quinta-feira, 25 de março de 2010

Cuba e Bolívia

Max Altman

Começo com um breve comentário.

Estando em Havana como repórter de O Estado de S. Paulo, a jornalista Ruth Costas entrevistou por telefone, durante 20 minutos, o preso cubano Pablo Pacheco, dando destaque às críticas a Lula. A repórter poderia se deslocar até a província de Guantánamo e tentar entrevistar, por telefone que seja, algum prisioneiro do centro de torturas da base militar norte-americana de Guantánamo. Vamos ver se consegue. E se conseguir que pergunte ao entrevistado o que ele acha de Bush e de Obama, de Chenney e de Hilary Clinton.

A raivosa campanha midiática nacional e internacional contra Cuba prossegue. A intenção de desqualificar governos progressistas e populares da região, também.

Em alguns tópicos abaixo mostro como se desenvolvem em Cuba os direitos políticos democráticos e como o direito à vida e à saúde, direitos humanos essenciais, é praticado. E com muita solidariedade.

Mostro também, o que é sonegado pela nossa ínclita imprensa escrita, falada e vista, como a Bolívia aprofunda seu processo revolucionário.
_______________________________

Mais jovens e mulheres são indicados candidatos em Villa Clara

Nelson García Santos digital@juventudrebelde.cu

Roberto Díaz Martorell corresponsales@juventudrebelde.cu

SANTA CLARA, Villa Clara. — A quantidade de mulheres e jovens indicados como candidatos a delegados às Assembléias Municipais do Poder Popular em Villa Clara, vaticinam uma maior presença deles nos órgãos de governo dessas instâncias de poder.

“Foram eleitos 1.074 mulheres e 644 rapazes até 35 anos de idade, revelou Sergio Barreto Rodríguez, secretário da Comissão Eleitoral Provincial.

No caso das mulheres representam 36,05 por cento dos indicados, enquanto os jovens são 21,62 por cento, um bom resultado em relação com a composição populacional do território.

O comparecimento de 86,39 por cento em média às assembléias de indicação foi também maior que a alcançada nas eleições anteriores.

Segundo a profissão foram indicados 492 operários, 795 técnicos, 237 trabalhadores administrativos e sociais e 98 camponeses.



Amplo respaldo popular na Ilha

NUEVA GERONA, Ilha da Juventude. — Com um comparecimento de 88,70 por cento, superior à média nacional, concluiu-se na Ilha da Juventude o processo de indicação de candidatos a delegados do Poder Popular, informou Estrella Sivila, secretária da Comissão Eleitoral Municipal.

Informou, outrossim, que se realizaram as 333 assembleias previstas em que o povo escolheu seus candidatos, destacando a seleção de 44,82 por cento dos delegados atuais, o que evidencia ao mesmo tempo o reconhecimento da comunidade ao seu desempenho e o desejo de renovação.

Anunciou que já estão trabalhando na revisão da qualidade da redação das biografias, nas fotos e na lista de eleitores para sua pronta publicação em áreas de grande afluência, a fim de garantir que cada eleitor conheça seus candidatos e o local onde irá exercer o direito ao voto.

Naquelas circunscrições em que nenhum dos candidatos obtenha mais de 50 por cento dos votos válidos emitidos, se efetuará um segundo turno em 2 de maio.



Familiares de Terry Fox visitam as crianças de Chernobyl em Havana

Julieta García Ríos

julieta@juventudrebelde.cu

23 de Março de 2010 17:05:52 CDT


«Muitas vezes me pergunto por quê Terry nos abandonou tão jovem, quando tinha tanto a oferecer. Estar aqui é maravilhoso porque a essas crianças se lhes dá a possibilidade de curar-se», expressou Betty Fox, mãe do jovem canadense que se enfermou de câncer e com uma prótese na perna direita percorreu o Canadá, na Maratona da Esperança, com o0 objetivo de arrecadar fundos para as investigações sobre esta enfermidade.

Fez esse comentário durante a visita a Tarará, a leste da capital cubana, onde são atendidos gratuitamente as crianças com doenças relacionadas ao acidente nuclear de Chernobyl (abril de 1986). Este programa cumprirá 20 anos no próximo 29 de março, durante os quais mais de 24 mil crianças da Ucrânia, Rússia e Bielorrúsia foram atendidas em Cuba.

«A 30 anos de iniciada a Maratona se arrecadou mais de 500 milhões de dólares destinados aos estudos sobre o câncer. “Antes de morrer, meu filho insistiu que o dinheiro arrecadado em seu nome só teria esse uso», comentou Betty.

Por seu lado Rolly, pai de Terry, expressou sentir-se muito impressionado ao ver como os cubanos materializam os desejos de seu filho.

Os familiares falaram da hospitalidade e carinho desta Ilha e prometeram contar em seu país o quanto se faz na luta contra o câncer, pela formação de médicos de outras nações e por curar crianças afetadas pelos danos relacionados com a explosão do quarto reator da central atômica de Chernobyl, considerada a maior catástrofe na história do uso civil da energia nuclear.



Pela primeira vez na Bolivia chefes militares proclamam o lema ``Patria o Muerte''

O presidente Evo Morales e o vice-presidente, Álvaro García Linera,

assistem à Comemoração do Dia do Mar em La Paz.

La Paz, EFE, 24 de março - O presidente da Bolívia, Evo Morales, presidiu nesta terça-feira, 23, a comemoração do Dia do Mar, em que, além das tradicionais reclamações pelo enclausuramento continental do país, este ano se escutou o novo lema das Forças Armadas bolivianas: `Patria o muerte''.

“Cedo ou tarde a Bolívia retornará ao mar e terá uma saída soberana no Pacífico'', proclamou Morales na Praça Abaroa de La Paz, cenário uma vez mais dos atos centrais do Dia do Mar.

Na praça dedicada à memória de Eduardo Abaroa, heroi boliviano da batalha de Calama, ocorrida há 131 anos, o presidente definiu como ‘sagrada'' e como uma `questão de Estado’ a reivindicação do litoral marítimo perdido pela Bolívia na guerra que junto ao Peru travou contra o Chile no final do século 19.

Na chamada Guerra do Pacífico a Bolívia perdeu 120 mil metros quadrados de território e 400 quilômetros de costa que foram anexados ao Chile.

Por este motivo ambos os países não têm relações diplomáticas em nível de embaixadores, salvo um parêntese em meados da década de 1970 aberto pelos então ditadores Hugo Bánzer e Augusto Pinochet.

Em 2006, Morales e a ex-presidenta, Michelle Bachelet, marcaram um ponto de inflexão na relação bilateral com o estabelecimento de uma agenda de treze pontos entre os quais se inclui o reclamo marítimo boliviano.

A vontade de recuperar um acesso soberano ao Pacífico, incluída na atual Constituição da Bolívia, aprovada em janeiro de 2009, é `irrenunciável’', segundo palavras pronunciadas hoje por Morales por motivo do Dia do Mar.

O ato do Dia do Mar serviu para que as Forças Armadas bolivianas estreassem seu novo lema, aprovado por toda a hierarquia militar, o revolucionário `Patria o muerte’', que foi pronunciado pelo presidente Evo Morales e respondido pelos quadros militares presentes com o correspondente `Venceremos’'.

A incorporação desta frase ao ritual castrense suscitou certa polêmica na Bolívia com a denúncia de um grupo de militares da reserva, que combateram naquela época a guerrilha de Che na Bolívia e que disseram ter sido excluídos pelo governo de Morales de participar no desfile central do Dia do Mar, de estar vinculada à Revolução cubana e pelo fato de que agora a proclamará o mesmo exército que em 1967 derrotou e “deu morte” ao seu principal protagonista: Ernesto Che Guevara.

Nenhum comentário:

Postar um comentário