Caracas, 28 fev (Prensa Latina)
O presidente venezuelano, Hugo Chávez, pediu hoje unidade regional para a criação de uma nova organização da América Latina e Caribe, como lembrou a cúpula do Grupo do Rio, diante dos obstáculos impostos pelos Estados Unidos.
"Estamos conscientes de que não vai ser fácil avançar para a unidade: o prontuário de ignomínias dos Estados Unidos em nossas terras assim nos faz supor", advertiu o mandatário em sua coluna dominical Las líneas de Chávez.
"Unir-nos para sermos cada vez mais livres, independentes e soberanos é algo que, social e politicamente, impede o desenvolvimento da agenda imperial e neo-colonizadora gringa", agregou.
A este respeito, pondera que não se pode esquecer que os Estados Unidos, ao longo da história, tem conseguido manter divididos aos povos da região para debilitar e dominar.
Ao mesmo tempo, ratifica sua opinião de que a Organização de Estados Americanos (OEA) deverá desaparecer "mais cedo que tarde" por ter-se convertido no principal instrumento de dominação.
Na opinião de Chávez, a organização proposta, sem Estados Unidos nem Canadá, cumpre os sonhos de patriotas como José Martí e Simón Bolívar, depois de um longo tempo da fragmentação que deixou campo aberto às tropelias e atropelos dos Estados Unidos.
Depois de advertir que a união não se decreta, senão se constrói passo a passo, considera que com a cúpula do Grupo do Rio, o imperativo da unidade tem cobrado novos esforços, vai aparecendo com perfil próprio e com uma inexorável vontade plural e coletiva.
Sobre o incidente na cúpula com o presidente colombiano, Álvaro Uribe, quem agrediu-o verbalmente, Chávez apontou que com isso ficou revelada sua intenção provocadora para desvirtuar o objetivo da reunião.
No entanto, apontou que não se pode confundir o subalterno com o transcendente: a realização da unidade com quem compartilhamos laços históricos e fraternos foi o espírito de Cancun.
rc/ml/cc
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