quarta-feira, 4 de maio de 2011

OTAN bombardeia Trípoli, enquanto Governo líbio amplia anistia

OTAN bombardeia Trípoli, enquanto Governo líbio amplia anistia


  
Imagen activaTrípoli, 4 mai (Prensa Latina) Potentes explosões por bombardeios aéreos da OTAN sacudiram hoje a capital líbia, no meio da decisão do Governo de estender o prazo para anistiar os rebeldes e denúncias de alegados crimes de guerra.

  O sobrevoo de aviões da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) nas primeiras horas desta quarta-feira gerou alarme em Trípoli, pois foi seguido de três deflagrações e colunas de fumaça em uma área do leste da cidade, segundo relataram meios oficiais.

Os bombardeios ocorreram ao redor das 12:40 hora local (22:40 GMT) e tudo indica que foram muito próximos ao complexo residencial de Bab Aziziyah, também nessa zona da capital, mas se desconhece se produziram vítimas e a magnitude dos danos materiais.

A televisão estatal recordou que a recente incursão da aviação atlântica esteve antecedida por um "ataque com munições potentes" a noite do passado sábado na mesma área governamental, causando a morte a um filho e três netos do líder Muamar Kadafi.

Esse incidente gerou mobilizações de cidadãos que tomaram, destruíram e queimaram as embaixadas britânica, italiana e sedes da ONU em Trípoli para protestar contra o que assumiram como uma tentativa de assassinar o líder e a sua família.

Enquanto a OTAN recusou uma proposta de diálogo feita na semana passada pelo próprio Kadafi, o Executivo líbio estendeu a outros três dias o prazo para conceder anistia aos insurgentes que deponham as armas no país, sobretudo na ocidental Misratah.

O vice-chanceler líbio, Khaled Kaim, reiterou na terça-feira a oferta, apesar de que desde o início foi recusada pelo opositor Conselho Nacional de Transição (CNT), como representante dos rebeldes, e pelos próprios alçados, a título individual.

Segundo Kaim, o perdão garantido pelo chefe de Estado fez possível que em Misratah uns 400 insurretos entregassem as armas nos últimos três dias, o qual considerou um "sinal positivo".

O vice-chanceler líbio também fustigou a decisão de bancos suíços de congelar mais de 410 milhões de dólares considerados propriedade de Kadafi, e assegurou que pertencem a empresas nacionais.

Por seu lado, a liderança do CNT disse confiar em poder receber de potências ocidentais um empréstimo de dois mil a três mil milhões de dólares, tomando como garantia bens do Estado líbio congelados no exterior e compromissos de comercialização de petróleo.

Assim, fontes oficiais reprovaram relatórios de experientes da ONU que asseguraram achar indícios de flagrantes crimes de guerra supostamente cometidos pelo Governo e o Exército de Kadafi no confronto à rebelião armada desde 15 de fevereiro último.

mv/ucl/bj
Modificado el ( miércoles, 04 de mayo de 2011 )

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