sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Atmosfera se esquenta, Copenhague também

Copenhague, 11 dez (Prensa Latina)


Uma tonelada de papel e outra de correios eletrônicos são parte do aquecimento global da atmosfera em um âmbito tão peculiar como a Bella Center desta capital, onde os sorrisos escondem as tensões cotidianas.



A Cúpula sobre Mudança Climática ou Conferência das Partes das Nações Unidas (COP15) aproxima-se do final de sua primeira semana de debates sem que aflorem pelo momento propostas concretas que na realidade terminem por salvar o planeta.



Temos o temor de que a dispersão de ideia e a confrontação entre um grupo de países ricos pouco dispostos a abrir suas bilheterias, façam fracassar esta enorme oportunidade para o mundo, disse um porta-voz da Rede Action Clima da França.



Em um comunicado, Oxfam International, que agrupa 14 ONGs, reconheceu com amargura que as iniciativas do bloco dos poderosos são até agora "vazias, evasivas, sem um centavo sobre a mesa para ajudar os pobres na cruzada climática".



Ainda que a ONU pondera um encontro até o dia 18 de dezembro "profundo, construtivo e de longos alcances", por enquanto o perceptível é o grande encontro do primeiro mundo com os menos desenvolvidos, a vigilância das ONGs, e o ceticismo.



O Programa Mundial de Alimentos (PMA) lançou outro chamado de emergência a tom com as declarações recentes de Roma, onde se expôs o panorama cinza de mais de um bilhão de pessoas com fome na no mundo.



Se agravará o assunto e será uma crise que não se poderá deter se aos famintos, os quais já padecem tantas pessoas, se somam outras afetadas pelos embates da natureza, reforçou o PMA.



Uma proposta do magnata financeiro George Soros para desbloquear o debate sobre o financiamento de medidas contra a mudança climática foi valorizada por Oxfam International, ao comentar que reflete a urgência correta que se precisa dos ricos.



A ONG lamentou que quase a metade da COP 15, os governos do Norte, tem evitado comprometer-se com respeito ao financiamento necessário de ao menos 100 bilhões de dólares até o ano 2020 para se adaptar aos destroços causados pela mudança climática.



É o mínimo que se pode fazer pelo Terceiro Mundo, remarcou.



rc/ft/es

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