terça-feira, 13 de outubro de 2009

Resistência continuará luta nas ruas pese a estado de sítio

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Por Raimundo López, enviado especial Tegucigalpa,

12 out (Prensa Latina) A Frente Nacional contra o golpe de Estado de Honduras ratificou que nesta segunda-feira voltará a exigir nas ruas a restituição da democracia pese à suspensão de garantias constitucionais.
A decisão foi estipulada neste domingo pela direção colegiada dessa aliança de forças populares e ratificada pelas bases das forças populares que a integram em uma assembléia nesta capital.
Continuaremos nossa luta, que é de classes e por mudanças profundas, ainda com esses batalhões repressivos que nos agridem, com o estado de sítio, afirmou o coordenador geral da Frente, Juan Barahona.
O líder sindical denunciou que o governo golpista mantém a suspensão das garantias constitucionais, decretada em 26 de setembro passado, ao não publicar no diário oficial La Gaceta sua anunciada derrogação.
Querem-nos encerrar, querem-nos esconder, mas não o puderam conseguir, expressou diante de centenas de pessoas exaltadas, que gritaram palavras-de-ordem contra o golpe militar de 28 de junho e de apoio ao presidente derrocado, Manuel Zelaya.
Vamos seguir com a resistência nas ruas, pese à repressão e esse decreto (de estado de sítio), porque quando um povo organizado se levanta, não há exército nem polícia que o possa deter, afirmou.
A manifestação desta segunda-feira precede à continuação das conversas amanhã entre três representantes de Zelaya - Barahona é um deles - e mesmo número do governo golpista.
Barahona assinalou que o objetivo essencial, imediato, é a restituição do presidente Zelaya, o que assinalou como um ponto que definirá o sucesso ou o fracasso do diálogo com o governo golpista.
Acrescentou que depois de atingido este objetivo, a resistência continuará sua luta nas ruas para conseguir a convocação a uma assembléia nacional constituinte, um direito que -destacou- o povo ganhou antes do golpe.
Disse que o povo vai reverter o golpe militar, não só para garantir um futuro de paz e segurança aos hondurenhos, senão para que jamais se repitam na América Latina nem se empregue o antecedente de aqui contra governos progressistas.
mgt/rl/cc






Senado boliviano julgará ex-presidente da Corte Suprema

La Paz, 12 out (Prensa Latina)

O Senado boliviano, com maioria opositora, retoma a partir de hoje seu papel como tribunal de sentença para avaliar o caso do ex-presidente da Corte Suprema Eddy Fernández, suspendido na Câmara de Deputados por retardação de justiça.
Fortes diferenças e acalorados debates na câmara alta na semana passada trouxeram como conseqüência que a sessão extraordinária sobre o polêmico assunto fosse adiada.
Entre outros processos, Fernández está acusado por retardar a ação da justiça no julgamento pela compra irregular de uma aeronave durante o gerenciamento do ex-ditador Hugo Banzer (1997-2001).
Em 9 de novembro de 2007, a Promotoria Geral apresentou acusação formal pelos delitos de associação delituosa, contratos lesivos ao Estado, descumprimento de deveres, falsidade ideológica e conduta antieconômica nos processos de aquisição de aeronaves.
A câmara baixa estipulou suspender Fernández de suas funções em maio passado, também por obstaculizar um julgamento de responsabilidades ao ex-presidente Gonzalo Sánchez de Lozada (2002-2003) e seus colaboradores, acusados de genocídio pela repressão policial a uma manifestação social em outubro de 2003, com saldo de 69 mortos e mais de 400 feridos.
Os familiares das vítimas desses fatos demandam que Fernández seja julgado por proteger um criminoso do porte de Sánchez de Lozada, agora refugiado nos Estados Unidos.
mgt/ga/cc









Povos originários reclamam direitos sociais no Panamá

Panamá, 12 out (Prensa Latina)

Representantes do movimento indígena panamenho aprontam hoje chamados de maior respeito à propriedade de suas terras e pelos direitos sociais, como parte das ações a favor dos povos originários.
Integrantes de diversas etnias existentes no Panamá, camponeses e membros de organizações populares realizarão nesta segunda-feira uma marcha até a sede da Presidência da República para exigir o reconhecimento a sua própria existência.
Nesse contexto, os indígenas cumpriram uma caminhada de 19 dias, que finalizou na capital, para denunciar as ameaças de deslocamento que enfrentam em seus territórios.
Entre os reclamos está a rejeição aos despejos forçados de suas terras, bem como a derrogação de leis e concessões que beneficiam interesses estrangeiros.
Os organizadores assinalaram a Prensa Latina que se pretende também expor a realidade da atividade mineira que empresas estrangeiras realizam em áreas onde comunidades nativas do país vivem.
Um dos objetivos é conseguir que se destine 25 por cento dos fundos do Canal do Panamá para a comarca indígena de Ngobe Bugle e os territórios camponeses.
Nesse contexto, o Partido Alternativa Popular (PAP) expressou seu apoio à luta dos povos originários "por sua autonomia, livre determinação, a não interferência de empresas transnacionais e nacionais".
mgt/Mem/cc










Evo Morales anuncia projetos para desenvolver Amazônia boliviana

La Paz, 12 out (Prensa Latina)

O presidente boliviano, Evo Morales, anunciou a execução de vários projetos para o crescimento do departamento amazônico de Pando com o fim de convertê-lo em um pólo de desenvolvimento do país.
Segundo destaca hoje o jornal El Cambio, o chefe de Estado ratificou a construção da hidroelétrica no rio Tahuamanu que, a sua conclusão, produzirá seis megawatts e cobrirá todas as necessidades de eletricidade da cidade de Cobija e de populações próximas.
Igualmente, assinalou que nesse serviço, a prioridade é o fornecimento nacional e a atenção às demandas da população, uma obrigação de todo dirigente do atual Estado Plurinacional.
Explicou que o projeto demandará um investimento de 15 milhões de dólares e começará a funcionar em dois anos.
Durante um ato público efetuado ontem à noite nessa cidade pandina, Morales também se referiu a um ambicioso projeto viário para unir essa região com o resto do país.
Por outra parte, o presidente comprometeu a construção de três gigantescas pontes, uma delas no limite entre La Paz e Beni, outra no rio Beni e uma terceira no rio Madre de Diós, em um empreendimento que custará ao menos 20 milhões de dólares.
Morales anunciou também projetos para a exploração de petróleo nessa região, que não é tradicional na produção de hidrocarbonetos, mas que se presume tem uma enorme reserva.
Por sua vez, o governador de Pando, Rafael Bandera, ressaltou a contribuição da população desse departamento fronteiriço com o Brasil, que anos atrás estava perdida no esquecimento e devastada pela intromissão de estrangeiros.
Da mesma maneira destacou o apoio governamental para converter essa porção da Amazônia boliviana em um potencial produtor econômico.
lac/por/cc








Polícia boliviana mira contundente golpe ao narcotráfico

La Paz, 12 out (Prensa Latina)

A Força Especial de Luta Contra o Narcotráfico (FELCN) da Bolívia descobriu e destruiu dois hectares de cultivos que continham 96 toneladas de maconha na localidade de Pucapilla, no central departamento de Cochabamba.
Segundo informa hoje o jornal El Cambio, a ação foi realizada neste fim de semana como parte de um operativo que mobilizou 150 efetivos da Unidade Móvel de Patrulha Rural, dois grupos especializados e pessoal do comando regional da força de luta contra o narcotráfico.
O diretor da FELCN em Cochabamba, tenente coronel Elvin Baptista, explicou que se chegou às plantações por informação da proprietária de uma moradia rústica intervinda, onde apreenderam 142 quilogramas de maconha que estavam prontos para ser transladados a algum lugar ainda não estabelecido.
"Os cultivos estavam há pelo menos dois anos em uma zona bastante afastada da localidade de Mizque" indicou Baptista.
A ação policial também permitiu destruir 30 fábricas móveis de cocaína que empregavam método colombiano.
De acordo com o relatório policial, em cada uma dessas instalações produziam-se pelo menos dois quilogramas diários desse estupefaciente.
"Não houve presos porque os ocupantes das fábricas móveis possuem métodos para nos detectar a uns mil 500 metros, o que lhes proporciona tempo para escapar", destacou o chefe policial.
Assinalou que um efeito secundário ocasionado pelas operações dos fabricantes de droga nas zonas rurais é a contaminação das de água com precursores químicos.
Por sua vez, o vice-ministro de Defesa Social e Substâncias Controladas, Felipe Cáceres, disse que a Bolívia bateu um recorde com a mais recente apreensão da FELCN em Cochabamba.
Destacou que o objetivo foi atingido pelo trabalho dos efetivos das forças antidrogas no cumprimento dos objetivos e as metas traçadas com a nova estratégia nacional de luta contra os narcotraficantes que operam no país.
lac/por/cc








Ao menos 25 mortos em novo atentado no Paquistão

Islamabad, 12 out (Prensa Latina)

Ao menos 25 pessoas morreram hoje no noroeste do Paquistão depois da explosão de uma bomba aparentemente detonada por um atacante suicida durante a passagem de um comboio militar.
Segundo informou o canal de televisão GeoTV, o atentado ocorreu em Alpuri, distrito de Shangla, nas imediações do vale de Swat, uma região fronteiriça com o Afeganistão onde operam vários grupos rebeldes islâmicos.
A explosão produziu-se poucas horas após o ataque, com tomada de reféns incluída, realizada por um comando insurgente contra um quartel do exército em Rawalpindi, a 15 quilômetros desta capital.
O duplo incidente deixou ontem um saldo de mais de 20 mortos entre atacantes, soldados e civis.
A autoria dos ataques suicidas dos últimos dias, que incluíram um carro bomba detonado em Peshawar, com saldo de 52 mortos, e outra explosão que deixou cinco mortos na sede do Programa Mundial de Alimentos em Islamabad, foi assumida pelo Tehreek-e-Taliban Pakistan (TTP).
Essa organização insurgente luta pela implantação no Paquistão da interpretação literal das leis islâmica ou sharia, e é acusada pelo governo de ter vínculos com a rede da Al Qaeda.
Nesta segunda-feira fontes militares paquistanesas anunciaram a morte de ao menos 31 rebeldes durante os bombardeios realizados pela força aérea local contra supostos redutos do TTP no noroeste do país.
lgo/nm/cc










Rússia e Armênia analisam cooperação energética e de transporte

Moscou, 12 out (Prensa Latina)

O presidente russo, Dmitri Medvedev, reúne-se hoje por sétima ocasião neste ano com seu similar armênio, Serch Sargsyan, para debater a cooperação energética e na esfera do transporte.
Ambos os dirigentes analisarão as vias para reforçar as relações bilaterais e o intercâmbio comercial, depois que esse parâmetro se reduziu em 20,2 por cento entre janeiro e agosto deste ano para ficar em 428 milhões 200 mil dólares.
Isso foi conseqüência direta dos estragos causados pela recessão global no comércio entre os dois estados que mantêm relações estratégicas, destaca a imprensa local.
A Rússia investiu três bilhões 200 milhões de dólares desde 1991 na economia da Armênia, o que representa quase a metade dos investimentos estrangeiros realizados nessa república ex-soviética.
Moscou e Erevan mantém estreitos vínculos através da Organização do Tratado de Segurança Coletiva e a Comunidade de Estados Independentes, entre outras entidades regionais.
lac/To/cc







Dominicana enviará contingente militar à fronteira com Haiti

Santo Domingo, 12 out (Prensa Latina)

Um contingente militar de 600 membros será deslocado pelo exército dominicano em sua fronteira com o Haiti, disseram fontes oficiais.
A decisão foi argumentada para completar o Corpo Especializado Fronteiriço (CESFRONT) criado por ordem do presidente Leonel Fernández em 2007 para limitar o contrabando de drogas, armas, pessoas e mercadorias.
O contingente completará e reforçará "o pessoal atribuído às unidades localizadas na fronteira - para enfrentar os males que são uma ameaça constante na fronteira -", diz a comunicação.
A decisão segue ao envio de 150 alunos da escola da polícia como parte de seu treinamento na semana passada a cidades fronteiriças com Haiti, recordou.
Nas últimas semanas, meios de imprensa locais iniciaram uma campanha contra o que descrevem como "invasão pacífica" de cidadãos do país vizinho e seu assentamento em território dominicano.
No sábado passado o chanceler dominicano, Carlos Morales, acusou ao ex-presidente norte-americano, James Carter, de intromissão nos assuntos internos de seu país.
Carter efetuou na semana passada uma visita de três dias à República Dominicana para iniciar um projeto conjunto de erradicação da malária com Haiti.
O ex-presidente reuniu-se com o presidente Fernández e declarou que a emigração dos sem documentos haitianos para a República Dominicana "é inevitável".
Enquanto isso, continua pendente uma convocada reunião da Comissão Mista Governamental, pactuada pelo próprio Morales com dirigentes haitianos durante sua estadia em Nova York para assistir à sessão da Assembléia Geral da ONU.
lac/msl/cc



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Frente Nacional analisará ações da resistência em Honduras

Por Raimundo López, enviado especial

Tegucigalpa, 11 out (Prensa Latina) A Frente Nacional contra o golpe de Estado de Honduras analisará hoje em uma assembléia nacional suas ações para a próxima semana, algo importante nas negociações em curso sobre o futuro da crise.

O dirigente camponês Rafael Alegría disse neste sábado que na reunião participarão cerca de 100 representantes das organizações que formam essa aliança popular, criada um dia após o golpe militar de 28 de junho passado.

A reunião tem como pano de fundo o diálogo iniciado na última quarta-feira entre representantes do presidente Manuel Zelaya e do governo de golpista, sob o auspicio da Organização de Estados Americanos (OEA).

As negociações entraram em um recesso até a próxima terça-feira depois das sessões da sexta-feira, quando as partes anunciaram ter avançado 60 por cento no debate do chamado Acordo de São José, uma proposta do presidente da Costa Rica, Oscar Arias.

O coordenador geral da Frente e membro da delegação de Zelaya, Juan Barahona, reconheceu os progressos nas conversas, mas advertiu que o tema principal, a restituição do estadista, segue estancado. Barahona apontou que as conversas têm que terminar antes da próxima sexta-feira 15, pois não podem se alongar durante muito tempo, quando têm passado mais de 100 dias do derrocamento de Zelaya pelos militares.

O dirigente da resistência ratificou que as forças populares não renunciarão aos seus objetivos essenciais: a restituição da ordem constitucional e de Zelaya, bem como a convocação a uma assembléia nacional constituinte.

O plano de Arias estabelece a reinstalação de Zelaya condicionada a vários aspectos, entre elas a renúncia à constituinte, compromissos que tem aceitado.

Barahona esclareceu que não há diferenças com o estadista pelo tema da constituinte, que é uma reivindicação do movimento popular nas ruas.

Alegría apontou que a Frente está confiante na atuação dos delegados de Zelaya e espera o resultado definitivo do diálogo na quarta-feira.

rc/rl/cc







Encerra encontro argentino de solidariedade com Cuba

Por Moisés Pérez Mok, enviado especial

Santiago do Estero, 11 out (Prensa Latina) O IX Encontro Nacional do Movimento Argentino de Solidariedade com Cuba concluirá hoje aqui, depois de dois dias de debates em cinco comissões de trabalho e a participação de 250 delegados de uma dúzia de províncias.

Inaugurada ontem com a presença do governador santiaguenho, Gerardo Zamora, e o embaixador de Cuba na Argentina, Aramis Fonte, o encontro colocou ênfase especial no tema dos Cinco.

"Uma história de 10 anos. As diferentes instâncias. Uma luta pela paz", figura entre os aspectos que aborda a comissão número um, na qual se refletiu sobre as ações de solidariedade internacional realizadas a favor de sua imediata libertação.

Também, em torno dos direitos humanos dos prisioneiros políticos Gerardo Hernández, Ramón Labañino, Fernando González, Antonio Guerrero e René González, e a reiterada negação de vistos para suas esposas e familiares.

Outro dos tópicos abordados foi a apresentação dos 12 Amicus Curiae e as ações que serão desenvolvidas dentro da campanha internacional por sua libertação.

Os outros quatro grupos de trabalho que trabalham até hoje na reunião examinam a batalha da idéia e a batalha mediática; a luta contra o bloqueio estadunidense; e a organização e coordenação do Movimento de Solidariedade.

A quinta comissão encarregou-se de debater os aspectos relacionados com a unidade latino-americana e a integração dos povos.

Esta última avalia ademais o significado internacional da Revolução cubana em seu 50º aniversário e o cenário político atual na América Latina, e põe ênfase na solidariedade internacional de Cuba através do programa de alfabetização Eu sim posso, e a Operação Milagre, entre outros projetos.

Ao intervir ontem no encontro, a funcionária do Instituto Cubano de Amizade com os Povos (ICAP) Lilia Zamora elogiou o trabalho "satisfatório, estável e em ascensão", das 101 organizações solidárias com a Ilha existentes na Argentina.

Destacou de modo particular a realização neste país sul-americano, neste ano, de 64 atividades a favor da libertação dos cinco antiterroristas cubanos encarcerados desde 1998 nos Estados Unidos, e instou a fortalecer este trabalho.

rc/mpm/cc








Indígenas na Venezuela recusam bases dos EUA na Colômbia

Por Randy Saborit Mora

Caracas, 11 out (Prensa Latina) Mais de 40 povos originários da Venezuela e representantes de cerca de vinte países recusam hoje a presença militar estadunidense em sete bases na Colômbia.

O III Congresso Grande Nação Abya Yala de Povos Indígenas Antiimperialistas encerra amanhã quando o presidente Hugo Chávez outorgará títulos de propriedade de terras aos nativos Yukpa da Sierra de Perijá, estado Zulia.

Nesta segunda-feira 12 de outubro será o próprio Chávez quem entregará os títulos, "pois os povos Yukpa da Sierra de Perijá, nos estão esperando há muito tempo", anunciou neste sábado a ministra para os Povos Indígenas, Nicia Maldonado.

Durante o encontro Maldonado apontou entre as conquistas a favor dos povos nativos nos últimos dez anos a entrega de cerca de 200 milhões de dólares aos indígenas do país para o desenvolvimento de suas comunidades.

Manifestou que a outorga desse dinheiro foi "para que exista produção, para que tenham meios de comunicação, para que exista dignidade para as comunidades indígenas." Na sua opinião, Chávez está com os nativos em espírito, alma, vida e coração.

Dias atrás o presidente do Parlamento Indígena para a América, José Poyo, declarou a Prensa Latina que as bases estadunidenses que serão instaladas na Colômbia "são parte da política de longo alcance do Departamento de Estado norte-americano em conjunto com o governo oligárquico e repressivo de Álvaro Uribe".

Poyo opinou que "essa é uma forma de provocar o nosso governo e o nosso povo para dessa forma pretender frear a luta independentista de América do Sul."

Enquanto isso, a segunda vice-presidenta desse órgão legislativo, Fátima Salazar, avaliou a posição assumida diante o mundo por Chávez ao advertir a ameaça de guerra que representam essas sete bases militares.

Consultada pela Prensa Latina, Salazar indicou que "a Venezuela poderia sofrer as mesmas conseqüências do que está vivendo nosso irmão povo hondurenho após o Golpe de Estado de 28 de junho passado".

Por sua vez, a secretária do Parlamento Indígena, Nirma Guarulla, manifestou que na Venezuela temos recusado rotundamente essas bases militares do mesmo momento em que se soube do convênio entre Washington e Bogotá.

"Temos fronteira com a Colômbia e isso pode ser prejudicial para nós", destacou Guarulla a Prensa Latina.

Enquanto o deputado Lisandro Márquez considerou que "essas bases atentam contra a autonomia e soberania da Colômbia e ameaçam às demais nações da área".

Segundo Márquez, as bases afetarão aos indígenas venezuelanos, especificamente a etnia wayuu radicada na fronteira.

"Os militares norte-americanos danificarão o ambiente, desmatarão, devastarão cemitérios sagrados e realizarão perseguições contra eles", advertiu o deputado.

O governo venezuelano decidiu em 28 de julho passado congelar as relações com a Colômbia diante das acusações de Bogotá sobre uma suposta entrega de armas da Venezuela a grupos guerrilheiros desse país e o acordo colombo-estadunidense de instalar em território colombiano sete bases militares.

rc/rsm/cc






Chega hoje a Cuba Premiê de Guiné Bissau

Havana, 11 out (Prensa Latina)

O Premiê de Guiné Bissau, Carlos Gomes, chegará hoje a este país em visita oficial, cumprindo um convite do governo cubano.

O distinto visitante sustentará conversas oficiais com o Primeiro Vice-presidente dos Conselhos de Estado e de Ministros, José Ramón Machado Ventura, segundo uma nota publicada no Juventude Rebelde.

Durante sua estadia em Cuba, Gomes visitará lugares de interesse histórico e social.
Guiné Bissau é um país do oeste da África e um dos menores da África continental. Limita com Senegal ao Norte, e Guiné ao Sul e ao Leste, e com o Oceano Atlântico ao Oeste.

rc/ydg/cc







Governo boliviano apronta nova política em hidrocarbonetos

La Paz, 11 out (Prensa Latina)

O governo boliviano convocou para a próxima terça-feira, representantes das empresas petroleiras que operam no país para debater sobre a nova política estatal de hidrocarbonetos, destaca hoje o jornal El Cambio.

Nesse encontro os temas propostos são exploração, refinamento, industrialização e comercialização, a reestruturação do setor, recursos financeiros, recursos humanos e o gerenciamento da informação.

Como uma antecipação a esse encontro, espera-se para amanhã uma mesa de trabalho com deliberações similares com as entidades que operam na região oriental de Santa Cruz.

Para o gerenciamento 2010-2015, o Executivo atual tem delineado a industrialização das reservas de petróleo e gás natural como eixo programático estratégico.

Em setembro passado, o ministro de Hidrocarbonetos, Óscar Coca, informou que serão feitas modificações à Lei de Hidrocarbonetos para que se ajuste à nova Constituição Política do Estado, mas respeitando os investimentos estrangeiros.

"Acho que será o principal instrumento jurídico, o novo marco do que será a atividade de hidrocarbonetos", remarcou.

Coca precisou que uma das principais modificações está referida ao tema das concessões outorgadas às empresas petroleiras do setor privado que operam no território nacional.

O princípio de negociar com sócios e não donos, alertou, é latente nesta esfera e em outras como a energia elétrica.

rc/ga/cc






Exigem na Colômbia libertação de antiterroristas cubanos

Paipa, Colômbia, 11 out (Prensa Latina)

Organizações colombianas de solidariedade com Cuba exigiram aqui a imediata libertação de cinco jovens da nação antilhana que cumprem prisão injustamente nos Estados Unidos por combater o terrorismo.

Como parte das atividades que se desenvolvem no XVIII Encontro de Solidariedade com a ilha, que tem por sede a cidade de Paipa, departamento de Boyacá, os participantes solicitaram ao presidente norte-americano, Barack Obama, que faça prevalecer a justiça.

Ramón Labañino, René González, Fernando González, Gerardo Hernández e Antonio Guerrero estão presos em cárceres norte-americanas desde 1998 por monitorar, em defesa de seu país, as atividades de grupos terroristas anticubanos.

Por sua vez, os participantes expressaram que Obama está chamado a deter a injustiça cometida contra esses cinco jovens.

Se o presidente dos Estados Unidos quer ser merecedor do Nobel da Paz, manifestaram, deveria em primeiro lugar eliminar o bloqueio que seu país mantém contra a ilha, cuja política hostil chamaram de terrorismo de Estado.

Assim mesmo, agregaram, deve libertar imediatamente aos cubanos antiterroristas, injustamente presos em cárceres da nação do norte por defender seu país de atos criminosos, orquestrados com a cumplicidade das autoridades estadunidenses, por grupos radicados em Miami.

Durante o sábado, os delegados das mais de 30 organizações solidárias com Cuba, procedentes de várias regiões do país, também analisaram as ações para romper o muro de silêncio em torno do caso dos Cinco que se levanta nos Estados Unidos.

Nesse sentido, chamaram a reunir esforço para conseguir a libertação desses cubanos, através da divulgação do caso, principalmente nesse país do norte.

O XVII Encontro é concebido como um espaço de intercâmbio do trabalho solidário que é realizado em cada uma das organizações de amizade com a ilha na Colômbia, e que gestam dentro de um apoio incondicional ao processo revolucionário cubano.

De acordo com seus organizadores, esta é uma oportunidade para que as diferentes manifestações da cubanidade sejam difundidas para pessoas que não conhecem a solidariedade, para os que já fazem parte dela e para os que entram a fazer parte deste trabalho.

O encontro, que se desenvolve de maneira paralela ao III Encontro Nacional de Jovens Solidários com a ilha, concluirá neste domingo.

Na mesma participam o vice-presidente primeiro do Instituto Cubano de Amizade com os Povos (ICAP), Enrique Román, e o diretor do departamento América desse organismo, José Prieto.

Também participa o embaixador de Cuba na Colômbia, José Pérez Novoa, e demais membros dessa delegação.

rc/acl/cc







Egito propõe nova data para pacto reconciliador palestino

Cairo, 11 out (Prensa Latina)

O Egito acedeu à solicitação do grupo islâmico palestino Hamas e propôs uma nova data para a assinatura de um acordo de reconciliação com seu rival Al-Fatah, revelaram hoje diversas fontes nesta capital.

Autoridades egípcias, que trabalham como mediadores entre as 12 facções políticas palestinas, ofereceram uma variante "nova" para a assinatura de um pacto reconciliador entre o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) e Al-Fatah.

Os islâmicos que controlam a Faixa de Gaza pediram adiar a assinatura do acordo prevista para 26 de outubro em protesto pela decisão da Autoridade Nacional Palestina (ANP) de adiar uma votação no Conselho de Direitos Humanos (CDH) da ONU.

A ANP é presidida por Mahmoud Abbas, que também é líder do Al-Fatah, e seu representante no CDH em Genebra retirou o apoio a uma proposta para votar o Relatório Goldstone, que documenta crimes de guerra israelenses em Gaza durante sua última ofensiva militar.

Ainda que círculos próximos a Abbas reconheceram que esse passo foi "um erro" e o executivo palestino tenta agora com que o CDH ou o Conselho de Segurança da ONU discutam o relatório do juiz Richard Goldstone, o Hamas considera o ambiente "envenenado".

O porta-voz dos islâmicos Fawzi Barhoum assegurou que Egito entregou à delegação do Hamas que viajou ontem ao Cairo a nova proposta que supera a disputa pela data programada para a assinatura do acordo de unidade. "O Hamas responderá assim que a estudar", disse.

A comitiva dos opositores a Abbas esteve liderada pelo subchefe do Bureau Político Moussa Abu Marzouk, quem se reuniu aqui com o chefe dos serviços de inteligência egípcios e encarregado da mediação, general Omar Suleiman.

No entanto, nenhuma fonte revelou a nova data fixada para a assinatura do documento que deve pôr fim à rivalidade entre as duas principais organizações palestinas, acentuada desde que o Hamas expulsou o movimento de Abbas de Gaza , em junho de 2007.

O diálogo interpalestino iniciou-se no passado 10 de março, mas as seis rodadas de negociação fracassaram, entre outras razões, pela postura frente a Israel, pois o Hamas recusa reconhecê-lo e reserva-se o direito de lutar por um Estado palestino independente.

rc/ucl/cc







Termina tomada de reféns em quartel do Paquistão

Islamabad, 11 out (Prensa Latina)

O Exército paquistanês anunciou hoje a libertação de 25 reféns que insurgentes islâmicos pertencentes ao Tehreek-e-Taliban Pakistan (TTP) mantinham seqüestrados em um quartel da cidade de Rawalpindi, a 15 quilômetros de Islamabad.

De acordo com o porta-voz das forças armadas, major Athar Abbas, na operação comando que foi realizada em horas da manhã deste domingo morreram quatro seqüestradores e três das pessoas que estes mantinham como reféns.

O militar disse que um dos atacantes tinha vestido um colete carregado de explosivos, mas pôde ser abatido pelos comandos antes que os detonasse.

A tomada de reféns iniciou-se ontem depois que vários insurgentes vestidos com uniformes do Exército paquistanês atacaram o quartel de Rawalpindi.

No assalto frustrado morreram quatro insurgentes, enquanto as forças militares reportaram seis baixas mortais dentro de suas filas.

Vários dos assaltantes conseguiram, no entanto, penetrar nas instalações e tomar como reféns os membros da equipe civil e militar que se encontrava em um dos escritórios.

O ataque de ontem foi reivindicado pelo TTP, grupo que luta pela implantação no Paquistão da interpretação literal das leis islâmicas ou sharia, e é responsável pela maior parte dos atentados e ataques suicidas ocorridos no país nos últimos meses.

Em uma chamada telefônica ao canal de televisão local GeoTV, um suposto membro dessa organização exigiu que o governo detenha sua ofensiva no norte do país e julgue ao ex-presidente Pervez Musharraf.

Também exigiu a saída de todas as organizações não governamentais ocidentais radicadas no Paquistão.

O ataque ao quartel ocorreu menos de 24 horas depois que um suicida detonou um carro bomba em um coincidido mercado de Peshawar, com saldo de ao menos 52 mortos e dezenas de feridos.

Na segunda-feira passada outras cinco perderam a vida em um ataque similar contra a sede do Programa Mundial de Alimentos em Islamabad.

rc/nm/cc








Bolívia agradece doação brasileira de helicópteros

Cochabamba, Bolívia, 11 out (Prensa Latina)

O presidente Evo Morales agradeceu ao seu par brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva por pedir ao Congresso do país vizinho a aprovação de uma doação de quatro helicópteros para a luta antidroga na Bolívia.

Na cerimônia pelo 26º aniversário da Unidade Móvel de Patrulha Rural (UMOPAR por sua sigla em espanhol), na localidade de Chimoré, no trópico de Cochabamba, Morales explicou que a ajuda é parte da cooperação solidária.

O estadista asseverou que a Bolívia não é um país industrializado, portanto teve que apelar para compras ou doações para equipar as instituições que lutam contra o narcotráfico.

No ato, celebrado ontem, informou-se que a três meses de se que conclua o ano, a nação sul-americana ultrapassou a meta de cinco mil hectares de erradicação de cultivos excedentes de folha de coca.

De janeiro à data de hoje erradicaram-se cinco mil 64 hectares, informou o tenente coronel Carlos Ruck, de UMOPAR.

Nesse período essa força também destruiu mil 702 metros quadrados de coca macerada e quase seis mil metros quadrados de plantações.

A Unidade Móvel de Patrulha Rural foi criada por resolução do Comando Geral da Polícia, em 12 de outubro de 1983, para a luta contra o narcotráfico.

rc/ga/cc












Visita surpresa de chanceler japonês a Cabul

Tóquio, 11 out (Prensa Latina)

O chanceler do Japão, Katsuya Okada, realizou hoje uma visita surpresa a Cabul, que se inscreve nos planos do governo do premiê Yukio Hatoyama de desempenhar um papel mais ativo no Afeganistão.

Fontes do ministério de relações exteriores indicaram que o programa de Okada inclui conversas com o presidente Hamid Karzai e outros servidores públicos.

A viagem do chanceler, primeiro representante da administração de Hatoyama que se translada a Cabul, faz parte da estratégia de Tóquio para pôr fim ao respaldo que dá às missões de reabastecimento de combustível de navios de guerra norte-americanos no Oceano Índico.

A Casa Branca justifica essas operações com sua chamada cruzada contra o terrorismo no país centro-asiático e zonas vizinhas.

O governo japonês, que assumiu no último 16 de setembro, deu a entender que não prorrogará a lei que ampara a participação nas referidas missões, que expira em janeiro próximo.

Em seu lugar, promove um apoio civil como via para tratar de solucionar a difícil situação nesse país, ocupado pelos Estados Unidos e a OTAN.

Os gerenciamentos nesse sentido são realizados um mês antes que o presidente estadunidense, Barack Obama, viaje ao Japão.

Segundo informou-se, Okada visitará também o Paquistão e a Indonésia. Nesse último país percorrerá zonas da ilha de Sumatra, seriamente afetada por um terremoto.

rc/lam/cc











Presidenta argentina parte em viagem à Índia

Buenos Aires, 11 out (Prensa Latina)

A presidenta argentina, Cristina Fernández, partiu ontem à noite com rumo à Índia para uma visita oficial que compreende uma reunião com o premiê desse país; Manmohan Singh, e a assinatura de vários acordos.

A mandatária viajou acompanhada dos ministros de Relações Exteriores, Jorge Taiana; Planejamento Federal, Julio de Vido, e Indústria, Débora Giorgi, bem como um grupo de 50 importantes empresários.

Durante a visita de três dias, de acordo com uma nota oficial, serão assinados numerosos convênios de colaboração comercial, científico e em matéria de energia nuclear.

A presidenta se reunirá também com Sonia Gandhi, titular do Partido do Congresso da Coalizão dirigente da República da Índia, a Aliança Progressiva Unitaria (United Progressive Alliance), bem como com outros líderes de diversas forças políticas, e participará em um seminário econômico, entre outras atividades.

Antes de partir, Fernández assinou o decreto que promulga a nova Lei de Serviços de Comunicação Social, adotada por ampla maioria na madrugada de ontem pelo Senado, com o objetivo de que seja regulamentada o quanto antes para substituir a até agora vigente, imposta pela última ditadura militar em 1980.

Em um breve contato com a imprensa por esse tema, o chefe de Gabinete, Aníbal Fernández, precisou que o decreto presidencial é o número 1.467 e a lei é a 26.552, que já foi publicada no Boletim Oficial.

rc/rmh/cc






Confiscam em Quito outras 4,3 toneladas de cocaína

Quito, 11 out (Prensa Latina)

A polícia equatoriana antinarcóticos descobriu um esconderijo em uma casa ao norte desta capital, onde apreendeu 4,3 toneladas de cocaína, com o qual aumentam para 8,1 toneladas as confiscadas nos últimos dias.

A informação precisa que a operação efetuada na última sexta-feira esteve a cargo da Unidade de Luta Contra o Crime Organizado (ULCO), que realizaram uma terceira inspeção surpresa a uma moradia que mantinham sob vigilância.

Os investigadores deste corpo especializado localizaram a droga oculta em uma parede falsa na cozinha. Depois de derrubar parte da construção foram encontrados 140 blocos com cocaína, mas não se reportou nenhum detento.

Na quarta-feira passada, a polícia antinarcóticos informou a descoberta de um laboratório com capacidade de processamento de cinco toneladas de droga semanais, e apreendeu 3,83 toneladas de cocaína avaliadas em 191 milhões de dólares, provenientes da Colômbia.

O Operativo Aniversário é o golpe mais contundente que a Polícia tem dado ao narcotráfico neste ano, informaram autoridades, e segundo versões difundidas pela televisão, esta rede de narcotráfico operava no Equador, Colômbia, México, Estados Unidos e Espanha.

rc/prl/cc








A Diablada boliviana inaugura a Praça da Integração em Quito

Por Pedro Rioseco

Quito, 11 out (Prensa Latina) Nenhuma eleição melhor que "A Diablada é da Bolívia" para deixar inaugurada a Praça da Integração dos Povos na parte exterior da Capela do Homem, um sonho de Oswaldo Guayasamín que se tornou realidade nesta capital.

Como parte da Semana Cultural da Bolívia no Equador, a Fundação Guayasamín brindou seu privilegiado cenário de três mil metros de altura para combinar ambos os acontecimentos diante de centenas de pessoas convocadas a um espetáculo de luxo com entrada gratuita.

Precedida pelas palavras de Alfredo Lado, em nome da Fundação Guayasamín e do embaixador da Bolívia nesta capital, Javier Zarate, bem como das atuações do cantor Papirri acompanhado pelo cajonero Handel Guayasamín, e do grupo Suca, chegou La Diablada.

Executada pelo Balé Folclórico Nacional da Bolívia, La Diablada é a dança que caracteriza o Carnaval de Oruro, declarado em 2001 Patrimônio Intangível da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).

Originou-se na colônia como uma representação da luta entre o bem e o mau, representada pela luta entre o Arcângelo São Miguel, acompanhado pelas Sete Virtudes, e Lúcifer, respaldado pelos Sete Pecados Capitais.

Lúcifer e os Diabos são enfrentados pelo Arcângelo, triunfador do combate, enquanto as Ch'ina Supay dançam em fileiras dinâmicas e as figuras do Condor e do Urso andino fazem gala de sua destreza na dança.

A Dança da Diablada mostra uma cosmovisão profundamente entroncada com o culto andino do maligno "supay", de "Huari" deus das montanhas, e o diabo da liturgia católica, devinda em mostra dançante de sincretismo peculiar.

A Semana da Cultura Boliviana tomará hoje simbolicamente o Centro Histórico de Quito e percorrerá até a próxima quinta-feira as províncias de Cotacachi, Riobamba e Esmeraldas.

rc/prl/cc







Iêmen descarta tolerância com rebeldes e reporta numerosas baixas

Sanaa, 11 out (Prensa Latina)

O presidente iemenita, Ali Abdulah Saleh, assegurou que seu governo será intolerante no confronto aos grupos rebeldes, enquanto fontes militares reportaram hoje ter deixado 100 mortos entre os separatistas da tribo Houthi.

Saleh pronunciou-se decidido a defender "a revolução, a república e a unidade", bem como a "arrasar" com os redutos dos irregulares Houthis nas províncias norte de Saada e Amran.

O mandatário chamou de terroristas e bandidos sabotadores aos integrantes dos destacamentos rebeldes de confissão muçulmana xiita, enfrentados a uma estrutura social predominantemente sunita.

Além disso, reprovou os "atos terroristas e criminosos cometidos pelos rebeldes Houthis", incluídos matanças, raptos e a deslocação forçada de umas 120 mil pessoas de suas moradias em Saada.

As milícias Houthis, pertencentes à etnia Al-Zaydi, surgiram em 2004 com ações intermitentes contra o exército regular, com saldo de milhares de pessoas - soldados, insurgentes e civis- mortas em Saada, localidade fronteiriça com a Arábia Saudita.
Inicialmente comandados por Hussein Al-Houthi (abatido pelo exército em 2004), esses rebeldes são dirigidos agora pelo irmão deste, Abdul-Malik, quem tornou mais forte seus ataques em agosto passado e ao que o governo respondeu com a Operação "Terra Queimada".

À pedido do ministro de Justiça, Shaif Al-Aqbari, o parlamento iemenita cessou ontem -por três meses- a imunidade ao deputado Yehia Badr Edine al-Houthi, irmão de Abdul-Malik e residente na Alemanha, por considerar que atua como porta-voz do grupo xiita.

A medida facilitará às autoridades locais completar os trâmites na INTERPOL para a detenção e translado do legislador a Sanaa a fim de que responda diante da justiça por cargos de traição e colaboração com um grupo violento sectário, explicou-se.

Enquanto isso, fontes militares confirmaram hoje que efetivos governamentais deixaram em Saada 100 mortos e 280 feridos aos xiitas, a quem o governo acusa de querer reinstalar o regime dos Ímãs Zaydi derrocado pela revolução no norte, em 1962.

Os Houthis, por seu lado, afirmam ter provocado baixas ao governo de Saleh, do que reprocham uma suposta discriminação por parte de fundamentalistas sunitas que mantêm influência em virtude de suas estreitas relações com o reino wahabita da Arábia Saudita.

Combates e sobrevôos de aviões e helicópteros militares para sufocar focos dos insurgentes são rotineiros em Saada e também na província vizinha de Amran, onde as dificuldades para as agências humanitárias têm deteriorado a situação de mais de 150 mil civis.

rc/ucl/cc




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Cuba destaca importância de Cúpula ALBA na Bolívia

Por Mario Hubert Garrido

La Paz, 10 out (Prensa Latina) O embaixador cubano na Bolívia, Rafael Dausá, destacou hoje os alcances da VII Cúpula da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (ALBA), nos dias 16 e 17 de outubro próximo, na cidade de Cochabamba.

Em declarações à Prensa Latina, o diplomata enfatizou temas econômicos que serão tratados pelos dignitários do Equador, Venezuela, Cuba, Bolívia, Nicarágua, Dominica, Honduras, São Vicente e as Granadinas e Antiga e Barbuda.

Em particular, destacou o estratégico que é aprovar o Sistema Único de Compensação Regional (SUCRE), a moeda regional que facilitaria o auge do comércio entre as nações desse mecanismo de integração.

A Bolívia também explicará a profundidade dos princípios do Tratado de Comércio dos Povos (TCP), acrescentou. O TCP é uma proposta defendida pelo presidente Morales, como resposta ao esgotamento do modelo neoliberal, fundado na desregulamentação, privatização e abertura indiscriminada dos mercados, que os Estados Unidos impulsiona na América do Sul.

Em reiteradas ocasiões o mandatário propôs esse orçamento como uma política alternativa frente à competitividade do Tratado de Livre Comércio (TLC).

Também estimou como fundamental o convênio que os estadistas avaliarão a respeito das bases gerais para a facilitação do comércio na zona econômica de desenvolvimento compartilhado pela ALBA.

Destacou entre outros projetos a constituição da empresa grande-nacional de importações e exportações ALBAIMEX.

A Cúpula será palco propício, ademais, disse, para um encontro de empresários e uma feira, reuniões que também permitirão fortalecer este tipo de vínculos.

O chefe da delegação cubana em La Paz considerou que a Bolívia deu um matiz especial a esta Cúpula da ALBA com o encontro de organizações sociais de uns 40 países, segundo o comitê organizador.

Na opinião de Dausá, a atual conjuntura política em que se desenvolve este fórum, como o golpe de Estado em Honduras -um país membro da ALBA- ou os acordos Bogotá-Washington, sobre a instalação de bases militares que ameaçam a região, indicarão o pronunciamento solidário do bloco.

O encerramento da VII Cúpula da ALBA será no dia 17 de outubro no estádio cochabambino Félix Capriles, com uma massiva concentração das organizações sociais da Bolívia e convidados do continente.

rc/ga/cc











Premiê de Guiné Bissau chega amanhã a Cuba

Havana, 10 out (Prensa Latina)

O premiê de Guiné Bissau, Carlos Gomes, chegará amanhã a esta capital, onde realizará uma visita oficial em cumprimento de um convite do governo cubano.

Durante sua estadia, Gomes realizará conversas oficiais com o primeiro Vice-presidente dos Conselhos de Estado e de Ministros, José Ramón Machado Ventura, assinala o jornal Granma.

O dirigente africano também tem previsto em sua agenda visitar lugares de interesse histórico e social, acrescenta a nota.

lgo/Joe/cc







Cubanos comemoram 141º aniversário de início de luta independentista

Havana, 10 out (Prensa Latina)

Os cubanos comemoram hoje o 141º aniversário do início da luta pela independência da ilha caribenha, liderada por Carlos Manuel de Céspedes (1819-1874), conhecido como o Pai da Pátria.

Este processo histórico de grande magnitude conhecido como o Grito de Yara transcende no tempo e é considerado um dos princípios sobre o qual se sustentam a nacionalidade e identidade da ilha conhecida como a Maior das Antilhas.

Em um dia como hoje Céspedes determinou o alçamento e a libertação de seus escravos em sua fazenda açucareira La Demajagua, próxima a Manzanillo, na região leste cubana, a uns 800 quilômetros ao leste de Havana.

Iniciadas as ações na região que atualmente ocupa a província de Granma, logo se estenderam ao território camagüeyano, até que no ano seguinte chegaram a então província de Las Villas, no centro.

Céspedes, obrigado pelas circunstâncias, adiantou a data do movimento insurrecional cubano, devido a que sabia que era vigiado de perto pelas autoridades espanholas e que a qualquer momento podia ser detido.

Uma vez proclamada sua determinação de Independência ou Morte, parte em 11 de outubro para o povoado de Yara com o propósito de enfrentar ao exército espanhol.

Em 12 de outubro, Céspedes e os patriotas que o seguiam se encontraram com o militar dominicano Luis Marcano, que com 300 homens mediamente armados se incorporaram às filas insurrectas.

Nos dias seguintes, começaram a se reunir forças dispersas que tiveram como objetivo a tomada de Bayamo, fato que se materializou às 11 da noite do dia 20 de outubro, depois da capitulação das forças espanholas.

Céspedes prestou cuidadosa atenção à necessidade de designar chefes com a maior experiência militar possível, que colaborassem com os dirigente políticos naturais de cada região.

Dessa forma surgiram líderes como Máximo Gómez, Luis Marcano, Donato Mármol, Vicente Garcia, Francisco Maceo Osorio, Francisco Vicente Aguilera, José Joaquín Palma e Modesto Díaz, entre outros.

lgo/Joe/cc







Izquierda Unida pede aos espanhóis que recusem a guerra no Afeganistão

Madri, 10 out (Prensa Latina)

A coalizão Izquierda Unida (IU) pediu hoje à opinião pública resgatar para o caso do Afeganistão o Não à guerra que em 2003 mobilizou aos espanhóis contra a beligerância no Iraque.

O coordenador geral da IU, Cayo Lara, renovou as críticas desse agrupamento à recente decisão do presidente do governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, de aumentar as tropas deste país ibérico na conturbada nação centro-asiática.

Na opinião do dirigente da terceira força política em votos desta nação, o envio para o Afeganistão de outros 220 soldados até superar os mil efetivos significa caminhar na direção contrária.

Ao intervir no Conselho Político Federal, máximo órgão de direção da IU entre assembléias e composto por 180 membros, Lara recordou a morte de um militar espanhol próximo da cidade de Herat, na quarta-feira passada.

Segundo números oficiais, até a data, um total de 87 soldados deste estado europeu perderam a vida no Afeganistão, sete deles em confrontos, 79 em dois acidentes aéreos, um em um acidente de trânsito e outro como conseqüência de um infarto.

Na atualidade, o país ibérico tem no Afeganistão ao redor de mil 230 soldados, como parte da Força Internacional de Assistência à Segurança (ISAF) da OTAN, que agrupa uns 64 mil 500 efetivos.

Se em um lugar matam-nos e ademais matamos, não estamos em uma luta humanitária, senão que nos encontramos singelamente imersos em uma guerra, destacou.

Quiçá tenhamos que resgatar o Não à guerra e propor de uma maneira decidida para a conflagração no Afeganistão, aproveitando o Prêmio Nobel da Paz concedido ontem ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, opinou.

Sobre o prêmio concedido ao governante norte-americano pelo Comitê Nobel norueguês, Lara ressaltou a atitude ética de Obama ao reconhecer não ser meritório do mesmo.

Não obstante, deu as boas-vindas a esse prêmio se com ele se conseguir a retirada das tropas estrangeiras do Iraque, Afeganistão e das bases estadunidenses na Espanha, e cessar o treinamento de pilotos da OTAN em Albacete, cidade de Castilla-La Mancha.

O representante da Izquierda Unida no Congresso dos Deputados, Gaspar Llamazares, pediu nesta semana à administração de Zapatero realizar uma reflexão profunda sobre a missão militar na nação centro-asiática, invadida em 2001.

Depois da morte do cabo Cristo Ancor há três dias, quando o veículo no qual viajava fez contato com uma mina próxima da cidade de Herat, Llamazares considerou que nessa reflexão não se deve esquecer de um calendário de retirada dos soldados.

Se alguma vez fez sentido nossa presença no Afeganistão, agora não, porque já não se trata de uma missão de reconstrução senão beligerante, e assim o percebem os próprios afegãos, enfatizou o parlamentar.

A coalizão esquerdista solicitou o comparecimento urgente no Congresso da ministra espanhola de Defesa, Carme Chacón, pedido que se concretizaria na próxima semana.

A IU reiterou que para fazer honra ao Nobel recebido, Obama deve começar retirando seu exército dos dois países invadidos.

lgo/Edu/cc







Brasil manterá presidente hondurenho hospedado em sua embaixada

Brasília, 10 out (Prensa Latina)

O assessor especial da presidência brasileira Marco Aurélio Garcia afirmou hoje que o Brasil manterá a autorização de hospedagem em sua embaixada em Tegucigalpa ao presidente de Honduras, José Manuel Zelaya.

Em declarações à imprensa nesta capital, Garcia considerou como não frustradas as negociações conduzidas pela Organização de Estados Americanos (OEA), senão que houve intransigência do governo golpista em buscar uma solução à crise gerada em Honduras pelo golpe de Estado de 28 de junho passado.

Esse golpe tirou o Zelaya não somente do poder, senão até do país, para onde regressou em 21 de setembro passado e se refugiou na embaixada do Brasil em Tegucigalpa, onde permanece junto a uns 60 de seus apoiadores.

O assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para assuntos internacionais assinalou que havia uma pressão do governo golpista para realizar eleições mantendo a vigência do estado de sítio, mas se isso ocorresse, o Brasil não reconheceria essas eleições.

"Não vamos reconhecer essas eleições. Nós e grande parte da comunidade internacional não vamos reconhecer eleições sem o restabelecimento do governo constitucional. Mais ainda com um governo em estado de sítio. Não há eleições que possam ser realizadas durante um estado de sítio", destacou Garcia.

Depois de indicar que todos têm podido constatar que a posição do governo golpista ainda é muito reticente, o assessor especial considerou que os golpistas estão criando uma situação muito difícil, porque evidentemente a estratégia deles é "empurrar" até as eleições.

Garcia apontou que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, deve aproveitar o Prêmio Nobel da Paz 2009 para pressionar aos golpistas hondurenhos para encontrar uma solução definitiva à crise política nesse país, já que segundo ele, só Washington tem força para pressionar ao governo golpista.

"Queremos que a pressão aumente, sobretudo, a pressão do governo norte-americano", disse o assessor especial.

rc/ale/cc







Novo ataque de supostos paramilitares em Zulia, Venezuela

Caracas, 10 de out (Prensa Latina)

Supostos paramilitares dispararam 14 vezes contra a casa e o veículo do diretor de orçamento da Prefeitura de Jesús María Semprum, em Zulia, às 12 e 50 da madrugada de ontem.

Segundo o jornal Panorama desse estado fronteiriço com a Colômbia, com Machado estava sua família enquanto supostos paramilitares seriam responsáveis pelo fato.

"Na residência, ontem às 12:50 da madrugada, dormiam Ángel Machado, o servidor público afetado; sua esposa e seus dois filhos. Todos, felizmente saíram ilesos do ataque", informou o rotativo.

Machado relatou que no meio da balas se atirou no chão com sua esposa e seus filhos "e só escutávamos a quantidade de disparos contra a casa. Meu menino menor (3 anos) começou a chorar."

De acordo com o jornal, em Casigua El Cubo, capital dessa localidade, nesta sexta-feira houve nervosismo pelo atentado mencionado.

O acontecimento acontece dois dias depois que a prefeita Luzia Mavárez deste município denunciou na Assembléia Nacional que essa jurisdição está tomada pelo paramilitarismo.

A prefeita Mavárez atribuiu este atentado a "um grupo de paramilitares com
o apoio de servidores públicos da Polícia Regional, que se encontram incomodados pelas denúncias que estão sendo realizadas para garantir a segurança do povo
fronteiriço".

A servidora pública disse no Parlamento que "o município (...) está muito tomado pelos paramilitares (colombianos) e desse humilde povoado estamos resistindo."

A prefeita reuniu-se com os deputados da Comissão de Política Interior da Assembléia, e ao término do encontro a vice-presidenta da Comissão de Política Interior Íris Varela qualificou as denúncias como muito graves.

"A prefeita foi ameaçada com uma pistola em sua casa e isso justifica que o caso passe aos organismos de investigação do Estado e que se determinem responsabilidades de maneira urgente", destacou Varela.

Varela acusou "à Polícia Regional de Zulia de servir como custodio dos paramilitares e do narcotráfico" nessa localidade.

Diante desta situação, a deputada informou que já conversou com o ministro de Interior e Justiça, Tareck Al Aissami, para que todos os organismos do Estado façam presença no município que na sua opinião deve ter maior segurança por fazer fronteira com o território colombiano.

Por sua vez, o presidente da Comissão de Política Interior Tulio Jiménez, manifestou que são muitos os problemas que se derivam em um município fronteiriço, pelo que é preciso que os órgãos do Estado se assumam atender estas zonas e dar respostas.

lgo/rsm/cc







Polônia ratificou Tratado de Lisboa

Varsóvia, 10 out (Prensa Latina)

O presidente polonês, Lech Kaczynski, assinou hoje o Tratado de Lisboa, documento que pretende reformar a União Européia (UE) dotando esse bloco regional de personalidade jurídica.

Durante a assinatura do texto estiveram junto ao presidente polonês os presidentes da Comissão e do Parlamento Europeu, José Manuel Durao Barroso e Jerzy Buzek, respectivamente.

Kaczynski comentou que o tratado melhora o funcionamento das instituições comunitárias e depois da decisão favorável por parte da Irlanda na semana passada já não havia obstáculos para ratificá-lo.

"A Polônia é e seguirá sendo um país soberano", indicou o governante, ao mesmo tempo em que demandou à UE uma abertura para nações que como a Ucrânia e a Geórgia têm manifestado sua pretensão de se unir ao grupo comunitário.

Com a assinatura deste sábado, na qual esteve presente também o presidente de turno da UE, o sueco Fredrik Reinfeldt, a República Checa se converte no único país que resta por ratificar o acordo.

O presidente checo, Vaclav Klaus, exigiu ontem uma cláusula que garanta a proteção legal dos cidadãos e a estabilidade da propriedade como condição para aprovar o tratado.

Klaus reclamou para seu país uma isenção similar à que a Polônia e Reino Unido negociaram, a qual, insistiu, deverá aparecer na Carta de Direitos Fundamentais da UE.

lgo/ls/cc








Pedem no Panamá justiça no caso de antiterroristas cubanos

Panamá, 10 out (Prensa Latina)

As demandas de justiça no caso dos cinco lutadores antiterroristas cubanos, presos em cárceres estadunidenses há 11 anos, figuram hoje na agenda de organizações panamenhas que respaldam essa causa.

"Há um sol que não se apaga", afirmou à Prensa Latina o presidente do Comitê pela Libertação dos Cinco na província de Chiriquí, Olmedo Santamaría, ao se referir aos esforços em favor dos patriotas cubanos.

Gerardo Hernández, Ramón Labañino, Fernando González, Antonio Guerrero e René González "foram condenados em um julgamento político", sob a pressão de grupos contrários ao governo da ilha, acrescentou.

Como parte das ações, disse, mantemos constante presença em emissoras do território como Rádio Preferida, as quais inclusive atingem com sua programação zonas da Costa Rica e das províncias centrais panamenhas.

Com respeito ao caso dos Cinco, estimou que a administração estadunidense do presidente Barack Obama tem a oportunidade de limpar sua imagem se procede à libertação dos Cinco.

Unido a isso, os grupos favoráveis a essa causa trabalhamos por criar consciência no povo comum a respeito da realidade em torno da injusta condenação dos antiterroristas cubanos.

Precisamente, indicou, o tema ocupa um dos pontos centrais do Encontro Nacional de Solidariedade com Cuba no Panamá, que será realizado em 16 e 17 de outubro nesta capital.

lgo/Mem/cc







Presidente da RASD denuncia detenção de sete saharauis em Marrocos

Argélia, 10 out (Prensa Latina)

O presidente da República Árabe Saharaui Democrática (RASD), Mohamed Abdelaziz, denunciou a detenção de sete ativistas de direitos humanos no aeroporto marroquino de Casablanca, informou um comunicado difundido hoje aqui.

Abdelaziz enviou uma mensagem ao secretário geral da ONU, Ban Ki-moon, na qual acusou ao reino de Marrocos de quebrar os esforços pacificadores internacionais com "o seqüestro e a detenção" dos saharauis.

O também secretário geral da Frente Polisario, que luta pela autodeterminação do Sahara Ocidental, afirmou que Rabat desrespeita as disposições do Direito Humanitário Internacional, bem como o direito de livre circulação e a liberdade de expressão.

A detenção dos ativistas, pontuou o texto que solicita os bons ofícios de Ban, "contradiz os esforços das Nações Unidas encaminhados para consolidar as medidas de confiança entre as duas partes em conflito (Marrocos e a Frente Polisario)".

Fontes da polícia marroquina confirmaram neste sábado a detenção dos seis homens e uma mulher na porta do avião assim que aterrissou na quinta-feira à noite em Casablanca.

O reino marroquino justificou a detenção alegando que os saharauis haviam viajado à região sul argelina de Tindouf, sede principal do movimento emancipador do Sahara Ocidental, para discutir com seus líderes planos para fomentar atos a favor da independência.

As supostas ações se produziriam nas vésperas de outra rodada de diálogo que a ONU auspiciará antes do fim deste ano para solucionar o contencioso surgido à raiz da anexação pelo regime marroquino desse território em 1975, depois da retirada da Espanha.

O Polisario, que combateu até 1991 pela independência do Sahara, reclama há anos um referendo para determinar o futuro desse território, ao qual Marrocos insiste em outorgar apenas autonomia.

lgo/ucl/cc








América tem alma, filme contra o racismo que subjaze

Caracas, 10 out (Prensa Latina)

Conhecido por suas obras de denúncia sobre temas indígenas, o cineasta venezuelano Carlos Azpúrua apresenta neste mês em Caracas seu filme a América tem alma, uma aproximação à idiossincrasia dos povos originais.

O título do filme de 70 minutos, que será estreado em 15 de outubro, inspirou-se, segundo o autor, em argumentos de sacerdotes católicos durante a conquista sobre a inexistência de alma nos indígenas, que segue tendo uma impressão.

Para demonstrar o contrário, Azpúrua filmou na Bolívia e através da festa conhecida como Carnavais de Oruro aborda o processo de reivindicação de valores graças ao governo de Evo Morales, primeiro presidente indígena do país.

A obra, segundo progressos do cineasta, propõe-se mostrar a idiossincrasia boliviana e seu processo histórico, a partir de uma festividade que une na dança índios, negros e brancos.

Um conhecedor do tema, Azpúrua explicou em uma entrevista recente com o Conselho Nacional Autônomo de Cinematografia, que filmar na Bolívia lhe pareceu especialmente importante pela confrontação das mudanças da sociedade nessa nação.

Na sua opinião, a Bolívia demonstra que a indianidade não está morta, com um processo que põe fim à discussão teológica dos séculos XIV, XV sobre a existência da alma, e porque um indígena chega ao poder como reivindicação histórica.

Na sua opinião, a atualidade boliviana implica luta de classes, de conceitos e confrontos pois subjazem no inconsciente de setores culturais traços de racismo herdados da colonização.

O processo boliviano, na opinião de Azpúrua, é vital para ver agora latino-americanos integrais, construídos sobre a base dessa pluralidade cultural do negro, índio e espanhol.

Trata-se de uma nova visão e uma maneira de construir a própria história, aportando aos processos de libertação valores humanistas, ecológicos e éticos das nossas culturas originárias, opinou.

O cineasta venezuelano ficou conhecido com Yo hablo a Caracas (1977), uma denúncia da atividade destrutiva da organização pseudo-religiosa Nuevas Tribos na Amazônia venezuelana, tema também de Amazonas, el negócio deste mundo (1986).

lgo/ml/cc






Senado argentino aprova por ampla maioria lei de meios

Buenos Aires, 10 out (Prensa Latina)

Após 19 horas e 40 minutos de debate, o Senado da Nação aprovou por ampla maioria e sem mudanças a Lei de Serviços de Comunicação Social, tanto em geral como em sua discussão por artigos.

A decisão em geral produziu-se depois de 17 horas de debate -iniciado ontem às 10:00 hora local- por 44 votos a favor e 24 contra de 70 possíveis.

As quatro ausências foram de dois legisladores com licença médica e no momento da decisão as do ex-presidente Carlos Menem e do radical da província de Santiago de Estero Emilio Rached.

Quanto à votação em particular, artigo por artigo, completou-se após 19 horas e 40 minutos de sessão, às 06:10 hora local, na qual o projeto também obteve maioria sem que a oposição conseguisse introduzir as modificações que se propunha em três artigos.

Nos arredores da sede do Congresso uma multidão que havia seguido as sessões desde seus inícios terminou com manifestação de júbilo ao se conhecer o resultado final.

O documento havia recebido meia sanção da Câmara de Deputados em 17 de setembro, com 147 votos favoráveis, quatro contra e uma abstenção, bem como a ausência de 104 legisladores da chamada oposição dura que expressaram dessa forma sua rejeição.

Trata-se do documento com o maior nível de confronto neste ano de labor parlamentar e que mais divide as águas na atualidade da vida política do país.

Em declarações para os meios de imprensa ao abandonar o edifício do poder legislativo, o chefe de Gabinete, Aníbal Fernández, disse que foi sancionada uma lei da estatura merecida por todos os argentinos para acabar com a implantada em 1980 pela última ditadura militar.

Recordou que se trata de um projeto no qual se vinha trabalhando há muito tempo, pois se tentou levá-lo adiante desde 1983 pelo governo de Raúl Alfonsín, Carlos Menem e Fernando de la Rúa, mas só agora estiveram dadas as condições políticas para adotá-lo.

lgo/rmh/cc








Irã e Hamas consideram prematuro Nobel outorgado a Obama

Teerã, 10 out (Prensa Latina)

O chanceler iraniano, Manouchehr Mottaki, considerou hoje "muito prematuro" a outorga do Prêmio Nobel da Paz 2009 ao presidente estadunidense, Barack Obama, visão compartilhada no Oriente Médio por grupos políticos como o islâmico Hamas.

"Esta decisão foi tomada apressadamente e o prêmio foi concedido prematuramente", assinalou o ministro de Relações Exteriores do Irã, que “no entanto- assegurou que seu governo "apoiará e saudará esse passo, se isso ajuda a promover paz e harmonia entre os países".

Para Mottaki, o momento apropriado para dar esse prêmio é quando os direitos palestinos sejam respeitados e as forças de ocupação estadunidenses tenham se retirado completamente do Iraque e Afeganistão.

O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, também se mostrou surpreendido na sexta-feira com a notícia da distinção ao seu homólogo norte-americano, e disse esperar que o Nobel da Paz o incite a "acabar com a injustiça no mundo".

Meios noticiosos difundidos aqui destacaram, igualmente, que o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), que controla a Faixa de Gaza, considerou "desmerecido" o prêmio do Comitê Nobel sueco para o inquilino da Casa Branca.

"Obama tem um longo caminho que percorrer ainda e muito trabalho para fazer antes de que possa merecer uma distinção", declarou o porta-voz do grupo islâmico palestino Samir Abu Zuhri.

Na opinião de Abu Zuhri, o mandatário estadunidense só tem feito promessas e tem fracassado em conseguir contribuições tangíveis à paz mundial. "Não fez nada pelos palestinos, mais que promessas", disse ao asseverar que "está dando seu apoio absoluto à ocupação israelense".

"Não tem feito nada para assegurar justiça pelo bem das causas árabes e muçulmanas", remarcou o porta-voz do grupo distanciado do governo palestino de Mahmoud Abbas, que junto com os do Catar e Egito transmitiram suas felicidades a Obama.

lgo/ucl/cc







China, Japão e Coréia do Sul reforçam cooperação

Beijing, 10 out (Prensa Latina)

A China, Japão e Coréia do Sul sentaram hoje novas bases para o desenvolvimento da cooperação ao revisar mecanismos estabelecidos com esse fim em uma Cúpula tripartite que também analisou temas regionais como a desnuclearização da Península Coreana.

Os pronunciamentos nesse sentido figuram em uma declaração conjunta emitida como resumo das conversas entre o premiê anfitrião, Wen Jiabao, seu homólogo japonês, Yukio Hatoyama, e o presidente da Coréia do Sul, Lee Myung-Bak.

Na ocasião reiterou-se o compromisso de criar a comunidade da Ásia Oriental baseada nos princípios da abertura, transparência e da inclusão a longo prazo, bem como com o desenvolvimento da cooperação regional.

Os três estadistas pediram também por maior comunicação e coordenação tanto em temas regionais como internacionais, de acordo com o documento.

Também, se comprometeram a promover a confiança mútua e fortalecer os contatos de alto nível e recalcaram a importância de abordar os temas sensíveis e a solução às disputas mediante o diálogo e a consulta.

Os participantes nesta Cúpula de um dia ratificaram a disposição de continuar trabalhando para conseguir a desnuclearização da Península Coreana por vias pacíficas, objetivo que cobrou novas forças depois de uma recente visita do premiê Wen a Pyongyang.

Nessa ocasião, o líder norte-coreano, Kim Jong IL, afirmou que a República Popular Democrática da Coréia está disposta a participar nas negociações multilaterais sobre o tema se conseguem avanços nas conversas com os Estados Unidos.

China, Japão e Coréia do Sul realizarão esforços conjuntos para uma pronta retomada das conversas a seis bandas - “Rússia e Estados Unidos também participam- com vistas a garantir a paz e estabilidade no nordeste da Ásia, ressalta a declaração.

Este mecanismo tripartite de cooperação estabeleceu-se em 1999 e a primeira Cúpula de seus líderes efetuou-se em Fukuoka, Japão, em dezembro passado.

lgo/lam/cc




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Na pobreza quase a metade das crianças e adolescentes brasileiros


Brasília, 9 out (Prensa Latina)

44,7 por cento das crianças e adolescentes brasileiros vivia em situação de pobreza em 2008, de acordo com a Síntese de Indicadores Sociais, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), divulgada hoje.
Mas, o problema é mais grave ainda na região Nordeste do país, onde no ano passado 66,7 por cento dos menores, adolescentes e jovens até 17 anos estava na pobreza.
Por outra parte, a Síntese de Indicadores Sociais do IBGE reflete um aumento da frequência de assistência à escola na primeira infância (de quatro a seis anos de idade), já que passou de 57,9 por cento em 1998 para 79,8 por cento em 2008, enquanto a de até três anos aumentou de 8,7 para 18,1 por cento.
A pesquisa considera determinante a renda familiar na freqüência de assistência à escola, pois na faixa até três anos de idade, esse índice era de 18,5 por cento para os lares com até meio salário mínimo (equivalente a uns 200 dólares) per capita, e de 46,2 por cento para aqueles com até três salários mínimos por integrante.
Para o grupo de quatro a seis anos de idade, esse parâmetro estava em 77,1 por cento nas famílias de até meio salário mínimo por membro e de 98,8 por cento para os de até três salários mínimos.
Quanto ao grupo de sete a 14 anos, onde o acesso ao ensino fundamental é universal, a frequência de assistência à escola era de 78,4 por cento em 20 por cento das famílias mais pobres do país e de 93,7 por cento em 20 por cento dos lares mais ricos.
lac/ale/bj










Polícia de Honduras dispersa protesto em frente a hotel sede de diálogo


Tegucigalpa, 9 out (Prensa Latina)

A polícia antimotins dispersou hoje uma manifestação antigolpista em frente ao hotel nesta capital onde se desenvolve um diálogo entre representantes do presidente Manuel Zelaya e o governo de facto.
Os agentes lançaram numerosas granadas de gases lacrimogêneos contra os manifestantes, que se afastaram rapidamente do lugar pelas avenidas próximas, ainda que muitos foram atingidos pela fumaça das bombas.
Os membros da Frente Nacional contra o golpe de Estado chegaram ao lugar em grupos de três ou quatro pessoas, para eludir as proibições do estado de sítio, ainda vigente.
Inicialmente reuniram-se em frente à Universidade Pedagógica Nacional, onde cerca das 11:00 hora local passaram a meia voz a decisão de caminhar em pequenos grupos para a sede do diálogo.
Pŕoximo a casa de estudos um forte contingente da polícia vigiou os opositores, que manifestaram-se sem interromper o tráfego de veículos.
As conversas começaram na quarta-feira passada com a presença de uma missão de chanceleres e outros servidores públicos da Organização de Estados Americanos (OEA), que ontem ao meio dia partiram do país.
Em um comunicado, os representantes da OEA propuseram que para que o diálogo se realize em condições apropriadas, é necessário o restabelecimento e permanência de todas as garantias constitucionais.
O governo de facto anunciou na segunda-feira última a derrogação do estado de sítio, mas este se mantém em vigor devido à não publicação de sua suspensão no Diário Oficial.
Durante os poucos minutos que permaneceram em frente ao hotel, os membros da resistência gritaram consignas pela restituição da ordem constitucional e do presidente Zelaya, derrubado em 28 de junho passado.
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Evo Morales convida comunidade internacional a observar eleições


La Paz, 9 out (Prensa Latina)

O presidente boliviano, Evo Morales, convidou hoje a representantes da comunidade internacional a ser observadores do processo eleitoral, e não somente do exercício da votação no próximo 6 de dezembro.
Durante a apresentação em Palácio Quemado do fundo de programas conjuntos e objetivos do milênio, uma ajuda de Nações Unidas e Espanha, Morales expressou sua disposição de escutar as reflexões pelo bem da democracia.
"Queremos que estas eleições sejam uma festa democrática com base na consciência de todo o povo boliviano. Esperamos que este processo democrático possa ser acompanhado como sempre pela comunidade internacional e seus embaixadores", convidou.
A autoridade ratificou que pediu aos movimentos sociais afins a seu Governo que não restrinjam as campanhas das forças opositoras que o enfrentarão nas eleições gerais.
Recordou que há alguns anos, setores políticos e cívicos críticos de seu gerenciamento impediram que seu avião aterrissasse na região de Beni, mas pediu a suas bases para não fazerem o mesmo com os líderes opositores.
A campanha eleitoral começou oficialmente nesta semana com o binômio Evo Morales-Álvaro García como favoritos para impor nas urnas para um segundo mandato 2010-205.
Além de Morales, postulam outras sete forças opositoras, entre as quais destaca a fórmula dos ex governadores Manfred Reis Villa (Cochabamba) e Leopoldo Fernández (Pando), este último detido numa penitenciária por ser o principal responsável por um massacre de camponeses em setembro de 2008.
Outra das candidaturas opositoras é a que encabeça o empresário Samuel Doria Medina sob as siglas Unidade nacional-Aliança pelo Consenso, cujo candidato à vice-presidencia é Gabriel Helbing, um ex dirigente sindical de Santa Cruz (leste).
Também é candidato o esquerdista prefeito da cidade andina de Potosí, René Joaquino, pelo agrupamento Aliança Social, cujo colega de fórmula é o pastor evangélico Charles Suárez.
O resto das siglas eleitorais são Gente cujo aspirante à Presidência é o dissidente oficialista Román Loayza; "Pulso encabeçada pelo dirigente camponês Afasto Véliz; Movimento de Unidade Social Patriótica (MUSPA), liderado por Ana María Flores, e "Bolívia Social Democrata" cujo número um é o ex fiscal anticorrupção Rime Choquehuanca.
Em 6 de dezembro próximo os bolivianos elegerão nas urnas o presidente e o vice-presidente do país, bem como os 166 membros da Assembleia Legislativa Plurinacional, nome que adotará o Congresso bicameral em 2010.
Nessa mesma data, as regiões de La Paz, Oruro, Cochabamba, Potosí, Chuquisaca e Grande Chaco, e uma dezena de municípios indígenas decidirão sobre seu status autonômico.
lac/ga/bj

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