Paraguai recorda encontro de Arquivos do Terror
Assunção, 22 dez (Prensa Latina) Diversas instituições paraguaias, encabeçadas pelo Poder Judicial,
recordarão hoje os 17 anos do achado dos Arquivos do Terror que recolhem dados sobre as
violações de direitos humanos durante a ditadura de Alfredo Stroessner (1954-1989).
O ato de recordação se realizará no Palácio de Justiça, em Assunção, segundo a edição digital do
jornal Última Hora.
Os Arquivos do Terror - os quais contribuíram provas suficientes contra as pessoas envolvidas com
a Operação Condor - estão resguardados no Museu da Justiça.
Foram achados pelo defensor dos direitos humanos Martín Almada com a ajuda do juiz José
Agustín Fernández, em 22 de dezembro de 1992, na cidade paraguaia de Lambaré.
Contêm todas as comunicações escritas entre autoridades policiais e militares de Paraguai,
Argentina, Brasil, Chile e Uruguai, durante as ditaduras militares governantes entre 1970 e 1980,
com o fim de reprimir às sociedades de ditos países.
Mostram como se planificou a guerra suja e o terrorismo de Estado dos Estados Unidos para a
América do Sul e dos exércitos e a polícia para a população.
Refletem assim, um sistema de controle social onde a mínima manifestação de inconformidade e
rejeição para o regime se considerava um ato subversivo que era reprimido em forma extrajudicial,
sumária e secreta mediante assassinatos, sequestros, torturas ou desaparecimento forçado de
pessoas.
Os dados contidos nesses documentos não são os únicos e continuam os achados.
Em outubro passado, foram descobertos novos "arquivos" em um local do Ministério de Defesa,
com dados sobre a repressão que se aplicou durante o regime de Stroessner.
Almada disse que contêm relatórios de agentes confidenciais, os famosos "pyrague" ou soplones,
recomendações de militares a polícias, dados sobre dissidentes políticos, detalhes de perseguições a
políticos, líderes camponeses, sindicalistas e estudantes".
Também se encontraram documentos com planejamentos de repressões, detalhes sobre detenções,
nomes de militares, polícias e políticos membros do Partido Colorado e servidores públicos da
ditadura de Stroessner implicados nesses fatos.
Neste ano, a UNESCO incluiu aos Arquivos do Terror de Paraguai no registro Memórias do Mundo.
Em dito registro consignam-se todas as obras e coleções do patrimônio documental mundial
aprovadas pelo diretor geral da UNESCO a proposta do Comitê Consultivo Internacional.
tgj/otf/bj
Criada em Goiás associação de solidariedade a Cuba
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*Thaís Falone, vice-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) |
Foto:Vinícius Schmidt Santos *
Por Sturt Silva
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