Por Raimundo López, enviado especial
Tegucigalpa, 14 out (Prensa Latina)
O diálogo para encontrar uma solução à crise política continua hoje em Honduras ainda com a profundidade do estado de sítio e demandas de que cesse a repressão contra o povo.
As conversas completaram nesta terça-feira quatro rodadas, durante as quais, segundo as partes, avançaram em vários pontos, ainda que o tema essencial, a restituição do presidente Manuel Zelaya, se mantém sem acordo.
Uma dos três representantes do governo de facto, Vilma Morales, declarou nesta terça-feira que se conseguiu consenso em oito dos 12 pontos do chamado Acordo de San José, uma proposta do presidente da Costa Rica, Oscar Arias.
Morales apontou que durante a sessão de ontem começaram a tratar do ponto seis, que se refere ao regresso de Zelaya ao cargo do qual o sacaram violentamente as forças armadas em 28 de junho.
Morales, ex-presidenta da Corte Suprema de Justiça, eludiu entrar em detalhes sobre esse assunto, considerado pelos delegados do estadista como essencial para a solução da crise desatada pela ação militar golpista.
Zelaya e a Frente Nacional contra o golpe de Estado propuseram um prazo para encontrar uma solução ao conflito que vence manhã.
A Frente exigiu o fim da repressão contra a resistência para criar condições adequadas para o desenvolvimento do diálogo iniciado na semana passada.
Segundo o coordenador geral dessa aliança de forças populares, Juan Barahona, essa demanda foi ratificada pela delegação do presidente Zelaya na sessão desta terça-feira.
Barahona informou que pediram aos três representantes de Micheletti o fim do estado de sítio imposto desde 26 de setembro.
Micheletti anunciou seu encerramento há nove dias, mas a suspensão das garantias constitucionais segue vigente porque ainda não foi publicada no jornal oficial A Gaceta.
Agregou que também solicitaram do governo de facto a desmilitarização da área próxima à embaixada do Brasil, onde se encontra com dezenas de pessoas o presidente Zelaya desde 21 de setembro.
Outra das reivindicações é a reabertura dos meios de comunicação fechados, Rádio Globo e o canal 36 de televisão, com uma ampla cobertura da resistência popular contra o golpe militar de 28 de junho.
arc/rl/bj
Começa hoje em Cuba Congresso Saúde e Desastres
Havana, 14 out (Prensa Latina)
A experiência cubana e os reconhecidos resultados que ostenta o sistema de medidas da defesa civil da ilha serão apresentados no I Congresso Saúde e Desastres, que inicia hoje nesta cidade.
Aperfeiçoamento do trabalho futuro em redução de desastres, tanto para o âmbito nacional como na cooperação médica internacional, gerenciamento de informação e conhecimento, formação, preparação e superação de recursos humanos, investigação e inovação tecnológica, integram também a agenda científica.
Assim mesmo se debaterá sobre trabalho comunitário, intersetorial, prevenção, instituições de saúde seguras: Uma necessidade e um desafio, diagnóstico, tratamento e reabilitação em situações de desastres, previdência ambiental, vigilância e controle epidemiológico.
De acordo com o Comitê Organizador, o congresso responde ao interesse de ter um momento de reflexão e análise da atividade de redução de risco e manejo de desastres com vistas ao desenvolvimento científico e a melhorar seu impacto na vida econômica e social.
Reconhecidos especialistas cubanos e estrangeiros participam da reunião que se desenvolverá até a próxima sexta-feira no Hotel Meliá Habana, com o apoio do Centro Latinoamericano de Medicina de Desastres "Dr Abelardo Ramírez Márquez", da Universidade Médica de Havana e da Escola Nacional de Saúde Pública.
arc/vm/bj
Coalizão religiosa discute sobre reforma de saúde nos EUA
Washington, 14 out (Prensa Latina)
Uma coalizão de organizações religiosas, liderada por grupos muçulmanos, se reunirá hoje com autoridades estadunidenses para discutir ações de apoio à reforma integral da saúde.
A associação American Muslim Taskforce on Civil Rights and Elections confirmou que promoverá audiências em sedes do Congresso federal a favor do que chamou de uma genuína modificação nos cuidados médicos.
Nas mobilizações participarão ademais delegados de federações cristãs, judias e budistas, entre outras comunidades de crentes no país do norte, adiantaram meios noticiosos.
O custo dos seguros médicos nos Estados Unidos poderia aumentar em mais de 10 por cento durante os próximos 10 meses, alertou uma agência especializada em cobertura de saúde.
Segundo a instituição Aon Consulting, o impacto da subida no financiamento afetará primeiramente o poder aquisitivo dos trabalhadores porque as empresas descontarão dos salários.
Uma população envelhecida, o aumento dos preços de medicamentos e uma maior demanda nos serviços foram citadas como as principais causas da tendência.
O estudo achou que em média as seguradoras patronais pagarão 10,5 por cento mais que as despesas de 2008, enquanto o cálculo do ano passado foi superior, com 10,6 por cento, ao de 2007.
O presidente Barack Obama reuniu-se há um mês com líderes religiosos estadunidenses na continuação de uma cruzada para defender seu polêmico projeto de seguro médico federal.
Os grupos de devotos que conversaram com Obama se mostraram favoráveis a uma atualização na cobertura sanitária para socorrer cerca de 47 milhões de estadunidenses desabrigados.
O Comitê de Finanças do Senado aprovou nesta terça-feira uma versão do projeto de reforma -com um só voto republicano na lista de afirmações-, no que se considerou um triunfo parcial de Obama.
Os Estados Unidos carecem de um sistema de saúde pública social como existem no Canadá ou no Reino Unido, a exceção do Medicare para maiores de 65 anos e do Medicaid, um seguro federal para famílias de baixos rendimentos.
arc/jvj/bj
Inauguram no Chile mostra de cinema cubano por cinquentenário do ICAIC
Por Jorge Luna
Santiago de Chile, 13 out (Prensa Latina)
A ministra de Cultura, Paulina Urrutia, agradeceu hoje o apoio de Cuba a cineastas chilenos durante e após a ditadura de Augusto Pinochet e por ter guardado durante anos documentos cinematográficos do Chile.
Ressaltou especialmente o desempenho do Instituto Cubano da Arte e Indústria Cinematográficas (ICAIC) na cuidadosa preservação de cerca de 15 horas de patrimônio fílmico sem editar, que contribui de maneira fundamental para a memória histórica do país.
A ministra inaugurou assim uma importante mostra de cinema cubano com motivo do 50° aniversário do ICAIC na Cineteca Nacional do Centro Cultural Palácio da Moeda, que foi assistida por vários intelectuais chilenos, bem como as embaixadoras de Cuba, Nicarágua e Venezuela.
Urrutia mencionou o realizador Sergio Trabucco entre os que conseguiram resgatar e retirar os materiais clandestinamente para Cuba e, com sentidas palavras, agradeceu novamente ao ICAIC e a Cuba por ter preservado e devolvido ao Chile as fitas durante a visita que a Presidenta Michelle Bachelet fez a Havana em fevereiro.
Depois de assinalar o diálogo cultural existente entre ambos os países, bem como um convênio de colaboração entre o ICAIC e a Cineteca do Chile, anunciou que todos os materiais fílmicos já foram digitalizados e estão em processo de análise para próximas produções de documentários. A ministra destacou o valor fundamental das imagens como "o exercício da memória, a exploração das chaves de nossa identidade e, por verdadeiro, no exercício do direito a sonhar".
Por sua vez, a embaixadora de Cuba, Ileana Díaz-Arguelles, agradeceu a homenagem ao ICAIC, instituto -recordou- que nasceu no calor da Revolução Cubana, marcando com característica própria a estética e a ética do trabalho cultural da ilha.
Disse que, além de produzir obras com o processo revolucionário como personagem central, o ICAIC estabeleceu um novo diálogo artístico e cultural que impulsionou o surgimento do Novo Cinema Latinoamericano.
Depois de recordar a entrega à Presidenta Bachelet dos valiosos documentos fílmicos chilenos, guardados em Cuba, comentou os filmes selecionados para integrar esta mostra de 50 anos do cinema cubano, que começou com um compacto de oito minutos dos materiais recuperados, com ênfase no período do Governo do Presidente Salvador Allende.
Da mesma forma, com os documentários “Uma foto percorre o mundo”, do cineasta chileno Pedro Chaskel, presente ao ato, e “Now”, do falecido realizador cubano Santiago Álvarez.
Na homenagem, complementada com uma exposição de cartazes do ICAIC e na qual também participaram o ator chileno Julio Jung e o diretor da Cineteca, Ignacio Aliaga, foi projetado o longa-metragem cubano “A idade da peseta” (2006), de Pavel Giroud.
A mostra de 15 dias inclui documentários de Santiago Álvarez e filmes de Humberto Solás, Tomás Gutiérrez Alea, Manuel Pérez, Pastor Vega, Juan Padrón, Octavio Cortázar, Manuel Octavio Gómez, Enrique Pineda Barnet e Rogelio Paris, bem como Ata geral do Chile (1986), do chileno Miguel Littín.
arc/jl/bj
Mais de 300 palestinos presos em Israel sem julgamento
Tel Aviv, 14 out (Prensa Latina)
Um total de 335 palestinos permanecem prisioneiros em cárceres de Israel sem ter sido acusados formalmente ou submetidos a processo judicial, denunciou um relatório firmado hoje por dois agrupamentos israelenses de direitos humanos.
As organizações HaMoked e B'Tselem assinalaram que essa condição dos reclusos palestinos é violação do direito internacional, que fixa a chamada detenção administrativa só em casos extremos.
Dos 335 mantidos nessa condição um é menor de idade e três são mulheres, além de um dos presos estar mais de quatro anos e meio sem julgamento, e outros 28 foram encarcerados por um período entre dois e quatro anos, agrega o relatório.
Segundo HaMoked e B'Tselem os processos de revisão judicial dos casos de palestinos mantidos sob ordens administrativas aparentam ser processos judiciais limpos, mas, de fato, negam aos réus toda possibilidade de auto-defensa razoável frente às acusações.
A respeito, demandaram ao executivo do premiê Benjamín Netanyahu libertar os reclusos em detenção administrativa ou processá-los de acordo com os padrões internacionais tendo em conta o devido processo.
mgt/ucl/bj
Países banhados pelo oceano Indico provam sistema de alerta
Bangkok, 14 out (Prensa Latina)
Vários países banhados pelo oceano Indico provaram o sistema de alerta de tsunami com o objetivo de medir sua eficácia e tratar de evitar que se repitam tragédias como a do dia 26 de dezembro de 2004.
A simulação organizada pelas Nações Unidas e na qual participaram 18 nações serviu para estudar o comportamento do fenômeno e a resposta dos diferentes governos.
O sistema de alerta, no qual se investiram 150 milhões de dólares, consta de bóias marinhas com sensores que detectam a formação de ondas e sirenes na costa.
De acordo com especialistas, as ondas chegam ao litoral com uns 15 ou 20 minutos de diferença e, em geral, a primeira não costuma ser a mais perigosa.
Quando vem um tsunami ocorre um descenso inusitado do nível do mar, uma retirada de dezenas de metros.
O sismólogo e assessor técnico do exercício, Horst Letz, assinalou que tudo depende da rapidez que se dissemine a informação a nível de governo e finalmente às pessoas que vivem nas áreas ameaçadas.
Alguns especialistas questionam a eficácia dos sistemas de alerta, sobretudo, naqueles casos em que existe um curto espaço de tempo para emitir o aviso.
As ondas chegam a atingir 10 metros de altura e movem-se a uma velocidade de até mil quilômetros por hora.
A prova levou-se a cabo duas semanas após um tsunami ter causado centenas de mortes nas ilhas de Samoa e Tonga, no oceano Pacífico, área que dispõe de seu próprio sistema desde 1965.
Em 26 de dezembro de 2004, cerca de 226 mil pessoas morreram em uma dúzia de países depois que um sismo de 9,1 graus na escala aberta de Richter gerou ondas gigantes que arrasaram povos inteiros.
Desde então, propôs-se a necessidade de contar com um sistema conjunto de alerta.
Austrália, Bangladesh, Índia, Indonésia, Kenya, Madagascar, Malásia, Maldivas, Mauricios, Moçambique, Myanmar, Omán, Paquistão, Seychelles, Cingapura, Sri Lanka, Tanzania e Timor Leste participaram da simulação.
mgt/dor/bj
Ministro defende a militares e absolve soldados no Peru
Lima, 14 out (Prensa Latina)
Defensores dos direitos humanos recusaram hoje uma declaração oficial que nega que os militares peruanos tenham cometido delitos de lesa humanidade e a absolvição de um grupo de soldados julgados por desaparecimentos.
As reações foram motivadas por declarações do ministro de Defesa, Rafael Rey, e por uma falha judicial que absolveu a cinco ex-chefes militares por desaparecimentos perpetrados em 1990 na região selvática central do país.
Rey sustentou que as forças armadas não têm cometido delitos de lesa humanidade porque os que se lhes atribuem não correspondem à tipificação internacional que os define como motivados por razões ideológicas, políticas, religiosas e raciais.
Para o conservador ministro, as ações militares não foram realizadas com esses motivos e em todo caso o que teve foram somente "crimes abomináveis" e os promotores e juízes devem ajustar a seu critério.
O secretário executivo da Coordenadora Nacional de Direitos Humanos, Ronald Gamarra, negou a afirmação de Rey e disse que a mesma evidenciam um grave desconhecimento de qüestões jurídicas fundamentais.
Explicou que os crimes cometidos pelos soldados sim são delitos de lesa humanidade, como a tortura e o desaparecimento forçado, porque foram parte de uma ação sistemática e generalizada com aval oficial.
O constitucionalista Samuel Abad afirmou que, sem dúvida, crimes como a matança a mais de uma centena de homens, mulheres, crianças e idosos da comunidade andina de Putis, é um crime de lesa humanidade.
Por sua vez, o advogado de direitos humanos Carlos Rivera, criticou a falha da Sala Penal Nacional que absolveu por falta de provas aos ex-generais Mario Brito, Oswaldo Hanke Velasco e Miguel Rojas e aos ex-coronéis (r) Jesús del Carpio e Mario Salazar.
Os cinco eram chefes das forças militares contra-insurgentes da cidade centro selvática de Tingo María e são acusados da detenção e desaparecimento dos civis Samuel Ramos, Jesús Liceti e Esaú Cajas, entre maio e novembro de 1990.
A sentença do tribunal chegou ao extremo de pôr em dúvida que os nomeados sejam detentos-desaparecidos, ao sugerir que podem viver na clandestinidade, dedicados ao narcotráfico, o que recusaram os familiares.
Rivera disse que apelará a sentença, por ter desconhecido as provas apresentadas pela promotoria e a parte civil e considerou uma mostra de que o poder judicial está outra vez submetido aos poderes político e militar.
Recordou que na semana passada foram absolvidos outros seis ex-militares acusados de crimes similares e comentou que terá mais falhas similares porque "a impunidade tem regressado".
lac/mrs/bj
Reformas judiciais na Itália: prioridade ou vendetta?
Roma, 14 Out (Prensa Latina)
O governo italiano empreende uma urgente reforma judicial considerada uma prioridade para o país por seu ministro de Justiça, Angelino Alfano, enquanto a oposição qualifica-a de "vendetta" para que o premiê, Silvio Berlusconi, evada os tribunais.
A reforma judicial centra-se na separação de juízes e fiscais, o que supõe dividir o atual Conselho Superior da Magistratura. Muitos juristas apóiam a proposta, mas sob a condição de que os promotores se mantenham independentes do Poder Executivo.
"O sistema atual é um desastre", afirmou o letrado romano Maurizio Caló, um dos mais de 20 mil advogados inscritos na capital italiana. "A separação das carreiras seria boa se os promotores seguissem sendo independentes do poder executivo, ainda que não acho que Berlusconi permita isso", disse.
Em uma falha considerada transcendental, o Tribunal Constitucional vetou na semana passada a Lei Alfano, criada para oferecer imunidade ao governante e evadir assim os processos em curso contra ele.
Em várias ocasiões, Berlusconi tem repetido que os magistrados conspiram contra ele desde faz 20 anos por motivos políticos e ameaçou aos juízes com uma lição, referem vários informes de meios italianos.
Uma parte da oposição pensa que, sob a atual desculpa reformista, o premiê elabora novas leis destinadas a evitar o banco dos acusados.
O líder do opositor partido Itália dos Valores, Antonio di Pietro, afirmou ontem que "Berlusconi tenta impor um novo sistema presidencialista e retocar a justiça para seu uso e consumo".
Essa reforma irá acompanhada de outras leis menores, de aprovação ordinária e mais rápida, cujo objetivo é entorpecer os processos penais. A medida mais urgente é tirar poderes aos juízes, outorgando um perfil obrigatório às petições dos advogados defensores, comentam fontes especializadas.
Os juízes não poderão se negar a admitir testemunhas, nem provas periciais, nem mudanças de datas. O conseqüente atraso dos processos restringiria de fato o tempo de prescrição dos delitos, asseguram as fontes.
Segundo Di Pietro, desde ontem o premiê está sendo pesquisado pela promotoria por vilipendiar ao chefe do Estado, Giorgio Napolitano.
"Berlusconi quer implantar outra vez o fascismo na Itália. É prioritário mandar-lhe a casa. Evasor fiscal, corrupto e dono de uma miríada de empresas em paraísos fiscais, utiliza as instituições para arranjar suas pendencias judiciais", acrescentou Di Pietro.
lac/npg/bj
Registro eleitoral supera os 4,6 milhões de bolivianos
La Paz, 14 out (Prensa Latina)
A Corte Nacional Eleitoral (CNE) da Bolívia registrou até a passada segunda-feira 4,6 milhões de cidadãos, dentro e fora do país, de cara às eleições gerais de dezembro próximo.
Segundo um relatório do máximo órgão comicial, ao que teve acesso hoje Prensa Latina, a um dia do fechamento do inédito padrão eleitoral biométrico se espera um aumento importante do número de inscritos.
Para o operativo conclusivo da moderna nômina, que inclui impressões digitais, assinatura e foto de cada votante, as unidades de registro atenderão aos cidadãos até o último minuto desta quinta-feira, afirmou o presidente da CNE Antonio Costas. Passada a hora, sublinhou Costas, continuaremos anotando a quem estejam nas filas, sem que isso implique uma ampliação do padrão.
O registro começou no país o 1 de agosto último com a meta de inscrever a 3,5 milhões de cidadãos com direito ao voto, mas a pouco menos de um mês de concluir, essa cifra foi superada e determinou-se aumentar a 3,8 milhões.
Em meados de setembro passado, o processo instalou-se nos Estados Unidos, Espanha, Argentina e Brasil para beneficiar até 211 mil emigrantes, que pela primeira vez participarão nas eleições de fim de ano.
O 6 de dezembro próximo os bolivianos elegerão nas urnas ao presidente e ao vice-presidente do país, bem como aos 166 membros da Assembléia Legislativa Plurinacional, nome que adotasse o Congresso bicameral no 2010.
Nessa mesma data, as regiões de La Paz, Oruro, Cochabamba, Potosí, Chuquisaca e Grande Chaco, e uma dezena de municípios indígenas decidirão seu status autonômico.
lac/por/bj
Buscam solução a conflito migratório entre Angola e RD.Congo
Kinshasa, 14 out (Prensa Latina)
Autoridades da República Democrática do Congo (RDC) e da Angola buscam hoje uma solução ao conflito migratório entre ambos Estados, depois de que este país realizasse expulsões em massa de angolanos radicados aqui.
Segundo Rádio Okapi, as conversas que desenvolvem a parte angolana, encabeçada pelo vice-ministro de Relações Exteriores George Chicoty, e uma comissão de Kinshasa, foram antecedidas por um acordo de suspender as expulsões em ambos países.
A repatriação forçada de uns 23 mil angolanos radicados na RDC ocorre supostamente como represália as centenas de cidadãos da República Democrática do Congo expulsados por Luanda recentemente depois dos considerar ilegais, segundo diversas fontes.
Chicoty manifestou que Angola tem repatriado a imigrantes ilegais, particularmente aqueles assentados nas zonas diamantíferas.
No entanto - expressou- a resposta da RD. do Congo não tem sido proporcional a essa medida, mas Angola está aberta ao diálogo para encontrar uma solução imediata ao problema migratório criado.
"O governo está disposto a dialogar e negociar, e o Presidente da Angola, José Eduardo dos Santos, está preocupado com o número de angolanos que regressam", considerou.
Através do posto fronteiriço de Kimbata, na nortenha província de Uige, a cada dia regressam a Angola mais de 500 cidadãos expulsados da RDC, informaram meios de imprensa.
Muitos dos devolvidos ao país foram forçados a deixar em terras congolesas bens, famílias, casas, comércios e toda uma vida de trabalho e esforço, apontou o diário Salário da Angola.
O governo da RDC, declarou, por sua vez, que as repatriações de seus cidadãos de território angolano afetam a economia do país.
De outro lado, na região ocidental de Baixo Congo, na RDC, várias empresas encontram-se paralisadas e o mercado de Lufua resultou fechado como conseqüência das demissões de cidadãos do país vizinho.
O governador da província angolana de Uige, Mawete Joâo Baptiste, manifestou que nas fronteiras com a RDC se criou uma comissão multi-setorial para socorrer aos angolanos trazidos dessa nação colimitada.
Organismos de Educação, Saúde, Reinserção Social, entre outros, ajudam às famílias deportadas com a assistência necessária, afirmou.
Imagens televisivas têm mostrado por estes dias a centenas de angolanos e suas famílias em acampamentos improvisados na fronteira de Maquela do Zombo, Uige, 250 quilômetros ao nordeste de Luanda, com Kinshasa.
Muitas dessas pessoas queixaram-se ante as câmaras dos maus tratos recebidos na República Democrática do Congo.
lac/obf/bj
Indústria venezuelana de alumínio iniciou plano inversionista
Caracas, 14 out (Prensa Latina)
CVG Alumínio do Caroní (Alcasa), pioneira do alumínio na Venezuela, cumpre hoje 42 anos em uma difícil situação do setor pelos preços internacionais, mas beneficiada por um plano inversionista de expansão.
Com capacidade inicial (1967) de 10 mil toneladas métricas anuais de alumínio primário, depois de de várias ampliações está em condições de produzir de 210 mil toneladas métricas por ano.
Uma nota da empresa indica que se iniciou a execução do plano Guayana Socialista 2009-2019 anunciado a princípios de mês para a recuperação operativa e financeira, com um modelo socialista impulsionado pelo governo do presidente Hugo Chávez.
As empresas venezuelanas de ferro e alumínio da Corporação Venezuelana de Guayana (CVG) anunciaram a princípios de mês um plano de investimentos a para recuperar as plantas e aumentar a produção.
Os recursos atribuídos de um fundo chinês-venezuelano de 12 bilhões de dólares serão entregues a Bauxilum (alumina), Alcasa e Venalum (redutoras de alumínio) e Carbonorca (ânodos).
O investimento total para as quatro empresas é de 284 milhões 700 mil bolívares (132 milhões 418 mil dólares) e 118 milhões de dólares, que antecedem a outros investimentos para a adequação tecnológica das empresas.
A atribuição pelo Estado de recursos financeiros mediante empréstimo com cinco anos de graça e a criação da Corporação Socialista do Alumínio permitiu a estabilidade dos postos de trabalho apesar da crise mundial, afirmou a empresa.
Informes anteriores indicam que a produção da tonelada de alumínio na Venezuela rodada os três mil dólares, enquanto o preço no mercado mundial é inferior aos mil dólares por tonelada.
A diretora explicou que tem garantida a produção graças ao apoio do Serviço Nacional Integrado de Administração Alfandegária e Tributária que permite a suas armazenes receber diretamente mercadoria, com um inventario de 90 de matéria prima.
lac/ml/bj
Vietnã-Coréia do Sul, diálogo de alto nível e grandes negócios
Hanói, 14 out (Prensa Latina)
O presidente sul-coreano, Lee Myung-bak, visitará o Vietnã na Próxima semana, em uma passagem que perfila uma maior aproximação econômica entre as duas nações asiáticas.
Myung-bak chegará a Hanói, depois da presença aqui de seu chanceler e ministro de Comércio, Yu Myung-hwan, quem venceu a inícios de semana um programa de trabalho que incluiu diversas entrevistas com o presidente vietnamita, Nguyen Minh Triet, e o premiê Nguyen Tan Dung.
Nessa ocasião, Myung-hwan destacou o que definiu como passos qualitativos de desenvolvimento nos vínculos bilaterais.
Revelou que o valor do intercâmbio mercantil ascendeu a 10 bilhões de dólares em 2008, em tanto os investimentos de Seul no Vietnã totalizaram 16 bilhões de dólares.
O ministro sul-coreano afirmou que seu país deseja ampliar a cooperação bilateral.
Também enfocou a coordenação de ações nas tribunas internacionais, especialmente quando Coréia do Sul e Vietnã se desempenhem nessa ordem como presidentes do Grupo dos 20 e da Associação de Nações do Sudeste da Ásia (ASEAN), sublinhou.
De acordo com as autoridades vietnamitas, partindo dos nexos como "contrapartes integrais" estabelecidos em 2001, os dois governos devem elevar sua colaboração ao nível de sócios estratégicos, em aras da prosperidade de seu respectivos país e da paz, estabilidade e o progresso na região.
As práticas oficiais de Myung-hwan com o presidente Minh Triet e o premiê Tan Dung incluíram também intercâmbios de critérios sobre várias qüestões internacionais e regionais, entre outros temas que se espera figurem nas conversas do presidente da Coréia do Sul e seus anfitriões.
lac/sus/bj
Criada em Goiás associação de solidariedade a Cuba
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*Thaís Falone, vice-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) |
Foto:Vinícius Schmidt Santos *
Por Sturt Silva
No último dia 23 de fevereiro, foi...
Há 6 anos
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