segunda-feira, 5 de março de 2012

Greve nacional em defesa da Educação!

MAS Movimento Avançando Sindical

14, 15 e 16 de Março


10% do PIB, 22,22% de reajuste no piso e 1/3 de hora atividade!

O heroico e incansável magistério assombrou os governos de quinze estados da federação no ano passado com um único e aguerrido grito: “Piso na Carreira!” tendo, muitas vezes, que empurrar a direção do seu sindicato para a luta.

As greves pipocaram aqui e acolá como uma reação em cadeia, mas sem uma direção capaz de unificá-las numa greve nacional. Foram greves longas, duríssimas que amargaram os pesados golpes do autoritarismo político de todos os partidos.

O PMDB no Rio, o PSDB em Minas, o DEM/PSD em Santa Catarina, e tantos outros partidos nos demais estados, unificaram seus discursos, mas principalmente suas ações. Punição, corte no ponto, desconto dos dias parados, repressão, perseguição, foi a tônica nos 15 Estados. Mais trágico foi no Rio Grande do Sul onde o vermelho do PT se travestiu de azul e amarelo do tucanato. O então Ministro da Educação da lei do Piso, agora governador do Estado pelo “Partido dos Trabalhadores”, não negociou com a categoria, não implementou o Piso e ainda solicitou ao STJ mais prazo para pagá-lo.

A justiça cumpriu seu papel. Depois da longa demora em julgar a Adin impetrada pelos governadores, decretou a ilegalidade da maioria das greves. Não bastou tardar em reconhecer um direito. Era preciso punir através da força lei aqueles que se dignaram a lutar e se negaram a aceitar a intransigência dos governos e a inoperância das direções sindicais.

Nova jornada de lutas se apresenta para o magistério, da qual a Greve Nacional dos dias 14, 15 e 16 de março deve ser apenas o início.

Defender os 10% do PIB para a educação é tarefa de todo educador comprometido e preocupado com os rumos da Escola Pública. Não podemos aceitar a proposta do governo federal de 7% para 2020. Ou mesmo 7% para 2016 como defendem alguns setores governistas dentro do sindicato. Queremos 10% já!

Garantir o reajuste de 22,22% do Piso na tabela salarial. Nossas greves tem mostrado que não basta a existência de uma lei para termos garantidos nossos direitos. É preciso sempre ir a luta para colocá-los em prática. Governadores e prefeitos tentaram limitar o reajuste do piso ao INPC, dando mostras de que não estão dispostos a aceitar os 22,22%, mas principalmente que, Governo algum cederá o reajuste do piso em inesgotáveis mesas de negociação.

Garantir 1/3 de hora atividade, rumo aos 50%, e lutar pela regulamentação do número máximo de alunos em sala de aula são importantes medidas para melhorar a qualidade da educação, mas, principalmente, as condições de trabalho e saúde dos professores.

Precisamos desencadear uma campanha pela eleição direta da direção escolar.
Democratizar a escola pública, ampliando a participação popular como um importante
passo rumo a uma educação mais crítica.

Combater a precarização do trabalho. Além de garantir os 33,3% de hora atividade,
temos que exigir a abertura imediata de concurso público para substituir os trabalhadores em educação submetidos, ano após ano, às incertezas do contrato temporário.

Ano após ano, governo após governo, os ataques à escola pública e à carreira do magistério se intensificam. Do corte no orçamento federal às políticas estaduais sucedem-se políticas de precarização do direito à Educação. São muitos os desafios e nossa resposta a todos os ataques precisa ser firme e contundente. É hora de retomar nossas bandeiras de luta e afirmar para toda a sociedade e para todos os governos que educação de qualidade se faz com investimento e valorização profissional.


Todos à Greve Nacional da Educação!
10% do PIB para a Educação já!
22,22% de reajuste do Piso!
1/3 de hora atividade!

Viva os Trabalhadores em Educação!

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