quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Viva Daniel e a FSLN

Mauricio Tomasoni.
Ontem, dia 10 de janeiro de 2012, tomou posse para o seu terceiro mandato como presidente da Nicarágua, o companheiro presidente Daniel Ortega Saavedra. É a segunda vitória eleitoral seguindo a de 2007. Com muita satisfação nestes primeiros dias deste ano aqueles que como eu vivenciaram, mesmo que de longe, e outros que foram artífices do maravilhoso processo revolucionário centro-americano, saudamos e continuamos a acreditar, respeitar e vibrar com os triunfos de nossos povos. A terceira vitória eleitoral de Daniel, mesmo que em uma conjuntura singularmente própria é uma vitória dos povos.

Apesar de toda uma campanha midiática a detratar tanto internamente (na Nicarágua) quanto internacionalmente o governo sandinista por suas posições corajosas a pedir respeito a Cuba, à Bolívia e à Venezuela, e, por suas posições contrárias à agressão contra a Líbia e de apoio a Muamar Kadaffi, ou ainda por suas posições de apoio à autodeterminação do Irã e contrárias à tentativa imperialista de agressão a este país, manifesto minha confiança política no companheiro Daniel e naqueles que acompanham suas posições. Há uma campanha desinformativa de uma pretensa esquerda, há muito tempo encastelada em cargos de confiança ou amparada sob os símbolos da santa amada igreja católica em produzir mentiras contra Daniel Ortega.
A FSLN (Frente Sandinista de Libertação Nacional) é uma organização provada na luta e não imune aos vícios e percalços da realidade concreta. É partido no poder, ou para ser mais rigoroso intelectualmente é partido no governo. E partido no poder é como imã, atrai para si gente oportunista. E como não acontecer este tipo de coisa. Para não ocorrer isto basta que uma organização não conquiste o poder ou então faça como o James Petras – funde a Organização Internacional dos Juízes da Luta de Classes. Organização esta a ser a julgadora “moral” das atitudes dos outros, sem compromisso ou responsabilidade com nada, que não constroem nada e nem respondem por nada, que não dão sua cota de sacrifício por nada.
Ao longo destes anos a FSLN sofreu percalços e dissidências, tem problemas internos que precisam ser medidos com o rigor da ciência e não o rigor das fofocas e malidicências. Não serve como único instrumento de análise as impressões absorvidas em encontros ou contatos com militantes desta organização ou que se dizem ser. Vale sim a análise de todo o conjunto, vale sim a análise da realidade concreta, da história e da atualidade. Vale sim o respeito a autonomia das organizações. Eles não podem dizer o que devemos fazer aqui no Brasil, e muito menos nós devemos “ensinar” a eles o que eles devem fazer na Nicarágua. Com certeza vale sim e para sempre a confiança política conquistada ao largo de tanto convívio, de tanta luta, de tanta resistência. Daniel é daqueles homens que merecem ser valorizados e compreendidos na complexidade dos novos tempos, pois mesmo após quase 20 anos de revezes sofridos pela Revolução Popular Sandinista se manteve firme. Outros dobraram os joelhos e se apequenaram. Outros cansaram e se retiraram de cena. Outros se desiludiram. Todos devem ser valorizados pela sua contribuição, mesmo que pequena à libertação dos povos, mesmo que hoje estejam à margem dos acontecimentos.
Em especial reafirmo minha inteira confiança, apesar da palavra “confiança” não ser uma categoria científica ou marxista, em gente da estirpe de Daniel, do filho de Carlos Fonseca, do filho de Schafick Jorge Handal, do vice-presidente salvadorenho e dirigente da FMLN (Frente Farabundo Marti para a Libertação Nacional) Salvador Sanchez Ceren.
Viva Daniel e a FSLN.
Viva a FMLN.

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