2 Abr 2012

Brasília,
2 abr (Prensa Latina) A expectativa domina hoje empresários brasileiros
diante do anúncio pela presidenta Dilma Rousseff de um conjunto de
medidas econômicas destinadas a assegurar maior capacidade de
investimento para o setor privado.
Rousseff, que esteve toda a semana passada em Nova Déli, onde
participou da IV Cúpula BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do
Sul) e realizou uma visita de Estado a essa nação asiática, afirmou a
jornalistas que depois de seu regresso a Brasília pretendia divulgar um
plano de medidas para estimular a economia nacional.
A presidenta absteve-se de revelar detalhes das ações que seriam
aplicadas para impulsionar o crescimento econômico brasileiro, que
mostrou um discreto 2,7 por cento de expansão do Produto Interno Bruto
(PIB) em 2011 e que nos dois primeiros meses deste ano não dá sinais de
uma decolagem.
Dilma Rousseff só revelou que as medidas buscarão assegurar -mediante
questões tributárias e financeiras- uma maior capacidade de
investimentos do setor privado para estimular ainda mais a economia.
Desde o início do ano, o governo brasileiro aplicou diferentes
mecanismos para evitar uma valorização excessiva da moeda nacional
frente ao dólar estadunidense, através da elevação dos impostos aos
recursos estrangeiros para evitar a massiva entrada dos chamados capital
especulativo.
Tanto Rousseff como as autoridades econômicas do gigante
sul-americano denunciaram o que qualificaram de tsunami cambial, que é a
guerra cambial desatada pelos países ricos para tentar sair da crise
financeira em que estão afundados.
Frente a isso, o governo brasileiro assegurou que não fará papel de
bobo e tomará todas as medidas necessárias para frear essa guerra
cambial, como o demonstraram os países do BRICS em sua cúpula da semana
passada, na qual reiteraram a necessidade de um redesenho da ordem
econômica internacional atual.
Também expressaram a decisão de estudar a criação de um banco de
desenvolvimento desse bloco de nações emergentes diante da ineficácia e
inadaptação à nova realidade mundial das instituições financeiras
internacionais do momento, como o Banco Mundial e o Fundo Monetário
Internacional.
A expectativa sobre o anúncio oficial das medidas é ainda maior
porque, depois de seu regresso a Brasília neste domingo, a primeira
atividade de Rousseff será uma reunião com o ministro da Fazenda, Guido
Mantega, esta tarde, onde se supõe que deem os toques finais ao pacote
de ações.
Sendo assim, então é quase certo que após esse encontro o próprio
Mantega -como o fez em ocasiões anteriores- revele os novos mecanismos
para impulsionar a economia brasileira.
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