quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Zelaya denuncia plano de golpistas para assassiná-lo

23 de setembro de 2009


Tegucigalpa, 23 set (Prensa Latina)

O presidente constitucional de Honduras, Manuel Zelaya, denunciou a existência de um plano do regime de facto de tomar a embaixada do Brasil nesta capital para capturá-lo e assassiná-lo.
"Advirto à comunidade internacional que há um plano de captura e assassinato contra minha pessoa e já existem até os especialistas para declarar que foi um suicídio", declarou Zelaya em uma entrevista à emissora Telesur.
O presidente legítimo de Honduras, que foi retirado à força do país no dia 28 de junho por militares golpistas, regressou de surpresa a esta capital na segunda-feira e encontra-se junto a sua família na sede diplomática brasileira.
Na madrugada da terça-feira, o regime de Roberto Micheletti ordenou que o exército e a polícia reprima e desaloje milhares de manifestantes que tinham se concentrado nas imediações da embaixada para proteger Zelaya.
Enquanto foram cortados os serviços de água, eletricidade e telefone na zona onde se encontra enclavada a sede diplomática.
O chefe do departamento da América Central e do Caribe da chancelaria brasileira, Gonzalo de Mello Mourão, denunciou as represálias do regime de facto de Honduras contra a embaixada de seu país em Tegucigalpa.
"Não só do ponto de vista diplomático, até segundo o sentido comum é um ato de agressão que não pode ser aceito e que, de alguma maneira, tem que ser revertido", apontou Mourão.
Nas últimas horas, o pessoal da ONU conseguiu ingressar na sede diplomática para levar alimentos e água ao presidente, seus familiares e demais pessoas que o acompanham.
lac/car/bj








Situação hondurenha ocupa espaço nos meios nicaraguenses

Manágua, 23 set (Prensa Latina)

A situação criada em Honduras pelas autoridades golpistas que se negam a retornar à ordem constitucional nesse país ocupa hoje importantes espaços nos meios de comunicação nicaraguenses.
O canal 4 Multinotícias transmite relatórios da emissora TeleSur, o que permite que os nicaraguenses tenham uma noção do nível de repressão desatado no território hondurenho pelo governo de facto através de grupos elites do Exército e da Polícia contra os simpatizantes do presidente constitucional, José Manuel Zelaya.
O Novo Diário estampa em sua primeira página uma grande manchete: "Dia D" em Tegucigalpa e cita um relatório da resistência que propõe para hoje uma grande marcha em Tegucigalpa, "passe o que passar".
O jornal une-se a outras publicações como Bolsa de Notícias para dar conhecimento às denúncias de Zelaya que propõe que os golpistas querem assassiná-lo e fazer parecer com tenha sido suicídio.
Bolsa de Notícias destaca uma matéria de última hora que indica que as forças golpistas preparam um assalto à sede diplomática do Brasil, onde junto com o presidente se encontram cerca de 200 simpatizantes. Enquanto cresce a expectativa sobre o desenlace da situação e o respaldo ao direito do povo hondurenho de retornar ao poder o governante eleito nas urnas.

Por sua vez, a versão digital do 19, destaca declarações do analista e especialista em direito internacional, Aldo Díaz Lacayo, que sustenta que, ao regressar, o presidente Zelaya sai ganhando qualitativamente, politicamente e ideologicamente.
A chegada imprime um impulso extraordinário ao movimento popular, sem exagerar há uma mudança qualitativa gigantesca nas novas políticas sociais e econômicas em Honduras, assinalou.

lgo/lb/bj






Governo boliviano faz chamado à unidade nacional

Santa Cruz, Bolívia, 23 set (Prensa Latina)

Meios jornalísticos bolivianos destacam hoje o chamado do governo à unidade nacional em ocasião do 199° aniversário do levante independentista de Santa Cruz, no dia 24 de setembro de 1810.
De acordo com o diário Cambio, na sessão solene do conselho municipal nesse estado do leste, ontem, o vice-presidente do país, Álvaro García, pediu que se supere as diferenças políticas com o Executivo e que se trabalhe juntos pelo desenvolvimento de toda a Bolívia.
A julgamento da autoridade, o desafio está em converter a Bolívia em uma nação industrial com a participação não só de um setor privilegiado, mas sim de todos, com igual oportunidade.
García remarcou que há outra Santa Cruz, trabalhadora, lutadora, que tem as mesmas necessidades que os de La Paz, que os tarijenhos, pandinos e chuquisaquenhos; é possível fazer isso.
Nesse sentido, chamou as autoridades dessa região a consolidar um novo perfil econômico que permita combinar projetos do Estado com a iniciativa privada na agroindústria comercial, no energético, minério e petroleiro, sem substituir o construído até agora, e sim complementando com novos empreendimentos.
Também, adiantou um investimento de um bilhão de dólares para que a estatal Yacimientos Petrolíferos Promotores Bolivianos (YPFB) construa uma plataforma separadora de líquidos em Campo Grande e amplie a refinaria de Palmasola, nesse território.
O vice-presidente convocou também os empresários de Santa Cruz, a região que gera 30 por cento do Produto Interno Bruto nacional, a somarem-se aos projetos produtivos do Governo, como sócios.

"Será uma onda de sonhos em comum. É um bom tempo para trabalhar, é um bom tempo para começar o novo horizonte de nosso estado e de nosso país", enfatizou.

lgo/ga/bj








Honduras marca início de debate geral de assembleia da ONU

Por Victor M. Carriba

Nações Unidas, 23 set (Prensa Latina)

Com os olhos voltados para os acontecimentos em Honduras, a assembleia das Nações Unidas inicia hoje seu debate geral anual com uma maratona de quase uma semana de discursos sobre os mais candentes problemas internacionais.

A situação hondurenha cobrou uma forte dinâmica ontem depois de conhecer-se o regresso, a Tegucigalpa, do presidente constitucional desse país, José Manuel Zelaya, que foi expulso do poder e enviado para o exterior em 28 de junho.
Naquela oportunidade, a Assembleia Geral da ONU aprovou uma resolução de condenação à ação golpista e exigiu a restauração do presidente legítimo e de seu governo.
Agora a crise adquiriu novas dimensões com marcadas conotações internacionais devido a Zelaya se encontrar alojado na embaixada do Brasil, na capital hondurenha, e as forças militares e policiais que usurparam o poder terem cercado e ameaçarem a missão diplomática.
O problema já jogou âncora nos corredores da ONU com severas declarações da presidenta da Argentina, Cristina Fernández, do presidente da Bolívia, Evo Morales, e do chanceler cubano, Bruno Rodríguez, contra os golpistas hondurenhos.
Os três encontram-se aqui para os trabalhos da assembleia da ONU e já emitiram declarações a favor da volta de Zelaya à presidência e para exigir que se respeite a vida do presidente constitucional hondurenho.
O ambiente na sede da organização mundial também conta com a presença da chanceler do gabinete de Zelaya, Patricia Rodas, que pediu aos governos de outros países que enviem de volta a Tegucigalpa seus embaixadores, retirados em protesto contra o golpe de 28 de junho.
A ministra confirmou também que Zelaya está disposto a assinar o chamado acordo de San José, ainda que busca também "novas propostas criativas" para a reimplantação da ordem constitucional.
Na lista de oradores do primeiro dia de debate geral da ONU aparece Honduras, a nível de chefe de Estado, no sexto turno da sessão vespertina.
Entre os governantes que intervirão amanhã estão os do Brasil, Estados Unidos, Líbia, Uruguai, Chile, Argentina, Colômbia, El Salvador, República Dominicana e Nicarágua.
lac/vc/bj




Cúpula do G20 desperta esperanças para consertar econômica mundial

Washington, 23 set (Prensa Latina)

Dispostos a recusar qualquer fórmula que ponha de novo em risco à economia mundial, as 20 nações industrializadas e emergentes se propõem a conseguir um consenso para o crescimento equilibrado.
Com essa premissa, líderes desses países que integram o Grupo dos 20(G20) se reunirão quinta-feira e sexta-feira, na cidade estadunidense de Pittsburg, para discutirem uma resposta coordenada à crise.
Esta será a terceira reunião desse bloco, desde que a quebra de Lehman Brothers, há um ano, aprofundou os temores de uma nova grande depressão, e também enfocarão os debates no que virá depois, agora que existem sinais de recuperação.
Na reunião da União Européia (UE) será proposto reforçar o controle e a supervisão financeira, apesar da omissão da Grã-Bretanha, ainda que antecipadamente presidentes e ministros de Economia e Finança acordaram assistir com uma só voz.
A respeito, o premiê sueco e presidente de turno da UE, Fredrik Reinfeldt, quer que "entrem 27 membros e saia uma só posição".
Também pretende similar enfoque com respeito ao compromisso de manter a ajuda estatal a suas economias, ao considerar que ainda não é momento de retirar os milhões de milhões de dólares empregados para fazer frente à recessão.
Tal opinião será resolvida na cúpula do G20, onde também devem sair fórmulas para sair da crise e dos pacotes de resgate.
Antes de sua partida para os Estados Unidos, o premiê britânico, Gordon Brown, afirmou que existe um apoio substancial para criar um novo marco de trabalho que ajude a reduzir os desequilíbrios econômicos globais e a prevenir crise no futuro.
Brown, atual presidente do G20, confia no que acordarão para um processo de consultas multilaterais para ajudar a rebalancear a economia mundial e assegurar uma recuperação durável, ao mesmo tempo em que fez questão da urgência de um pacto mundial para proteger o emprego e o crescimento.
Valorizou o processo de recuperação econômica e advertiu que esta não pode se dar por garantida nem será automática.
O premier britânico deixou claro que é necessário manter, ao menos até o próximo ano, as medidas de impulso conjunturais a uma importância total que supera os cinco por cento do Produto Interno Bruto, no caso da União Européia, ou a economia não se restabelecerá adequadamente.
A isso agregou que a cúpula de Pittsburgh deverá se centrar na preservação dos empregos, para que o mercado trabalhista não seja um problema maior nos próximos anos.
Segundo analistas, a Europa quer apostar forte no palco econômico internacional, amparada em sua posição de primeira potência econômica mundial, com mais de 18 por cento do volume total de importações e de exportações.
Para os observadores, muita força terá também a representação dos emergentes na Argentina, Brasil e México, que serão os porta-vozes da América Latina em Pittsburg, onde defenderão uma reforma do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial.
Trata-se de exigir desses organismos mais voz e voto para as economias em desenvolvimento e que sejam tratadas igual às desenvolvidas.
O porta-voz do governo brasileiro, Marcelo Baumbach, adiantou que o presidente Luiz Inacio Lula da Silva, fará questão da exigência que pode resultar na suspensão das medidas anticrises, apesar de que aumentam os sinais de uma lenta saída.
Apontou a fonte que Lula advertirá também que ainda há indefinições, comodidade e inércia, e que solicitará que se reavive a reforma do sistema financeiro e que se recuse a atitude macia para o capitalismo financeiro sem regulação.
Assim mesmo, a presidenta argentina, Cristina Fernández, levará ao encontro a solicitação de aumentar o capital do Banco Interamericano de Desenvolvimento em até 200 bilhões de dólares, algo considerado fundamental para o desenvolvimento da região.
Entretanto, o Banco Africano de Desenvolvimento pedirá aos líderes do G20 que disponham mais recursos para satisfazer as necessidades das nações africanas, seriamente afetadas pela recessão.
Para o presidente dessa instituição é urgente que da Cúpula saia a clara mensagem de que enquanto a economia mundial mostra sinais de recuperação, a África e os países de baixos rendimentos não sejam deixados de lado, mas sim que façam parte dessa reanimação.
Ao que parece, todos concordam que a reunião é um verdadeiro desafio, porque, com o início da suposta restauração econômica em alguns países, existe o risco de que se esqueçam os efeitos desastrosos da crise e se volte às práticas que a causaram.
lgo/rcg/crc/bj






Bolívia e Argentina consolidam combate ao narcotráfico

La Paz, 23 set (Prensa Latina)

Autoridades bolivianas confirmaram hoje que a Argentina instalará radares de controle no espaço aéreo na fronteira comum para consolidar o combate ao narcotráfico.
De acordo com o vice-ministro de Defesa Social, Felipe Cáceres, o acordo bilateral sobre a luta contra essas ilegalidades permitirá ser cada vez mais eficazes.
Cáceres enfatizou que a Bolívia tem uma extensa fronteira com países como Chile, Paraguai, Argentina, Peru e Brasil motivo pelo qual impulsiona convênios deste tipo para eliminar o tráfico de entorpecentes.
Em 10 de setembro, recordou, Bolívia e Argentina renovaram seus acordos de colaboração bilateral nesta frente.
A estratégia de nacionalizar e regionalizar o combate ao narcotráfico, com respeito à soberania, faz parte do novo plano do governo boliviano, depois da expulsão da Agência Antidrogas dos Estados Unidos (DEA, por sua sigla em inglês), em novembro de 2008.
lgo/ga/bj






Obama reconhecerá erros dos EUA diante das Nações Unidas

Washington, 23 set (Prensa Latina)

O presidente estadunidense, Barack Obama, reconhecerá hoje diante da Assembleia Geral das Nações Unidas que seu país falhou na hora de enfrentar seriamente os problemas globais, indica hoje o diário The Washington Post.
Segundo o jornal, Obama também terá duras palavras para o restante do mundo, em que desafiará as nações a manter suas responsabilidades em temas fundamentais como o aquecimento global, o reordenamento financeiro e a segurança.
Extratos do discurso, revelados ontem, sugerem que o presidente se referirá aos erros cometidos por Washington ao longo destes anos, para depois falar de progressos atingidos por sua administração em quase oito meses de gerenciamento.
Não se equivoque, este não pode ser só um esforço estadunidense. Aqueles que assinalavam os Estados Unidos por atuar unilateralmente, não podem hoje esperar que resolvamos sozinhos os problemas do mundo, assinalará o mandatário, segundo o texto publicado.
Entre outros, o governante tocará em temas como a proliferação nuclear, a paz e a segurança, a mudança climática, o crescimento global e o desenvolvimento, agregou um servidor público de alto cargo da Casa Branca consultado pelo Post.
lgo/iep/bj






Grã-Bretanha favorece apoio à eutanásia

Londres, 23 set (Prensa Latina)

Os britânicos que queiram ajudar seus familiares a morrerem em clínicas dedicadas a isso poderão fazer sem ser processados, desde que não obtenham benefício econômico algum, informou hoje a Promotoria do Estado.
Não obstante, Keir Starmer, diretor da entidade, esclareceu que se deve analisar cada caso em particular. A ideia é que a gente saiba com maior clareza quem pode ser processado e quem não pode, agregou.
O esclarecimento foi feito depois da consulta de uma mulher com esclerose múltipla em estado terminal, que quis saber se seu esposo teria problemas legais por acompanhá-la a uma clínica de eutanásia na Suíça.
Desta forma, o governo busca facilitar a viagem daqueles que acompanham pacientes que querem tirar a vida e processar os que pressionam ou exercem algum tipo de influência com fins econômicos após a morte do familiar.
A eutanásia, que significa “boa morte”, é uma prática conhecida e utilizada pela imensa maioria das culturas desde os tempos mais remotos. Já os gregos discutiam sobre o tema. Platão aprovava-a no caso de uma doença terminal.
No entanto, a partir da segunda metade do Século XX os avanços médicos tecnológicos criaram uma revolução ao impedir que a natureza seguisse seu curso natural mediante a manutenção das funções vitais de uma pessoa, por tempo quase indefinido e de maneira artificial.
Isto propiciou o surgimento de grupos defensores da eutanásia como prática médica, mas também múltiplos críticos que a consideram um delito que devia ser punido.

lgo/vm/bj







Anunciam restrições a bolivianos que não registraram-se

La Paz, 23 set (Prensa Latina)

A Corte Nacional Eleitoral (CNE) da Bolívia anunciou hoje algumas restrições a pessoas que não registraram-se no padrão eletrônico (digital) frente às eleições gerais de 6 de dezembro.
O processo foi iniciado em 1° de agosto no Chapare (Cochabamba) e deverá ser concluído em todo o país no dia 15 de outubro.
A lista nominal, que inclui impressões digitais, foto e assinatura, foi ampliada recentemente de 3,5 milhões de votantes para 3,8 milhões, e prevê também a inscrição de 211 mil emigrantes nos Estados Unidos, Brasil, Argentina e Espanha.
Segundo o presidente da CNE, Antonio Costa, a partir de 1° de outubro, as restrições serão efetivas através de uma instrutiva ou decreto supremo que será promulgado pelo Executivo.
Entre as limitações futuras aqueles que não se registrem, disse, destaca-se o impedimento em trâmites bancários, viagens aéreas em vôos comerciais ou via terrestre e outorgamento de passaporte ou documentos de identificação, entre outras.
Costa esclareceu que estas medidas devem ser avaliadas pelo governo central e que a única coisa que a CNE pode fazer é aplicar sanções ou multas, com respaldo no Código Eleitoral, só após a votação.
Em 6 de dezembro os bolivianos elegerão nas urnas o presidente e o vice-presidente do país, bem como os integrantes da Assembleia Legislativa Plurinacional (nome que adotará o Congresso em 2010).
Nessa mesma data, vários municípios indígenas e as regiões de La Paz, Oruro, Cochabamba, Potosí, Chuquisaca e Grande Chaco decidirão sobre seus status autônomos.

lgo/ga/bj






Obama considera mudança de estratégia no Afeganistão

Washington, 23 set (Prensa Latina)

O presidente estadunidense, Barack Obama, estuda hoje alternativas para mudar de estratégia no Afeganistão, em meio ao tom pessimista impresso por seus generais sobre o curso da guerra.
Obama maneja várias ideias, ente elas, o envio de tropas adicionais solicitadas pelo comandante das forças conjuntas na região, Stanley McChrystal, diante do perigo de perder mais terreno na nação centro-asiática.
O presidente vê-se pressionado pelo deterioramento das condições das tropas ocupantes, pelo controvertido sucesso do presidente Hamid Karsai nas últimas eleições, pelas acusações de fraude e pelas suspeitas de corrupção no aparelho administrativo de Kabul.
As opções sobre a mesa constituem uma revisão de uma estratégia anunciada com fanfarrice pelo próprio Obama, há menos de seis meses, segundo oficiais da administração consultados pelo diário The New York Times.
No entanto, as mesmas fontes revelam que o governante ainda nãotem ideia de que a estratégia anterior fracassara, e pede ideias e opiniões sobre se é possível aplicá-la melhor ou calçá-la com novos efetivos para garantir seu sucesso.
Enquanto na Casa Branca debatem, especialistas preparam dois relatórios de inteligência sobre a situação no Afeganistão e no vizinho Paquistão, em cuja fronteira se movem os grupos talibãs e os membros da Al Qaeda.

O periódico nova-iorquino assegura que, a julgamento de seus assistentes, o presidente quer dilatar qualquer decisão a respeito para dar à base liberal de seu partido a imagem de que não se apressou para enviar mais soldados à frente.
Alguns sugerem que não está disposto a atolar-se em uma guerra de oito anos, pois tem muito fresco o desastre político que acompanhou seu antecessor George W. Bush em seus últimos meses de governo por uma situação similar no Iraque.
lgo/iep/bj Bolívia registra 41 mortes por gripe A
Santacruz, Bolívia, 23 set (Prensa Latina) O ministério boliviano de Saúde registrou a morte de um homem pela gripe A(H1N1), ocorrida em Santa Cruz, e elevou a 41 a cifra de vítimas pela pandemia no país sul-americano.
Segundo publica hoje o diário O Dever, um paciente de 53 anos aparece como a última morte por este vírus, ocorrida na semana passada no hospital Japonês, e o caso foi informado pelo Serviço Departamental de Saúde (Sedes).
As estatísticas oficiais assinalam que Santa Cruz tem 12 mortes pela influenza, La Paz registra 11, 6 em Potosí, 5 em Cochabamba, 3 em Tarija, duas em Oruro e igual número em Chuquisaca.
O diretor nacional de Epidemiologia, René Lenis, pediu à população que não baixe a guarda contra a doença e continue com as medidas de prevenção para evitar a propagação do vírus.
lgo/ga/bj







Grupo do Rio respalda regresso de Zelaya a Honduras

Nações Unidas, 23 set (Prensa Latina)

O Grupo do Rio respaldou hoje o regresso pacífico do presidente constitucional de Honduras, José Manuel Zelaya, a seu país e exigiu o respeito a sua integridade física e de sua família.
Em um comunicado distribuído aqui pela missão do México diante das Nações Unidas, esse mecanismo de consulta e coordenação política repudiou os atos de violência e intimidação contra a embaixada do Brasil em Tegucigalpa, onde se encontra o presidente.

Zelaya retornou há dois dias a Honduras, de onde foi expulso depois de um golpe de Estado, no dia 28 de junho, e está alojado na representação diplomática brasileira.
A nota difundida pelo México, atual presidente do Grupo de Rio, reitera a condenação do agrupamento continental ao golpe e a exigência da restauração da ordem democrática e constitucional e, também, da reinstalação de Zelaya no cargo para o qual foi legitimamente eleito.
O texto convoca o diálogo e a reconciliação nacional para se chegar a uma solução pacífica à crise em Honduras.

Também demanda plenas garantias para a inviolabilidade da missão diplomática do Brasil em Tegucigalpa em estrito apego à Convenção de Viena.
Zelaya denunciou ontem à noite a existência de um plano do regime golpista de invadir a embaixada brasileira para capturá-lo e assassiná-lo.
"Alerto a comunidade internacional que há um plano de captura e assassinato contra minha pessoa e já existe até os especialistas para declarar que foi um suicídio", declarou Zelaya em uma entrevista à emissora Telesur.
lgo/vc/bj







Apostam na Venezuela por restituição da ordem em Honduras

Por Randy Saborit Mora

Caracas, 23 set (Prensa Latina)

O embaixador da Nicarágua na Venezuela, Ramón Leets, aposta hoje pela restituição da ordem constitucional em Honduras depois do golpe de Estado de quase três meses nesse país centro-americano.
Leets declarou à Prensa Latina que "estamos fazendo todas as atividades possíveis, a nível diplomático, no âmbito internacional para que se restitua a estabilidade e o fio constitucional em Honduras".
A seu julgamento, a ação golpista contra o presidente legítimo de Honduras, Manuel Zelaya, é contra todos os países membros da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (ALBA).
Considerou que o povo hondurenho tem que buscar reverter a situação provocada no dia 28 de junho pelo governo de facto de Roberto Micheletti, com o acompanhamento e a solidariedade dos povos latino-americanos e caribenhos.
"Sempre estaremos prestes a expressar nosso apoio a Honduras ou a qualquer outro povo da América Latina que se veja em uma situação golpista", disse o diplomata.
Por sua vez, o embaixador de Honduras na Venezuela, Germán Espinal, afirmou que a comunidade internacional se sente debochada pela elite golpista, irracional e instintiva de seu país.
Espinal assinalou que os golpistas não reagem com o curso das ações e da lógica que deveria indicar um comportamento diferente neles.
No entanto, o presidente venezuelano, Hugo Chávez, solicitou na segunda-feira passada que o governo de facto entregasse o poder em Honduras sem provocar um massacre agora que Zelaya regressou. "Esperamos que os golpistas entreguem o poder e não massacrem esse povo ou tentem uma loucura", expressou Chávez durante um ato no qual se apresentou a nova imagem do Banco da Venezuela.
A ALBA está integrada por Antigua y Barbuda, Bolívia, Cuba, Dominica, Equador, Honduras, Nicarágua, San Vicente y las Granadinas e Venezuela.
ocs/rsm/bj






Novo ataque no Afeganistão atiça polêmica na Itália

Roma, 23 set (Prensa Latina)

O informe de um novo ataque contra as tropas italianas destacadas no Afeganistão atiçou hoje aqui a já candente polêmica sobre a permanência do exército deste país nessa nação asiática.

Segundo o Estado Maior da Defesa da Itália, um soldado foi ferido esta manhã em um braço a raiz de uma ação perpetrada pela insurgência afegã na província de Farah.

O anúncio oficial incentivou o debate sobre a necessidade de que o governo de Roma dê por terminada a missão em território afegão, onde permanecem atualmente 3.200 militares italianos.

A controvérsia subiu de tom na quinta-feira passada com a morte de seis soldados italianos e feridas a outros quatro por um atentado com carro bomba enquanto patrulhavam uma central rua em Kabul.

Na segunda-feira foram inumados nesta capital os corpos dos seis militares em um funeral de Estado ao que assistiu o presidente italiano, Giorgio Napolitano, acompanhado por vários membros de seu gabinete.

Apesar da exigência, a atual administração italiana esclareceu que as tropas continuarão no Afeganistão como parte da Força Internacional de Assistência para a Segurança (ISAF, por suas siglas em inglês).

O premiê italiano, Silvio Berlusconi, advertiu na quinta-feira que as tropas de seu país abandonarão território afegão só com o consenso do resto das nações que integram essa missão da OTAN.

Itália tem reportado a morte de 20 militares no Afeganistão desde 2004, ano em que se incorporou à ISAF, a maior força militar comandada pela OTAN fosse da Europa com um total de 35 mil soldados de 37 países.

lgo/ls/bj







Senado paraguaio preocupado com situação em Honduras

Asunción, 23 set (Prensa Latina)

O Senado paraguaio manifestou hoje sua preocupação pela situação de violência em Honduras, aumentada pelas autoridades militares depois do regresso a seu país do presidente constitucional Manuel Zelaya.

A respeito, o presidente da Câmara de Senadores, Miguel Carrizosa, disse que o congresso poderia emitir nesta semana uma declaração oficial de rejeição aos acontecimentos ocorridos nas últimas horas na nação centro-americana, destaca a agência IP Paraguai.

"Consideramos que tem sido um golpe de Estado e condenamos toda a violência que existe por trás disso. Achamos que deve-se garantir antes que nada a segurança dos cidadãos hondurenhos acima de todas as coisas", expressou Carrizosa.

Acrescentou que como titular da câmara alta apoiará um pronunciamento contra a situação repressiva imperante na nação hondurenha.

Nesta segunda-feira o governo paraguaio exigiu à administração ilegítima de Honduras, encabeçada por Roberto Micheletti, que tomasse todas as medidas necessárias para assegurar a vida e a integridade física de Zelaya.

Através de um comunicado do Ministério de Relações Exteriores pediu a todas as forças vivas de Honduras que não tomem ações que possam desembocar em fatos de violência e que recorram ao diálogo.

mgt/otf/bj







Organizações de massas cubanas convocam a trabalho voluntário

Havana, 23 set (Prensa Latina)

Organizações de massas de Cuba convocaram hoje a uma jornada de trabalho voluntário para o próximo 27 de setembro, com motivo do 49º aniversário da constituição dos Comitês de Defesa da Revolução (CDR).

O convite foi feito pela Central de Trabalhadores de Cuba (CTC), a União de Jovens Comunistas (UJC) e os CDR no lugar digital da emissora Rádio Relógio.

Essa mobilização se põe na Jornada Nacional de Esforço Produtivo, iniciada o 22 de novembro de 2008 em ocasião dos 50 anos do primeiro trabalho voluntário protagonizado pelo guerrilheiro argentino-cubano Ernesto Che Guevara no Caney de Las Gracias.

O próximo domingo se oferecerá uma importante contribuição à recuperação do país na produção de alimentos, a reflorestamento, trabalhos de saneamento e higienização em centros de trabalho, estudantis, comunidades e cidades, bem como tarefas construtivas.

lgo/ydg/bj







Mulheres cubanas revisam estratégias em luta contra o bloqueio

Havana, 23 set (Prensa Latina)

O Comitê Nacional da Federação de Mulheres Cubanas (FMC) revisa hoje as estratégias do grupo na luta contra o bloqueio econômico, financeiro e comercial imposto por Washington ao país durante mais de quatro décadas.

O evento, no capitalino Centro de Estudos da Mulher, facilitará aos membros do Secretariado Nacional e primeiras secretárias das 14 províncias de Cuba e do município especial Ilha da Juventude, analisar o tema do cuidado meio-ambiental.

As federadas prevêem trocar critérios a respeito da formação de valores na família e a sociedade, o trabalho comunitário e a batalha contra o delito e as ilegalidades.

Outro dos objetivos do evento é examinar o cumprimento dos acordos do VIII Congresso da FMC, celebrado em março último, quando as mulheres traçaram as tácticas de trabalho para o próximo qüinqüênio.

A necessidade de aumentar a presença da mulher nos cargos de direção figura na agenda de dita reunião.

lgo/ydg/bj







Residentes cubanos na Bolívia exigem libertação dos Cinco

La Paz, 23 set (Prensa Latina)

A Associação de cubanos residentes na Bolívia "José Martí" exigiu hoje aqui libertar a cinco jovens compatriotas presos nos Estados Unidos desde 1998 por combater o terrorismo.

Em uma missiva enviada a Gerardo Hernández, Antonio Guerrero, Rene González, Ramón Labañino e Fernando González, manifestam-lhe a admiração que sente pela luta tão férrea e incessante que têm tido que levar a cabo durante mais de 11 anos em cárceres de máxima segurança.

Os Cinco, como se lhes conhece mundialmente pelas campanhas a favor de sua libertação, afirma o texto, mantêm bem em alto a dignidade e o decoro como verdadeiros revolucionários.

A mensagem também explica que entre outras atividades na nação sul-americana a favor dessa causa sobressaem as charlas e concursos literários e de artes plásticas nas escolas sobre estes Heróis da República de Cuba.

Também repudiam a recente rejeição da Corte Suprema dos Estados Unidos a revisar o caso dos anti-terroristas, o que significa, acrescenta o comunicado, uma manipulação política inaceitável que só intensifica a luta do povo cubano para que Os Cinco retornem a sua Pátria.

lgo/ga/bj







Ministra argentina de Defesa pondera feminização militar

Buenos Aires, 23 set (Prensa Latina)

A ministra argentina de Defesa, Nilda Garré, ponderou a crescente participação da mulher neste âmbito ao intervir em um seminário regional sobre Gênero e Forças Armadas, que conclui hoje nesta capital.

Garré sublinhou que "a feminização militar faz parte de um processo que excede às próprias instituições armadas e pelo qual as mulheres temos começado a ocupar espaços historicamente masculinizados".

Destacou ademais que as políticas de gênero ocupam hoje um lugar principal no processo de modernização institucional das Forças Armadas argentinas.

Referindo-se aos maiores desafios propostos, afirmou que estes envolvem qüestões como a participação efetiva das mulheres nos processos de tomada de decisão e em instâncias políticas, institucionais e profissionalmente relevantes.

"Esperamos ver o momento em que a presença de homens e mulheres deixe de ser considerado mais ou menos exótico ou excepcional", enfatizou no fórum que reúne a representantes do Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina.

lgo/mpm/bj





Brasil confirma sítio a sua embaixada em Honduras

Por Victor M. Carriba

Nações Unidas, 23 set (Prensa Latina)

A embaixada brasileira em Honduras continua sitiada e a situação é grave, declarou aqui o chanceler do Brasil, Celso Amorim.

Em declaração exclusiva a Prensa Latina, o Ministro denunciou que o cerco a essa missão diplomática em Tegucigalpa é uma violação da Convenção de Viena.

Essa instalação alberga desde faz dois dias ao presidente constitucional de Honduras, José Manuel Zelaya, quem regressou ao país centro-americano depois de ser derrocado por um golpe de Estado e expulsado ao estrangeiro o 28 de junho passado.

A situação mantém-se grave e ainda que diz-se que o toque de recolher será levantado, nossa embaixada segue praticamente sitiada, insistiu o chanceler ao reiterar sua extrema inquietude.

Preocupa-nos por nossa missão diplomática e naturalmente por nosso hóspede, o presidente Zelaya, apontou em um aparte com Prensa Latina durante o debate geral da assembléia da ONU iniciado hoje aqui.

Amorim confirmou que seu governo realiza gerenciamentos para analisar no Conselho de Segurança da ONU o caso da embaixada do Brasil em Tegucigalpa.

Ao falar nesta quarta-feira ante a Assembléia Geral, o chefe de Estado brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, reclamou a volta imediata de Zelaya a seu cargo à frente do Estado hondurenho.

mgt/vc/bj






Militares nicaraguenses pedem calma em fronteira com Honduras

Manágua, 23 set (Prensa Latina)

O Exército Nacional da Nicarágua mantém uma situação de calma na fronteira norte com Honduras, reiterou hoje seu Comandante em Chefe, major general Moisés Omar Hallesleven.

Desde que iniciou-se a situação em Honduras existiu a perspicácia de parte das autoridades hondurenhas e de parte do presidente de facto, Roberto Micheletti, de declarar que a Nicarágua estaria disposta a mover tropas ou fortalecer a fronteira para intervir na crise.

"Temos sido claros e precisos: O Exército da Nicarágua não mobilizou nem um só homem e nenhuma unidade para a fronteira com Honduras nem sequer para atender assuntos internos, muito menos com pensamento de ter algo com o irmão país", expressou.

O chefe militar nicaragüense afirmou que os problemas na nação vizinha devem os resolver as forças desse país, os hondurenhos.

Não pretendemos elevar o nível de disposição combativa, apesar de que temos diferentes níveis e o que temos é a normalidade, assegurou. Hallesleven.

Mantemos desde o início da crise os mesmos postos e a mesma quantidade de homens que tínhamos em cada posto.

As unidades nicaragüenses, segundo o alto comando, só têm a orientação de manter a vigilância e a segurança de nossa fronteira.

Na atualidade, após o regresso do presidente José Manuel Zelaya, não há nenhuma comunicação com as forças militares hondurenhas. Acho que os militares hondurenhos estão muito ocupados e têm muito trabalho por lá, disse.

O chefe do Exército nicaragüense fez as declarações posterior à assinatura de um acordo interinstitucional com a Universidade Iberoamericana de Ciências e Tecnologias para estabelecer mecanismos de cooperação na formação acadêmica de militares, fundamentalmente em Administração de Empresas.

mgt/lb/bj







Prendem na Espanha ex-militar vinculado com ditadura argentina

Madri, 23 set (Prensa Latina)

A Polícia espanhola prendeu no aeroporto de Valência o piloto de origem argentina Julio Alberto Poch por sua suposta vinculação com a passada ditadura nesse país sul-americano, confirmaram hoje meios jornalísticos.

Poch, aviador comercial de nacionalidade holandesa, foi detido na véspera acusado de participar nos tristemente célebres Vôos da Morte, perpetrados pelo regime de facto que dirigiu os destinos da Argentina entre 1976 e 1983.

Segundo organizações defensoras dos direitos humanos, dos denominados Vôos da Morte foram lançados ao mar mil dos mais de 30 mil detentos desaparecidos pela sangrenta ditadura militar nessa nação do Cone Sul.

O piloto, pertencente à Cia Aérea Transavia, ficou a disposição da justiça por pedido expresso das autoridades de Buenos Aires, de acordo com informes da imprensa madrilenha.

Detido quando efetuava uma escala de 40 minutos no aeroporto valenciano de Manises, antes de retornar a Amsterdã como comandante de um avião de passageiros, Poch está implicado em quatro processos penais.

Tenente de Fragata aposentado e piloto naval da outrora Escola de Mecânica da Armada (ESMA), conhecido centro de torturas da junta militar, o preso aposentou-se do Exército argentino e trabalhava agora na companhia holandesa de baixo custo Transavia.

A Polícia Nacional espanhola confirmou através de INTERPOL que o fugitivo adotou a nacionalidade holandesa e pilotava com relativa freqüência o itinerário entre os aeroportos de Schipol e Manises.

Vários repressores da ditadura argentina têm sido detidos na Espanha, onde o ex marinheiro Adolfo Scilingo, que também operou na ESMA, foi condenado em 2007 a mais de mil anos de cárcere por delitos de lesa humanidade, recordaram as fontes.

ocs/edu/bj


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