quinta-feira, 10 de junho de 2010

Criminosa Hipocrisia do Parlamento Europeu

Azalea Robles*



27.Mai.10

Quanto mais evidente se torna a fase senil do capitalismo, maior é a pressão e o recurso à mentira e à falsidade dos meios de comunicação do sistema contra Cuba e todos os que se opõem coerentemente ao sistema.



Num comunicado contra Cuba empapado de mentiras até à medula e assinado por “intelectuais” a circular nos blogs criados pela CIA refere-se que Zapata Tamayo foi “brutalmente torturado” o que, sendo uma mentira crassa, nos deve fazer recordar a quem talvez não o saiba o que é isso de ser “brutalmente torturado”.

Diomedes Meneses, brutalmente torturado pelo Estado colombiano: os militares do Estado colombiano tiraram-lhe um olho com uma navalha, deixando-o em cadeira de rodas e agora o estabelecimento prisional continua a tortura deixando a gangrena minar-lhe uma perna e negando-lhe assistência médica enquanto o corpo literalmente apodrece e lhe devora a vida (1).

Isso é tortura. É criminoso que os signatários contra Cuba aceitem tanta falsidade e disfarcem as suas acções anticubanas como “humanitarismo”, quando na verdade pouco lhes importa a humanidade.

A oligarquia mundial desencadeou nestes últimos dias um ataque do seu ódio contra Cuba: um ataque mediático, diplomático e económico. A oligarquia mundial mantém contra Cuba um ódio inabalável e visceralmente marcado pelos interesses próprios. É bem normal que a oligarquia odeie de morte Cuba e, em particular, o sistema social de que a ilha beneficia, pois em Cuba conseguiu-se consolidar a única revolução contemporânea da América Latina.

Quer dizer, é o único pais que conseguiu, graças à valentia do seu povo e também por factores circunstanciais, históricos e contextuais, uma independência real na América Latina. Os outros países latinoamericanos continuam a viver com estruturas estatais que obedecem a uma ordem mundial claramente neocolonial e num regime capitalista no qual são considerados “países-taberna”, quer dizer, destinados ao saque arrasador e ao consequente empobrecimento. Alguns países gozam de governos progressistas, inspirados por ideias bolivarianas e socialistas, mas em substância as estruturas de um sistema de exclusão como o capitalismo não mudaram ainda. Cuba continua a ser o único país emancipado da América Latina, depois de uma revolução vitoriosa consolidada após anos de resistência aos ataques dos EUA, da UE e do autodenominado “mundo livre” na sua globalidade.

E não é por falta de povos corajosos, nem por falta de apreço, nem por falta de sacrifício, que os outros povos não conseguiram a revolução que Cuba conseguiu, é porque as oligarquias locais e a sistemática ingerência estrangeira mantiveram o despotismo dos Estados repressores na América Latina à custa de massacres e terrorismo de Estado. Qualquer veleidade de reivindicação social dos povos tem sido criminosamente atacada. São muitos os casos.

A revolução nicaraguense foi assassinada à nascença, um assassinato perpretado por aqueles que temiam uma revolução em terras do continente e cujos interesses económicos e hegemónicos se veriam afectados pela consolidação da emancipação do povo da Nicarágua: bombardearam o país durante 5 anos e introduziram os Contra (paramilitares) financiados pela CIA com dinheiro do narcotráfico (caso Irão- Contra).

Da mesma forma que hoje financia as operações secretas e genocidas contra todos os povos que tentam libertar-se, a CIA aguenta o criminoso Estado colombiano (através de planos sistemáticos de extermínio da oposição, como o plano “LASO” ou o plano “Baile Rojo”), a olgarquia colombiana e as multinacionais têm este Estado como instrumento de viabilização do saque, esmagando resistências e reivindicações sociais, e o dinheiro do narcotráfico gerido em conjunto pela oligarquia paramilitar da Colômbia e pela CIA financia os massacres contra a população colombiana (além do dinheiro público dos impostos, fazem falta quantias rápidas em certas operações de terrorismo de Estado, e a gestão do narco fornece-as).

A CIA por sua vez usa o dinheiro do narcotráfico para financiar as suas operações secretas contra os povos que procurem libertar-se: golpes de Estado (o caso mais recente das Honduras), desestabilização e financiamento dos paramilitares contra o processo de emancipação da Venezuela, paramilitares contra a resistência nas Honduras, reactivação do terror paramiltar no Perú (particularmente nas zonas de maior interesse para as empresas mineiras), injecção de Maras (Mara = gang criminoso com origem em Los Angeles disseminado na América Central – N.T.) e de estruturas destinadas à desintegração social na América Central coordenadas na Guatemala pelas sanguinárias PAC de Rios Montt (2), etc.

A gestão do narcotráfico é claramente um assunto da CIA e, tanto na Colômbia, como no México, os rendimentos respectivos são geridos por máfias locais estreitamente relacionadas com os próprios governos (quando não por eles implantadas) e cujo fim é neutralizar a reivindicação social através do terror e garantir militarmente o controle dos recursos para o grande capital, sendo os rendimentos do narcotráfico parte do seu prémio, assim como combustível para o terrorismo de Estado local e para a exportação do paramilitarismo sob os auspícios da agência terrorista número um no mundo, com sede em Washington. Assim, tudo o que se passa, se instala ou se desenvolve em qualquer região latino-americana, tem efeito directo noutra região.

No meio do saque perpretado pelas multinacionais e pela oligarquias locais, e com todo o criminoso empobrecimento provocado por esse saque, é normal que ter-se um exemplo claro de que outro sistema social é possível seja visto com ódio pelos saqueadores. Cuba é o “mau exemplo”. Os saqueadores sabem que a existência da Cuba revolucionária é uma vitamina de esperança para todos os povos da América e do mundo.



A miséria na América Latina humilha todos os povos saqueados e empobrecidos. Cuba, por dispor de um sistema diferente, não sofre destes males.

No autoproclamado “mundo livre” (o mundo sob o sistema capitalista), em cada 7 segundos morre de fome uma criança com menos de dez anos. Nenhuma delas é cubana.

De acordo com a FAO, 842 milhões de pessoas sofrem de malnutrição crónica. Nenhuma delas é cubana.

No “mundo livre”, 200 milhões de crianças vivem e dormem nas ruas. Nenhuma delas é cubana.

Na América Latina e nas Caraíbas, há 228 milhões de pobres, 102 milhões deles em completa indigência, ou seja 42% da população na pobreza e 20% em total indigência. Nenhum delas em Cuba. (CEPAL. Fontes actualizadas com o último relatório CEPAL e com as previsões da OCDE para 2010, nas quais se prevê que mais 39 milhões de pessoas caiam na pobreza durante este ano (3)).

Cada dia, morrem no mundo de causas completamente evitáveis cerca de 35.000 crianças (UNICEF, relatório “Estado Mundial da Infância 2009”). Cuba, apesar de país bloqueado, possui índices de saúde iguais aos do “primeiro mundo” (“taxa de mortalidade infantil de 4,7 por mil nascimentos vivos, apresentando 26 dos 169 municípios cubanos uma mortalidade zero” (UNICEF), isto porque existe vontade e decisão política e sobretudo porque o sistema cubano não permite a liberdade de acumular e capitalizar em grandes monopólios. É esta capitalização que exclui às maiorias o acesso ao suprimento das suas necessidades mais vitais, como acontece no “mundo livre”.

Na América Latina, morrem dezenas de milhar de pessoas todos os anos por falta de cuidados médicos, excepto em Cuba. Cuba é o país que tem o mais elevado número de médicos por habitante e a medicina em Cuba não é um negócio, é um direito humano.

Morrem actualmente quase dois milhões de crianças no mundo só por falta de água potável e saneamento adequado. Nenhuma criança morre em Cuba por estas causas. (4)

No entanto, as fábricas de opinião tratam sem cessar de desprestigiar e destruir o sistema cubano, mentindo sistematicamente e ocultando evidentemente os números aquí expostos, os quais no entanto organismos como a UNICEF tiveram que reconhecer.

De Cuba, os meios de comunicação falam-nos de uns supostos “presos políticos”. Olhemos em detalhe: a lista dos pretensos “presos políticos”, a mais inflacionada de todas, não chega a 50, entre os quais encontramos nem mais nem menos que pessoas que recebiam salário da CIA para fomentar a desintegração social, delinquentes comuns que bateram em mulheres e pessoas que estão presas por terem colocado bombas em hotéis.

É impressionante como o “mundo livre” fala sem cessar dos “presos cubanos”, enquanto torna totalmente invisíveis os milhares de presos políticos mexicanos, peruanos, nigerianos, colombianos, porque todos eles são presos dos quais os media preferem não falar. Este tratamento criminoso dos media contra os presos políticos é uma parte da guerra mediática: procura-se esconder que nos países cujos regimes são favoráveis ao saque multinacional há milhares e milhares de presos políticos.

Nos regimes amigos dos EUA e da UE, que são tratados pelos media como “democracias exemplares”, todos os que se opõem ao espólio são encarcerados, quando não feitos desaparecer. E enquanto o sofrimento de milhares de presos políticos é ocultado nos regimes verdadeiramente ditatoriais e torturadores como o nigeriano ou o colombiano, amplifica-se e deturpa-se a situação de 50 pessoas presas em Cuba por delito comum, ou pior, por terem recebido dinheiro da CIA e terem cometido atentados provocando vítimas em Cuba.

José Manzaneda, coordenador de “Cuba Información”, resume assim: “Os governos dos países mais poderosos e ricos do mundo apoiam-se neste “argumento” para pressionar o governo cubano e tratar de forçar mudanças na ilha de acordo com os seus interesses políticos e económicos. Há que recordar que nenhum dos chamados “dissidentes” foi condenado por delitos de opinião, mas sim pela sua colaboração directa com o governo dos EUA (…). Os denominados “dissidentes” cubanos receberiam penas muito superiores pelos seus delitos em qualquer dos países citados (5) (…). Para todos ficou provada a recepção directa ou indirecta de fundos do governo dos EUA e a colaboração com a política de guerra contra o país. (…) Os delitos dos chamados “dissidentes” não têm portanto nada que ver com a liberdade de expressão, mas antes com a colaboração com uma potência estrangeira inimiga.”

Os presos políticos silenciados: não sofrem? não são humanos? porque os tornam invisíveis?

7500 presos políticos na Colômbia (6) são tornados completamente invisíveis pelos media. São sindicalistas, estudantes, professores, camponeses, ecologistas, todos do povo, encarcerados na sua maioria depois de toscas montagens judiciais e condenados por “terrorismo”. A quantidade de presos políticos na Colômbia é escandalosa e as suas condições de vida são infra-humanas, uma vez que o Estado colombiano é um dos principais Estados torturadores do mundo (OMCT). Mas a subvalorização mediática destes milhares de presos políticos domesticou inclusivamente as mentes de pessoas de “esquerda”, que não os reclamam como deviam.

O terrorismo de Estado na Colômbia fez desaparecer mais de 50.000 pessoas (7). O terror estatal deslocou das suas terras mais de 4 milhões e meio de pessoas, através dos militares e dos seus intrumentos paramilitares, oferecendo assim as terras sem habitantes, nem reivindicações às multinacionais e ao poder agro-industrial.

Um “cadáver útil” para reactivar a campanha de ódio contra Cuba, ódio à equidade num mundo em que 2000 milhões de pessoas vivem abaixo do limiar de pobreza

De acordo com a ONU, a pobreza atingiu em 2009 limites insuspeitados, abrangendo 2000 milhões de pessoas vivendo abaixo do limiar de pobreza. Mesmo nos países mais ricos como os EUA e a UE, o sistema de exclusão também gera milhões de pobres, já que segundo o estudo 35 milhões de cidadãos dos EUA vivem na pobreza e mais de 60 milhões de pessoas estão abaixo da linha de pobreza na Europa. No mundo, sofrem de fome todos os dias 1200 milhões de pessoas, entre as quais 350 milhões de crianças. Tudo isto é devido à injusta repartição da riqueza, já que este planeta tem suficientes recursos para abastecer o mundo inteiro.

Os 2% de pessoas mais ricas acumulam mais de metade da riqueza total do planeta, enquanto o conjunto dos mais pobres da população adulta do mundo dispõe apenas de 1% da riqueza para o seu sustento. Segundo um relatório do Instituto Mundial para Investigação do Desenvolvimento Económico da UNU (UNU-WIDER), “a riqueza está muito concentrada na América do Norte, na Europa e nos países de rendimentos elevados na área Ásia-Pacífico (Austrália e Japão)”. “A população destes países possui 90% da riqueza total mundial.” (8).

A morte de Orlando Zapata Tamayo (9) em Cuba, ofereceu à propaganda anticubana o pretexto sonhado para uma intensificação do ataque permanente de agressões económicas, diplomáticas e mediáticas qua a ilha sofre. Agora, depois de 50 anos à procura de um mártir que nunca encontraram porque a Cuba revolucionária respeita os direitos humanos (ao contrário dos governos repressores da região que são cinicamente denominados “democracias”), têm finalmente o seu “cadáver útil”. O grémio anticubano e a CIA, com a sua desinformação e lavagem ao cérebro sistemáticos, empurraram para a morte o preso comum Orlando Zapata Tamayo, a fim de terem um cadáver para converter em “cadáver de um dissidente” e com o qual armar a guerra mediática, económica e diplomática contra Cuba.

A morte é sempre triste e o mais triste de tudo é que Orlando Zapata Tamayo foi empurrado para a morte pelos mesmos que agora lucram com ela.

Provavelmente, o homem, manipulado e sacrificado, não se deu conta da iminente realidade da sua morte, nem que a sua morte ia ser utilizada da forma tão vil como está sendo, convertendo-o no “mártir” dos que o assassinaram por indução. Numa gravação telefónica, apanha-se a cínica conversa entre dois cabecilhas do mercenário cubano de Miami que opera em Cuba, pago pela CIA. Na conversa entre Yaniset Rivero, membro da organização contra-revolucionária “Directorio Democrático Cubano” com sede em Miami, e Juan Carlos González Leiva, seu agente em Cuba, torna-se evidente que a vida de Orlando Zapata Tamayo não os preocupa e que o seu verdadeiro interesse não é que a mãe acompanhe o seu filho, mas antes poder utilizá-la para uma conferência de imprensa, mostrando-se a conversa arrepiante e digna de ser escutada (10).

A CIA e o grémio da mafia cubana de Miami viam Zapata como um “descartável”, alguém que lhes era mais útil morto do que vivo, uma vez que morto constitui o ambicionado “mártir”. Em 50 anos, os anti-revolucionários do mundo não tinham conseguido obter uma morte em circunstâncias de greve de fome em Cuba (não como em Espanha, na Colômbia, nos Estados Unidos, no Perú, etc.) e agora esta morte parece “enchê-los”, porque podem basear as suas falácias contra Cuba num morto real, ainda que este morto tenha perecido em circunstâncias muito diferentes das que difundem os media (mas a verdade é um “pormenor”, a desinformação tratará de revestir a sua morte das características desejadas pela guerra mediática contra Cuba).

José Manzaneda resume o lamentável caso: “Ao contrário do afirmado pelos media, Zapata não formava parte do grupo de 75 pessoas detidas em Havana em Março de 2003 por ligações ao governo dos EUA. Este governo não incluíu o seu nome na lista dos supostos ‘prisioneiros políticos’ apresentada à Comissão de Direitos Humanos da ONU. Foi na prisão que foi aliciado por Oswaldo Payá e Marta Beatriz Roque, representantes da contra-revolução cubana mais fiel a Washington. A família começou então a receber dinheiro de organizações da mafia de Miami, como a Fundación Nacional Cubano Americana, financiada pelo governo americano e responsável pela morte de inúmeros civis devido a acções terroristas em Cuba (…). Incitaram-no a fazer esta greve da fome com base em petições impossíveis (telefone e cozinha na cela), que começou a 18 de Dezembro de 2009. Ainda que se tenha negado sempre a receber assitência médica, foi tratado e atendido contra sua vontade em vários hospitais do país. Um ano antes, em Março de 2009, tinha sido operado a um tumor cerebral.

As mentiras surgidas nos meios de comunicação são imensas, mas é especialmente escandalosa a versão de que faleceu pela recusa do director da prisão de lhe dar água durante 18 dias. A causa final da sua morte no passado dia 23 de Fevereiro de 2010 foi uma pneumonia que afectou ambos os pulmões. Desta forma, a autodenominada “dissidência” cubana, desprezada pela imensa maioria do povo de Cuba pela sua natureza mercenária, conseguiu uma cumplicidade mediática e diplomática sem precedentes e um mártir sobre o qual apoiar a sua estratégia de sobrevivência” (11).

Este assunto revela a ignomínia destes grupúsculos coordenados pela CIA, cujo membro terrorista mais famoso é sem dúvida Posada Carriles, que assassinou 73 pessoas no atentado contra o avião cubano em 1976 em Barbados. A nova campanha de propaganda de calúnias contra o sistema social e contra o governo cubano goza de espaço infindável nos media. Todos dedicam ao assunto um tempo que é proporcioal aos interesses económicos que beneficiam com a calúnia contra Cuba, o único país realmente independente da América Latina.

Assim, os meios de comunicação vão ungindo tergiversações e fingindo humanismo no seu ataque de desinformação contra Cuba, o mesmo humanismo que negam aos milhares de presos políticos, torturados e assassinados nos outros países do mundo. Como parte desta agressão orquestrada pela CIA, criaram-e e multiplicaram-se múltiplos blogs para manipular a opinião pública contra Cuba.



O Parlamento Europeu e a sua duplicidade de condenar Cuba e apoiar as “democracias” mais genocidas do planeta

O próprio governo e presidente espanhóis participaram activamente no ataque: “E daqui exigimos ao governo cubano que devolva a liberdade aos presos de consciência e que respeite os direitos humanos” (discurso de Zapatero).

Os media repetem incansavelmente: “O Parlamento Europeu aprovou uma resolução que condena a morte do dissidente cubano Orlando Zapata, onde o texto de consenso entre os dois grandes grupos, popular e socialista, critica a deterioração dos direitos humanos da ilha” (TV espanhola). E os títulos fazem-se eco da sempre eterna desinformação acatada pela Eurocâmara, que em nenhum momento verificou quais as exigências de Tamayo na sua greve de fome: telefone e cozinha na cela, exigências que não são de carácter social ou humanista, nem procuram incidir em benefício das maiorias, mas reivindicações egoístas e além disso não concedidas a nenhum preso, em qualquer parte do mundo. Acontecendo que o governo cubano tenha negado esses caprichos, isso constitui “tortura”, ao passo que a tortura real não é mencionada como tortura pelos media por ser produzida nas prisões de outros lugares do mundo.

Alguns “intelectuais e artistas” espanhóis, inclusivamente, assinaram um comunicado, cujo texto é aberrante de falsidade contra Cuba. Reproduzo aquí uma parte da carta impossível de assinar por conter tanta mentira (assinalo-as):

“Pela libertação imediata e incondicional de todos os presos políticos nas prisões cubanas; pelo respeito ao exercício, promoção e defesa dos direitos humanos em qualquer parte do mundo; pela decência e valor de Orlando Zapata Tamayo, injustamente encarcerado e brutalmente torturado nas prisões castristas, morto em greve de fome denunciando estes crimes e a falta de direitos e democracia no seu país; pelo respeito pela vida de quem corre o risco de morrer como ele para impedir que o governo de Fidel e Raúl Castro continue a eliminar fisicamente os críticos e opositores pacíficos, condenando-os a penas de até 28 anos de cadeia por “delitos” de opinião; pelo respeito pela integridade física e moral de cada pessoa, assinamos esta carta e exortamos a assiná-la todos os que escolheram defender a sua liberdade e a liberdade dos outros.” (12)

No seu comunicado contra Cuba, empapado em mentiras até à medula e assinado por “intelectuais, referem-se a que Tamayo foi “brutalmente torturado”, o que é uma mentira completa, mas talvez não saibam o que é ser “brutalmente torturado” e devamos recordá-lo. A simples comparação entre Cuba e a “democracia” mais apreciada por Espanha e pelos EUA, aquela que efectivamente tortura milhares de presos políticos como parte do seu plano de “pacificação” e salvaguarda dos interesses das multinacionais, o Estado colombiano, essa comparação lança luz sobre a hipocrisia cúmplice.

A todos os que pretendem humanismo, se realmente tiverem uma ponta de humanidade nas suas motivações e realmente acreditarem fazer algo “contra a tortura” enlameando e mentindo acerca de Cuba, é preciso dizer-lhes que, se o que querem é actuar contra a tortura, que o façam contra a tortura real e não seguindo a falsidade macabra dos media. Podiam por exemplo mobilizar-se em massa a favor de Diomedes Meneses, brutalmente torturado pelo Estado colombiano: os militares do Estado colombiano tiraram-lhe um olho com uma navalha, deixando-o depois em cadeira de rodas e agora o estabelecimento prisional continua a torturá-lo, deixando a gangrena devorar-lhe uma perna e negando-lhe assistência médica enquanto o corpo literalmente apodrece e lhe devora a vida. Isto sim é tortura (13). É criminoso que estes subscritores contra Cuba acatem tanta falsidade dos media.

Também poderiam mobilizar-se por este outro caso de tortura com sevícias: o preso político colombiano Carlos Iván Peña Orjuela está a ser torturado através do desaparecimento e assassinato de membros da sua família, sem dúvida a tortura mais atroz jamais imaginável. O preso político colombiano Carlos Iván Peña foi sujeito a pressões por parte de funcionários da polícia judicial da SIJIN para que testemunhe contra camponeses inocentes da região de Magdalena Medio e, perante a sua recusa, a polícia fez desaparecer e assassinou o seu irmão mais novo, prendeu a sua companheira e ameaçou assassinar o seu filho de 6 anos (14). O desaparecimento forçado e o homicídio de Omar Daniel Rodriguez Orjuela de 25 anos de idade, irmão mais novo do preso político Carlos Iván Peña Orjuela, teve lugar a partir de 29 de Janeiro de 2010 na cidade de Bogotá. Duas semanas depois, a 15 de Fevereiro de 2010, foi presa a senhora Yolanda Cañón, também familiar do preso político e quem cuidava do filho de Carlos Iván Peña, criança de apenas seis anos de idade. O agente da SIJIN Juan Carlos Celis Torres avisou o preso político, depois do desaparecimento e assassínio de seu irmão e depois da prisão da sua companheira, que se insistisse na recusa em “colaborar” continuariam as prisões e agressões contra a sua família. Em palavras textuais: “Disse-lhe para colaborar e você não quiz colaborar e então (…) calhou a minha vez de ir prendê-la e além disso tenho por aí outros assuntos…”.

O preso político Carlos Iván Peña Orjuela manifesta com bastante tristeza que tanto o seu irmão assassinado, como Yolanda Cañón eram as únicas pessoas que o visitavam na cadeia e agora teme principalmente pela vida de seu filho.

A humanidade de Diomedes tornada invisível: torturado pelo Estado colombiano, que lhe extirpou um olho com navalha e o degolou

Indigna que Ana Belén, Victor Manuel, Almodóvar e outros subscritores da calúnia contra Cuba não mexam um dedo pelos presos políticos torturados na Colômbia e venham agora com essa falsa história de que Zapata Tamayo “foi torturado”. É desumana tanta mentira. Vejamos se se mobilizam por Diómedes Meneses, antes que lhe amputem outra parte do corpo, ou por Carlos Iván Peña, para evitar que agora seja assassinado o seu pequeno filho de 6 anos, ou pelos milhares de presas políticas na Colômbia, mães de crianças que se vêem na completa indigência.

Ou, por acaso, não é tortura os soldados e polícias do regime colombiano tirarem a Diómedes Meneses um olho com uma navalha (aí sim, a palavra apropriada é “regime”)? Ou, por acaso, Diómedes não é humano? Ou, por acaso, não interessa salvar e reivindicar a favor de Diómedes Meneses, porque ao torná-lo visível se daria a ver a cloaca que é a ditadura colombiana, que em Espanha é apresentada como “democracia”, enquanto se insulta e mente sem parar sobre Cuba?

7 Corporações controlam 70% dos media no mundo

O nível de impacto e controle dos media é muito mais importante e sério do que vulgarmente se pensa. Os media definem a nossa ideologia, comportamento e sistema de valores, sendo a indústria cultural a parte mais importante da superstrutura destinada à manutenção do sistema capitalista. Jerry Mander, presidente do forum internacional da globalização, dá-nos alguns dados: “7 corporações controlam 70% dos meios de comunicação de massas do mundo, quer dizer, 7 empresas privadas controlam a televisão, os satélites, as agências de informação, as redes de cabo, as revistas, a rádio, os jornais , os editoriais, a produção cinematográfica, as ligações à internet, a distribuição de filmes, todos os meios de comunicação e difusão. Esta é a maior concentração de propriedade de todas as indústrias e esta indústria não negoceia com coisas, mas com consciências, o seu objectivo é meter coisas na cabeça das pessoas. E esta é a maneira como as pessoas obtêm muitas das ideias com que vive (…) As 7 corporações que monopolizam a indústria cultural mundial são a Fox News, a Time Warner, a Disney, a Sony, a Bertelsmann, a VIACOM e a General Electric” (15).

Esta concentração de propriedade da indústria cultural explica a uniformização do pensamento e a adopção de valores que normalizam a aceitação do sistema capitalista com todas as suas aberrações excludentes e evidentemente o monopólio da indústria cultural explica o facto sistemático da agressão contra Cuba. Cuba em si veicula valores contrários aos valores que sustêm o capitalismo e só a sua existência é já a constatação de que é possível outro sistema, um sistema socialista cujos valores giram à volta do ser social e não da acumulação de capital. Este “humanitarismo” que serve de disfarce para a guerra contra Cuba deve ser denunciado, assim como a mediatização da falsidade dos media contra Cuba e o silêncio sistemático das realidades ignominiosas noutras partes do mundo lançam luz sobre a sua imensa hipocrisia.

Eis aqui duas realidades importantíssimas que se produziram numa altura coincidente com o caso Zapata Tamayo e que foram completamente obliteradas pelos media.: o assassínio e desaparecimento sistemáticos de dirigentes sociais, professores e sindicalistas nas Honduras, depois do golpe de Estado e da instauração da ditadura no dia 27 de Junho de 2009, liderada primeiro por Micheletti e a seguir por Porfírio Lobo. Ocorreram mais de uma centena de assassinatos, dezenas de desaparecimentos forçados e inúmeros casos de tortura. Claudia Larissa Brizuela, membro da Frente Nacional de Resistencia Popular (FNRP) oposta ao golpe de Estado, foi assassinada a 24 de Fevereiro de 2010, um dia depois do falecimento de Zapata. Não houve nem uma palabra a esse respeito nos media (16).

Outro caso escandaloso que ilustra a duplicidade e cumplicidade dos media na ocultação das situações de genocídio são as sistemáticas violações de direitos humanos na Colômbia, entre as quais se incluem, no período contemporâneo do caso Zapata, bombardeamentos com assassínio de crianças (17), a confissão de 30.470 assassinatos por parte dos paramilitares (18), assim como a confissão dos vínculos militares com vários políticos e vários assassinatos políticos e desaparecimentos, o mais recente dos quais sendo o de Johnny Hurtado, destacado líder social e defensor dos direitos humanos do Bajo Ariari (Meta), que denunciara em fins de Dezembro de 2009 graves violações dos direitos humanos na região (19). Cabe salientar que o nosso companheiro, que em várias ocasiões foi delegado pela comunidade para encarar as denúncias no tema dos direitos humanos e na recente visita ao Município de Macarena de pessoas da organização “Justicia por Colombia”, parlamentares, sindicalistas e outras personalidades inglesas, fez parte da delegação de camponeses, líderes comunais e defensores dos direitos humanos que deram a conhecer atentados a esses direitos humanos na região”, precisa o comunicado emitido pela organização camponesa de direitos humanos do Bajo Ariari.

Johnny Hurtado tinha denunciado o achado macabro da maior vala comum do continente americano. Esta vala, que tinha também sido silenciada pelos media, contém os restos de pelo menos 2.000 pessoas e está em La Macarena, departamento de Meta. Desde 2005 que o exército instalado na zona tem ido enterrando ali milhares de pessoas, sepultadas anónimas. Consolidar o silêncio sobre genocídios é tarefa combinada entre o silêncio mediático e o assassínio dos que ousam levantar a voz contra a barbárie.

Querem fazer silêncio sobre este achado, apenas comparável em dimensão às valas nazis. Os media fazem obedientemente silêncio e, para consolidar o silêncio, as pessoam que ousem denunciar são assassinadas, como aconteceu a Johnny Hurtado. A população da região, alertada pelas emanações putrefactas dos cadáveres para as águas potáveis e atingida pelos desaparecimentos, já tinha denunciado a existência da vala em várias ocasiões durante 2009, mas em vão, pois a fiscalização não tratava de investigar. Foi graças à perseverança dos familiares dos desaparecidos e à visita de uma delegação de sindicalistas e deputados britânicos que investigava a situação dos direitos humanos na Colômbia em Dezembro de 2009 que se conseguiu revelar este horrível crime perpetrado pelo exército.

O jurista Jairo Ramirez, secretário do Comité Permanente para a Defesa dos Direitos Humanos na Colômbia, descreveu a espantosa cena: “O que vimos foi arrepiante. Uma infinidade de cadáveres e na superfície centenas de placas de madeira brancas com a inscrição NN e com datas desde 2005 até hoje. O comandante do Exército disse-nos que eram “guerrilheiros caídos em combate”, mas as pessoas da região falam-nos de uma quantidade de líderes sociais, camponeses e defensores comunitários que desapareceram”. (20) A delegação asturiana denunciou uma ostensiva intenção de alterar a cena do crime: “Ninguém está protegendo o lugar. Ninguém impede que se possam baralhar as provas, que um tractor possa entrar e voltar a misturar cadáveres anónimos, pegar neles e levá-los para outro lugar.” (21) “Solicitamos às instituições responsáveis do Estado colombiano que implementem as medidas cautelares necessárias para assegurar as informações já registadas nos documentos oficiais, que tomem as medidas cautelares necessárias com o fim de proteger o perímetro e que previna a modificação do sítio, a exumação ilegal dos cadáveres e a destruição do material probatório que ali está (…) sendo fundamental a criação de um Centro de Identificação Forense de La Macarena com o fim de lograr a individualização e plena identificação dos cadáveres NN ali sepultados.” (22)

O achado desta vala descomunal, que é a imagem de um Estado criminoso, foi quase totalmente obliterado pelos media… Os interesses económicos na Colômbia “exigem a perpetuação de um regime criminoso que abafe as reivindicações sociais e portanto o silêncio mediático acerca do genocídio impõe-se. “ (23)

Aos media, à União Europeia e aos EUA pouco lhes importa a morte e sofrimento, na verdade o que lhes importa são os negócios, e as suas preocupações dirigem-se em acordo com os seus interesses económicos… O carácter humanitário é um disfarce: pouco lhes importa Zapata Tamayo, como pouco lhes importam os torturados Diómedes Meneses e Carlos Iván Peña Orjuela e os mortos hondurenhos e colombianos. Zapata Tamayo apenas é funcional na guerra mediática contra Cuba. Procuram aniquilar o sistema cubano, os seus valores, e a esperança que a sua revolução irradia no coração de outros povos.

No entanto, frente a todas as artimanhas urdidas pela CIA contra Cuba (pagando a mercenários em Cuba para fomentar a desestabilização, como as “damas de branco”), o povo cubano responde, como se pode observar neste video que obviamente não foi difundido pelo monopólio dos media a nível mundial. Vejam como o povo cubano reprova as mercenárias “damas de branco” e defende a sua revolução: http://www.youtube.com/watch?v=Flsj3-w7wjo&feature=player_embeddedY . Neste outro video, o leitor poderá comparar o que os media chamam a “repressão em Cuba” com a verdadeira repressão, que os media nunca denunciam como “repressão brutal” (imagens de repressão na Europa, nem sequer no México ou na Colômbia), que resultam brutais comparadas com as imagens apresentadas como a “repressão em Cuba”: http://www.youtube.com/watch?v=BHQvyifbRfw&feature=player_embedded#

NOTAS:

(1)Torturas a Diomedes Meneses, e campanha: http://www.comitedesolidaridad.com/index.php?option=com_content&task=view&id=273&Itemid=1 http://colombia.indymedia.org/uploads/2009/03/campa_a_libertad_diomedes_internet.pdf

(2) PAC: “Patrulhas de Autodefesa Civil”, os nomes no paramilitarismo obedecem à sua função, perpetrar o terrorismo de Estado de forma encoberta, e como parte do encobrimento são adoptados nomes com palavras como “defesa”, “autodefesa”, “pacificadores”, “paz”, etc. Vemos que PAC e AUC (“Autodefesas Unidas da Colômbia”, paramilitares da Colômbia), obedecem a um padrão muito semelhante, ditado a partir dos gabinetes militares dos Estados Unidos (Escola das Américas, CIA, etc.). Como cúmulo do cinismo, hoje na Guatemala o Estado premeia as PAC pelos massacres cometidos que deixaram um saldo de 200.000 desaparecidos e assassinados. Mais sobre as PAC em http://alainet.org/active/2213〈=es- . Em 2002, o gabinete económico da Guatemala criou um novo imposto para a “indemnização” (!) aos ex-PAC. Trata-se de pagar aos assassinos paramilitares pelo seu silêncio. Os fortes protestos de sectores sociais e dos Direitos Humanos atrasaram estes “pagamentos”, mas as PAC mantêm a Guatemala em alerta vermelho aos reclamá-los, ainda que os seus rendimentos obtidos com assassinatos continuem a ser suculentos (as PAC coordenam junto com a polícia as Maras e seus lucros).

http://business.highbeam.com/6111/article-1G1-90465361/compensan-los-victimarios-guatemala-entidades-defensoras

(3) A América Latina e Caraíbas é a região mais desigual do mundo em termos da distribuição de rendimento e de activos, como terra, capital, saúde, educação e tecnologia. Assim o dizia Alícia Bárcena, secretária executiva da CEPAL em Outubro de 2009: “Há no entanto níveis inaceitáveis de desigualdade social e de segmentação na nossa região. E contudo existem 181 milhões de latinoamericanos pobres e mais de 70 milhões de indigentes” http://www.oei.es/noticias/spip.php?article5743 . Segundo o relatóriod a CEPAL “Panorama social da América Latina, 2009”, na América Latina há um total de 189 milhões de latinoamericanos que vivem na pobreza, uns 34% do total da população de 550 milhões. E prevê-se que “mais 39 milhões de pessoas cairão abaixo do nível de pobreza da América Latina nos finais de 2010”, indicou a OCDE no seu relatório ‘Panorama Económico’, publicado em Portugal durante a cimeira Iberoamericana de 2009. http://www.eleconomista.es/mercados-cotizaciones/noticias/1737831/11/09/Treinta-y-nueve-millones-de-nuevos-pobres-en-America-Latina-en-2010.html . As estimativas de pobreza na América Latina atingiriam os 228 milhões de pobres e mais de 70 milhões de indigentes, números estes esmagadores, detrás dos quais se escondem as tragédias humanas que diariamente sofrem milhões de pessoas: morte por desnutrição, malformações congénitas por desnutrição, por poluição das águas, por fumigações, por violência intrafamiliar, homicídios, violações, galopante prostituição adulta e infantil, moderna escravatura, trabalho infantil, violações sistemáticas dos mais básicos direitos humanos de alimentação, habitação, educação, sanidade, salubridade e vida digna, enquanto umas poucas corporações e famílias oligárquicas monopolizam ganhos e destroem culturas e florestas.

(4) morrem actualmente quase dois milhões de crianças por ano por falta de água potável e saneamento adequado, relatório do PNUD 2009.

http://www.undp.org/spanish/publicaciones/annualreport2009/pdf/SP_FINAL.pdf

(5)http://www.cubainformacion.tv/index.php?option=com_content&view=article&id=14151%3Aiaplicamos-la-legislacion-de-otros-paises-a-los-qdisidentesq-cubanos&catid=39&Itemid=86 . O código penal dos EUA prevê uma pena de 20 anos para quem preconize o derrubamento do governo ou da ordem estabelecida, 10 anos de prisão para quem emita “falsas declarações” com o objectivo de atentar contra os interesses dos EUA e 3 anos para quem “mantenha (…) correspondência ou relações com um governo estrangeiro”. O código penal espanhol castiga com pena de 4 a 8 anos a quem “mantiver relações de espionagem ou relações de qualquer género com governos estrangeiros (…) com o fim de prejudicar a autoridade do Estado ou comprometer a dignidade ou os interesses vitais da Espanha” e pena de 10 a 15 anos aos culpados de tentar destituir ou suprimir faculdades do rei de Espanha. A França castiga com pena até 30 anos e 450.000 euros de multa “o facto de manter relações de espionagem com uma potência estrangeira”. Os denominados “dissidentes” cubanos receberiam penas muito superiores pelos seus delitos se os cometessem em quaisquer dos citados países e noutros aqui não mencionados.

(6) Campanha pela libertação dos presos políticos na Colômbia: http://www.arlac.be/A2009/2009/Tlaxcala.htm . Foi lançada em Bruxelas na Bélgica a campanha europeia 2009-2011 pela libertação dos presos políticos da Colômbia. São 7.500, na sua maioria presos por delitos de opinião e activistas sociais, ou operários, camponeses, indígenas e estudantes que lutam por uma Colômbia digna, com paz e justiça social. As associações e pessoas do mundo que quiserem apoiar a campanha pela libertação dos presos políticos na Colômbia são benvindas. Para subscrever clicar aquí: http://www.tlaxcala.es/detail_campagne.asp?lg=es&ref_campagne=14 http://www.kaosenlared.net/noticia/campana-liberacion-presos-politicos-colombia

(7) Terrorismo de Estado, 50.000 desaparecidos na Colômbia: http://justiciaypazcolombia.com/50-000-personas-desaparecidas-en

(8) Revela um estudo que 2 % de milionários possui metade da riqueza mundial: http://update.unu.edu/esp/archive/issue44_22.htm(

(9) Sobre Zapara Tamayo: http://www.cubadebate.cu/noticias/2010/03/02/orlando-zapata-tamayo-un-caso-de-manipulacion-politica-video/ http://www.rebelion.org/noticia.php?id=101143 y http://www.kaosenlared.net/noticia/cuba-medios-occidentales-suicidio-orlando-zapata-tamayo

(10) Orlando Zapata Tamayo, vítima da manipulação política. A cínica conversa entre 2 mercenários http://www.youtube.com/watch?v=gN6Sr78TDM0&feature=player_embedded#

(11) José Manzaneda: “As mentiras surgidas nos media são inúmeras, mas é particularmente escandalosa a versão de que faleceu pela recusa em lhe darem água durante 18 días por ordem do director da prisão” http://www.kaosenlared.net/noticia/orlando-zapata-delincuente-convertido-martir-estrategas-guerra-contra-

(12) O comunicado que circula nos blogs postos en marcha pela CIA: http://www.kaosenlared.net/noticia/artistas-del-psoe-contra-cuba

(13) Para aderir à campanha pela vida e contra la tortura de Diomedes Meneses: fcsppsantander@gmail.com http://colombia.indymedia.org/uploads/2009/03/campa_a_libertad_diomedes_internet.pdf , ou escrever para fcsppsantander@gmail.com

(14) O preso político colombiano Carlos Iván Peña Orjuela está sendo torturado através do desaparecimento e assassinato de membros da su familia: http://www.kaosenlared.net/noticia/desaparicion-familiares-tortura-contra-presos-politicos-alto-estado-ge

(15) 7 corporações controlam 70% dos media no mundo: http://www.youtube.com/watch?v=cObHaBvi-aU&feature=player_embedded# http://www.kaosenlared.net/noticia/video-sobre-control-informacion-mundo-poder-mediatico-corporaciones-je

(16) Àcerca das Honduras, da resistência popular e da arremetida genocida de assassinatos e desaparecimentos desencadeada desde a ditadura, com emprego do paramilitarismo, recomendo o jornalista Dick Emanuelsson, cuja cobertura é constante, investigadora e próxima das comunidades populares das Honduras: http://dickema24.blogspot.com/ Àcerca de Claudia Larissa Brizuela: http://www.rebelion.org/noticia.php?id=101209

(17) Bombardeamentos para despejar zonas de elevado interesse económico para as multinacionaiss Muriel Mining, Anglo Gold e Glencore: http://justiciaypazcolombia.com/Muere-bebe-de-20-dias-de-nacido http://www.kaosenlared.net/noticia/uribe-bombardea-indigenas-colombianos-objetivo-entregarle-tierras-mult http://www.kaosenlared.net/noticia/video-bombardeo-pueblo-originario-alto-guayabal-colombia

(18) Relatório de 16.02.2010 “Paramilitares confessam 30.470 assassinatos”: http://www.telesurtv.net/noticias/secciones/nota/66984-NN/ex-paramilitares-colombianos-reconocen-haber-cometido-cerca-de–30-mil-500-asesinatos/

(19) Assassinato de Jhonny Hurtado: http://prensarural.org/spip/spip.php?article3738

(20) Antonio Albiñana, «Aparece na Colombia uma vala comum com 2.000 cadáveres», Público.es, 26 de Janeiro de 2010.

(21) http://www.pachakuti.org/textos/hemeroteca/2010_1/fosas-poco-comunes.html

(22) http://www.rebelion.org/noticia.php?id=100450&titular=”europa-no-puede-firmar-un-tlc-con-un-estado-violador-de-los-derechos-humanos”-

(23) http://www.kaosenlared.net/noticia/alerta-medios-ocultan-mayor-fosa-comun-america-mientras-estado-colombia . Mais sobre a vala comum e o terror estatal na Colômbia: http://www.rebelion.org/noticia.php?id=99507&titular=destapan-la-mayor-fosa-común-del-continente:-colombia-en-el-paroxismo-del-horror-clama-solidaridad-



* Jornalista, historiadora

Este texto foi publicado em www.rebelion.org

Tradução: Jorge Vasconcelos

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