Por Raimundo López, enviado especial
Tegucigalpa, 16 out (Prensa Latina) A Frente Nacional contra o golpe de Estado de Honduras anunciou para hoje uma marcha na capital, quando cumprem 111 dias consecutivos de resistência contra o golpe militar de 28 de junho.
A manifestação coincide com a etapa final do diálogo entre representantes do presidente Manuel Zelaya e do governo de facto para encontrar uma saída pacífica à crise desatada pela ação militar golpista.
A demonstração será efetuada sob o estado de sítio decretado no dia 26 de setembro e que se mantém vigente devido à negativa do regime de publicar sua anunciada suspensão no diário oficial A Gazeta.
O coordenador geral da Frente, o líder sindical Juan Barahona, disse à Prensa Latina esperar que as negociações conduzam a uma solução pacífica do conflito.
Em um comunicado, a Frente demandou o fim das manobras dilatórias do governo de facto para a restituição de Zelaya, uma de suas exigências ao longo de quase quatro meses de luta pacífica nas ruas.
Barahona apontou que atingido esse objetivo, o povo continuará suas mobilizações para conseguir a convocação de uma assembleia nacional constituinte que garanta uma democracia participativa e uma sociedade mais justa.
No chamado Acordo de San José, base do diálogo entre representantes de Zelaya e dos golpistas, estabelece-se a reinstalação do estadista, condicionada à renúncia de promover uma constituinte durante o restante de seu mandato.
Barahona sustentou que a Frente respeita essa decisão de Zelaya, a qual -sublinhou- não compromete a luta da população para conseguir as mudanças necessárias no país mediante uma constituinte.
As conversas continuarão a partir desta manhã, quando se espera que o presidente de facto, Roberto Micheletti, apresente uma resposta definitiva ao acordo atingido pelos negociadores de ambas partes.
O ministro de Governação da administração Zelaya, Víctor Meza, disse confiar que este meio-dia se consiga uma solução do conflito na mesa de negociações, a qual, assegurou, dependerá da vontade política de Micheletti.
lgo/rl/bj
Padrão eleitoral na Bolívia supera os 4,8 milhões de registrados
La Paz, 16 out (Prensa Latina) A Corte Nacional Eleitoral (CNE) concluiu esta madrugada o registro eletrônico alcançando os 4,9 milhões de bolivianos registrados, frente às eleições gerais de dezembro.
Segundo um relatório preliminar da instituição eleitoral, a cifra aumentará com os dados ainda não contabilizados.
"Temos nos informes de ontem mais de 4,7 milhões e provavelmente nas últimas horas, antes do fechamento do registro, mais umas 50 mil pessoas foram inscritas," sublinhou Luis Pereira, servidor público da CNE.
O último dado registrado por essa entidade refere-se a 4.727.319 anotados no país e 158.976 no exterior.
Pereira indicou que, como resultado da estratégia da CNE, os cidadãos tomaram consciência de não se registrarem no último momento.
"Somente no departamento de Santa Cruz teve algumas filas, mas a nível nacional os centros tinham pouca espera", disse, e agradeceu os esforços do Exército que acompanhou as tarefas de registro.
Os resultados oficiais do número de registrados serão informados na noite desta sexta-feira.
O vice-presidente boliviano, Álvaro García, felicitou o povo por ir em massa aos centros habilitados para a inscrição, e a CNE pelo adequado trabalho e organização do processo.
Manifestou que a elevada cifra de pessoas registradas constitui um triunfo da democracia e um recorde na história eleitoral boliviana.
A moderna lista nominal, que inclui impressões digitais, assinatura e foto da cada votante, se iniciou no país no dia 1° de agosto.
Em meados de setembro passado, o processo instalou-se nos Estados Unidos, Espanha, Argentina e Brasil para beneficiar cerca de 211 mil emigrantes, que pela primeira vez participarão nas eleições de fim de ano.
No próximo dia 6 de dezembro os bolivianos elegerão nas urnas o presidente e o vice-presidente do país, bem como os 166 membros da Assembleia Legislativa Plurinacional, nome que adotará o Congresso bicamaral em 2010.
Nessa mesma data, as regiões de La Paz, Oruro, Cochabamba, Potosí, Chuquisaca e Grande Chaco, e uma dezena de municípios indígenas decidirão seus status.
lac/por/bj
Ao menos 13 mortos em outro atentado no Paquistão
Islamabad, 16 out (Prensa Latina) Ao menos 13 pessoas morreram em um atentado suicida perpetrado hoje contra uma estação de polícia de Peshawar, no que seria o quinto ataque contra objetivos policiais no Paquistão em menos de 24 horas.
De acordo com a reportagem do canal de televisão GeoTV, uma mulher-suicida explodiu na entrada da instalação quando os agentes de segurança trataram de impedir sua entrada.
A suicida estava com o rosto coberto pela tradicional burka que utilizam as mulheres em alguns países muçulmanos, e segundo testemunhas tinha descido minutos antes de uma motocicleta, com cujo motorista os guardas trocaram disparos, informou a televisora.
A explosão destruiu grande parte do edifício, bem como alguns veículos que se encontravam no lugar.
Entre os feridos figuram várias pessoas que guardavam prisão na instalação policial.
O desta sexta-feira foi o mais recente ataque armado contra instalações da Polícia do Paquistão, depois dos quatro ocorridos ontem de maneira quase simultânea nas cidades de Lahore e Kohat.
Ao menos 40 pessoas perderam a vida nesses incidentes, os que -segundo as autoridades- foram reivindicados pelo Tehreek-e-Taliban Pakistan (TTP), organização armada que luta para impor no país a interpretação literal do compendio de leis islâmicas ou sharia.
O TTP advertiu dias atrás que aumentaria os ataques suicidas em protesto pelos bombardeios que realizam aviões teledirigidos dos Estados Unidos nas imediações da fronteira com o Afeganistão.
Com essas ações também pretende obrigar o Exército paquistanês a deter sua ofensiva militar na zona tribal de Waziristán.
lgo/nm/bj
Brasileiros no exterior atualizarão Ata de Reivindicações
Brasília, 16 out (Prensa Latina) A segunda Conferência sobre as comunidades brasileiras no exterior terminará hoje com a atualização da Ata de Reivindicações e uma decisão sobre a proposta de criar um Conselho de Representantes.
Os participantes do encontro, que se realiza desde a quinta-feira no Palácio do Itamaraty, do Rio de Janeiro, centraram seus debates nas políticas governamentais nas áreas de cultura, emprego, segurança, regularização migratória, os serviços consulares e a representação política.
Sob o título de Brasileiros no mundo, o encontro é organizado pela subsecretaria geral das comunidades brasileiras no exterior da chancelaria, com o apoio da Fundação Alexandre de Gusmão.
Durante o primeiro dia, a representante da subsecretaria Adriana Telles revelou o interesse da chancelaria de incentivar a participação dos nacionais residentes no exterior nas próximas eleições gerais, previstas para outubro de 2010.
A ideia, precisou, é aumentar em cinco por cento o número de eleitores, o que representa 135 mil pessoas do total estimado de três milhões de brasileiros emigrantes.
Temos uma aliança com o Tribunal Superior Eleitoral para aumentar o número de eleitores no exterior, porque as atuais cifras são muito baixas, apontou Telles e agregou que na concientização dos compatriotas em outras nações se utilizarão meios de comunicação de brasileiros no exterior.
Telles adiantou possibilidades como a votação desses brasileiros residentes nos mais diversos países por correio ou por internet.
A presidenta da Empresa Brasil Comunicação, Tereza Cruvinel, anunciou a criação de um canal internacional da TV Brasil destinado aos emigrantes e precisou que África será o primeiro continente a receber as transmissões em 2010.
A respeito, o chanceler Celso Amorim considerou que por meio de uma televisão pública, o governo pode ampliar o diálogo com os residentes no exterior, favorecer a divulgação de serviços consulares, realizar campanhas como o incentivo a participação nas eleições e na educação, com cursos a distância.
A primeira conferência, efetuada em julho de 2008, congregou representantes das principais comunidades brasileiras nos Estados Unidos, América do Sul, Europa, Japão, Austrália e Oriente Médio, e contou com a participação da Organização Internacional para as Migrações.
arc/ale/bj
Marcharão no Uruguai contra Lei de caducidade
Montevideo, 16 out (Prensa Latina) A Coordenadora Nacional por Anular a Lei de Caducidade iniciará hoje um programa de eventos que culminará em uma grande marcha no dia 20 de outubro, aqui, em apoio ao plebiscito para invalidar esse regulamento.
Encontros, elaboração de murales e atos em diferentes espaços de Montevideo fazem parte da campanha que contará com a participação de diferentes personalidades, entre elas, o escritor Eduardo Galeano.
A manifestação da próxima semana está convocada pela Organização de Familiares e Desaparecidos, a Federação de Estudantes Uruguaios e a Coordenadora pela Anulação.
Os organizadores definem a caminhada como "o último 20 que marchamos", já que a cada vigésimo dia de mês desfilavam contra essa legislação conhecida também como "Lei da Impunidade".
A deste mês será a atividade final antes da consulta popular, quando o eleitorado uruguaio terá a opção de votar pelo Sim mediante uma boleta rosada, em um plebiscito fixado junto com as eleições gerais de 25 de outubro.
Aprovada em 1986 com os votos legislativos dos partidos Nacional e Colorado, e a oposição do hoje dirigente Frente Ampla, a norma impede que se julgue ex-militares e policiais violadores dos direitos humanos nos tempos da ditadura (1973-1985).
O dirigente sindical e diretor da Coordenadora Luis Puig expressou "fecha-se um ciclo em que todos os poderes do Estado opinou que a lei de Caducidade é inconstitucional".
Puig confia que a imensa maioria dos eleitores uruguaios vote Sim no referendo.
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Índia registra 405 mortes por gripe A(H1N1)
Nova Delhi, 16 out (Prensa Latina) O ministério indiano de Saúde confirmou hoje a morte de 405 pessoas por causa do vírus da influenza A(H1N1), desde que detectou-se o primeiro caso no país em maio passado.
De acordo com o relatório, os estados de Maharashtra e Karnataka, do sul, registram o mais alto número de mortes, com 171 e 112, respectivamente.
Em Delhi só se registram 15 mortes até o momento, mas ao menos 3.206 pessoas contraíram a doença.
A nível nacional, o número de infestados chegou aos 12.486 casos, informaram as autoridades de Saúde, que temem um aumento da pandemia com a próxima chegada do inverno.
Segundo cifras da Organização Mundial da Saúde, no mundo registraram-se mais de 378 mil casos, e 4.525 mortes por causa do vírus.
O continente americano é o mais afetado até o momento, com 3.292 falecidos.
arc/nm/bj
Venezuela homenageia herói vietnamita Nguyen Van Troi
Hanói, 16 out (Prensa Latina) O embaixador da Venezuela no Vietnã, Jorge Rondón, e autoridades da Cidade Ho Chi Minh, evocaram em ato solene a figura do herói vietnamita Nguyen Van Troi, caído na guerra contra os Estados Unidos.
Diplomatas de Caracas destacaram hoje a emocionante atividade, promovida pela União de Associações de Amizade da cidade meridional, centro econômico deste país.
Com uma singela cerimônia, o chefe de missão venezuelana inaugurou na rua homônima uma placa em memória de Van Troi, morto aos 24 anos de idade e que foi preso em 1963 pelo então regime pró norteamericano de Saigón depois de um frustrado atentado contra o então secretário de Estado estadunidense, Robert McNamara.
Em uma tentativa de conseguir sua libertação, guerrilheiros venezuelanos que combatiam o governo ditatorial de então na nação sul-americana , sequestraram um alto oficial do exército estadunidense para trocá-lo pelo patriota vietnamita.
A negociação fracassou porque Van Troi foi recapturado de imediato em uma manobra premeditada e executado em outubro de 1964.
Em homenagem ao jovem herói da luta pela libertação e reunificação deste país indochinês, a inscrição da placa reafirma a homenagem do povo venezuelano ao vietnamita, une-se-lhe "ombro a ombro na luta pela liberdade e comemoração ao herói Nguyen Van Troi."
Entre outras atividades realizadas na Cidade Ho Chi Minh, o embaixador Rondón e funcionários da embaixada entregaram também uma coleção da Biblioteca Ayacucho.
Numerosas obras de autores latino-americanos, como os venezuelanos Andrés Belo e Rómulo Galegos com seu Dona Bárbara, José Martí e Nossa América, o brasileiro Machado de Assis, o Prêmio Nobel guatemalteco Miguel Angel Astúrias e o poeta cubano José Lezama Lima estão incluídos nessa coleção, agora patrimônio da Biblioteca desta cidade.
lgo/seus/bj
Vietnã rechaça acusações dos EUA sobre direitos humanos
Hanói, 16 out (Prensa Latina) O Vietnã rechaçou acusações relativas aos direitos humanos e liberdades religiosas divulgadas pela embaixada dos Estados Unidos nesta capital, qualificadas pelo Ministério de Relações Exteriores local de intromissão nos assuntos internos.
Declarações da porta-voz da chancelaria, Nguyen Phoung Nga, divulgadas hoje por todos os meios informativos nacionais, refutam as versões da missão norte-americana difundidas no último dia 14 de outubro sobre as sentenças aplicadas a várias pessoas envolvidas em delitos contra a segurança de Estado.
Uma nota de imprensa dessa embaixada comenta assim mesmo um incidente ocorrido em um monastério budista entre uma ordem local e membros de outra baseada na França.
A porta-voz sublinhou que o Estado vietnamita respeita sempre os direitos de seus cidadãos à democracia, liberdade de crença e religião e promove condições favoráveis para seu exercício.
No entanto, enfatizou Phoung Nga, "como em outros países, todas as violações da lei, bem como qualquer coisa que atente contra a segurança, a ordem e a estabilidade do país deve ser tratada estritamente conforme à lei."
O processo judicial dos tribunais contra vários violadores das leis foi conforme convenções internacionais sobre direitos humanos tais como a de 1966 sobre direitos civis e políticos, afirmou.
A porta-voz do Ministério de Relações Exteriores do Vietnã qualificou também de "incorretas" as informações que a embaixada estadunidense em Hanói difundiu na nota emitida e comentou que "lamentavelmente não refletiu a realidade do país."
As demandas mencionadas no comunicado de imprensa dessa sede diplomática constituem "uma ingerência nos assuntos internos do Vietnã", concluiu.
lgo/sus/bj
Negociadores de Zelaya esperam proposta definitiva de Micheletti
Tegucigalpa, 16 out (Prensa Latina) Os representantes do presidente constitucional Manuel Zelaya aceitaram um pedido de um novo prazo do governo de facto para concluir o diálogo e declararam-se otimistas sobre hoje chegar-se um acordo pacífico da crise hondurenha.
O Ministro de Governo da administração Zelaya, Víctor Meza, informou que durante esta manhã esperam uma resposta definitiva do governante de facto, Roberto Micheletti, em torno do texto acordado.
Decidimos dar-lhe uma nova oportunidade ao diálogo, ao acordo, apontou ao ser consultado sobre o vencimento do prazo dado até esta meia-noite por Zelaya para concluir as negociações começadas no dia 7 deste mês.
Meza não deu detalhes do documento entre os negociadores para evitar atrapalhar a marcha das conversas, que se alongaram durante todo o dia de ontem em meio a expectativa nacional.
Apontou que o diálogo se desenvolve sobre a base do chamado Acordo de San José, o qual disse que o presidente constitucional está disposto a assinar de imediato.
O plano é uma proposta do chefe de Estado de Costa Rica, Oscar Arias, apresentada em meados de julho passado, pouco depois de ser promovido pelos Estados Unidos como mediador da crise desatada pelo golpe militar do dia 28 de junho.
Estabelece a volta de Zelaya à presidência condicionada à aceitação de um governo de reconciliação e à renúncia de promover a convocação de uma assembleia nacional constituinte, entre outras.
Meza agregou que o diálogo não foi concluído e será retomado a partir das 10:30, hora local, desta sexta-feira, segundo solicitaram os três representantes de Micheletti.
Estamos a um ponto do acordo definitivo para solucionar esta crise, disse ao assegurar que já está confirmado 95 por cento dos aspectos da proposta apresentada por Arias.
Recordou que o consenso sobre o documento foi atingido na última quarta-feira, mas tanto Zelaya quanto Micheletti fizeram algumas observações, das quais não deu detalhes.
Assegurou ser otimista em que ao meio dia seja assinado o acordo e respondendo a perguntas dos jornalistas, advertiu que caso contrário a crise se agudizará e aumentará o clima de ingovernabilidade em Honduras.
lgo/rl/bj
Metade das crianças na Índia sofre com desnutrição, segundo ONG
Nova Deli, 16 out (Prensa Latina) Com a metade de suas crianças desnutridas, a Índia tem muito pouco que comemorar, pela ocasião, hoje, do Dia Mundial da Alimentação, destacou a organização não governamental internacional ActionAid.
De acordo com um relatório da entidade divulgado nesta sexta-feira, 47 por cento das crianças indianas menores de seis anos de idade padecem de desnutrição, o pior índice no continente asiático, inclusive abaixo de Bangladesh e Nepal.
A cifra, que significa 60 milhões de crianças com fome crônica, diz muito pouco de um país emergente, com capacidade nuclear e um incessante desenvolvimento científico-técnico, e que se orgulha de manter seu crescimento econômico, mesmo em tempos de crise. É o papel que joga o Estado e não o nível de riqueza que determina o sucesso na luta contra a fome, assegurou a diretora de política internacional de ActionAid, Anne Jellema, em declarações ao Serviço Indo-Asiático de Notícias (IANS).
Babu Matthew, máximo representante dessa ONG no país, considerou por sua vez, que o lado obscuro do crescimento econômico da Índia é que os grupos sociais tradicionalmente excluídos foram ainda mais marginalizados desde que a nação sul-asiática optou pela liberalização econômica nos anos 90 do século passado.
Esta situação agrava os níveis de fome, desnutrição, e inclusive provoca mortes por inanição dentro deste segmento da população, apontou Matthew.
Para ilustrar ainda mais o paradoxo, ActionAid recorda que a Índia destaca-se por contar com uma das melhores legislações sobre proteção social entre todos os países em via de desenvolvimento.
No entanto, revela que a implementação dessas políticas, que em teoria garantem uma nutrição adequada, alimentação escolar grátis e subsídios para os pobres, aposentados e grupos vulneráveis, segue sendo um desafio para o Estado devido à ausência de reconhecimento social que sofrem as classes marginadas.
lgo/nm/bj
Seminário no Chile pelo Dia Mundial da Alimentação
Santiago de Chile, 16 out (Prensa Latina) Especialistas internacionais debaterão hoje o tema "Alcançar a Segurança Alimentária em tempos de crise" em um seminário organizado nesta cidade pela FAO por ocasião do Dia Mundial da Alimentação.
Ao convocar o seminário, José Graziano da Silva, Representante Regional da FAO na América Latina e Caribe, destacou a necessidade de frear o incremento da fome na região. Assinalou que, na América Latina e Caribe, a segurança alimentar de milhões de pessoas se viu afetada pelos efeitos combinados da alta dos preços dos alimentos e da crise financeiro-econômica.
Recordou assim mesmo a importância da Cúpula Mundial de Segurança Alimentária da FAO, que Roma acolherá do dia 16 ao 18 de novembro.
Participarão também o senador chileno Jorge Pizarro, membro da Frente Parlamentar contra a Fome, o Subsecretario de Agricultura, Iván Nazif, e a Representante da FAO no Chile, Margarita Flores.
Também participarão Luis Mayol, presidente da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), Rigoberto Turra, presidente do Movimento Unitário Camponês e Etnias do Chile (MUCECH), Héctor Tejada, presidente da Associação Chilena de Organizações de Feiras Livres (ASOF), e Donna Hrinak, vice-presidenta para assuntos de governo para Latinoamérica de PEPSICO.
Na ocasião, se lançará o Segundo Livro de Receita dos Chefes contra a Fome, baseado em pratos autóctones de legumes.
Pela primeira vez, na final do Campeonato Nacional de Futebol de Chile, os jogadores entrarão ao campo portando a mensagem "Futebol chileno contra a fome, jogue-a".
Entre outras iniciativas para estimular a luta contra a fome, a FAO promove um concurso fotográfico intitulado "Captando a segurança alimentária em época de crise", uma "Corrida pelos alimentos", bem como várias exibições de hortas familiares e feiras.
arc/jl/bj
Equatorianos exigem de Obama libertação dos Cinco
Por Pedro Rioseco
Quito, 16 out (Prensa Latina) Em um em massivo e representativo ato, equatorianos exigiram do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, a imediata libertação dos cinco patriotas cubanos, prisioneiros há uma década neste país por defender seu povo do terrorismo.
O amplo anfiteatro do Colégio de Jornalistas de Pichincha acolheu ontem à noite nesta capital mais de uma centena de convidados à celebração no Equador do Dia Mundial Contra o Bloqueio e o fim da primeira etapa da Jornada Mundial de Solidariedade com Os Cinco Heróis Cubanos.
A atividade recordou igualmente o 141° aniversário do início das Guerras de Independência em Cuba, e foi encerrada pelo embaixador da Ilha nesta capital, Benigno Pérez, quem afirmou que não se pode entender a luta dos Cinco sem se remeter aos 50 anos de agressões.
Sem conhecer a guerra terrorista financiada e executada durante cinco décadas por grupos terroristas a partir do território dos Estados Unidos contra o povo cubano e sua Revolução, não é possível entender o sacrifício desses cinco heróis para evitar mais mortes e danos, reforçou.
Na atividade fizeram também uso da palavra o escritor Angel Hierrezuelos, que fez uma apresentação das guerras de independência de Cuba, e do professor e jornalista Alberto Maldonado, com uma clara exposição dos efeitos genocidas do bloqueio ao povo irmão da Ilha.
O poeta José Regato leu décimas nas quais questionou Obama se por ratificar o mais prolongado e criminoso bloqueio da história a um povo, foi um dos avales para receber o prêmio Nobel da Paz.
O presidente da Coordenadora Nacional de Solidariedade com Cuba, o advogado Fidel Chiriboga, leu mensagens de solidariedade com Os Cinco e contra o bloqueio enviadas por numerosas organizações sociais e populares de toda a geografia deste país andino.
Por sua vez, o jurista Hernán Rivadeneira, presidente do Comitê pela Liberdade dos patriotas cubanos, fez um resumo das atividades realizadas durante a jornada que concluiu-se e anunciou a continuação da coleta de assinaturas em uma mensagem do povo equatoriano a Obama.
Na atividade rendeu-se homenagem musical ao recentemente falecido compositor e Herói da República de Cuba, Juan Almeida, pelo trovador Arnaldo Martínez, e um casal de dança da academia Smirnov interpretou peças tradicionais do irmão país.
arc/prl/bj
Brasil busca pentacampeonato mundial sub-20 de futebol
O Cairo, 16 out (Prensa Latina) A seleção sub-20 do Brasil buscará hoje contra Gana o pentacampeonato da Copa Mundial de futebol dessa categoria, com sede aqui.
Os sul-americanos sairão ao campo do estádio Internacional do Cairo com o objetivo de ganhar o título e igualarem-se a sua seleção oficial, máximos ganhadores em copas do mundo da FIFA.
Para isso os canarinhos se apoiarão nas habilidades do atacante do Vasco da Gama, Alan Kardec, bem como da segurança de sua defesa, a melhor do campeonato, ao permitir apenas que três jogadores acertassem o gol defendido pelo goleiro Rafael.
O time brasileiro tem também o incentivo adicional de aproximar-se de seu mais forte rival, Argentina, dona de seis coroas nestas competições.
Brasil chega a final depois de derrotar a Costa Rica por 1 a 0, e Gana o faz depois de bater a Hungria por 3 a 2.
Precisamente, o elenco africano pretende superar sua derrota por 2 a 1 diante do Brasil na final da Austrália em 1993.
Dirigidos pelo técnico Sellas Tetteh, os jogadores de Gana, pretendem dar a sua região o primeiro troféu neste campeonato, mas antes deverão superar seus rivais e melhorar a defesa de seu gol, balançado oito vezes em seis encontros.
No entanto, as deficiências defensivas dos ganeses bem poderiam suprir-las com o melhor ataque da competição, capaz de acertar o gol dos adversários em 16 oportunidades.
Sua principal figura de ataque é o atacante Dominic Adiyiah, autor de oito gols.
arc/rws/bj
Programas alimentários beneficiam a quase 13 milhões de venezuelanos
Caracas, 16 out (Prensa Latina) O governo venezuelano celebra hoje o Dia Mundial da Alimentação ao beneficiar quase 13 milhões de cidadãos diariamente com diferentes programas alimentários, indicou o ministro do ramo, Félix Osório.
De acordo com Osório, 10 milhões de pessoas garantem sua cesta básica com a iniciativa MERCAL (Mercado de Alimentos) e dois milhões com a PDVAL (Produtora e Distribuidora de Alimentos) com preços subvencionados e regulados respectivamente.
Também o ministro destacou que o Estado criou seis mil Casas de Alimentação, nas quais 900 mil cidadãos almoçam e lancham de segunda-feira a sábado de maneira gratuita em comedores populares.
Durante um Conselho de Ministros Presidencial transmitido pelo canal Venezuelana de Televisão, na véspera, Osório informou que hoje por ocasião do Dia Mundial da Alimentação, estão previstas exposições e feiras populares MERCAL e PDVAL em todo o país.
A esse respeito, Chávez destacou nesta quinta-feira que os preços dos alimentos no MERCAL e PDVAL (mercados fixos e ambulantes) pouco tem mudado, apesar da alta mundial vivenciada nos últimos anos.
Na opinião do estadista é inaceitável que semelhante benefício social seja excluído dos indicadores tradicionais, como a inflação e o Produto Interno Bruto (PIB).
O Dia Mundial da Alimentação foi proclamado em 1979 pela Conferência da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO).
Os objetivos da celebração são conscientizar as populações sobre o problema alimentário mundial e fortalecer a solidariedade na luta contra a fome, a desnutrição e a pobreza.
A data coincide com o dia da fundação da FAO em 1945.
arc/rsm/bj
Governo chinês mantém estratégia de desenvolvimento de zonas pobres
Beijing, 16 out (Prensa Latina) O governo chinês reiterou hoje o compromisso de continuar fomentando o desenvolvimento das regiões ocidentais do país, de acordo com uma estratégia adotada em 2000.
A posição neste sentido foi reafirmada pelo premiê Wen Jiabao ao inaugurar a Décima Feira Econômica e Comercial Internacional do Oeste da China e o Segundo Fórum de Cooperação Internacional em Chengdu, capital da província de Sichuán.
Recordou que essas zonas sofrem desde o ano passado as consequências dos desastres e a crise econômica global, face a qual o governo central mantém invariável sua Estratégia de Desenvolvimento para as referidas regiões.
Explicou que mais de 43 por cento dos investimentos atribuídos pelo executivo para estimular a demanda interna se destinaram a projetos direcionados a elevar o nível de vida da população dessas áreas.
Também a melhorar projetos de infra-estrutura, reconstrução e de inovação tecnológica, entre outros.
Ao exemplificar os avanços obtidos nos últimos anos, precisou que o produto interno bruto dessas zonas cresceu 11.8 por cento no primeiro semestre deste ano, enquanto a taxa nacional foi de 7.1 por cento.
A mencionada estratégia está dirigida a promover o desenvolvimento sócio-econômico também das províncias de Gansu, Guizhou, Qinghai, Shaanxi e Yunnan, bem como das regiões autônomas de Guangxi, Mongolia Interior, Ningxia, Tibete e Xinjiang e do município especial de Chongging.
Esses territórios, incluído o de Sichuán, constituem 71 por cento da superfície da China continental e neles vivem cerca de 30 por cento da população do país.
A referida feira e o fórum de cooperação fazem parte da política do governo que visa reduzir as diferenças sócio-econômicas entre essas zonas e as da parte oriental, em uma situação melhor.
arc/lam/bj
Há 6 anos
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