Bogotá, 18 dez (Prensa Latina)
A senadora liberal Piedad Córdoba denunciou hoje a falta de garantias do governo colombiano para iniciar as operações de libertação de dois retidos em poder da guerrilha.
Córdoba manifestou que ainda o governo do presidente Álvaro Uribe não tem estabelecido as garantias para dar começo à posta em liberdade do suboficial Pablo Emilio Moncayo e do soldado Josué Daniel Calvo, além da entrega dos restos do maior Julián Ernesto Guevara a sua família.
A parlamentar indicou que os gerenciamentos para a entrega unilateral dos retidos pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) e dos restos do maior, demorarão pelo menos em um mês mais.
"O 24 e o 31 (de dezembro) todo mundo pode celebrar tranqüilo. Mal estamos iniciando o processo que demoraria ao menos em um mês mais", enfatizou.
As declarações de Córdoba contradizem às expressadas por Uribe, quem assegurou na passada segunda-feira que as garantias de seu governo estavam dadas para a libertação dos retidos.
Nessa oportunidade, o primeiro ministro reuniu-se com familiares de soldados retidos pela guerrilha, depois da qual afirmou que seu governo cumpriu com todas as exigências do grupo insurgente.
Por sua vez, o alto comisionado para a paz, Frank Pearl, revelou que a logística para tais fins estava plenamente coordenada e que as libertações seriam possível antes de finalizar no ano.
As citadas libertações unilaterais foram anunciadas pelas FARC desde o passado 16 de abril, com a única condição de que se outorguem e cumpram as mesmas garantias oferecidas em passados processos, a fim de evitar provocações como as sucedidas em anteriores entregas de prisioneiros.
Durante todo este tempo o processo experimentou diversos obstáculos, a raiz de condicionamentos, desautorizações de mediadores e dilações por parte do governo.
Inclusive, recentemente ex presidente colombiano Ernesto Samper denunciou ante a opinião pública que a demora das libertações unilaterais anunciadas pela guerrilha obedece a uma falta de vontade política do Executivo.
Indicou que não existe nenhuma dificuldade operativa para concretar a posta em liberdade do suboficial Moncayo e do soldado Calvo, bem como a entrega dos restos do maior Guevara, ante a disposição manifesta das FARC. "Simplesmente o que se requer é que o presidente espiche o botão, me parece que o que falta é um ato de vontade do governo para pôr em marcha o operativo", escreveu.
arc/acl/dcp
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