aumento das tensões em Honduras, a propósito da volta a Tegucigalpa do presidente constitucional, Manuel Zelaya.

A Secretaria de Relações Exteriores respaldou novamente o restabelecimento da ordem constitucional, a partir dos recentes acontecimentos nas imediações da sede diplomática do Brasil nessa cidade.

Esta dependência advertiu o aumento dos esforços de México, em seu papel de dirigente interino do Grupo de Rio, para apoiar as iniciativas da comunidade internacional a fim de restabelecer o estado de direito na nação centro-americana.

O grupo pede respeito à integridade física de Zelaya e das pessoas que se encontram na embaixada do Brasil, e exige o mais absoluto respeito à inviolabilidade dessa sede diplomática, conforme à Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas.

A demanda fez parte de uma declaração oficial rubricada na véspera em uma reunião ministerial extraordinária celebrada em Nova Iorque, a qual esteve a cargo da Secretária de Relações Exteriores Patricia Espinosa, ali presente.

O documento emitido pela chancelaria reafirma a condenação de México à situação à que tem sido submetida a embaixada brasileira por parte das autoridades do governo de facto em Honduras.

Assim denuncia que, longe de favorecer um clima propício para a reconciliação entre os hondurenhos, esta situação acerca ao país a uma confrontação que a ninguém beneficia.

Esta nação reafirma sua convicção de que o respeito à soberania hondurenha, aos direitos humanos de seus cidadãos e ao direito internacional são elementos indispensáveis para o entendimento, advertiu o comunicado.

Por isso, permanecerá atento à evolução dos acontecimentos, e reitera sua disposição para colaborar em todo momento com as partes para a construção de pontes e mecanismos de solução ao conflito dessa nação irmã, concluiu.

lac/ggr/bj











Governo boliviano impulsiona o desenvolvimento turístico do país

La Paz, 24 set (Prensa Latina) Autoridades do Ministério de Desenvolvimento Produtivo de Bolívia e o representante regional para as Américas da Organização Mundial do Turismo, Carlos Vogeler, assinarão hoje convênios para promover essa atividade na nação andina.

Entre os acordo figuram garantir financiamento dirigido ao desenvolvimento turístico do país em áreas de gerenciamento de destinos, competitividade e comércio, informou a Prensa Latina Roberto Rojas, encarregado da área de comunicação dessa carteira ministerial. Assim manifestou Rojas, se assinará um convênio com a Universidade Maior de San Andrés, em La Paz, para a abertura de cursos internacionais, mestrados e doutorados, relacionados com a atividade turística.

A assinatura dos acordos terá lugar a localidade de Tiwanaku, a uns 70 quilômetros desta cidade e próxima ao mítico lago Titicaca.

Essa ação faz parte da política do governo boliviano para fomentar ao setor turístico.

Nesse sentido, o vice-ministro da Indústria do Turismo, Iván Cahuaya, anunciou na passada terça-feira a criação de empresas para fomentar essa atividade, que nos últimos anos cresceu e ingressou uns 500 milhões de dólares.

De acordo com o vice-ministro, o objetivo é desenvolver projetos de infra-estrutura em serviços, gastronomia, aeroportos, portos fluviais e lacustres e terminais de transporte terrestre.

Acrescentou que pelo momento não se tem determinado o número de empresas, mas se espera que o Estado tenha presença nos principais destinos, como o salgar de Uyuni (Potosí), o Parque Nacional Madidi e o Lago Titicaca, além das Missões Jesuíticas em Santa Cruz.

Cahuaya destacou que atualmente se trabalha em um circuito turístico entre Bolívia e Chile.

lac/por/bj












Somam 11 as mortes por gripe A na Coréia do Sul

Seul, 24 set (Prensa Latina) Um homem de 61 anos converteu-se na décima vítima mortal do vírus da gripe A (H1N1) na Coréia do Sul, onde a cifra de doentes por essa causa continua crescendo.

Autoridades sanitárias disseram hoje que o último falecimento se tratou de um paciente diabético com problemas cardíacos, a quem se lhe diagnosticou a infecção no passado dia 7.

A décima morte associada à nova doença reportou-se na véspera e a primeira no dia 15 de agosto.

De acordo com cifras oficiais, os afetados pela mencionada gripe somam mais de 15 mil. A terceira parte desses pacientes registraram-se na última semana.

A maioria dessas pessoas recuperou-se depois de receber tratamento antiviral.

Apesar disso, entre a população cresce o temor ao contágio, situação que obrigou ao governo a anunciar um plano de vacinação e a reforçar o trabalho preventivo, sobretudo nas escolas.

lac/lam/bj












Variante do ENOS será mais freqüente no século XXI

Londres, 24 set (Prensa Latina) Uma nova variedade do Fenômeno El Niño será mais cinco vezes freqüente no século XXI que a forma convencional por causa do aumento da temperatura global, publicou hoje a revista Nature.

Este novo tipo do Niño chamado Modoki produz-se na zona central do Pacífico e volta-se a cada vez mais comum, segundo os resultados de análise de diferentes modelos climáticos, que realizaram especialistas do Instituto Coreano de Pesquisa sobre o Oceano e o Desenvolvimento, Ansan.

A equipe, que dirige Sang-Wook Yeh, indicou que a mutação do ENOS, El Niño Oscilação do Sul, pode influir no clima mundial e causar secas prolongadas na Austrália e Índia.

A área que abarca tem forma de herradura no Oceano Pacífico Equatorial e está rodeado de águas frias.

Os resultados do estudo apoiaram-se nas previsões sobre o aumento da temperatura global que maneja a comunidade internacional.

O ENOS deve seu nome a pescadores de Peru e Equador que tomaram conhecimento do aparecimento de massas de água cálidas antes do Natal, o que provocava a fuga dos cardumes para o sul.

lac/mor/bj










Nicaragüenses aproximam-se da reforma tributária

Managua, 24 set (Prensa Latina) Os nicaragüenses acercam-se hoje à Reforma Tributária que impulsiona o governo do presidente Daniel Ortega depois de intensas e tortuosas negociações com as forças políticas e setores econômicos do país.

Na opinião do deputado sandinista Wálmaro Gutiérrez, presidente da Comissão de Assuntos Econômicos da Assembléia Nacional, é possível que amanhã atinjam um acordo definitivo com o setor privado e outros setores. Nesta sexta-feira terá lugar o que pudesse ser a última fase da negociação com o gabinete econômico do governo de Ortega e estarão em debate propostas do Conselho Superior da Empresa Privada (COSEP), dos sindicatos e do setor cooperativo.

Este leque de ideia indica que todo mundo foi consultado, o que facilitaria o caminho para que a iniciativa do Poder Executivo chegue sem tropeços à Assembléia Nacional e seja aprovada sem o boicote que mantém a oposição das sessões do órgão legislativo.

Gutiérrez sustenta que seu partido e a bancada no parlamento estão prontos para o debate e que ninguém pode se queixar de que não foi chamado, nem escutado.

Assim destacou em declarações a meios de imprensa a urgência de redefinir o sistema tributário do país para que aqueles que mais ganham e mais têm, mais paguem.

Recentemente o assessor econômico do governo Bayardo Arce apontou que já é hora de que os nicaragüenses sejam capazes de sustentar o Orçamento Geral da República.

Isto foi interpretado em meios nicaragüenses como uma crítica àqueles que pretendem viver eternamente do apoio do exterior que recebe o país para estes fins, o qual é usado em reiteradas oportunidades como elemento de pressão para interferir em seus assuntos internos.

Por outra parte, espera-se que o COSEP externe sua preocupação pois indubitavelmente será o setor que mais terá que contribuir, ao ingressar mais ganhos a seus arcas, e a ideia do governo é conseguir que quem mais vontade mais pague, o que beneficia aos setores mais desprotegidos.

O presidente do grêmio empresarial, José Adán Aguerri, é partidário de que qualquer reforma tributária busque ampliar a base de contribuintes e que se afete o menos possível a competitividade e a perda de empregos, um dos argumentos do setor para entorpecer as negociações e obter melhores créditos.

Por outra parte, a véspera a Assembléia conseguiu reunir-se depois de semanas de boicote liberal, pelo que se espera que a Reforma Tributária possa conseguir quórum para seu debate e aprovação.

lac/lb/bj

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