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Escrito por Alejandro Gómez
06 de junio de 2010, 09:07Porto Alegre, Brasil, 6 jun (Prensa Latina) A cooperação cubana em saúde e educação foram destacadas hoje na XVIII Convenção Nacional de Solidariedade a Cuba no Brasil.
No painel "A colaboração internacionalista da Revolução cubana": experiências em Educação e Saúde. O secretário do Conselho de Estado de Cuba, Homero Deita, e o reitor da Escola Latinoamericana de Medicina (ELAM), Juan Carrizo, coincidiram em dizer que a solidariedade e o internacionalismo são princípios essenciais do processo revolucionário cubano.
Carrizo assinalou que o internacionalismo e a solidariedade cubana constituem um modo de proceder com os povos e nações pobres, contribuindo a enfrentar as condições de desigualdade, pobreza e miséria que o imperialismo capitalista impõe à humanidade.
Recordou que no plano de saúde, dantes do triunfo da Revolução de 1 de janeiro de 1959 a esperança de vida ao nascer era de 62,3 anos, a taxa de mortalidade por gastroenterite era de 41,2 pela cada cem mil e dos 393 centros assistenciais só 38 por cento respondia a instituições estatais.
Atualmente, contrastou, Cuba dispõe de 74 mil e 400 médicos e 11 mil e 887 odontólogos. Existem 25 Faculdades de Medicina, 99,7 por cento da população é atendida por médicos da família, há 222 hospitais, 491 policlínicas e 163 clínicas estomatológicas.
Assim mesmo, a esperança de vida ao nascer é de 78 anos para os homens e de 80 anos para as mulheres, e a mortalidade infantil é de 4,7 por cada mil nascidos vivos. Acrescentou que a colaboração cubana com outras nações inclui a assistência médica, a transferência de tecnologias, a atenção a situações de emergência e programas de formação de recursos humanos.
Destacou que os mais de 255 mil profissionais e técnicos cubanos da saúde nas nações mais insalubres têm realizado quase 600 milhões de consultas médicas, quatro milhões de intervenções quirúrgicas, dois milhões de partos, 10 milhões de crianças e grávidas vacinados e tem-se salvado a vida de quase três milhões de pessoas.
Ademais, desde 10 de julho do 2004 até a presente data, por meio da Operação Milagre, operação para devolver a visão a pessoas com doenças curáveis, realizaram-se um milhão e 937 mil 418 operações a pacientes de 35 países.
Por sua vez, o secretário do Conselho de Estado de Cuba afirmou que não se pode falar da solidariedade cubana na educação sem se referir ao que a Revolução fez internamente nesta esfera, quando apenas dois anos após do triunfo realizou a campanha de alfabetização com a qual a ilha caribenha foi declarada o primeiro país da América Latina livre do analfabetismo.
Exaltou que Cuba conta hoje com o maior índice per capita de professores por habitante, pois dispõe de 253 mil 269 professores, o que representa um educador para cada 30 habitantes, cifra única no mundo e mais relevante ainda por se tratar de uma nação em desenvolvimento, com um bloqueio econômico de quase meio século imposto pelos Estados Unidos.
Ao todo têm-se graduado em Cuba desde 1959 até 2009 668 mil 400 maestros, referiu e destacou que todos os meninos de Cuba vão à escola, inclusive que existem mais de 300 centros educativos de um único aluno, com as mesmas condições e programa de ensino que o resto dos estudantes.
Sobre a cooperação internacional neste ramo, Deita precisou que em Cuba se formaram 55 188 jovens de 135 países, 23 mil 600 de nível médio e 31 mil 528 de nível universitário. Na ilha caribenhaa têm-se graduado dois mil 874 educadores de 46 países. Hoje Cuba tem 29 mil 894 bolsistas estrangeiros de sete áreas geográficas.
A colaboração cubana em educação está presente em 25 nações com mil 82 maestros e professores, apontou, ressaltando o programa de alfabetização baseado no método cubano "Eu sim posso", mediante o qual se conseguiu ensinar a ler e escrever a quatro milhões 900 997 pessoas de maneira totalmente gratuita.
A XVIII Convenção Nacional de Solidariedade com Cuba desenvolve-se desde anteontem na sede da Assembléia Legislativa do estado brasileiro de Rio Grande do Sul e se concluirá amanhã com a aprovação da Carta de Porto Alegre e o Plano de Ação que guiará o apoio e respaldo à Revolução cubana de agora até o próximo encontro em 2011.
arc/ale
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