quinta-feira, 1 de outubro de 2009

AFIRMAM QUE RESISTÊNCIA SEGUIRÁ EM HONDURAS APESAR DO ESTADO DE SÍTIO

Por Raimundo Lopez, enviado especial

Tegucigalpa, 30 set (Prensa Latina) A resistência antigolpista de Honduras afirmou que continuará hoje a mobilização popular em demanda da restauração da ordem constitucional apesar do estado de sítio decretado pelo governo de facto.

Nos manteremos nas ruas apesar de toda a repressão deste regime usurpador, afirmou à Prensa Latina Juan Barahona, coordenador geral da Frente Nacional contra o golpe de Estado.

A suspensão das garantias constitucionais foi anunciada no domingo passado e no dia seguinte soldados e policiais fecharam a emissora Rádio Globo e o canal 36 de televisão, opositores à ação golpista militar.

A polícia antimotins isolou a área de concentração dos membros da Frente nos dois últimos dias, para aplicar as restrições à liberdade de reunião e movimento impostas pelo estado de sítio.

O que eles querem é que nós não saiamos, que fiquemos em nossas casas, mas não conseguirão isso, vamos seguir saindo até romper esse cerco, disse Barahona.

Agregou que o povo não renunciará as suas demandas de conseguir a restituição da ordem constitucional e do presidente legítimo, Manuel Zelaya, e a convocação a uma assembleia nacional constituinte.

A manifestação desta quarta-feira foi marcada para os arredores da emissora Rádio Globo, fechada na madrugada de segunda-feira, mas que conseguiu, horas depois, começar suas transmissões via Internet.

Enquanto isso, a tensão aumentou no Instituto Nacional Agrário, ocupado pelos camponeses, desde o golpe militar de 28 de junho, que receberam ontem exigências da polícia de abandonar a edificação e a ameaça de desalojá-los.

Líderes do movimento responsabilizaram o presidente do governo de facto, Roberto Micheletti, e o chefe das forças armadas, general Romeo Vázquez, das consequências de uma agressão aos homens do campo.

Explicaram que permanecem no Instituto para proteger a documentação de 40 anos de luta pelo direito à terra, que pela primeira vez em décadas encontrou apoio em um governo, o de Zelaya.
lma/rl/bj







Deputados brasileiros viajam a Honduras

Brasília, 30 set (Prensa Latina) Um grupo de seis deputados federais viajará hoje a Honduras para verificar a situação na embaixada deste país em Tegucigalpa e a de cerca de 500 brasileiros que residem nessa nação centro-americana.

O presidente da Câmara de Deputados, Michel Temer, confirmou a viagem dos seis legisladores, que chegarão a El Salvador em um avião da Força Aérea Brasileira e ali embarcarão em um vôo comercial até Tegucigalpa, onde esperam reunir-se com o presidente do Parlamento e alguns de seus colegas hondurenhos.

Temer, que esta manhã qualificou de inconveniente essa visita dos deputados brasileiros a Honduras, disse poucas horas depois que mudou de ideia após a participação do chanceler Celso Amorim em uma reunião extraordinária da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado Federal.

O líder parlamentar apontou que os deputados devem pregar a concórdia e a harmonia para o povo hondurenho, pois eles vão para fazer presença e aquilo que vem realizando a Câmara com frequência, que é uma espécie de diplomacia parlamentar.

A mensagem dos integrantes do grupo será de harmonia, de fazer cumprir a Constituição, isto é, de fazer com que o presidente José Manuel Zelaya retorne ao posto para o qual foi eleito pelos hondurenhos nas urnas.

A delegação está integrada pelos deputados Raúl Jungmann, do Partido Popular Socialista; Ivan Valente, do Partido Socialista e Liberdade; Mauricio Rands, do Partido dos Trabalhadores, Marcondes Gadelha, do Partido Socialista Brasileiro; Claudio Cajado, do Partido Democrata; e Bruno Araújo, do Partido da Social Democracia Brasileira.

Rands falou à imprensa que a missão é de diplomacia parlamentar para ajudar a preservar a segurança dos quase 500 brasileiros que moram em Honduras e a inviolabilidade da embaixada em Tegucigalpa.

Por sua vez, Valente sustentou que exigirão respeito para a embaixada brasileira, atacada com gases tóxicos na semana passada, bem como defenderão os direitos humanos e a inviolabilidade da sede diplomática.

lma/ale/bj







Constante chamada contra bloqueio a Cuba na Assembleia da ONU

Por Victor M. Carriba

Nações Unidas, 30 set (Prensa Latina) A chamada pelo levantamento do bloqueio dos Estados Unidos contra Cuba aparece hoje como uma das demandas mais constantemente escutadas durante os seis dias que durou o debate geral da Assembleia das Nações Unidas.

Ao fazer um balanço dos pronunciamentos que foram quase um denominador comum nos discursos do plenário, a questão do cerco estadunidense contra a ilha caribenha foi exposta de maneira direta por várias dezenas de delegações de todas as regiões do mundo.

As últimas manifestações nesse sentido foram registradas ontem, na sessão final do debate geral, feitas pelos chanceleres da Nicarágua, Samuel Santos, e Granada, Peter Charles David, entre outros.

O primeiro a denunciar esse bloqueio, ao intervir no turno de abertura dos debates na quarta-feira passada, foi o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, justo antes do início do fórum anual da ONU do presidente estadunidense, Barack Obama.

Ao longo dos dias de discursos, também exigiram o fim do assédio a Cuba os chefes de Estado do Uruguai, Tabaré Vázquez, El Salvador, Mauricio Funes, Bolívia, Evo Morales, Venezuela, Hugo Chávez, Paraguai, Fernando Lugo, e Líbia, Muammar Gadafi.

Igualmente os governantes da África do Sul e Sao Tomé y Príncipe, Jacob Zuma e Fradique Bandeira Melo de Menezes, bem como os chefes das delegações de Lesotho, Egito, República Democrática Popular Lao, Vietnã, Guiné Bissau, Namibia, Síria, Belice, Honduras, Equador, Chipre e Zimbabwe, entre muitos outros.

Antes de todos eles, o presidente do atual período da Assembleia Geral, Alí Treki, manifestou, ao assumir esse cargo, que os embargos e os bloqueios são infrutuosos, socavam a vontade da comunidade internacional e só afetam às populações.

Ao mesmo tempo, na ilha venezuelana de Margarita, presidentes, ministros e representantes de 60 países participantes da II Cúpula da América do Sul-África pediram o fim do bloqueio econômico, comercial e financeiro contra Cuba e o cumprimento das resoluções da ONU a respeito.

Durante sua intervenção aqui diante do plenário da ONU, o chanceler cubano, Bruno Rodríguez, reiterou que esse cerco dos Estados Unidos contra a ilha se mantém intacto e constitui "um ato de agressão unilateral a que se deve pôr fim de maneira unilateral".

O ministro disse que as recentes medidas anunciadas pelo atual governo estadunidense relacionadas com Cuba constituem um passo positivo, mas extremamente limitado e insuficiente, e explicou que algumas delas não se podem aplicar porque perduram sem modificação outras restrições que o impedem.

A agenda de trabalho da 64ª Assembleia Geral inclui pelo décimo oitavo ano consecutivo a votação de 28 de outubro de um relatório elaborado pelo país antilhano e intitulado Necessidade de pôr fim ao bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos da América contra Cuba.

Desde 1991 o assédio estadunidense recebeu uma crescente condenação dos integrantes da ONU, repudio que no ano passado proveio de 185 Estados, a cifra mais alta registrada em todas as votações realizadas nesse tempo.

lma/vc/bj







Oficializam denuncia de plano para assassinar o presidente Chávez

Caracas, 30 set (Prensa Latina) O deputado pelo Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) Reinaldo García apresenta hoje ao Ministério Público uma denúncia sustentada por recentes revelações de planos para assassinar o presidente Hugo Chávez.

De acordo com a promotora geral, Luisa Ortega, com o ato do legislador pelo Distrito Capital fica oficializado o caso, que desencadeará as investigações pertinentes.

É uma questão formal, sem a denúncia não podemos fazer nada, explicou a servidora pública.

Depois das declarações do ex-diretor do Departamento Administrativo de Segurança da Colômbia (DÁS), Rafael García, e do confesso assassino desse próprio país Geovanny Velásquez, dirigentes do PSUV e de outras forças políticas exigiram pesquisas a respeito.

Ambos os neogranadinos asseguraram a existência de projetos para assassinar Chávez, envolvendo em sua organização o presidente colombiano, Álvaro Uribe, e o opositor ex-governador do estado venezuelano de Zulia, Manuel Rosales.

Segundo Velásquez, Rosales manteve reuniões com paramilitares para planificar o magnicídio.

Lugares, datas e o montante pago para cometer esse crime (25 milhões de dólares) foram mencionados pelo outrora membro de grupos irregulares, que cumpre 40 anos de prisão por participar em massacres na Colômbia.

Nas revelações também ficou claro a suposta cumplicidade de empresários venezuelanos.

Homens ricos estiveram ali, assinalou o outrora paramilitar.

A partir das afirmações do ex-DÁS e de Velásquez, o governo e o PSUV consideram que com elas se ratificam denúncias de ultimar ao Chávez para destruir o processo de mudança chamado aqui Revolução Bolivariana.

Setores opositores costumavam qualificar de show político os comentários do chefe de Estado e de outros dirigentes em torno da existência de conspirações para assassiná-lo.

tgj/wmr/bj












Missão Milagre chega a 93 mil pacientes operados no Equador

Quito, 30 set (Prensa Latina) Especialistas cubanos da Missão Milagre operaram em três anos e médio 93 mil pacientes equatorianos nas três clínicas que mantém neste país, informou hoje seu coordenador nacional, o doutor Hugo Almeida.

Em entrevista à Prensa Latina, Almeida informou que a missão conta no Equador com 55 colaboradores, dos quais 10 são oftalmólogos ou especialistas em medicina geral integral (MGI), e o restante engenheiros em eletro-medicina e licenciados em enfermaria.

Com pessoal e equipamentos cubanos, a primeira clínica foi inaugurada em maio de 2006 em Latacunga, província de Cotopaxi; a segunda começou em julho desse mesmo ano em Ballenita, província de Santa Elena, e a terceira em julho de 2007 em Machala, província El Oro.

Antes desses centros funcionarem, desde outubro de 2005, um grupo de especialistas da Ilha veio à província Esmeraldas, fronteiriça com a Colômbia, e enviaram cerca de quatro mil pacientes e acompanhantes a Havana, onde foram realizados 2.500 operações.

"Estamos entre os países da Missão Milagre que mais pacientes operou. Como é conhecido, ao todo os casos resolvidos são mais de um milhão e meio, e se somarmos os 93.235 aos operados antes em Cuba, o Equador contribuiu para essa cifra global com mais de 95 mil", assinalou Almeida.

Nossos centros são docentes, enfatizou o coordenador, para informar depois que todos os colaboradores cursam mestrado, e um segundo grupo de nove médicos cubanos do último ano da especialidade de oftalmologia, fazem aqui sua última residência antes de graduarem-se como especialistas.

Ademais, agregou, atendemos 31 médicos equatorianos, graduados da Escola Latinoamericana de Medicina (ELAM), que cursam nas três clínicas a especialidade de MGI e, 18 deles, estudam nestes centros a especialidade de oftalmologia.

"Temos uma aceitação muito grande na população equatoriana, especialmente a de muito escassos ou nenhum recurso econômico, pois o serviço é totalmente gratuito, com uma qualidade muito alta e um nível de complicações pós-cirúrgicas abaixo de 0,5 por cento."

Existe também, apontou Almeida, um ganhado respeito entre os profissionais de saúde do Equador, porque este 0,5 por cento está muito abaixo dos parâmetros de complicações aceitos internacionalmente para este tipo de cirurgias, que podem chegar a 3 por cento.

Como este país tem fronteiras com Peru e Colômbia, também operamos pacientes dessas duas nacionalidades, apontou. Da Colômbia vieram a Latacunga para serem atendidos, e mais de 10 mil peruanos foram operados em Machala que fica bem perto, concluiu Almeida.

lma/prl/bj






Aplacado incidente em Michoacلn, México

México, 30 set (Prensa Latina) Dois veículos tentaram hoje violar cercas de segurança
no centro histórico de Morelia, Michoacán, tendo sido os ocupantes dos automóveis detidos por um retém militar, informaram fontes oficiais.

UM REPRESENTANTE DA PRESIDÊNCIA MANIFESTOU À PRENSA LATINA QUE NÃO SE TRATOU DE UM GRUPO COM ARMAS DE FOGO, E DESCARTOU AS COINCIDÊNCIAS DO INCIDENTE COM A VISITA DO PRESIDENTE, FELIPE CALDERÓN, À CAPITAL DE MICHOACÁN.

SEGUNDO A FONTE, OS OCUPANTES DOS VEÍCULOS HAVIAM CONSUMIDO ÁLCOOL E NÃO RESPEITARAM AS CERCAS, MOTIVO PELO QUAL MEMBROS DO EXÉRCITO, AO DETÊ-LOS, FERIRAM UM DELES.

OS FATOS OCORRERAM ÀS 06:00 HORAS LOCAL, DUAS HORAS ANTES DO CAFÉ DA MANHÃ DO PRESIDENTE NA CASA DE SUA MÃE, QUE RESIDE EM MORELIA, PROGRAMADO DUAS HORAS DEPOIS.

O PORTA-VOZ PRESIDENCIAL ACRESCENTOU QUE, POSTERIORMENTE, OS TRÊS OCUPANTES DOS VEÍCULOS NÃO IDENTIFICADOS FORAM LEVADOS A UM HOSPITAL DA CIDADE.

DESDE ONTEM, TERÇA-FEIRA, CALDERÓN REALIZA UMA VISITA À CAPITAL MICHOACANA, ONDE DUANTE A MANHÃ PRESIDIU UMA CERIMÔNIA CÍVICA COM MOTIVO DO NATALÍCIO DE JOSÉ MARÍA MORELOS.

O PROCURADOR GERAL DA JUSTIÇA DA ENTIDADE, JESÚS MONTEJANO RAMÍREZ, QUALIFICOU DE LAMENTÁVEL O SUCEDIDO, DE ACORDO COM UMA REPORTAGEM DE ÚLTIMA HORA DO SERVIÇO NOTICIOSO DIGITAL DO DIÁRIO EL UNIVERSAL.

DE JEITO NENHUM VULNEROU-SE A SEGURANÇA DO PRESIDENTE NO INCIDENTE NA RETENÇÃO, LOCALIZADO A UNS METROS DE ONDE SE CELEBRARIA A CERIMÔNIA, CONFIRMOU O SERVIDOR PÚBLICO MICHOACANO.

LGO/FA/GGR/BJ










DESQUALIFICAM NA VENEZUELA GREVE DE FOME DE ESTUDANTES OPOSITORES

Caracas, 30 set (Prensa Latina) O ministro venezuelano de Educação, Héctor Navarro, considerou hoje um show midiático a greve de fome que estudantes opositores mantêm pelo sexto dia consecutivo em frente ao escritório local da Organização dos Estados Americanos.

QUANDO AS GREVES DE FOME SÃO SÉRIAS EXISTE INCOMUNICAÇÃO, NO ENTANTO, ESTES RAPAZES TÊM UM CONSTANTE ACESSO AOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO, ADVERTIU AO COMPARECER NA RÁDIO NACIONAL DA VENEZUELA.

SEGUNDO O SERVIDOR PÚBLICO, OS CIDADÃOS DEVEM PRESTAR ATENÇÃO NOS ACONTECIMENTOS PARA NÃO SE DEIXAREM CONFUNDIR.

DEVEMOS TER CUIDADO PORQUE ESTE É UM TEMA FUNDAMENTAL DE OPINIÃO PÚBLICA E ELES O ESTÃO MANEJANDO COMO UM SHOW, APONTOU NAVARRO, QUE PEDIU À POPULAÇÃO CAPACIDADE DE DIFERENCIAR ATOS POR COMPROMISSO DE OUTROS QUE SÃO MONTAGENS.

PARA O TITULAR, A ABSTINÊNCIA ALIMENTAR DESENVOLVIDA POR 70 JOVENS DE DIFERENTES UNIVERSIDADES PRESTA-SE PARA FINS DESESTABILIZADORES.

A GREVE EM FRENTE À OEA BUSCA PRESSIONAR ESSA ENTIDADE PARA O ENVIO A VENEZUELA DE UMA DELEGAÇÃO DA COMISSÃO INTERAMERICANA DOS DIREITOS HUMANOS, POR SUPOSTAS VIOLAÇÕES DOS MESMOS.

NO CENTRO DA CRUZADA ANTIGOVERNAMENTAL ESTÃO ACUSAÇÕES DE IMPEDIR A LIBERDADE DE EXPRESSÃO MEDIANTE A CRIMINALIZAÇÃO DOS PROTESTOS E A EXISTÊNCIA DE PRESOS POLÍTICOS.

A RESPEITO, A PROMOTORA GERAL DA REPÚBLICA, LUISA ORTEGA, FAZ QUESTÃO DA LEGALIDADE DOS PROTESTOS, DESDE QUE AQUELES QUE OS EXECUTEM NÃO VIOLEM A LEI E DESATEM VIOLÊNCIA.

AS PESSOAS DETIDAS VIOLARAM A LEI, NÃO FORAM PRESAS POR SE MANIFESTAR, PRECISOU.

MGT/WMR/BJ

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