sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Israel recebe emissário dos EUA sem vislumbrar paz com palestinos

Israel recebe emissário dos EUA sem vislumbrar paz com palestinos

Tel Aviv, 8 out (Prensa Latina)

O enviado especial dos Estados Unidos para o Oriente Médio, George Mitchell, dialogou hoje com autoridades israelenses para tratar de retomar o processo de paz com os palestinos, ainda que Tel Aviv considerou "impossível" um arranjo imediato.
Pela primeira vez desde a reunião tripartita efetuada no final de setembro nos Estados Unidos, Mitchell viajou à região com o propósito de encontrar-se com autoridades israelenses e da Autoridade Nacional Palestina (ANP) com o objetivo de estimulá-los a negociar.
Mitchell pretende forçar o início das conversas, sem conseguir ações claras de parte de Israel para deter a ampliação dos assentamentos judeus nos territórios ocupados de Cisjordânia e Jerusalém Leste; uma condição fixada pelos palestinos.
O governo de Abbas também solicitou retomar as conversas no ponto onde tinham combinado com o executivo de Ehud Olmert, mas Netanyahu se inclina a ignorar as decisões de seu antecessor no relativo a buscar a paz com os palestinos.
De fato, o chanceler Avigdor Lieberman declarou antes da chegada do emissário estadunidense que "não há possibilidade de acabar com o conflito palestino-israelense em muitos anos" e que as tentativas nesse sentido fracassaram desde o primeiro acordo assinado em 1993.
Além de descrever como "impossível" um entendimento em curto prazo, o político ultranacionalista disse que é "irreal pensar que possa se atingir um acordo de longo alcance para acabar com a disputa neste momento".
Lieberman favoreceu acordos intermediários" para supostamente fomentar a estabilidade e deixar os pontos espinhosos "para uma etapa muito posterior".
O estatuto de Jerusalém, as fronteiras do futuro estado palestino independente e a volta dos refugiados são os temas a se discutir que Tel Aviv tem feito questão de ignorar ou renegar.
Enquanto, o diário local Haaretz reproduziu fragmentos de uma entrevista com o rei Abdulah II da Jordânia na qual advertiu que o Oriente Médio"está retrocedendo para a escuridão", devido ao impasse no litígio entre palestinos e israelenses.
O soberano hashemita, cujo governo assinou um tratado de paz com Tel Aviv em 1994, advertiu que um estado palestino "é fundamental para um acordo de paz mais amplo" que finalize com décadas de litígio, e propicie "um futuro junto" para israelenses e seus vizinhos árabes.
lgo/ucl/bj






Chile e Argentina realizam exercício militar "Aurora Austral III"


Santiago do Chile, 8 out (Prensa Latina)


Efetivos dos exércitos do Chile e da Argentina realizam o exercício "Aurora Austral III" de treinamento do Estado Maior da força de paz "Cruz do Sul" em San Fernando, ao sul de Santiago.
O exercício combinado abarca a elaboração e impressão de documentos, cartas de situação e simbologia utilizada pelas Nações Unidas na execução das tarefas operativas, segundo representantes militares.
No exercício binacional, cuja inauguração foi assistida pelo Comandante Operacional do Estado Maior Conjunto das Forças Armadas da Argentina, General de Divisão Daniel Camponovo, participam a II Divisão do Exército chileno e da IX Brigada Mecanizada do Exército argentino.
A cerimônia inaugural, realizada no Regimiento de Infanteria Nº 19 "Colchagua", foi presidida pelo Comandante de Operações Terrestres do Exército chileno, General Jorge Fuenzalida Rojas, com a presença de autoridades e efetivos de ambas as nações.
O chefe militar chileno destacou que a manobra permitirá "unir novamente a duas nações vizinhas através do treinamento de operações que contemplam as missões de paz".
lgo/jl/bj






México celebrará encontro de Poetas do Mundo Latino 2009

México, 8 out (Prensa Latina)

O México celebrará neste mês o Encontro de Poetas do Mundo Latino 2009 em diversas cidades sedes e com a participação de escritores de cerca de 20 países americanos e europeus, informou hoje a imprensa.
Poesia íntima, da imagem, da nova sentimentalidade, da palavra, da experiência coletiva, do silêncio, do cotidiano, dos elementos naturais e da condição humana são alguns dos registros que se reunirão, destaca A Jornada.
Esperam-se para o encontro 79 participantes que entre os dias 17 e 27 de outubro encherão diversos dias de poemas e letras, indica o diário.
Terá como sede as cidades da capital, Aguascalientes e Michoacán, onde cujo contexto serão distintos Antonio Cisneros (Lima, Peru, 1942) e Hugo Gutiérrez Vega (Guadalajara, Jalisco, 1934) com o Prêmio Poetas do Mundo Latino Víctor Sandoval.
Também será outorgado a Juan Bañuelos o Prêmio de Poesia Sabines/ Lapointe, assinala o jornal.
Entre os países convidados aparecem expressões poéticas da Argentina, Bélgica, Colômbia, Espanha, França, Haiti, Luxemburgo, Venezuela, Itália, Quebec, Porto Rico, Chile, Equador, República Dominicana, Uruguai, entre outros.
Fontes oficiais do evento indicaram que a inauguração oficial será na quarta-feira 21, no auditório do Centro Cultural Clavijero, de Morelia, Michoacán.
lgo/ggr/bj








Exigem fim incondicional do bloqueio dos EUA a Cuba

Dili, 8 out (Prensa Latina)

O embaixador cubano no Timor Leste, Ramón Hernández, denunciou hoje aqui que o bloqueio dos Estados Unidos permanece intacto e em nada mudou com a administração do presidente Barack Obama.
Em coletiva de imprensa com todos os meios nacionais, o chefe da missão diplomática de Cuba afirmou que o bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto por Washington durante quase 50 anos contra seu país não registrou modificação alguma durante o governo de Obama.
Obteve o apoio da sociedade timorense e da comunidade internacional ao projeto de resolução que seu governo apresentará no próximo dia 28 de outubro à Assembleia Geral da ONU sobre a "Necessidade de pôr fim ao bloqueio econômico, comercial e financeiro dos Estados Unidos contra Cuba."
Será a décima oitava ocasião consecutiva em que o máximo fórum das Nações Unidas considerará esse documento, aprovado em 2008 por 185 votos favoráveis, três contrários e duas abstenções entre os 192 membros da organização, destacou.
O embaixador Hernández assinalou que essa política estadunidense é um ato de genocídio, eticamente inaceitável como enfatizou o Papa João Paulo II, observou.
Constitui, disse, uma flagrante e sistemática violação dos direitos humanos do povo cubano para tratar de rendê-lo por fome e doenças.
Assim mesmo, denunciou o caráter extraterritorial dessa guerra econômica, com atributos e práticas vigentes e a toda aplicação.
Ao detalhar esse aspecto, recordou que as empresas de outras nações não podem vender bens ou serviços a Cuba, cuja tecnologia contenha mais de 10 por cento de componentes estadunidenses, apontou.
Entre outros exemplos recentes mencionou o da empresa Merck and Company que não pode vender a Cuba medicamentos para crianças com leucemia, enquanto as companhias Numed, Aga e Boston Scientific foram proibidas de vender catéteres, bobinas, guias e stents destinados ao tratamento de crianças cubanas com cardiopatias congênitas.
lgo/sus/bj







Cuba e Dominicana ressaltam na UNESCO importância da educação

Por Fausto Triana


Paris, 8 out (Prensa Latina)

Ministros de Cuba e da República Dominicana ressaltaram hoje a importância da educação como peça fundamental do desenvolvimento, em ocasião de um encontro realizado na UNESCO nesta capital.
O titular cubano de Cultura, Abel Prieto, sublinhou que a crise econômica que açoita o mundo neste momento tem um componente ético fundamental que deveria colocar o ser humano no centro do problema.
Durante o Fórum ministerial da 35ª Conferência Geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), Prieto remarcou que o panorama atual reflete a inviabilidade do modelo consumista e egoísta da órbita.
"Neste contexto falamos da sobrevivência da espécie e da transcendência da educação. Cuba volta a propor à UNESCO seu modelo 'Yo si puedo de alfabetización', empregado com sucesso em 28 países", apontou.
Por sua vez, o secretário de Educação da República Dominicana, Melanio Paredes, referiu-se aos postulados que deram origem às escolas, relegadas a um segundo plano nestes tempos.
"Quando acirrava-se a crise econômica, voltamos a constatar com angústia que se investe menos na educação e nos valores solidários tropeçam contra a insolvência moral", argumentou Paredes.
Por sua vez, o ministro de Desenvolvimento de Recursos Humanos da Índia, Kapil Sibal, recordou o estancamento dos chamados Objetivos do Milênio da UNESCO e a escura expectativa de mortes de 1,5 a 2,8 milhões de crianças para o ano de 2015.
"Estamos obrigados a lutar por mudanças drásticas nos paradigmas do desenvolvimento e para isso a educação deve ocupar o lugar preponderante que lhe corresponde, ao mesmo tempo em que se freiam padrões de consumo insustentável", remarcou.
Em linhas similares também interviram os delegados da África do Sul, Malawi, Kenya, Yemén, Chipre, Macedonia e Iraque.
lgo/ft/bj










Índia descarta intimidação por atentado em Cabul

Nova Déli, 8 out (Prensa Latina)

O governo indiano advertiu hoje que não se deixará intimidar pelo atentado desta quinta-feira contra sua embaixada em Cabul, e assegurou que dará todos os passos necessários para proteger seus cidadãos no Afeganistão.

A advertência foi realizada pelo vice-chanceler Sahshi Tharoor em declarações na rede social digital Twitter.

Notícias trágicas de Cabul falam de outro atentado próximo a nossa embaixada, e ainda que os cidadãos indianos saíram ilesos, houve muitas vítimas afegãs, acrescentou Tharoor dos Emirados Árabes Unidos, onde se encontra em visita oficial.

A poderosa explosão de um carro bomba em frente à embaixada indiana em Cabul deixou até agora 17 mortos e mais de 60 feridos, segundo os informes policiais afegãos.

Em julho do ano passado, dois servidores públicos indianos morreram em um atentado similar perpetrado contra essa mesma sede diplomática que matou a outros 40 cidadãos afegãos.

A Índia não tem presença militar no Afeganistão, mas uma notável participação em projetos de reconstrução nesse país, ocupado por mais de 100 mil soldados da OTAN e dos Estados Unidos desde 2001, como parte da chamada luta contra o terrorismo.

Apesar da presença militar estrangeira, os insurgentes afegãos mantem em xeque as tropas de ocupação em mais de 70 por cento do país, e nos últimos meses aumentaram os ataques com bomba em Cabul.

lma/nm/bj









Panamá: Além das promessas

Mario Esquivel

Panamá, 8 out (Prensa Latina)

O governo do presidente Ricardo Martinelli chega hoje aos 100 dias de gerenciamento, em uma conjuntura na qual se combinam promessas de campanha cumpridas e a existência de temas vitais pendentes de uma solução definitiva.

A aprovação e colocação em marcha do bônus de 100 dólares mensais a adultos maiores de 70 anos carentes de aposentadoria, uma das peças chave na passada contenda eleitoral, destaca entre os compromissos os quais o executivo já deu resposta.

Unido a isso, a força pública recebeu um aumento salarial, de 100 dólares no caso dos agentes e até mil para os comissionados.

Martinelli dispôs, também, de medidas para reduzir os níveis de morosidade nos pagamentos por concessões do Estado, em uma estratégia que aponta a elevar os níveis de arrecadação financeira.

Nessa própria direção inserem-se os recentes ajustes fiscais aprovados no órgão legislativo unicameral, com aumentos de impostos a jogos de casualidade e a Zona Livre de Colón, entre outras disposições que geraram rejeição no setor empresarial.

No entanto, temas pontuais em matéria de saúde, transporte e segurança estão ainda à espera de políticas suscetíveis que possam contribuir com soluções definitivas.

Em comentários emitidos nesta quinta-feira, o mandatário minimizou os 100 dias de gerenciamento e atribuiu aos meios de difusão a significação dada à data.

Ao mesmo tempo, admitiu que nesse período é difícil colocar em marcha mecanismos que permitam cumprir com os objetivos propostos.

Um dos elementos alvos de questionamentos é o das contratações diretas, com aproximadamente 100 milhões de dólares em operações marcadas fora de licitação desde julho até hoje.

Também gerou rejeição a lei de reforma à Carreira Administrativa, concebida para deixar sem efeito a imobilidade de servidores públicos nas instituições públicas.

Adotada sob o argumento de revisar as nomeações realizadas durante os dois últimos anos, o regulamento compromete o emprego de milhares de pessoas que trabalham no aparelho do estado.

O transporte concentra uma parte importante dos problemas, um setor no qual até o momento a ação do governo se concentra na criação da Secretaria do Metrô e a licitação para captar empresas que assessorarão esse sistema.

Frente a isso, a Autoridade do Trânsito e Transporte Terrestre (ATTT) ficou sem diretora depois da renúncia de Sandra Escorcia e se estuda sua integração no Ministério de Obras Públicas.

Enquanto, o serviço de ônibus é branco de frequentes críticas por parte dos usuários, sem que surja um sinal que aponte a alternativas de solução.

Nas últimas semanas o palco panamenho reportou protestos de sindicatos, comunidades indígenas e estudantes, todas vinculadas com reclamos às autoridades e que poderiam ganhar espaço em curto prazo para somar assim novos elementos ao panorama político nacional.

mgt/mem/bj







México e Cuba na lista de honra da ONU

Nações Unidas, 8 out (Prensa Latina)

México e Cuba são as únicas nações latino-americanas incluídas na lista de honra de países que mais árvores semeiam, elaborada pelo Programa da ONU para o meio ambiente (PNUMA).

Essa relação foi divulgada aqui e está encabeçada pela China, com um total de dois bilhões e 600 milhões de exemplares plantadas dentro de uma campanha que propiciou a semeadura de sete bilhões em todo mundo.

México aparece no quarto posto, com 537 milhões, e Cuba na sétima posição, com 137 milhões.

Entre os primeiros 10 lugares da lista não aparece nenhum país do mundo industrializado. Deles, Estados Unidos está situado no décimo quarto lugar.

A campanha foi lançada em 2006 com a meta inicial de 1 bilhão de árvores em resposta ao aquecimento global e os problemas vinculados à sustentabilidade do planeta, como a escassez de água e a perda de diversidade biológica.

A informação do PNUMA informa que o exemplar 1 bilhão é uma oliveira africana semeada em novembro de 2007 na Etiópia.

Um balanço com fechamento no final de setembro passado contabilizou sete bilhões 300 mil árvores em 167 países, mais de uma por habitante do planeta.

Ao destacar a importância da vegetação para a vida no planeta, a agência da ONU falou de seu papel na redução dos níveis de dióxido de carbono na atmosfera.

Nesse sentido, alertou contra o crescente desmatamento e devastação de árvores que no presente destroem 13 milhões de hectares por ano, equivalentes às superfícies da Grécia ou da Nicarágua.

Os 10 países com maior riqueza florestal são a Rússia, Brasil, Canadá, Estados Unidos, China, Austrália, República Democrática do Congo, Indonésia, Peru e Índia, que em conjunto representam dois terços da superfície coberta de bosques.

mgt/vc/bj










Comprova embaixador caráter bélico de bloqueio dos EUA contra Cuba

Santo Domingo, 8 out (Prensa Latina)

A intenção bélica do bloqueio dos Estados Unidos foi substanciada em uma dissertação sobre o tema na Academia Dominicana da História por Juan Astiasarán, embaixador de Cuba aqui.

O propósito de render pela fome e semear o descontentamento está plasmado em um memorando de um subsecretario de Estado norte-americano em data longínqua de 1960, meses após o triunfo da Revolução liderada por Fidel Castro, recordou o diplomata.

Objetivos anexionistas primeiro e intervencionistas depois estavam presentes em sucessivos governos estadunidenses desde fins do século XIX e se concretizaram na intervenção militar na Guerra de Independência, quando o Exército Libertador lutava contra à Coroa espanhola.

Essa política ficou plasmada nos direitos à intervenção impostos na Constituição cubana de 1902, base do expansionismo econômico e o hegemonismo político vigentes até a queda da ditadura pró-estadunidense de Fulgêncio Batista.

O diplomata relembrou os terríveis índices de desemprego, mortalidade infantil e materna, analfabetismo e abandono das camadas populares camponesas e operárias vigentes em seu país antes do triunfo revolucionário cujas intenções de resgate nacional foram castigadas por Washington.

Falou também dos diversas regulamentos, leis e medidas, codificadas na denominada Lei Helms-Burton cuja apoteose foram as restrições impostas pela administração do ex presidente George Bush.

Explicou que as recentes medidas adotadas do atual governo norte-americano não significam um relaxamento do bloqueio, mas que retroagem à situação à que existia antes de que a equipe Bush decretasse restrições que foram recusadas por um amplo segmento dos cubanos residentes nos Estados Unidos.

Atualmente, Cuba continua impedida de adquirir bens e serviços que tenham mais de 10 por cento de componentes norte-americanos, inclusive dispositivos médicos para menores que padecem patologias cardíacas graves e leucemia, destacou Astiasarán num auditório completo apesar de uma forte chuva.

A isso há que somar que o bloqueio custou a Cuba mais de 236 bilhões de dólares à taxa atual dessa moeda, soma que constitui o orçamento de qualquer país durante décadas. No entanto, essa política, definida como bélica por convenções internacionais, não impediu que Cuba alcançasse índices de desenvolvimento humano acima da imensa maioria dos países latinoamericanos, graças à vontade popular de defender suas conquistas, afirmou.

lgo/msl/bj








Congresso dos EUA aprova transferência de presos em Guantánamo

Washington, 8 out (Prensa Latina)

Líderes do Congresso estiveram hoje de acordo em transferir prisioneiros do cárcere militar de Guantánamo, Cuba, para serem processados em tribunais civis dos Estados Unidos.

A decisão de dirigentes na Câmara de Representantes e o Senado significa uma vitória parcial para a administração do presidente Barack Obama, comenta o jornal New York Daily News.

Os congressistas incluíram a resolução em duas peças diferentes de projetos de lei: uma de 43 mil milhões de dólares para o Departamento de Segurança Interior e uma emenda sobre orçamento militar.

Apoiamos um processo no qual os detentos em Guantánamo possam ser julgados em território estadunidense, explicou o representante democrata por Carolina do Norte David Price.

Porta-vozes da Casa Branca aplaudiram a setença como um passo positivo que poderia facilitar o procedimento contra muitos reclusos que Washington cataloga como combatentes inimigos.

A administração federal estadunidense confirmou que mantém o plano de fechar o cárcere de Guantánamo em janeiro próximo, e em breve revelará mais detalhes a respeito.

Um comunicado da Casa Branca citado pelo jornal The Wall Street Journal afirma que o fechamento da prisão de Guantánamo continua sendo um ponto importante na agenda do presidente Obama.

A prisão militar estadunidense -arbitrariamente instalada na ilha antilhana- manteve-se por decisão do Congresso após seu eventual fechamento ter sido recusado inclusive por partidários de Obama.

Pressões republicanas a respeito das futuras localizações de cerca de 200 cativos induziram aos correligionários de Obama a remover os fundos deste programa para as guerras no Iraque e Afeganistão.

mgt/jvj/bj








Cresce na Venezuela mobilização indígena para fórum antiimperialista

Caracas, 8 out (Prensa Latina)

Indígenas venezuelanos dos estados de Amazonas, Anzoátegui, Bolívar, Delta Amacuro, Monagas, Sucre e Zulia mobilizam-se hoje para assistir ao III Congresso antiimperialista dos povos originários, previsto amanhã em Apure com 21 países.

De vários pontos saem caravanas e grupos em representação das 40 etnias deste país, que debaterão em San Fernando de Apure junto a dezenas de delegados visitantes estratégias conjuntas para promover a paz e recusar a instalação de novas sete bases militares norte-americanas na Colômbia.

Segundo os organizadores, o fórum nos planos venezuelanos se estenderá durante cinco jornadas e fará parte das ações para comemorar a resistência aborígene contra o colonialismo, celebrada aqui a cada 12 de outubro.

Além do tema político, os indígenas compartilharão experiências desenvolvidas em suas comunidades e coordenarão medidas em defesa de suas tradições ancestrais.

De acordo com a ministra venezuelana para Povos Indígenas, Nicia Maldonado, participarão no III Congresso representantes de Bolívia, Canadá, Colômbia, Equador, Nicarágua, Panamá, Peru e Paraguai.

O fórum servirá de palco para a entrega de títulos de terra a comunidades originárias.

lgo/wmr/bj










Alemã Herta Mueller feliz por Prêmio Nobel de Literatura

Berlim, 8 out (Prensa Latina)

A escritora alemã Herta Mueller disse aqui que a concessão hoje do Prêmio Nobel de Literatura 2009 a deixou sem palavras, ainda não acredito, declarou à imprensa.

Espero recuperar a fala cedo, disse a poeta, premiada pela Academia sueca em honra a um trabalho que, "com a concentração da poesia e a franqueza da prosa, pinta o panorama dos despossuídos".

O poeta deixou para traz grandes favoritos como os israelense Amos Oz, que encabeçava a lista de candidatos, a narradora argelina Assia Djebar e os italianos Claudio Magris e Antonio Tabucchi, entre outros.

A notícia surpreendeu o mundo literário alemão. O prêmio Nobel Günter Grass destacou que, ainda que seu favorito era Oz, a Academia fez muito boa eleição. Mueller é uma muito boa novelista, declarou o autor do tambor de Hojalata.

A Associação dos Escritores Alemães também ressaltou "sua alegria sem limites" porque o Nobel ficou em casa. A premiação tomou-nos por surpresa, é uma das grandes vozes que temos, forte e fina, destacou Gottfried Honnefelder, presidente dessa instituição.

O prêmio Nobel será entregue no próximo 10 de dezembro em uma cerimônia oficial em Estocolmo.

mgt/may/ag/bj







Bolívia organiza feira comercial para Cúpula da ALBA

La Paz, 8 out (Prensa Latina)

O ministério de Desenvolvimento Produtivo e Economia Plural de Bolívia organiza uma feira expositora no âmbito da VII Cúpula da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (ALBA), com sede na cidade de Cochabamba.

De acordo com um boletim dessa pasta a que teve acesso Prensa Latina, se habilitaram 100 stands para que os produtores e empresários bolivianos e estrangeiros convidados possam expor seus produtos aos países membros da opção integradora.

Prevê-se que no evento participem mais de 30 empresas internacionais e ao redor de uma centena de entidades bolivianas.

O documento destaca que também terá lugar uma rodada de negócios entre empresários, exportadores e importadores das nove nações que conformam a ALBA.

Entre os dias 15 e 17 de outubro, os setores produtivos ofertarão e exporão alimentos, bebidas, confecções, madeira, couros e derivados, artesanato e joalheria, medicamentos, produtos informáticos e turismo.

A convocação para participar na feira, dirigida ao setor do micro, pequena e média empresa, foi apresentada em 4 de outubro em escala nacional pela agência estatal Promove Bolívia.

O presidente Evo Morales destacou ontem o orgulho de ser anfitrião do fórum de chefes de Estado e representantes dos governos do Equador, Venezuela, Cuba, Bolívia, Nicarágua, Dominica, Honduras, San Vicente e as Granadinas, e Antigua e Barbados.

Será uma verdadeira festa antiimperialista, adiantou o mandatário em um encontro com autoridades e representantes de organizações sociais.

Nesse sentido, convocou à população a participar do fórum, que entre os dias 16 e 17 próximos tratará de importantes temas regionais e mundiais.

Segundo o Comitê Organizador da Cúpula, um dos momentos mais importantes será o encontro entre os mandatários e os movimentos sociais, previsto para a tarde de 17 de outubro no estádio cochabambino Félix Capriles, o qual servirá de encerramento ao evento regional.

lgo/por/bj













Denunciam respaldo de polícia regional a traficantes na Venezuela

Caracas, 8 out (Prensa Latina)

Parlamentares venezuelanos promovem hoje diante das autoridades a intervenção da polícia regional do estado venezuelano Zulia, segundo evidências de colaboração com paramilitares colombianos.

A deputada Íris Varela, que acusou a esse corpo armado de servir como segurança de paramilitares e narcotraficantes, anunciou que já viu a possibilidade com o ministro de Interior e Justiça, Tareck O Aissami, diante da grande quantidade de denúncias.

Ontem a prefeita do município José María Semprún, Luzia Mavarez, informou à comissão parlamentar de Política Interior que a localidade está praticamente tomada por irregulares que extorsionam e cometem outras ilegalidades com impunidade.

Mavarez explicou aos deputados que em cumplicidade com servidores públicos da Polícia Regional opera na zona uma máfia de extorsão e mercenários que pressiona a toda a colectividade com a proteção de autoridades policiais.

Segundo a denúncia, que se soma a outras similares no passado, Varela qualificou de muito graves as evidências e apontou que a própria prefeita foi ameaçada com uma pistola em sua casa, o que a levou a pedir uma investigação dos organismos correspondentes.

Denunciou que existem vídeos, fotografias e documentos sobre a presença de paramilitares colombianos no Sul do Lago de Maracaibo em Zulia, estado ocidental fronteiriço com a Colômbia.

E que, de acordo com a denúncia da prefeita, a Polícia Regional praticamente abre caminho aos paramilitares, os cobradores de propinas (extorsão e os traficantes que vendem a droga.

Para a legisladora, vice-presidenta da comissão de Política Interna, a situação é resultado da política do governador do estado, Pablo Pérez, quem disse- facilita a incursão de grupos paramilitares e narcotraficantes.

Segundo reiteradas denúncias, Pérez e outros opositores ao presidente do país, Hugo Chávez, apoiam a introdução de grupos irregulares colombianos também com fins políticos que incluem a desestabilização.

Estes constituem um elemento a mais nos planos secessionistas de alguns setores opositores que, destacado pelo próprio Chávez, tentam separar os estados fronteiriços do resto do país, com um plano similar ao da chamada meia lua na Bolívia.

lgo/ml/bj

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