
Na
sexta-feira 22 de junho o Parlamento do Paraguai representando os interesses da
classe dominante oligárquicas em conjunto com multinacionais como a MONSANTO e
a DOW CHEMICAL e dos Estados Unidos depuseram seu presidente Fernando Lugo sem permitir sua defesa.
Presidente que foi eleito de forma democrática e dentro das normas legais de
aquele país.
O
Paraguai após de sua independência da Espanha tentou desenvolver sua economia
de forma endógena para poder ter autonomia, o que contrariava os ditados que
orientava Inglaterra. Pelo qual a Inglaterra estimulou e financiou uma guerra
contra o Paraguai feita pela Tríplice Aliança (Brasil, Argentina e Uruguai). O
Paraguai jamais se recuperou de aquela selvageria feita contra seu povo.
Depois
as ditaduras determinaram um rombo de exploração, opressão e injustiça para o
povo. As sucessões de ditaduras com pequenos períodos democráticos marcam a
história desse país. Em quanto se fortalecia uma oligarquia latifundiária que
aliada a setores financeiros imperiais desenvolveram negócios lucrativos para
poucos, com o agronegócio da soja, a partir da apropriação ilegal da terra, de
leis fraudulentas, da perseguição e ilegalização da oposição, como o mostra a
historia do partido comunista do Paraguai, e por ultimo a instauração do
narcotráfico para criar relações mafiosas na sociedade e não permitir a
formação de processos que levem a verdadeiras mudanças estruturais.
A
situação agraria paraguaia é fruto de toda essa complexa construção de
exploração, exclusão e de uma acumulação por desapropriação feita contra os
camponeses/as, contra os indígenas e contras setores minoritários de
afro-descendentes que vivem nesse país.
As
mortes violentas entre a resistência agraria e as forças da repressão não é
responsabilidade do presidente. É responsabilidade da oligarquia paraguaia e
seus aliados. O presidente Lugo poder ser acusado de suas tímidas políticas por
levar avante mudanças estruturais em favor do povo que o levo à presidência e
por seus errados cálculos políticos de achar que poderia governar em coligação
com setores da burguesia.
O
que acontece no Paraguai não só atenta contra a frágil democracia desse país,
mas contra todas as democracias de América. A deposição da presidência ao Lugo,
um ano antes de terminar seu período, é uma ameaça para as construções
populares democráticas que em nosso continente se estão gestando. É outra
movida na procura da criação de um bloco de países de dereita afetos aos
Estados Unidos em América.
Nossa
solidariedade deveria ser dirigida ao povo paraguaio e apontando para que se
respeite a decisão que fez este povo nas urnas quando em plebiscito eleitoral
elegeram a Fernando Lugo como seu presidente. Há necessidade de denunciar, de
mobilização e de pressionar contra a ditadura no Paraguai.
Não
ao golpe de Estado no Paraguai!
Agenda Colômbia - Brasil
A Solidariedade é dos Povos!http://agendacolombiabrasil.
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