quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Parlamento equatoriano inicia debate de Lei de Comunicação

Quito, 22 dez (Prensa Latina)

A polêmica Lei Orgânica de Comunicação entra hoje a debate no

pleno do parlamento equatoriano, precedida de uma intensa campanha opositora contra qualquer

tentativa de regulação ao poder dos meios de comunicação em massa no país.

O presidente da Assembléia Nacional, Fernando Cordeiro, informou ontem que todas as leis

incluídas no mandato constitucional, entre elas a de Comunicação, deverão ser aprovadas em um

prazo peremptório, e serão tramitadas em primeiro debate até fim de ano.

A primeira análise começa após que, o passado 15 de dezembro, os movimentos e partidos políticos

da oposição e o oficialismo, representados na Assembléia, chegaram a um acordo para modificar o

documento inicial de estudo.

A lei em debate, esclareceu Cordeiro, não se limitará aos meios, senão abarcará todo o âmbito da
comunicação e desenvolverá quatro artigos da Constituição.

Afirmou garante-se nela a liberdade de expressão sem censura prévia e com responsabilidade

ulterior, conforme a Convenção Americana de Direitos Humanos, com limites de proteção dos

direitos de infantes e adolescentes, saúde pública, defesa nacional e ordem pública.

Um ponto de consenso no acordo prévio, explicou, é que a Lei regulará os três subsistemas

estabelecidos na Constituição para a comunicação: público, privado e comunitário, desde um

enfoque positivo.

Admitiu-se pelos diferentes blocos a necessidade de que exista um Conselho de Comunicação,

autônomo e independente, com funções orientadas a garantir os direitos cidadãos e faculdades de

regulação administrativa, mas que não poderia clausurar administrativamente nenhum meio.

Outro ponto recomenda normalizar a concentração de meios, monopólio e oligopólio e a

democratização da comunicação, bem como regular a distribuição em igualdade de condições do

espectro radioeléctrico entre os meios públicos, privados e comunitários.

tgj/prl/dcp

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