segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Carta do MPSC - Porque repudiamos a visita de Yoani Sanchéz ao Brasil




Porque repudiamos a visita de Yoani Sanchéz ao Brasil

O Movimento Paulista de Solidariedade a Cuba (MPSC)
[1]  vem a público expor as razões que o levam a protestar contra a visita dessa personagem cubana, Yoani Sanchéz, ao Brasil.

A nossa indignação se amplifica devido à falsas informações divulgadas pelas grandes corporações privadas da mídia que reinam no nosso país (televisões, jornais e internet).

Nesse contexto, a blogueira cubana tem sua imagem construída pelo oligopólio midiático, aparentando ser uma mulher doce, honesta e portadora da verdade sobre a realidade cubana.

Seu discurso não se concentra diretamente na crítica ao socialismo, mas busca explorar aspectos das dificuldades enfrentadas pelo povo cubano no seu dia-a-dia, para, assim, dissimular os interesses que estão por detrás dela, tornando-a uma suposta mártir dos ideais da liberdade de expressão em Cuba.

Utilizando-se de linguagem simples e articulada, a blogueira tenta esconder os seus ideais de minar o sistema socialista, a peculiar democracia cubana.  Seu objetivo? Promover o retrocesso com a instauração do capitalismo que, certamente, seria capitaneado pelos terroristas cubanos que hoje vivem em Miami, com o apoio de vários poderes, inclusive governamentais, dos Estados Unidos.

Porém, Sanchéz já foi devidamente desmascarada. Já se sabe que ela não está só, mas acompanhada pelos já conhecidos inimigos da Revolução cubana. Sanchéz não passa de mais um dos episódios da gigantesca e histórica pressão das potências capitalistas contra o exemplo cubano desde a vitória da luta armada de 1959.

A única novidade são as novas ferramentas utilizadas, como a internet, na tentativa de explorar a suposta contradição de gerações, dos que presenciaram a revolução e dos que vivem hoje das mudanças sociais que dela sucederam.

O fenômeno postiço Yoani Sanchez segue o mesmo rastro das invasões militares e mercenárias dos yankees ao território cubano; do terrorismo aberto comandado pelos residentes em Miami; das inúmeras tentativas de assassinato das lideranças da Revolução; das mentiras semeadas pela mídia internacional; dos inúmeros atentados perpetrados contra a população cubana; das sabotagens à produção no país e do infame bloqueio econômico imposto pelos Estados Unidos à Cuba. Yoani Sanchez é uma dessas novas cartadas, agora baseada no cyberespaço da (des)informação.

O que já se sabe sobre a impostora Yoani Sanchez
É formada em Letras e Filosofia, especializada em literatura latino-americana.  Já casada com o contra-revolucionário Reinaldo Escobar em Cuba, Yoani abandona o país em 2002, se casa com alemão (!!) e imigra para a Suíça. Por razões não explicadas, resolve retornar à Cuba em 2004, lugar que dizia odiar por ser “imensa prisão com muros ideológicos”.

Desde que criou o seu blog “Geração Y”, em 2007, causa surpresas pelo sombrio e meteórico prestígio que recebe de instituições que lhe conferem prêmios jornalísticos e literários e a destaca como pessoa das mais influentes no mundo (!!). O fato é que esses “prêmios” se tornaram uma fonte de prestígio e renda sem precedentes: foram cerca de 250 mil euros em recompensa no curto período de pouco mais de um ano (!!), o que corresponde a mais de 20 anos de salário mínimo na rica França e cerca de 1.500 anos de salário mínimo em Cuba(!!)

O maior reduto da imprensa golpista das Américas, a Sociedade Interamericana de Imprensa, sediada em Miami (Flórida-EUA), a nomeou vice-presidente regional por Cuba. Yoani é correspondente de vários jornais conservadores no mundo, inclusive, do Estado de São Paulo. Esse generoso cabide internacional de empregos lhe rende cerca de 6.000 dólares mensais, o que significa uma verdadeira fortuna para quem vive em Cuba!! Isso confirma que ser “dissidente” em Cuba é meio de enriquecimento e prestígio com o aval imperialista.

Os Estados Unidos impõem bloqueio a Cuba, impedindo que qualquer empresa que possua 10% de capital estadunidense possa comercializar com a Ilha. Todos os cabos que possibilitam a conexão cibernética que passam próximos à Cuba pertencem aos EUA. Assim, os cubanos ficam privados do uso mais acessível da rede mundial de internet
[2]. No entanto, Yoani circula livremente em Cuba, co-produzindo seu mega blog, com auxílio fenomenal de empresas estrangeiras que lutam pela derrubada do regime revolucionário. O mais curioso (e revoltante) é que a mercenária consegue passar por cima do bloqueio e receber fortes subsídios de empresas estadunidenses, enquanto crianças cubanas são privadas de medicamentos interditados pelo bloqueio. Seu blog usa o Paypal, sistema de pagamento online que nenhum morador de Cuba pode utilizar devido ao bloqueio estadunidense. O blog dela dispõe de Copyright, que também é vetado para qualquer cubano pelos Estados Unidos. É a empresa estadunidense GoDady que registra o domínio do blog da Yoani e o sítio que o hospeda abriga outros vários sítios da extrema direita no mundo, tendo potencial de banda cerca de 60 vezes maior que aquela que todos os usuários de Cuba dispõem.

Quem paga a gestão de mais de 14 milhões de supostas visitas mensais ao blog? Quem sustenta suas diferentes contas de Twitter? Quem banca as cerca de 400 mensagens mensais desde Cuba, que lá custa 1,25 dólares cada?

Não precisamos de muita imaginação para saber do que se trata: Yoani Sanchez não passa de uma traidora de sua pátria, ancorada no que há de mais sujo no contexto atual dos mecanismos de complô mundial de Estados e corporações contra o exemplo de Cuba.

Mesmo tentando dissimular, Yoani não esconde o seu projeto de implantação de um “capitalismo sui generis” na Ilha e o seu alinhamento com a política imperialista no mundo atual.

Por outro lado, jamais Yoani Sanchez lutou contra o bloqueio genocida imposto pelos Estados Unidos à Cuba. Jamais ela dedicou a sua influência (produzida) em prol da libertação dos cinco cubanos presos injusta e ilegalmente em solo inimigo (EUA). Sanchez jamais reconheceu o papel fundamental de Cuba no processo de independência de vários países africanos da década de 1970 e também no fim do apartheid na África do Sul.

Por que Sanchez não reconhece ser Cuba o país periférico que sustenta o maior índice de desenvolvimento humano aliado ao respeito à natureza? Por que não reconhece Cuba como país que preserva o respeito aos direitos humanos nas mais diversas áreas?

Por esses e muitos outros motivos, nós do MPSC, protestamos contra a visita dessa mercenária ao Brasil e, mais uma vez, denunciamos as corporações empresariais de comunicação, sob a forma de jornais, televisões e internet que monopolizam a comunicação e impedem a liberdade de expressão no Brasil
[3].

FORA YOANI SANCHEZ, SEU LUGAR É AO LADO DOS TERRORISTAS SEDIADOS EM MIAMI!

PELO FIM DO MONOPÓLIO DAS COMUNICAÇÕES E PELA LIBERDADE DE EXPRESSÃO NO BRASIL!

PELO IMEDIATO FIM DO BLOQUEIO À CUBA!

PELA IMEDIATA LIBERTAÇÃO DOS PATRIOTAS ANTITERRORISTAS CUBANOS PRESOS ILEGALMENTE NOS ESTADOS UNIDOS!
VIVA A REVOLUÇÃO CUBANA!


São Paulo, 21 de fevereiro de 2013.

[1] O MPSC é um movimento autônomo e plural que congrega ativistas solidários ao processo revolucionário socialista em Cuba. Não mantém qualquer vinculação com governos e partidos políticos.

[2]  Este problema tende a ser resolvido, pois a Venezuela está furando esse bloqueio e ajudando a construir cabo com extensão de cerca de 1.000 km até Cuba.

[3] Algumas informações foram extraídas em 19.02.2013 do sítio: http://operamundi.uol.com.br/conteudo/opiniao/27260/40+perguntas+para+yoani+sanchez+em+sua+turne+mundial.shtml?utm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter

Movimento Paulista de Solidariedade a Cuba
facebook.com/solidariedadeacuba

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