As eleições presidenciais na Venezuela neste 7 de outubro serão 
decisivas para os rumos dos processos de mudanças na América Latina e 
balizarão a correlação de forças na região, com impacto em âmbito 
mundial.
Uma eventual derrota de Chávez significaria um grande retrocesso, a 
começar pelo próprio povo venezuelano, que poderia perder as conquistas 
políticas e sociais já asseguradas até aqui pelo processo bolivariano.
Para avaliarmos estas mudanças, basta constatar alguns fatos 
objetivos. A Venezuela é um dos raros países do mundo em que os 
trabalhadores conquistaram novos direitos, ao invés de perdê-los. No 
lugar de privatização, promovem-se grandes investimentos estatais na 
saúde, educação, habitação popular e serviços públicos. Foi o segundo 
país da América da América Latina a erradicar o analfabetismo, com a 
valiosa contribuição da pioneira Cuba.
Para confirmar os avanços sociais do governo Chávez, recente 
relatório da ONU aponta a Venezuela como o país da América Latina com 
menos desigualdade, obviamente depois de Cuba, que não entrou no 
relatório certamente para não revelar as virtudes do socialismo.
A Venezuela tem sido também o maior obstáculo aos objetivos 
hegemonistas dos Estados Unidos na América Latina e se tem colocado na 
defesa de todos os povos agredidos pelo imperialismo.
A derrota de Chávez traria prejuízos para outros povos, a começar 
pelo cubano, com quem a Venezuela hoje mantém estreitos laços de 
intercâmbio baseado na complementaridade e na solidariedade. Seria ainda
 uma ameaça para os processos de mudanças no Equador e na Bolívia e um 
fortalecimento da direita em todo o nosso continente, com reflexos até 
no Brasil.
Uma situação dramática viveriam as forças populares colombianas, que 
lutam por uma solução política para o conflito interno, que têm origem 
em profundas injustiças sociais. E exatamente no momento em que emerge 
com força a Marcha Patriótica, o maior movimento de massas das últimas 
décadas na América Latina.
Nesse contexto, cabe a todas as forças progressistas e 
antiimperialistas expressar inequívoco apoio político militante à 
reeleição de Hugo Chávez, para que possam avançar as mudanças sociais na
 Venezuela e na América Latina, rumo ao socialismo.
Brasil, setembro de 2012
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