terça-feira, 13 de outubro de 2009

Drone dos Estados Unidos explode no Afeganistão

Drone dos Estados Unidos explode no Afeganistão

Cabul,13 out (Prensa Latina)

Um avião sem piloto (drone) dos Estados Unidos explodiu hoje no distrito Sabari da província norte ocidental de Khost, informaram fontes da ISAF, que negaram, entretanto que a queda tenha acontecido em consequência de disparos dos insurgentes afegãos.

Um comunicado da Força Internacional de Assistência à Segurança (ISAF) explica que esse incidente da sofisticada nave aérea manejada por controle remoto aconteceu em virtude de um problema técnico e descartou a intervenção de um míssil disparado por rebeldes afegãos.

Os Predadores são usados pela ISAF para atacar aos antigovernamentais do Afeganistão e do Paquistão em áreas montanhosas onde causam vítimas mortais entre os moradores de ambas nações islâmicas

No entanto, porta-vozes da insurgência assumiram por telefone o derrubamento do aparelho por um míssil na província de Khost.

Este representa o segundo avião sem piloto estadunidense explodido em uma semana no Afeganistão. Um no serviço da ISAF caiu no sábado passado na província norte ocidental de Kunduz.

Enquanto, dois soldados australianos e um afegão foram feridos quando uma bomba explodiu durante a patrulha conjunta que realizavam na região sudoeste do território.

Segundo o chefe de operações australiano, tenente geral Mark Evans, os feridos foram transferidos para o hospital instalado na base de Tarin Kowt para receber tratamentos médicos.

lac/mne/bj






Rússia e EUA formarão comissão para reduzir armamentos estratégicos

Moscou, 13 out (Prensa Latina)

Rússia e Estados Unidos devem formar hoje16 comissões de trabalho para preparar o novo tratado de redução de armas estratégicas (START-2) e atingiram avanços no relacionado com os sistemas antimísseis.

No final das conversas com a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, o ministro russo do Exterior, Serguei Lavrov, esclareceu que das 16 comissões, nove já se reuniram e o resto o fará neste mês de novembro.

Lavrov disse também que ainda ficam assuntos, nos quais deverá chegar a um consenso, mas mesmo assim foram discutidos nas conversas, enquanto assegurou que lembrou com Clinton a necessidade de concluir as negociações sobre o START-2, antes de dezembro deste ano.

Em relação aos sistemas antimísseis (DAM), o diplomata russo afirmou que decidiram continuar o trabalho conjunto nas novas condições, após a decisão de Washington de congelar a terceira etapa de seu escudo antimíssil na Europa.

A Casa Branca se absterá em um futuro próximo de despregar 10 baterias de mísseis antiaéreos na Polônia e um radar de localização longínqua e de pronto aviso na República Checa, e agora a parte russa estuda as alternativas de Washington a esse projeto, indicou Lavrov. Por seu lado, Clinton estimou necessária a cooperação entre ambas partes para a cúpula de segurança que se celebrará em Washington em 2010, constatou a cooperação de seu país com a Rússia com respeito ao DAM e se pronunciou pela criação de um centro de intercâmbio de dados.

Assim Lavrov assegurou que nenhum dos dois estados considera prudente nestes momentos analisar a possibilidade de aplicar sanções ao Irã, cujo país defende seu direito a empregar a energia atômica com fins pacíficos, contrário à opinião da Casa Branca.

Desejamos resolver todos os assuntos vinculados com o programa nuclear do Irã para que esse país possa fazer uso de seus direitos como nação que assinou o Tratado de Não Proliferação nuclear, explicou.

Clinton também se reunirá com o mandatário russo, Dmitri Medvedev, que chegou a um acordo inicial com seu similar estadunidense, Barack Obama, para formar uma comissão de ambas presidências com o fim de debater assuntos pendentes, em especial, o desarmamento nuclear.

lac/to/bj







Recebe Ministro chinês de Ciência a Assessor Científico cubano

Beijing, 13 out (Prensa Latina)

O Ministro de Ciência e Tecnologia da China, Wan Gang, recebeu aqui a uma delegação cubana encabeçada pelo Assessor Científico do Conselho de Estado, Fidel Castro Díaz-Balart, a qual realiza uma visita de trabalho a este país.

Fontes próximas às conversas informaram hoje a Prensa Latina que no encontro entre Wan e a representação antilhana, ambas partes confirmaram a vontade de continuar aprofundando e diversificando as relações científico-técnicas bilaterais em áreas prioritárias de interesse comum.

Em particular destacaram a cooperação no campo das Nanociências e Nanotecnologias.

Recordou-se que na atualidade se trabalha intensamente para a próxima celebração em Havana da Oitava Reunião da Comissão Mista para a colaboração científico-tecnológica, na que ambas nações repassarão o acordado neste setor e avaliarão as novas ações a serem realizadas para ampliar esses vínculos.

Ao receber à delegação visitante, Wan, também Vice-presidente do Décimo primeiro Comitê Nacional da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês, expressou sua admiração pela Revolução cubana e destacou a importância da celebração no ano próximo do aniversário 50 do estabelecimento das relações diplomáticas entre os dois países.

Nessas conversas, realizadas na Residência de Hóspedes de Estado "Diaoyutai", o Assessor Científico do Conselho de Estado de Cuba transmitiu uma mensagem de felicitação do governo cubano pelo aniversário 60 da proclamação da Revolução e independência da República Popular da China (RPCh).

Ressaltou que em 2009, no ano do aniversário 49 do estabelecimento das relações diplomáticas entre Cuba e a RPCh, os laços bilaterais se encontram em seu nível histórico mais alto nos campos político, econômico-comercial, educativo e científico-técnico.

Durante sua estada neste país, a delegação cubana sustentará também encontros com representantes de instituições como a Academia de Ciências, a Academia de Engenharia, a Fundação Nacional de Ciências Naturais e a Associação para a Ciência e a Tecnologia da China. Também visitará as províncias de Heilongjiang e Zhejiang, onde percorrerá centros de pesquisas e universidades vinculadas à área da ciência e a tecnologia.

et/lam/bj








Posições encontradas em diálogo por crises em Honduras

Tegucigalpa, 13 out (Prensa Latina)

Posições encontradas e até agora irreconciliáveis caracterizam as negociações que prosseguirão hoje em Honduras a fim de encontrar soluções à crise política desencadeada pelo golpe de Estado, avalia a imprensa local.

Nesta terça-feira voltarão a encontrar-se os negociadores do presidente constitucional, Manuel Zelaya, e do governante de facto, Roberto Micheletti, em um ambiente social de "enormes expectativas", destaca o jornal El Tiempo.

O palco, distingue a publicação, é também de posições encontradas e até agora irreconciliáveis"; por uma parte, as exigências de restituir o mandatário eleito pelo povo e pela outra, a negativa golpista de aceitar essa exigência.

Zelaya será representado nos intercâmbios por dois ministros de seu gabinete, Víctor Meza (Governo) e Mayra Mejía (Trabalho) e pelo dirigente popular Juan Barahona, coordenador geral da Frente Nacional de Resistência contra o Golpe de Estado, uma ampla coalizão de forças sociais.

Pelo regime de facto participarão a ex presidenta do Corte Suprema de Justiça e membro do Partido Nacional, Vilma Morais; o político democrata-cristão Arturo Corrales e um integrante do atual diretório do Banco Central, Armando Aguilar.

Morales assegurou que retomarão as conversas "com o profundo compromisso que Honduras precisa refundar-se na unidade e no diálogo"; no entanto, a Frente de Resistência alertou que os golpistas carecem de vontade para resolver o conflito.

Para Barahona a rodada de negociações servirá para confirmar posições: "Veremos, indicou, se realmente há vontade dos golpistas em solucionar os problemas do país".

"Oxalá, disse, estejamos equivocados, porque todos queremos que o conflito se resolva e isso somente se conseguirá com a restituição do presidente Zelaya".

Até o momento, as partes em negociação lembraram criar um governo de unidade nacional, recusar o outorgamento de anistia para os delitos políticos sócios à crise e renunciar a uma convocação de Assembleia Constituinte.

Também há coincidência em não adiantar as eleições gerais de 29 de novembro e em passar o comando das Forças Armadas ao Tribunal Supremo Eleitoral um mês antes das eleições.

"Aprovamos e assinamos cinco pontos, na terça-feira esperamos aprovar mais dois, para ter 90 por cento pronto e entrar a discutir o último entre quarta-feira e quinta-feira.

O ambiente está muito favorável para avançar", disse aos jornalistas o chefe da comissão de Zelaya, Víctor Meza.

Não obstante, sem a restituição do presidente constitucional "todos os demais pontos em que se avançou equivalem a zero", recordou Barahona.

lac/mjm/bj







Bloqueio dos EUA afeta a mulheres e meninas cubanas


Nações unidas, 13 out (Prensa Latina)

O bloqueio dos Estados Unidos contra Cuba constitui um ato genocida e é a principal forma de violência que sofrem as mulheres e meninas da ilha, afirmou hoje a delegação de Cuba nas Nações Unidas.

Claudia Pérez, delegada do país caribenho, disse ao falar na Terceira Comissão da Assembleia Geral que a eliminação da violência contra a mulher também demanda o fim das medidas coercitivas unilaterais.

Essa posição marcou o discurso de Cuba na discussão do tema intitulado Progresso da mulher, Aplicação dos resultados da quarta Conferência Mundial sobre a Mulher e do XXIII período extraordinário da Assembleia Geral.

Pérez reconheceu os avanços atingidos na eliminação de todas as formas de discriminação contra a mulher, mas alertou contra o aumento da feminização da pobreza no mundo como tema de grande preocupação.

Entre os principais obstáculos para cumprir os objetivos propostos mencionou a diminuição da ajuda oficial para o desenvolvimento e as consequências negativas dos programas de ajuste estrutural.

Também destacou a dívida externa, o estancamento das negociações comerciais da Rodada de Doha, o impacto da mudança climática e a combinação da atuais crise financeira, alimentária e energética.

Trata-se de questões que ameaçam a vida de milhões de pessoas no planeta, incluídas as mulheres e as meninas, apontou.

Sobre isso, considerou que sem um desenvolvimento sustentável e uma ordem internacional justo e equitativo que erradique a pobreza, "não se poderá avançar na plena igualdade de gêneros e no empoderamento da mulher".

Sobre o trabalho de Cuba em defesa das mulheres, a delegada destacou que a ilha foi o primeiro país em assinar e o segundo a ratificar a Convenção Internacional contra todas as formas de discriminação para a mulher.

lac/vc/bj





Pentágono nega desenvolvimento de armas contra Irã

Washington, 13 out (Prensa Latina)

O Departamento de Defesa dos Estados Unidos negou hoje que o desenvolvimento de uma nova bomba antibunker esteja vinculado com eventuais planos para atacar instalações nucleares iranianas.

Em declarações à imprensa, o porta-voz do Pentágono, Geoff Morrell, negou as alegações e afirmou que faz parte da renovação do armamento.

Recentemente a Rede televisora ABC revelou que o Congresso investiu milhões de dólares ao desenvolvimento de uma bomba contra búnqueres conhecida como "Penetrador Em massa de Artilharia".

O projétil, de 15 toneladas, está desenhado para impactar em alvos subterrâneos de grande profundidade, mas teria pouca utilidade nas operações militares do Iraque ou Afeganistão, acrescenta.

No entanto, seria ideal para atacar instalações subterrâneas iranianas, assegura a rede noticiosa.

Segundo as projeções, a arma, que poderá ser transportada nos superbombardeiros B-2, é 10 vezes mais poderosa que sua antecessora e poderá carregar cinco mil 300 libras de explosivos.

Washington acusa Teerã de desenvolver armas de destruição em massa, o que é negado pelas autoridades persas, que defendem o projeto para obter energia elétrica.

Recentemente o Jornal The New York Times revelou que o governo de Barack Obama estuda novas sanções diplomáticas e econômicas contra Irã, em especial em matéria petroleira e restrições a mais bancos dessa nação. Com a iniciativa, Obama quer pressionar o país centro-asiático para obrigá-lo a dialogar sobre seu programa nuclear, sublinhou o matutino.

Não obstante, os servidores públicos admitiram que um eventual bloqueio do petróleo e do gás iraniano não é factível, diante do repúdio de numerosos países a essa medida, entre eles os aliados europeus dos Estados Unidos.

lac/rob/bj








Denunciam proteção dos Estados Unidos a criminoso no Peru

Lima, 13 out (Prensa Latina)

Uma advogada defensora dos direitos humanos afirmou hoje que o governo dos Estados Unidos protege o ex oficial Telmo Hurtado, ao não enviá-lo ao Peru para que seja julgado aqui pela matança de 69 camponeses.

A jurista Karim Ninaquispe, defensora dos familiares das vítimas desse massacre, denunciou que o Departamento de Estado norte-americano não toma a decisão de deportar a Hurtado, apesar de que tudo está certo para isso.

Recordou que o ex oficial está preso nesse país desde 2007 e sua expulsão foi decidida por autoridades migratórias por infrações legais.

Segundo ela diante da virtual proteção do Departamento de Estado a Hurtado, as autoridades peruanas mantêm o que chamou um silêncio cúmplice, sem dar conta dos trâmites que realizam para que Hurtado volte ao país.

A situação levou a Ninaquispe a denunciar um entendimento entre governos e militares de ambas nações para boicotar a extradição do criminoso que dirigiu a matança de 69 camponeses da localidade de Accomarca, na região central andina de Ayacucho, em agosto de 1985.

O tribunal norte-americano decidiu em maio passado enviar Hurtado para o Peru, mas a deportação não se fez efetiva porque falta a autorização do Departamento de Estado, declarou.

Anunciou que os familiares das vítimas do massacre irão à Embaixada dos Estados Unidos para reclamar a entrega do ex oficial procurado nesse país.

Segundo a advogada, o Conselho de Ministros de Peru paralisou um pedido de extradição de outro ex oficial que participou na matança de Accomarca, o subtenente David Castañeda, acusado, como Hurtado, de assassinato e desaparecimento forçado e também escondido nos Estados Unidos.

lac/mrs/bj










Evo Morales: EUA prejudica o desenvolvimento dos povos

Pablo Osoria Ramírez

La Paz, 13 out (Prensa Latina)

O presidente boliviano, Evo Morales, afirmou hoje que o governo dos Estados Unidos sempre prejudica o desenvolvimento de muitos países do mundo, aos quais utiliza e submete com interesses capitalistas.

"O império quer que estejamos ao serviço do capitalismo e não do povo e pelas reivindicações próprias de nossas nações", disse o chefe de Estado ao intervir no ato pelo 36 aniversário da criação da Escola Naval Militar de Bolívia.

Morales manifestou estar convencido de que onde há bases militares norte-americanas não há integração, nem paz social, e muito menos se garante a democracia.

Nesse sentido, exemplificou a atual situação que vive Honduras, depois do golpe de Estado de junho último pela oligarquia local, com o apoio dos militares.

"Se o governo dos Estados Unidos quisesse que se respeitasse a democracia nesse país centroamericano, não duraria horas para que isso ocorresse", declarou o mandatário.

Evo disse também que se grupos levantados em arma nessa nação tivessem tomado um governo de direita, com toda segurança, teriam sido massacrados no ato, acrescentou.

Por outra parte, Morales reconheceu os avanços das Forças Armadas bolivianas, sem a presença dos Estados Unidos, como ocorria no passado.

Mesmo assim chamou os cadetes e oficiais das diferentes entidades do corpo armado do Estado andino a que aprendam a manejar as armas, mas também, e bem mais importante, na opiniãode Evo, que aprendam a pensar na dignidade e na soberania nacionais.

"Precisamos militares com uma profunda formação ideológica, patriótica, nacionalista e com orientação de caráter cultural", afirmou.

lac/por/bj






Esquerda italiana busca rival de Berlusconi


Roma, 13 Out (Prensa Latina)

A principal força de oposição italiana, o centro-esquerdista Partido Democrático (PD), busca atualmente ao líder que lhe disputaria o cargo nas urnas ao atual premier Silvio Berlusconi, publica hoje o matutino madrilenho El País.

Pierluigi Bersani, de 58 anos, ex ministro de Indústria e de Desenvolvimento Econômico nos governos de Romano Prodi apresenta-se como favorito a ocupar o vazio que deixou o ex prefeito de Roma, Walter Veltroni, depois de sua demissão à liderança do PD há seis meses.

O PD enfrenta suas segundas primárias em dois anos para eleger, no próximo 25 de outubro, um novo líder. O partido calcula que votarão ao redor de dois milhões de pessoas, e estão convocados todos os cidadãos italianos e residentes maiores de 16 anos.

Os demais candidatos à liderança do PD são o ex democrata-cristão Dario Franceschini, cofundador da Margherita (coalizão católica do centro-esquerda) e substituto de Veltroni como interino nestes últimos meses; e o médico cirurgião, Ignazio Marinho.

Bersani obteve 55 por cento dos votos nas votações dos militantes do partido, prévias às primárias. Cria do Partido Comunista e nasceu na região de Emilia Romaña.

Em sua campanha propõe um partido "mais sólido" e uma "política de combate" contra Berlusconi e seu populismo, sobre o qual opina que "tende a substituir as regras constitucionais e o sistema parlamentar pela relação direta chefe-povoo".

Como parte de seu trabalho proselitista, nesta segunda-feira o candidato Bersani se reuniu com vários grupos de simpatizantes na cidade de Nápoles, segundo informa o jornal romano La Repubblica.

Vários analistas coincidem em criticar a fórmula que deu origem ao PD, fruto da fusão da parte majoritária do ex Partido Comunista Italiano e da esquerda da ex Democracia Cristã, com a contribuição de forças menores como os radicais e os ambientalistas.

Outros preveem que, ao reciclarem-se em um partido formalmente reformista, e ser parte de uma classe política identificada com os privilégios da "casta", a velha esquerda italiana renunciou às suas origens e acabará liquidando-se.

Apesar da crise econômica, os italianos continuam apostando pelo Povo da Liberdade, a formação política que lidera o atual premiê Silvio Berlusconi, que baixou substancialmente sua popularidade, segundo expressam recentes pesquisas.

lac/npg/bj

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