terça-feira, 4 de maio de 2010

Honduras

Nota de repúdio e denúncia



As Instituições, Meios Alternativos de Comunicação Popular, Jornalistas, Escritores e Trabalhadores da Cultura vêm a público denunciar a terrível situação vivida pelos jornalistas hondurenhos desde que se instalou o golpe militar em junho de 2009. Enquanto permaneceu no poder o golpista Roberto Micheletti, um profissional foi assassinado por conta de estar simplesmente cumprindo sua função de informar o povo de Honduras sobre a situação do país e sobre a resistência que se organizou e promoveu uma série de marchas e protestos. Outros tantos profissionais tiveram suas vidas ameaçadas, assim como a de suas famílias. Alguns destes jornalistas chegaram a sair do país, temendo serem assassinados.

Hoje, três meses depois das eleições que colocaram no poder Porfírio Lobo Sosa, a situação parece ter piorado. Apesar de alguns países, como os Estados Unidos, terem aceitado o governo de Lobo como um governo legítimo, a maioria dos demais países segue sem reconhecer a eleição, uma vez que ela se deu num estado de exceção e sem a participação de vários partidos. Não bastasse a ilegitimidade do governo atual, continuam os assassinatos de jornalistas e de líderes sindicais, estudantis e populares. Todos os dias alguém que teve relevante participação nas lutas de resistência aparece morto. Só entre os jornalistas já foram seis profissionais da imprensa. Quando a noite chega o terror é sentimento corrente entre os que trabalham na imprensa, porque sabem que a qualquer momento podem tombar.

A escalada de violência contra os jornalistas e lideranças sociais em Honduras se deve ao fato de que os movimentos populares do país seguem na luta pela instalação da Assembléia Nacional Constituinte, hoje com a aprovação de quase 75% da população. O Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina, assim como as demais entidades que assinam esta nota, denuncia e repudia esta forma truculenta do governo hondurenho de buscar calar as vozes que tem por missão informar ao povo hondurenho sobre o que se passa de fato no país. Repudiamos jornalistas servis do sistema que calam sobre esses fatos e insistimos para que o governo de Honduras respeite o direito dos hondurenhos à livre informação.


JORNALISTAS ASSASSINADOS EM HONDURAS DEPOIS DE 28 DE JUNHO DE 2009.

Gabriel Fino Noriega



Joseph Hernández



David Enrique Meza



Nahum Palacios Arteaga



José Bayardo Mairena



Manuel de Jesús Juárez



Georgino Orellana



PRESENTES !!!



ASSINATURAS INICIAIS:



Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina – Brasil



AGECON – Agência Contestado de Notícias Populares



Blog Honduras é Logo Ali!



Rádio Tangaranense – SC - Brasil



Revista Pobres & Nojentas



Portal Desacato



Allisson Gabrielle – Estudante de Ciências Sociais



Carlos Henrique Pianta da Silva - Desacato/Estudante de jornalismo



Celso Martins – Jornalista e Historiador



Elaine Tavares – Jornalista e Escritora



Juan Luis Berterretche – Jornalista e Ensaísta



Marco Arenhart – Especialista em Software Livre



Raúl Fitipaldi – Jornalista e Educador



Vanessa Bortucan – Artista Plástica



Urda Alice Klueger - Doutoranda em Geografia, Historiadora e Escritora



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