quarta-feira, 15 de junho de 2011

11ª COMISSÃO INTERGOVERNAMENTAL CUBA-VENEZUELA

Rafael Ramírez e Ricardo Cabrisas assinaram a Ata Final da reunião.



Rafael Ramírez e Ricardo Cabrisas

assinaram a Ata Final da reunião.



Um mecanismo inédito de cooperação entre os nossos países


Aida Calviac Mora

• O encerramento da 11ª Reunião da Comissão Intergovernamental Cuba-Venezuela, no âmbito do Convênio Integral de Colaboração, assinado por Fidel Castro e Hugo Chávez em outubro do ano 2000, marcou mais de uma década de construção conjunta de um modelo de justiça social sem precedentes, a partir da decisão de seus governos e de seus filhos.

No encontro, que teve lugar de 8 a 11 de junho, as delegações estabeleceram o programa de colaboração para o ano 2011, que compreende a execução de 116 projetos mediante a assinatura de 100 contratos, encaminhados a uma verdadeira relação de cooperação, baseada no desenvolvimento sustentável de ambos os povos, onde não primam interesses comerciais.


"Já temos 11 comissões que viraram um mecanismo inédito de cooperação entre os nossos países, fato que fortalece a Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (ALBA) e a integração", afirmou o vice-presidente do governo e ministro de Energia e Petróleo da Venezuela, Rafael Ramírez, que juntamente com o vice-presidente do Conselho de Ministros de Cuba, Ricardo Cabrisas Ruiz, presidiram a reunião.



Mais uma vez, este mecanismo demonstrou estar alheio a exigências e mandatos de organismos financeiros internacionais, como acontece com outras nações subdesenvolvidas, impedidas de utilizar seus próprios recursos a favor de políticas sociais.



Eis a razão pela qual, depois da assinatura da Ata Final, Ramírez declarou se sentir satisfeito pelos resultados do intercâmbio, e explicou que se trata de um projeto avaliado em US$1,3 bilhão.



"Estes são projetos de muito impacto na Venezuela, e muito vinculados ao nosso programa social, sobretudo a Bairro Adentro, ao fornecimento de medicamentos, de serviços especializados que antes não existiam em nosso sistema de saúde público, muito vinculado a nossas missões educativas, bem como aos setores produtivos".



Os contratos de colaboração assinados nesta oportunidade serão executados por 40 ministérios de ambos os países e terão como objetivo o fortalecimento dos programas sociais.



Determinadas a continuar ampliando os vínculos econômicos, as partes congratularam-se, particularmente, pela recente assinatura dos memorandos de entendimento para a ampliação da refinaria de Cienfuegos e a construção em Cuba de uma usina de gás liquefeito. E para garantir o andamento dos projetos, encaminhados a cumprir os objetivos sociais das Revoluções cubana e bolibariana, foi acordado que a 12ª reunião terá lugar em Havana, no último trimestre deste ano.



O acontecido durante estes dias na capital cubana, expressa a decisão dos governos cubano e venezuelano de ampliar a cooperação em função da prosperidade de seus povos.



Esta firma de acordos e contratos precede a constituição da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), em Caracas, os dias 5 e 6 de julho, o qual foi destacado durante a reunião e na Ata Final, como exercício de verdadeira independência dos nossos povos, sem intervenções nem regras extrarregionais. Em virtude desse princípio fundacional da futura organização, o documento desta Comissão Mista repudia as sanções impostas pelo governo norte-americano a Pdvsa, por constituir uma flagrante violação da soberania venezuelana.



Cuba e Venezuela fortaleceram ainda mais suas relações, que crescem quantitativa e qualitativamente, por estarem baseadas na cooperação desinteressada e no benefício mútuo. •

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