Impressionante veleiro russo chegará a Cuba em abril

Havana, 4 mar (Prensa Latina)


O impressionante veleiro russo Kruzenshtern realiza hoje uma travessia mundial que o levará no final de abril próximo a chegar ao porto de Havana, e inclui em seu interior uma exposição fotográfica sobre Cuba.

Valentina Chiguir, filha de Nicolai Chiguir -primeiro correspondente da TASS nesta ilha em 1959, declarou a Prensa Latina que no barco vem uma mostra de fotografias, muitas imagens inéditas, sobre o vínculo de ambas nações.

Esse navio leva várias mostras e as mais duas importantes estão dedicadas ao aniversário 65 da Grande Guerra Pátria (1941-1945) e a outra aos 50 anos da Revolução cubana.

A segunda exposição nomeia-se "A reportagem cubana: retratos sob um olhar do tempo" e consta de 73 gráficos que permanecerão a bordo como símbolo de amizade entre os dois países.

Chiguir -jornalista, tradutora e professora universitária- acrescentou que ela mesma doou a mostra ao navio para promover durante a rota essa conexão. Seu pai, ainda vivo, foi correspondente da TASS na capital cubana de 1959 a 1963 e de 1975 a 1979, e conserva um arquivo com imagens não conhecidas desses períodos, e os fatos mais importantes desse momento.

Precisamente, o original das 73 fotos de seu pai foi um presente em janeiro de 2009 às autoridades cubanas e em 27 desse próprio mês inaugurou-se sua mostra no Museu da Grande Guerra Pátria de Moscou.

Essa exposição conserva instantâneas de Alberto Korda, Prensa Latina, do Serviço de Informação do Palácio Presidencial de Cuba e do próprio Nicolai Chiguir.

Por sua vez, o veleiro zarpou em 1 de dezembro passado do porto de Kaliningrado, no ocidente russo, para uma viagem por todo mundo com suas exposições fotográficas a bordo.

Trata-se de uma joia colocada no mar em 24 de junho de 1926 dos estaleiros J. C. Tecklenborg em Bremerhaven, Alemanha, e um dos poucos navios de seu tipo em existência no mundo e que ainda navega.

Sua história é muito interessante, pois em suas origens foi barco alemão com o nome Pádua, e devido aos acordos de finais da I Guerra Mundial e términos da II, definitivamente o navio passou às mãos soviéticas, e na atualidade pertence a Rússia.

A embarcação é do tipo, de estrutura de aço, que desloca três mil 760 toneladas em vazio e cinco mil 725 toneladas a plena carga.

Conta o navio com uma sarreta ou longo de 114,50 metros dos quais 104,30 metros constituem longo do capacete. Seu manga ou largura é de 14,05 metros e tem um calado de 7,17 metros.

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