Alejandro Ernesto / EFE
Rigoberto Díaz e Carlos Batista - Agência France Press
Havana - O ex-presidente estadunidense Jimmy Carter se reuniu nesta quarta-feira com os irmãos Fidel e Raúl Castro e visitou o contratista Alan Gross, condenado e preso em Cuba, ao concluir uma viagem de três dias destinada a reduzir as tensões entre Washington e Havana.
Se bem que sua visita tenha sido privada, Carter abordou o espinhoso caso de Gross, preso em dezembro de 2009 e sentenciado em 12 de março passado a 15 anos de cárcere, acusado de desenvolver uma rede informática oculta com o objetivo de desestabilizar o governo comunista.
“Pude reunir-me com Alan Gross, um homem que a meu juízo é inocente, creio que deve ser libertado (…) Ele professa sua inocência”, disse em roda de imprensa o ex-presidente norte americano, pouco antes de um encontro com Raúl Castro antes de partir rumo ao aeroporto.
Carter disse aguardar a possibilidade “de um indulto ou uma libertação por motivos humanitários” do contratista de 61 anos, a quem descreveu com “bom ânimo” apesar de que perdeu “vários quilos” de peso.
Os Estados Unidos reconhecem a Gross como empregado de uma empresa subcontratada pela Agência para o Desenvolvimento Internacional (USAID) do Departamento de Estado, porém afirma que só entregava celulares e equipamentos a grupos judaicos, cujos líderes negaram o fato.
Carter, que se reuniu na segunda-feira com líderes da comunidade judaica, insistiu que sua missão em Cuba não era “levar Gross para casa” e sim ajudar a melhorar as relações entre ambos os países, sem nexos diplomáticos há mais de 50 anos.
“Há muitas coisas que podem ser feitas entre os dois países para que melhorem as relações e chegar a relações normais em todas as formas possíveis”, destacou o ex-presidente.
Sua visita é a segunda, depois que em 2002 foi recebido por Fidel Castro, hoje com 84 anos e afastado do governo desde 2006, e com quem -disse- teve nesta quarta-feira um encontro de “bons amigos”. “Parece estar com boa saúde”, destacou.
Ao recebê-lo na terça-feira no Palácio da Revolução, Raúl Castro reiterou a Carter a “disposição” de seu governo de dialogar com os Estados Unidos, porém em “pé de igualdade”, “sem condições” e com “absoluto respeito” a Cuba, uma proposta que vem lançando em várias ocasiões.
O caso de Gross acabou com o tímido acercamento que Obama iniciou ao assumir o poder, e cujo governo afirma agora que não haverá avanços na relação bilateral enquanto Gross estiver preso e Havana continue restringindo liberdades.
Mais cedo, nesta quarta-feira, Carter se reuniu com mais de uma vintena de opositores, entre eles 10 ex-presos políticos, que expuseram sua visão da realidade de Cuba.
“Espero que no futuro algumas de suas queixas recebam uma resposta por parte do governo”, afirmou Carter em roda de imprensa. Ele também se reuniu com o cardeal Jaime Ortega, cuja gestão ante Raúl Castro conseguiu a libertação de uma centena de presos.
Após a reunião, Yoani Sánchez, férrea crítica do governo no seu blog “Generación Y”, disse ter-lhe falado da necessidade de liberdade de expressão e de internet para os cubanos.
“Carter pode entender o sofrimento do povo cubano. Desejaria que nos ajudasse. Ele, seu povo e seu governo a alcançar os direitos humanos e o trânsito para a liberdade”, comentou o ex-preso político Oscar Biscet.
Carter, de 86 anos, condenou o embargo que Washington aplica a Cuba já faz meio século e defendeu a libertação de cinco agentes cubanos presos nos Estados Unidos desde 1998, condenados a penas de até duas cadeias perpétuas sob acusações de conspiração para cometer assassinato e espionagem. (g/n)
Destacou que durante seu governo (1977-1981) buscou normalizar as relações, foram abertos escritórios de interesses em ambos os países e levantou a proibição que os norte-americanos têm de viajar a Ilha, restabelecida em seguida por Ronald Reagan.
Carter visitou Cuba às vésperas do 50º aniversário da derrota da invasão anticastrista de Playa Girón, financiada e treinada pela CIA e do Congresso do Partido Comunista de Cuba (PCC), que deve referendar reformas de abertura econômica com que Raúl Castro busca evitar a derrubada do modelo socialista cubano.
Rigoberto Díaz e Carlos Batista - Agência France Press
Havana - O ex-presidente estadunidense Jimmy Carter se reuniu nesta quarta-feira com os irmãos Fidel e Raúl Castro e visitou o contratista Alan Gross, condenado e preso em Cuba, ao concluir uma viagem de três dias destinada a reduzir as tensões entre Washington e Havana.
Se bem que sua visita tenha sido privada, Carter abordou o espinhoso caso de Gross, preso em dezembro de 2009 e sentenciado em 12 de março passado a 15 anos de cárcere, acusado de desenvolver uma rede informática oculta com o objetivo de desestabilizar o governo comunista.
“Pude reunir-me com Alan Gross, um homem que a meu juízo é inocente, creio que deve ser libertado (…) Ele professa sua inocência”, disse em roda de imprensa o ex-presidente norte americano, pouco antes de um encontro com Raúl Castro antes de partir rumo ao aeroporto.
Carter disse aguardar a possibilidade “de um indulto ou uma libertação por motivos humanitários” do contratista de 61 anos, a quem descreveu com “bom ânimo” apesar de que perdeu “vários quilos” de peso.
Os Estados Unidos reconhecem a Gross como empregado de uma empresa subcontratada pela Agência para o Desenvolvimento Internacional (USAID) do Departamento de Estado, porém afirma que só entregava celulares e equipamentos a grupos judaicos, cujos líderes negaram o fato.
Carter, que se reuniu na segunda-feira com líderes da comunidade judaica, insistiu que sua missão em Cuba não era “levar Gross para casa” e sim ajudar a melhorar as relações entre ambos os países, sem nexos diplomáticos há mais de 50 anos.
“Há muitas coisas que podem ser feitas entre os dois países para que melhorem as relações e chegar a relações normais em todas as formas possíveis”, destacou o ex-presidente.
Sua visita é a segunda, depois que em 2002 foi recebido por Fidel Castro, hoje com 84 anos e afastado do governo desde 2006, e com quem -disse- teve nesta quarta-feira um encontro de “bons amigos”. “Parece estar com boa saúde”, destacou.
Ao recebê-lo na terça-feira no Palácio da Revolução, Raúl Castro reiterou a Carter a “disposição” de seu governo de dialogar com os Estados Unidos, porém em “pé de igualdade”, “sem condições” e com “absoluto respeito” a Cuba, uma proposta que vem lançando em várias ocasiões.
O caso de Gross acabou com o tímido acercamento que Obama iniciou ao assumir o poder, e cujo governo afirma agora que não haverá avanços na relação bilateral enquanto Gross estiver preso e Havana continue restringindo liberdades.
Mais cedo, nesta quarta-feira, Carter se reuniu com mais de uma vintena de opositores, entre eles 10 ex-presos políticos, que expuseram sua visão da realidade de Cuba.
“Espero que no futuro algumas de suas queixas recebam uma resposta por parte do governo”, afirmou Carter em roda de imprensa. Ele também se reuniu com o cardeal Jaime Ortega, cuja gestão ante Raúl Castro conseguiu a libertação de uma centena de presos.
Após a reunião, Yoani Sánchez, férrea crítica do governo no seu blog “Generación Y”, disse ter-lhe falado da necessidade de liberdade de expressão e de internet para os cubanos.
“Carter pode entender o sofrimento do povo cubano. Desejaria que nos ajudasse. Ele, seu povo e seu governo a alcançar os direitos humanos e o trânsito para a liberdade”, comentou o ex-preso político Oscar Biscet.
Carter, de 86 anos, condenou o embargo que Washington aplica a Cuba já faz meio século e defendeu a libertação de cinco agentes cubanos presos nos Estados Unidos desde 1998, condenados a penas de até duas cadeias perpétuas sob acusações de conspiração para cometer assassinato e espionagem. (g/n)
Destacou que durante seu governo (1977-1981) buscou normalizar as relações, foram abertos escritórios de interesses em ambos os países e levantou a proibição que os norte-americanos têm de viajar a Ilha, restabelecida em seguida por Ronald Reagan.
Carter visitou Cuba às vésperas do 50º aniversário da derrota da invasão anticastrista de Playa Girón, financiada e treinada pela CIA e do Congresso do Partido Comunista de Cuba (PCC), que deve referendar reformas de abertura econômica com que Raúl Castro busca evitar a derrubada do modelo socialista cubano.
Criada em Goiás associação de solidariedade a Cuba
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*Thaís Falone, vice-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) |
Foto:Vinícius Schmidt Santos *
Por Sturt Silva
No último dia 23 de fevereiro, foi...
Há 6 anos
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